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633 tecnologias setor aereo 31072017

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Tecnologias 
para o Setor de 
Transporte
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 656
61 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Tecnologias para o Setor de Transporte – 
Brasília: SEST/SENAT, 2017.
1. Transporte. 2. Tecnologia. I. Serviço Social do 
Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do 
Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 5
Unidade 1 | Conceitos Introdutórios 6
1 Conceitos Importantes 7
2 Inovação 7
3 Tecnologia 8
4 Telemetria 9
5 Gestão de Risco 10
Atividades 11
Referências 12
Unidade 2 | Tecnologias no Setor de Transporte 15
1 Novas Tecnologias 16
1.1 Sistemas de Posicionamento 16
1.2 Sistemas de Comunicação 17
1.3 Sistemas de Bloqueio, Localização e Rastreamento 18
1.4 Equipamentos de Tecnologia Embarcada 21
1.5 Roteirização 25
1.6 Sistema de Bilhetagem Eletrônica no Transporte de Passageiros 27
1.7 Etiquetas Inteligentes 29
1.8 Outras Inovações 31
Atividades 35
Referências 36
Unidade 3 | O Tacógrafo 39
1 O Tacógrafo 40
2 O Disco Diagrama 45
4
3 Fiscalização 49
4 O Ensaio Metrológico 51
5 A Selagem e a Lacração 51
6 Irregularidades Comuns 52
7 As Datas de Vistoria 53
8 Legislação 53
Atividades 56
Referências 57
Gabarito 60
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Tecnologias para o Setor de Transporte!
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo.
Este curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 3 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Conceitos Introdutórios 2h
Unidade 2 | Tecnologias no Setor de Transporte 10h
Unidade 3 | O Tacógrafo 8h
6
UNIDADE 1 | CONCEITOS 
INTRODUTÓRIOS
7
Unidade 1 | Conceitos Introdutórios
1 Conceitos Importantes
Todos nós já ouvimos falar em tecnologia, seja no anúncio de um novo telefone celular 
ou de um novo tipo de aparelho de televisão. Mas o que realmente vem a ser tecnologia?
Podemos dizer que tecnologia é o conjunto formado pelo conhecimento técnico e 
científico e pelas ferramentas e processos criados e/ou utilizados para colocar esse 
conhecimento em prática. Ou seja, por meio da tecnologia o homem aperfeiçoa e 
moderniza tudo o que faz, a partir do estudo e da consequente criação de ferramentas 
(novas máquinas e computadores) que vão ajudá-lo a vencer novos desafios.
Para começarmos a entrar no universo da tecnologia embarcada, apresentamos alguns 
conceitos importantes:
2 Inovação
O processo de inovação é um movimento natural que ocorre em todas as áreas, e 
geralmente traz melhorias, pois é pensado para este fim. Na medicina, por exemplo, 
a inovação é sempre bem-vinda e é evidente com a descoberta de tratamentos mais 
eficazes na cura de doenças. Na indústria, a modernização se faz necessária, apesar 
de o processo de robotização poder eventualmente assustar, ao reduzir postos de 
trabalho, mas na verdade há uma espécie de migração dessa mão de obra para outras 
áreas.
É o processo de criação de algo novo ou de melhoramento de algo existente. Pode ser 
um produto ou uma forma de trabalho, por exemplo. No caso dos veículos de transporte 
de cargas e passageiros, a inovação é vista com a instalação de itens novos, frutos de 
estudos e pesquisas que comprovem o seu benefício. É fundamental esse processo no 
desenvolvimento de novos veículos, tornando-os mais seguros e confortáveis, além de 
estarem mais adequados às necessidades do setor.
8
A inovação deve ser um processo contínuo, pois, caso contrário, a novidade de hoje 
torna-se obsoleta rapidamente. Por analogia, o mesmo processo deve ocorrer com os 
profissionais que conduzem os veículos, que necessitam também inovar em sua forma 
de conduzi-lo, utilizando cada vez mais os conceitos da direção preventiva e segura, 
condução econômica, entre outras, com objetivo de usufruírem e se atualizarem 
permanentemente a respeito das novas tecnologias existentes.
É comum associarmos inovação à tecnologia, mas não são sinônimos. Os processos de 
inovação, muitas vezes, envolvem os avanços tecnológicos, mas isso, não 
necessariamente, ocorre sempre.
3 Tecnologia
A forma mais simples de se entender a tecnologia é nos imaginar sem ela, isto é, sem: 
computador, internet, celular, vacinas contra doenças, forno de microondas, voto 
eletrônico, direção hidráulica, freios pneumáticos, entre outros. A lista é interminável, 
mas demonstra bem onde a tecnologia está presente.
Tecnologia é a transformação de estudos e pesquisas em 
produtos, técnicas e serviços inovadores.
A tecnologia utilizada hoje nos veículos, 
principalmente nos de carga, é algo cada 
vez mais surpreendente. Normalmente, 
as primeiras pesquisas e aplicações são 
feitas para os veículos de competição, 
como os carros da Fórmula 1, Fórmula Indy 
ou da Fórmula Truck, depois passam para 
os veículos de luxo e esportivos de alto 
desempenho e, por fim, são incorporadas 
aos carros de passeio e aos caminhões.
INOVAÇÃO ≠ TECNOLOGIA
9
Já o termo tecnologia embarcada representa todas as tecnologias (equipamentos, 
programas de computador e sistemas de gestão envolvidas no transporte).
4 Telemetria
A tradução literal seria medição à 
distância. E, no caso específico dos 
veículos, é a tecnologia de transmissão 
de dados de forma remota. Veja alguns 
exemplos de informações que podem ser 
enviadas: dados referentes ao consumo 
de combustível, velocidade, rotação do 
motor, distância percorrida, entre outros. 
A utilização da telemetria facilita o 
trabalho com a gestão da frota, operação 
e planejamento das manutenções dos 
veículos.
10
5 Gestão de Risco
Conhecida também como gerenciamento de riscos. É a atuação na prevenção e no 
planejamento da frota. Contempla, também, o plano contingencial, listando quais 
as providências a serem tomadas caso ocorra algum problema ou acidente. Trata-se 
de um conjunto de ações, baseadas em conceitos de inteligência, ou seja, estuda-se 
a operação, faz o mapeamento de todas as variáveis envolvidas e trabalha-se para 
eliminar ou minimizar os fatores de riscos.
Normalmente a gestão de riscos envolve a instalação de sistema de rastreamento 
de frotas, capacitação permanente dos condutores, atuação mediante roteirização, 
controle e avaliação de avarias. Tudo isso de forma sistematizada e formalizada em 
documentos. Além das ações citadas, o gerenciamento de riscos pode envolver também 
a escolta da frota e a contratação de seguros para o veículo, carga e motorista.
11
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Inovação e tecnologia são 
sinônimos, assim os processos de inovação envolvem os 
avanços tecnológicos. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Tecnologia é a transformação 
de estudos e pesquisas em produtos, técnicas e serviços 
inovadores. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
12
Referências
AGUILERA, L. M. Difusãoda Tecnologia da Informação Aplicada ao Transporte Rodoviário 
de Cargas. In: XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba. Paraná, 
2002.
ANEFALOS, L. C. Gerenciamento de Frotas do Transporte Rodoviário de Passageiros 
utilizando sistemas de rastreamento por satélite. Dissertação de Mestrado, Escola 
Superior de Agricultura Luiz Queiroz, Piracicaba, 1999.
BELIZARIO T. B. As Tecnologias de Informação e de Comunicação aplicadas às áreas 
de Logística e Transportes. Panorama Mundial e Estudo de Mercado Local. Relatório 
final de projeto de Iniciação Científica. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de 
São Paulo (FAPESP), São Paulo, 2001.
BRASIL. Ministério das Cidades. DENATRAN SINIAV. Portal da internet, 2017. 
Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/siniav.htm>. Acesso em: 4 jul. 2017.
_______. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasil ID. Portal da internet, 2013. 
Disponível em: <http://www.brasil-id.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2017.
_______. Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de trânsito 
Brasileiro. Brasília: 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: 8 out. 2011.
CONTRAN. Resolução nº 92, de 4 de maio de 1999. Dispõe sobre requisitos técnicos 
mínimos do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, conforme 
o Código de trânsito Brasileiro. Brasília: 1999. Disponível em: <http://www.denatran.
gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em: 8 out. 2011.
_______. Resolução nº 14, de 6 de fevereiro de 1998. Estabelece os equipamentos 
obrigatórios para a frota de veículos em circulação e dá outras providências. Brasília: 
1998. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em: 8 
out. 2011.
INMETRO. Diário Oficial da União. Edital nº 1, de 25 de janeiro de 2010. 2010. 
Disponível em: <http://dipin2.inmetro.rs.gov.br/cronotacografo/sites/default/files/
edital-INMETRO01-2010.pdf>. Acesso em: 9 out. 2011.
13
_____. O que é cronotacógrafo. Cronotacógrafo: ensaios metrológicos e 
verificação. Disponível em: <http://dipin.inmetro.rs.gov.br/cronotacografo/o-que-e-
cronotacografo>. Acesso em: 30 set. 2011.
_____. Portaria nº 368, de 23 dezembro de 2009. Disponível em: <http://www.inmetro.
gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001534.pdf>. Acesso em: 9 out. 2011.
MONICO, João Francisco Galera. Posicionamento pelo Navstar – GPS. São Paulo: 
Unesp, 2000.
PRADO, M. V. Data Warehouse para Apoio a Gestão da Operação em Empresas do 
Transporte Rodoviário de Passageiros. Dissertação de Mestrado, Departamento de 
Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
RAHAL, Marcela. PM diz que engavetamento na imigrante atingiu cerca de 300 
veículos; remoções terminam na sexta. Uol notícias; cotidiano. 15 set. 2011. 
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/09/15/pm-estima-que-
engavetamento-atingiu-cerca – de-300-veiculos-remocoes-terminam-amanha.jhtm>. 
Acesso em: 5 out. 2011.
REVISTA CAMINHONEIRO. Edição 303. São Paulo: Tudo em Transporte, 2013.
RODRIGUES, Marcos; CUGNASCA, Carlos; QUEIROZ, Alfredo. Rastreamento de 
Veículos. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.
SASSAKI, Raphael. Caminhoneiro envolvido em acidente na Anchieta é preso. Folha.
com. 5 out. 2011. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/986219-
caminhoneiro-envolvido-em-acidente-na-anchieta-e-preso.shtml>. Acesso em: 7 out. 
2011.
SILVA D. S. et aI. Ergonomical lntervention in Electronic Passport Machine from 
Electronic Ticketing System into Collective Transports. Universidade Federal do 
Amazonas – UFAM, Manaus, 2003.
SOUZA NETO, Pio Marinheiro; BEZERRA, Vitor. Modelo de Roteirização de Veículos 
com Auxílio do Sistema de Posicionamento Global – GPS. São Carlos: Atlas, 2011.
TORESAN JÚNIOR, Wilson. Registros latentes em discos diagrama de tacógrafos 
de sete dias. Portal da internet, 2011. Disponível em: <http://www.acrigs.com.br/
Artigos?Wilson-Registros%20Latentes-DD.pdf>. Acesso em: 7 out. 2011.
14
UNIFOA. Centro Universitário de Volta Redonda. Portal da internet, 2008. Disponível 
em: <http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/materias_ed2/18.html>. Acesso 
em: 5 abr. 2008.
VALLE, Caio do; PINHO, Márcio; BOMFIM, Cristiane. Engavetamento fecha Anchieta 
por 6 horas, mata mulher e deixa 5 feridos. Portal da internet, 2011. Disponível em: 
<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,engavetamento-fecha-anchieta-por--
6-horas-mata-mulher-e-deixa-5-feridos-,781809,0.htm>. Acesso em: 7 out. 2011.
15
UNIDADE 2 | TECNOLOGIAS NO 
SETOR DE TRANSPORTE
16
Unidade 2 | Tecnologias no Setor de Transporte
1 Novas Tecnologias
1.1 Sistemas de Posicionamento
A humanidade sempre se interessou pelo tema 
posicionamento, pois sempre houve a 
necessidade de se deslocar e saber voltar, seja 
para buscar alimentos, seja para desbravar 
novos lugares. Na navegação, mais ainda 
imprescindível, os comandantes se guiavam 
pelas estrelas, planetas e pelo sol. Tempos 
depois, com o desenvolvimento da bússola 
pelos chineses, um grande avanço se deu. Cabe 
citar que o astrolábio ajudava a identificar a 
latitude, porém não a longitude. Ao longo do 
tempo, novos instrumentos e técnicas foram sendo desenvolvidos, mas sempre havia 
problemas relacionados à precisão das informações, as interferências das condições 
climáticas e a impossibilidade de ter um posicionamento global.
A solução definitiva só ocorreu na década de 
1970, com a proposta de utilização do Global 
Positioning System (GPS) ou, em português, Sistema 
de Posicionamento Global. O seu princípio é 
relativamente simples de entender. Em qualquer 
parte do planeta, com um receptor de GPS, é 
possível medir a distância em relação a quatro 
satélites artificiais que ficam na órbita terrestre e, 
com isso, calcular, com ótima precisão, a sua posição, 
sem que ocorra qualquer interferência, inclusive as 
relativas às condições climáticas. O maior problema 
é a dificuldade de acesso em área cobertas.
17
Alternativamente, a posição do veículo pode ser também estabelecida por meio de 
radiofrequência, com apoio de antenas próprias, ou por meio de captação de sinais de 
telefonia celular.
 c
Grande parte da tecnologia que temos hoje foi idealizada 
inicialmente para o uso militar ou para o uso em estações 
espaciais. O GPS, por exemplo, foi desenvolvido pelo 
Departamento de Defesa do Governo dos Estados Unidos para 
ser o principal sistema de navegação das tropas americanas.
Atualmente, há uma grande 
popularização do uso do GPS, com uso 
na navegação, no planejamento agrícola, 
nas medições de grandes áreas, na 
localização e rastreamento de veículos, 
celulares ou qualquer outro item que 
possua um receptor.
É pelo uso dessa tecnologia que as 
empresas rastreiam seus veículos, 
tornando possível uma série de possibilidades de controle de segurança para o 
motorista e respectiva carga e caminhão.
1.2 Sistemas de Comunicação
Uma vez captadas as informações sobre a localização com o auxílio do GPS, os dados 
podem ser transmitidos a uma central, para isso existem algumas opções no mercado, 
cada qual com suas vantagens e desvantagens.
• Por rádio: com alcance de centenas de quilômetros, utilizando frequência 
específica ou com o uso de antenas repetidoras. Costumam ter baixo custo, 
com mensalidades mais em conta do que o uso por celular e satélite.
18
• Por satélite: permitem a comunicação independente da distância, porém com 
o inconveniente de perder a comunicação em áreas cobertas, como um posto 
de gasolina ou um túnel e, também, por seu alto custo.
• Por celular: utilizando tecnologia GSM (moderna tecnologia com sinais e canais 
de áudio digital) ou por GRPS (sistema que aumenta a taxa de transferência 
de dados entre celulares). Trazem a vantagemde possuir uma boa relação de 
custo, porém ficam restritas às áreas de coberturas das empresas de telefonia 
móvel.
No caso do rastreamento de veículo, o sistema ideal irá depender do tipo de necessidade 
do usuário, principalmente considerando os tipos de trajetos realizados, por exemplo: 
uso só em zona urbana ou só nas estradas, lugares muito longínquos etc. Muitas vezes, 
é indicada a combinação de mais de um tipo de sistema para garantir a cobertura em 
todas as situações.
1.3 Sistemas de Bloqueio, Localização e Rastreamento
a) Bloqueadores
São dispositivos que são acionados 
automaticamente para bloquear o 
veículo (motor) na tentativa de furto 
ou quando a vítima ou testemunha liga 
para central e solicita o bloqueio, o qual 
é feito por sinal de radiofrequência, 
com base na infraestrutura de antenas 
espalhadas pela cidade. Com o uso 
somente do bloqueador, não é possível 
saber a localização do veículo. O seu custo é mais acessível em relação aos localizadores 
e rastreadores.
b) Localizadores
Os localizadores também possuem a função de bloqueio, porém permitem uma 
localização aproximada do veículo (região onde ocorreu o fato), pela utilização de 
tecnologias de transmissão e recepção por radiofrequência ou de celular.
19
Algumas vantagens dos localizadores são:
• Proporciona maior proteção para o condutor, para a carga e para o veículo, 
pois a viagem pode ser monitorada de maneira a prevenir tentativas de assalto 
e outras situações de risco;
• Auxilia no desenvolvimento de uma rotina de viagem, que garante mais 
economia de combustível, menor desgaste de peças e acessórios, maior 
produtividade do condutor e da frota;
• Colabora para a redução significativa dos índices de acidentes;
• Auxilia na padronização das condições de uso do veículo;
• Permite a criação e/ou alteração de rotas durante a viagem pela unidade de 
apoio (empresa), tornando a viagem mais eficiente;
• Melhora a comunicação entre condutor, a transportadora, o embarcador e o 
cliente, que é realizada por meio do envio de mensagens, em tempo real;
• Possibilita o aviso em tempo real dos desvios de rota e da chegada do veículo 
nas bases e clientes;
• Gera informação sobre o tempo do percurso e de permanência do veículo nos 
pontos de parada;
• Permite monitorar o tempo de carregamento e descarregamento em cada 
ponto da rota.
c) Rastreadores
Os sistemas de rastreamento são mais completos, pois, além de possibilitarem o 
bloqueio, permitem saber a localização do veículo de forma mais precisa, pelo uso 
do GPS. Possibilitam, também, o seu monitoramento em tempo real, informando 
velocidade, rotas realizadas, distância percorrida, cálculo do tempo até o destino, 
entre outros relatórios.
É com a utilização do sistema de rastreamento que é possível utilizar os recursos como: 
cerca eletrônica, botão de pânico, trava da quinta roda, entre outros itens que podem 
monitorar diversos sensores instalados, os quais veremos com mais detalhes logo à 
frente.
20
 h
As seguradoras costumam oferecer preços especiais aos clientes 
que possuem sistemas de rastreamento instalados. Quanto mais 
completa a solução, maior poderá ser o desconto oferecido, pois 
irá aumentar muito a chance de localização e recuperação do 
veículo.
O rastreador é o equipamento eletrônico que trabalha em conjunto com o sistema de 
localização automática do veículo, fornecendo diversas informações sobre o veículo e 
sobre o percurso. Esse equipamento utiliza-se de uma única tecnologia do sistema de 
localização ou de combinações desta. Como veremos a seguir:
• Rastreador via tecnologia celular: Este tipo de rastreador agrega duas 
tecnologias, GPS e Celular. O GPS, conforme já descrito, é utilizado para 
identificar as coordenadas geográficas. A tecnologia celular atua na recepção 
e transmissão de dados. Desta forma, por meio de um módulo eletrônico 
instalado no veículo, haverá o processamento das informações de coordenadas 
recebidas pelo GPS e estas serão transmitidas pelo celular, podendo ocorrer a 
troca de informações nos dois sentidos.
Este sistema permite o rastreamento com precisão, porém fica restrito à base 
de cobertura das operadoras de celular, além de poder ter o seu funcionamento 
comprometido em ambientes fechados. Apesar do sistema utilizar satélites de GPS para 
posição e tecnologia celular para comunicação, às vezes os fabricantes do equipamento 
não fornecem informações muito claras, o que poderá induzir o consumidor ao erro 
na escolha do sistema, pois muitos acreditam que o funcionamento é totalmente 
realizado via satélite, enquanto, na verdade, ambos se complementam.
• Rastreador via satélite: Obtém as informações de coordenadas, via GPS, 
transmite e recebe sinais, de forma bidirecional, através de satélites. Este 
sistema proporciona a transmissão e recepção de dados, inclusive, permitindo 
ao condutor enviar textos para a sua central, informando ocorrências, rotas, 
solicitações de apoio e tudo mais que for necessário comunicar. A cobertura 
está restrita a área de cobertura do satélite, que é mais abrangente que a 
cobertura celular.
21
• Rastreador via radiofrequência: Esse sistema utiliza antenas de transmissão 
de rádio estrategicamente distribuídas pela cidade, através das quais é 
possível, pelo processo de triangulação, determinar o ponto onde o veículo 
está localizado. A precisão dependerá da disposição das antenas. Saindo de 
seu perímetro de abrangência o sistema não funcionará.
1.4 Equipamentos de Tecnologia Embarcada
A indústria automobilística vem investindo muito no 
desenvolvimento de novos recursos para oferecer cada 
vez mais segurança aos condutores. Ela faz a divisão 
em dois grupos: segurança ativa e segurança passiva.
A diferença é bem simples, segurança ativa são os 
dispositivos e tecnologias instalados para evitar o 
acidente. Já a segurança passiva são os recursos para 
minimizar as consequências, caso o acidente ocorra. 
Um exemplo para ilustrar a diferença seria: um sistema 
especial de freio pode evitar o acidente (segurança 
ativa); air bag para diminuir os ferimentos causados às 
pessoas (segurança passiva).
Além de itens voltados diretamente à segurança, existem outros que visam ao conforto 
e bem-estar do condutor. Há também as tecnologias desenvolvidas para melhorar a 
gestão a distância pelo frotista e para diminuírem o consumo de combustível.
22
Veja alguns exemplos de tecnologias existentes e sua forma de atuação:
Item O que faz
Controle de 
estabilidade – 
ESP (Electronic 
Stability 
Program)
Programa eletrônico de estabilidade, que tem por objetivo 
detectar a iminência de uma derrapagem ou capotagem e 
aplicar força de frenagem às rodas individuais e/ ou reduzindo 
a força do motor para ajudar a reestabelecer a estabilidade 
do veículo.
Sensor de 
aproximação
Com um sensor radar instalado no para-choque dianteiro do 
veículo, monitora o tráfego e ajusta a velocidade do veículo 
mantendo sempre uma distância segura para evitar acidentes.
Sensor de 
mudança de 
faixa
Por meio da instalação de câmeras, é possível saber se o 
condutor toca com o pneu alguma faixa de rodagem, neste 
caso, emite um sinal sonoro para alertar o motorista sobre o 
descuido.
Sistema de freio 
eletrônico – EBS 
(Electronic Brake 
Systems)
Moderno sistema de freio capaz de reconhecer uma freada de 
emergência e, assim, melhorar o desempenho, determinando 
a pressão correta para cada eixo e roda. Com ele é possível 
regular a pressão do ar conduzida aos cilindros de freio. Pode 
ainda monitorar a temperatura, o desgaste dos pneus, entre 
outros itens de segurança.
Botão de pânico
Dispositivo instaladoem local discreto, porém de fácil acesso 
do condutor, para enviar alerta à central de rastreamento em 
uma situação de emergência, como uma tentativa de assalto 
ou sequestro.
Computador de 
bordo
Faz o controle de uma série de itens do veículo, com 
objetivo de melhorar a gestão, desempenho e diminuição 
do consumo de combustível. Além de dados básicos, como 
controle de quilômetros rodados geral e parcial, faz controle 
da temperatura dos lubrificantes, carga e rotação do motor, 
controle de consumo de combustível por motorista (quando 
o veículo é utilizado por mais de um condutor), entre outras 
informações.
23
Módulo de 
integração
Equipamento que faz a interação de dados entre o condutor 
e a central de monitoramento, por meio de mensagens 
escritas ou já pré-programadas. Composto de uma pequena 
tela (display), teclado e conjunto integrado.
Tacógrafo digital
O tacógrafo é um registrador instantâneo e inalterável 
dos registros de velocidade, distância, tempo parado e em 
operação. Este equipamento é obrigatório para veículos de 
transporte de passageiros, escolares e caminhões. Existem 
atualmente dois tipos de tacógrafos: o eletrônico e o digital. 
O tacógrafo digital difere em funcionamento do eletrônico 
principalmente por não utilizar o disco diagrama e sim uma 
fita diagrama, pois um meio impresso precisa ser apresentado 
durante as fiscalizações na estrada. O tacógrafo digital 
também armazena as informações em memória eletrônica, e 
essas informações podem ser transferidas para outros tipos 
de aparelhos eletrônicos.
Trava das portas 
do baú
Impede a abertura manual da porta do baú, dependendo da 
liberação da central de monitoramento, dificultando, assim, 
o roubo de cargas.
Sensores de 
abertura das 
portas da cabine
Faz o controle dos horários de abertura e fechamento das 
portas da cabine. Tem importância principalmente para 
saber se a porta do carona foi aberta sem que essa situação 
estivesse prevista.
Sistema de trava 
da quinta roda
Impede o desengate da carreta sem a intervenção da central. 
Com a instalação de um sensor, é possível saber quando a 
carreta é engatada e desengatada.
Sensor de 
ignição
Sensor que indica se o motor está ligado ou não.
Sensor de 
velocidade
Sensor que faz a leitura da velocidade real do veículo.
Sensor de 
violação do 
sistema
Caso o sistema seja violado (interrompido), a bateria de 
backup entra em funcionamento, e o seu sensor informa a 
central de rastreamento o fato.
24
Sensor de 
temperatura
Extremamente recomendado no transporte de cargas 
frigorificadas. Monitora e informa constantemente a 
temperatura do baú. Caso esteja fora dos padrões por um 
determinado período de tempo, o sensor alerta o condutor 
e/ou central de operações.
Cerca eletrônica
Recurso importante, no qual se define uma determinada rota, 
e, caso o veículo saia do percurso traçado, o gestor da frota é 
comunicado na hora, através do celular ou da internet.
Visão 360º
Câmeras instaladas na frente, nas laterais e na traseira do 
veículo registrarão imagens das áreas sem visibilidade para o 
condutor. Além disso, essa tecnologia detecta a aproximação 
de outros veículos em situação de risco, alertando o 
condutor. Essas imagens e informações serão exibidas no 
painel do veículo por telas de cristal líquido. O objetivo desta 
tecnologia é reduzir as possibilidades de acidentes e facilitar 
a vida do condutor.
Sistema de 
monitoramento 
de faixa de 
rodagem
Também utiliza um sistema de câmeras, posicionado à frente 
do veículo, que monitora a posição do veículo em relação às 
faixas de rolamento e de bordo da pista. Caso o veículo cruze 
uma das faixas sem a utilização das setas, ou caso se desloque 
em ziguezague, luzes e sons de alerta serão emitidos na 
cabine.
Leitor de placas
Este equipamento fornecerá ao condutor informações sobre 
as velocidades, máxima e mínima em cada trecho da viagem 
por meio de um sistema de radiofrequência.
Visão noturna
Serão instalados nos veículos sensores infravermelhos que 
possibilitarão melhor visibilidade dos pedestres e outros 
obstáculos à noite. Esses sensores funcionam por meio da 
emissão de calor que, quando detectado, gera imagens do 
ambiente à sua volta. Com esta tecnologia, os condutores 
terão mais visibilidade para dirigir à noite, garantindo maior 
segurança.
Sistema de 
mapeamento de 
linha
Esta é uma tecnologia específica para ônibus. Com ela, será 
possível fazer o controle dos veículos e definir horários 
exatos de chegada aos pontos de parada, beneficiando todos 
os usuários que utilizam esse tipo de transporte.
25
1.5 Roteirização
O termo roteirização é utilizado para designar o 
processo de determinação do trajeto e das paradas 
a serem cumpridas por um veículo ou por uma frota 
inteira. O objetivo de se realizar a roteirização é 
determinar o melhor percurso possível, levando-se 
em consideração promover o menor custo (consumo 
de combustível, desgaste do veículo, pedágios 
etc.), em um menor tempo, e, ainda, garantir maior 
segurança para o condutor, passageiros, veículos 
e cargas. É um instrumento para o planejamento e 
controle da jornada de trabalho dos motoristas e 
ajudantes e deve conter as principais informações sobre a rota: origem, destino, distância 
total, identificação do veículo, modelo do veículo, tempo de viagem, velocidade média, 
pontos de referência, praças de pedágio, postos policiais e de fronteira.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Abastecimento 
inteligente
Hoje as empresas de transporte têm à disposição uma 
tecnologia capaz de realizar todo o gerenciamento de 
combustível do veículo na estrada. Elas podem controlar o 
consumo e autorizar as quantidades de combustível a serem 
abastecidas nos veículos, bem como selecionar os postos 
autorizados para realizar essa operação.
Controle de 
pneus
Esta tecnologia se baseia em chips colocados em cada 
pneu do veículo, que transmitem, via Wi-Fi, informações de 
temperatura e pressão dos pneus. A utilização correta dos 
pneus, além de prolongar a vida útil, pode reduzir em até 5% 
o consumo de combustível.
Dispositivos 
aerodinâmicos
Especialmente úteis para ônibus e caminhões estradeiros, 
esses equipamentos prometem melhorar a aerodinâmica e 
reduzir o coeficiente de atrito dos veículos. O resultado é a 
redução de consumo de combustível.
26
Deve ainda conter:
• Trechos de rodovia, indicando: sigla, UF e nome das rodovias; extensão dos 
trechos; tipo de pavimento: natural (terra), pavimentado e/ou duplicado; 
travessia de balsas;
• Cidades mais próximas ao longo das rodovias, com prioridade para as cidades 
maiores, com indicação da distância aproximada até o centro da cidade;
• Outras informações importantes ao longo da rota, tais como balanças, postos 
fiscais e parques nacionais;
• Tempo de viagem e distância percorrida ao final de cada trecho de rodovia.
A utilização de rotogramas otimiza a viagem, aumentando a produtividade do condutor 
e do veículo. Além disso, é por meio desse plano que a empresa identifica problemas 
durante a viagem.
 e
Bons processos de roteirização dentro do gerenciamento 
logístico são um importante diferencial competitivo para 
empresas de transportes, tornando-se cada dia mais 
indispensável.
Atualmente, existem diversos sistemas 
informatizados no mercado que 
oferecem soluções para realizar todo o 
planejamento das rotas, considerando 
todas as variáveis existentes no processo 
de coleta e distribuição de cargas 
e itinerários, para o transporte de 
passageiros. Esses softwares possuem 
em sua base de dados mapas detalhados,histórico sobre tráfego, altura de 
pontes, entre outras informações, que irão permitir uma roteirização adequada às 
necessidades das empresas e de seus clientes. Os benefícios da utilização dos conceitos 
de roteirização para empresas de transporte de cargas e passageiros são:
27
• otimização das rotas;
• redução da distância percorrida;
• redução no tempo de atendimento;
• aumento do nível de serviço aos clientes;
• aumento da segurança;
• redução do custo.
A roteirização é fundamental para o serviço de monitoramento e rastreamento 
utilizando cerca eletrônica, pois tendo a rota previamente definida, caso o veículo saia 
do programado, a central pode tomar as providências necessárias para agir nesse tipo 
de situação.
Exemplo de Um dos Benefícios do Rotograma
Uma empresa foi contratada para transportar uma carga de aparelhos celulares 
da cidade de São Paulo para Porto Alegre. Na saída do veículo a empresa entregou 
para o seu condutor um rotograma. Nesse documento estava descrito que o veículo 
deveria seguir pela Rodovia BR 101 em direção a Porto Alegre. Entretanto, no decorrer 
da viagem o rastreador identificou que o veículo se desviou do trajeto definido no 
rotograma, seguindo pela BR 282, sem comunicação prévia do condutor.
Com essa mudança de rota sem comunicação a empresa conseguiu identificar que 
se tratava de roubo de carga e acionou os mecanismos de segurança, conseguindo 
impedir que ela fosse concretizada, salvando a carga e preservando a vida do condutor.
1.6 Sistema de Bilhetagem Eletrônica no Transporte de 
Passageiros
O setor de transporte de passageiros também usufrui e se beneficia das tecnologias 
desenvolvidas. Utiliza os mesmos princípios do sistema de rastreamento, ou seja, 
podem ter um GPS instalado e se comunicar com uma base de controle e aproveitar 
inúmeros recursos comuns no setor de cargas. Com isso, é possível prever com muita 
28
precisão o tempo de chegada em cada destino: rodoviária, parada de ônibus etc. 
Todavia, os investimentos neste sentido ainda não são tão expressivos e utilizados 
massivamente.
Já o sistema de bilhetagem eletrônica é 
bem mais comum e está instalado na 
frota de diversas cidades brasileiras. Ele 
pode ser entendido como a automação 
da arrecadação de tarifas ou, de uma 
forma mais simples, um processo para 
evitar a circulação de dinheiro dentro 
dos ônibus e torná-los desinteressantes 
aos ladrões, aliado a um maior controle e 
agilidade administrativa, realizado por 
meio de equipamentos eletrônicos 
(tecnologia).
Esse controle pode ocorrer no próprio veículo ou 
em postos de vendas de créditos, propiciando maior 
segurança, maior velocidade de embarque e um 
melhor controle de fluxo de valores e informações 
operacionais.
As primeiras implantações ocorreram no final do século 
passado, e os cartões utilizavam tarja magnética. 
Atualmente, são dotados de um chip de memória e 
de segurança, em que ficam armazenados os créditos 
equivalentes ao número de passagens que o usuário 
adquiriu, com a característica de ser recarregável. A 
transmissão dos dados do cartão para o leitor se dá por 
radiofrequência.
As motivações para a criação desse sistema foram:
• segurança para funcionários e passageiros, pois com a diminuição da circulação 
de dinheiro, o número de assaltos diminuiu;
• praticidade, pois agiliza o embarque dos passageiros, por não ter que aguardar 
o pagamento e eventual troco para passar na catraca;
29
• caso o passageiro perca ou tenha seu cartão roubado, ele pode bloquear o 
cartão e manter seus créditos;
• atuar como bilhete único para integração de outros modais de transporte;
• redução das possibilidades de fraude no sistema de transporte;
• melhora da gestão do transporte coletivo, ao conhecer em detalhe o fluxo de 
cada veículo.
1.7 Etiquetas Inteligentes
a) RFID
Sigla do inglês Radio-Frequency Identification, em português: identificação por 
radiofrequência. É um método de identificação automática de objetos, por meio 
do qual um equipamento leitor pode identificar dispositivos RFID a uma pequena 
distância, enviando um sinal de rádio.
A etiqueta, chamada também de “tag”, tem o tamanho bem reduzido, podendo ser 
instalada em pequenos objetos, como um cartão de crédito ou até em um ser vivo, 
como um cachorro. É composta de antena e chip, podendo ainda ter uma bateria, o que 
garante emissão mais forte de sinal, podendo, assim, ser “lida” em maiores distâncias.
Há inesgotáveis aplicações para as etiquetas 
RFID, veja alguns exemplos: localização de 
objetos, como uma bagagem ou uma caixa de 
carga fracionada. Em corridas, para controlar 
com precisão o tempo de cada atleta. Em 
pedágios ou estacionamentos, para identificar 
carros com etiquetas colocadas nos para-brisas, 
com registro de créditos pagos. E os próprios 
cartões utilizados na bilhetagem eletrônica dos 
ônibus coletivos.
30
Espera-se que, em um futuro não tão distante, os seres 
humanos tenham implantadas sob a pele etiquetas RFID 
que tragam seu histórico médico, como doenças pré-
existentes, vacinas tomadas, alergias, tipo sanguíneo, 
entre outras informações pessoais que trariam agilidade e 
segurança em caso de necessidade de um atendimento de 
emergência.
b) Sistema Brasil ID
Em 2009, o Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Receita 
Federal, e os Governos Estaduais, por intermédio de suas Secretarias de Fazenda, 
formalizaram um acordo de cooperação para criação do Sistema de Identificação, 
Rastreamento e Autenticação de Mercadorias, chamado de Brasil-ID, baseado no uso 
das etiquetas RFID.
O objetivo é criar um padrão único de identificação, rastreamento e autenticação 
de mercadorias em produção e circulação pelo Brasil, visando padronizar, unificar, 
integrar, simplificar e acelerar o processo de produção, logística e de fiscalização de 
mercadorias pelo país.
c) SINIAV
Regulamentado pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), o Sistema 
Nacional de Identificação Automática de Veículos (SINIAV) será obrigatório em todo o 
país. O objetivo principal é facilitar a fiscalização da frota, ajudando a evitar roubos e 
furtos de veículos e cargas. Pode, ainda, controlar o tráfego, restringir circulação em 
zonas urbanas, fiscalizar velocidades médias, controlar o rodízio de veículos, aplicar 
multas e outras funcionalidades.
O SINIAV prevê a identificação eletrônica do veículo, por meio da instalação de um 
chip, que conterá os seguintes dados: placa, chassi e RENAVAM, além de ser possível 
a inserção de outras informações. Os chips se comunicarão via antenas eletrônicas, 
que transmitirão os dados para centrais. Caso haja irregularidades, a polícia poderá ser 
alertada.
31
1.8 Outras Inovações
a) Pneus inteligentes
Com a responsabilidade de ser o contato do 
veículo com o piso, os pneus não ficam de 
fora do tema inovação. Com a possibilidade 
de instalação de diversos tipos de sensores, 
fornecem informações básicas, como pressão, 
coeficiente de atrito e temperatura. Podem, 
ainda, atuar como fonte de informação para 
outros programas de segurança, como os de 
freio, tração e estabilidade, potencializando 
a eficácia desses sistemas, tornando o veículo 
cada vez mais seguro.
b) Veículos híbridos
O termo veículo híbrido significa que o 
modelo funciona com dois diferentes 
tipos de produção de energia. Os estudos 
tecnológicos vêm buscando alternativas 
cada vez mais modernas para a redução 
do uso de energia “suja”, como a 
provocada pelos motores à combustão 
e seus combustíveis líquidos – gasolina, 
etanol e diesel. Esses estudos almejam 
aumentar o uso da energia limpa, como 
é o caso dos motores elétricos.Dessa 
forma, os veículos híbridos mais comuns associam esses dois motores em prol de um 
melhor desempenho, com menos poluição. Há também os modelos híbridos com o uso 
de biocombustíveis renováveis.
32
c) Simuladores de aprendizagem
Na capacitação de condutores, há 
situações que não podem ser simuladas 
livremente nas ruas, por colocar em 
risco as pessoas e veículos envolvidos 
no trânsito e o próprio condutor em 
treinamento. Por mais que imaginemos 
um local reservado para esse fim, ainda assim há situações que não poderão ser criadas 
para dar a oportunidade ao aluno de praticar.
Já no ambiente virtual de treinamento não há limite das possibilidades de criação de 
situações de riscos, às quais o aluno pode ser sujeito de forma totalmente segura. 
Durante um percurso criado na tela, o instrutor pode “provocar” uma frenagem 
brusca do veículo da frente, pode mudar as condições climáticas para chuva, neblina, 
até neve. O aluno pode, durante o seu trajeto, ter um pneu furado, enfrentar animais 
na pista, entre outras situações inusitadas. Os simuladores de direção para veículos 
pesados podem ser configurados como inúmeros modelos de caminhões existentes 
no mercado. A carga pode ser configurada conforme a necessidade de treinamento. As 
condições das vias e estradas também são ajustáveis à realidade do aluno.
 c
Há simuladores modernos, nos quais o aluno sente exatamente 
como se o veículo estivesse em movimento, percebendo a 
aceleração, frenagem e força centrífuga. Esses equipamentos 
são capazes de envolver o aluno de tal forma, que muitos até 
esquecem que estão em um simulador e se assustam quando 
sofrem um acidente nas telas. A esse processo dá-se o nome de 
imersão.
d) Sensor de fadiga
Para os condutores de veículos pesados, 
que transitam pelas rodovias brasileiras 
em longas jornadas de trabalho, o maior 
desafio é manter a concentração e não 
deixar que o cansaço e a fadiga os levem 
33
a se distrair e até a cochilar ao volante. A indústria automobilística, atenta a essa 
questão, já desenvolveu alguns mecanismos que auxiliam os motoristas a manterem-
se despertos.
Há um tipo de sensor, colocado na orelha, que percebe o movimento frequente de 
inclinação da cabeça para frente, como se o motorista estive prestes a dormir. Nessa 
situação, há emissão de um sinal sonoro para chamar atenção do motorista. Existe 
também um dispositivo colocado no painel do veículo que mede a abertura e o tempo 
de fechamento dos olhos do motorista e por meio de uma câmera monitora o condutor. 
Caso ele passe mais tempo que o normal como os olhos fechados, um sinal sonoro é 
disparado.
Existe também no mercado um sensor com sistema eletrônico capaz de fazer a análise 
de comportamento do motorista no início do trajeto, conhecendo a pressão aplicada 
nos pedais, o ângulo de esterçamento do volante e as acelerações lateral e longitudinal 
do veículo. Caso esse comportamento se altere, o sistema irá alertá-lo.
Um terceiro tipo de sensor analisa a ausência de qualquer intervenção no veículo, 
por parte do condutor, por mais de vinte segundos, servindo, dessa forma, como 
indicador de possível fadiga. Pelo mesmo princípio, se o condutor começar a dirigir em 
movimentos de zigue-zague, o alerta também será acionado.
e) Freio eletrônico automático de emergência
Os veículos modernos podem contar com 
um importantíssimo recurso: a frenagem 
automática em situação de emergência. 
Seja por um descuido ou por qualquer 
outra situação que impeça o condutor 
de acionar os freios em uma posição de 
risco de colisão, os freios eletrônicos 
entram em ação e são acionados 
automaticamente. O mapeamento do 
risco é feito por câmeras instaladas 
na frente do veículo, que controlam a 
distância segura e a de risco real de colisão.
34
f) Radar inteligente
Se a tecnologia evoluiu para os veículos, evoluiu 
também para os sistemas de fiscalização utilizados 
pelas polícias e departamentos de trânsito e de 
tráfego. Os tradicionais radares contam, agora, 
com um Leitor Automático de Placas (LAR), que é 
capaz de ler e reconhecer as placas dos veículos, 
mesmo eles estando em movimento.
O sistema é interligado com uma central de 
banco de dados, que fornece informação sobre 
irregularidades, como licenciamentos vencidos, se 
o carro é roubado ou, ainda, se está com mandado 
de busca e apreensão expedido.
g) Caixa preta
Com conceito herdado da aviação, os veículos agora podem usufruir deste benefício e 
gravar tudo o que ocorre durante um trajeto. Com isso, é possível evitar contradições 
e dúvidas sobre alguma situação ocorrida. As imagens também podem servir para 
esclarecer as situações que envolvam um acidente, ou uma situação de roubo ou 
sequestro.
Trata-se de um dispositivo que grava e armazena imagens e sons de tudo o que 
acontece no interior e no exterior do veículo. O equipamento vem com duas câmeras, 
uma para gravação do ambiente interno e, a outra, externa, gravando o que ocorre na 
frente do veículo. As imagens são armazenadas em um cartão de memória, com data 
e hora. Alguns equipamentos dispõem de sensor infravermelho, que permite capturar 
imagens noturnas.
 e
Já há alguns anos, muitos países adotam a caixa preta em 
viaturas policiais, para que toda ação seja gravada e a 
transparência das ações seja garantida.
35
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Há simuladores modernos, nos 
quais o aluno sente exatamente como se o veículo estivesse 
em movimento, percebendo a aceleração, frenagem e força 
centrífuga. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A caixa preta é um dispositivo 
que grava e armazena imagens e sons de tudo o que acontece 
no interior e no exterior do veículo. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
36
Referências
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6-horas-mata-mulher-e-deixa-5-feridos-,781809,0.htm>. Acesso em: 7 out. 2011.
39
UNIDADE 3 | O TACÓGRAFO
40
Unidade 3 | O Tacógrafo
1 O Tacógrafo
Para estudar o tacógrafo, precisamos antes saber o que ele é. Apesar do nome estranho, 
o tacógrafo (também chamado de “cronotacógrafo”) é um aparelho instalado em 
veículos rodoviários que mostra e registra:
• A velocidade no trecho percorrido; 
• A distância percorrida;
• A tempo em movimento (ou parado) dos veículos.
Por isso, ele é considerado um instrumento de segurança. Afinal, se soubermos que a 
nossa velocidade quando dirigimos está sendo registrada, podemos evitar descuidos e 
não ultrapassar os limites.
O tacógrafo também pode ser usado para a fiscalização. Muitas empresas de transporte, 
por exemplo, utilizam esse aparelho para controlar os horários de trabalho e o tempo 
que os funcionários perdem sem trabalhar. O disco diagrama do tacógrafo é aceito 
como prova para demissão por justa causa.
Ele ainda pode ser usado como “prova” nos acidentes de trânsito. As informações que 
ele guarda são analisadas pela polícia, que conclui se o veículo estava ou não acima do 
limite de velocidade na hora do acidente.
O próprio Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), órgão indicado pelo Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB) como responsável pelo disciplinamento do uso do tacógrafo, 
indica, em seu Artigo 6º da Resolução nº 92, de 1999, o uso do equipamento em casos 
de acidentes:
Art. 6º. Em caso de acidente, as informações referentes às últimas vinte e quatro horas 
de operação do veículo ficarão à disposição das autoridades competentes pelo prazo 
de um ano.
41
Parágrafo único. Havendo necessidade de apreensão do registrador instantâneo 
e inalterável de velocidade e tempo ou do dispositivo que contenha o registro das 
informações, a autoridade competente fará justificativa fundamentada. (CONTRAN, 
1999.)
Com tudo isso, você já deve ter percebido que o tacógrafo é um aparelho muito 
importante para o transporte viário. Mas, para não restar nenhuma dúvida, vamos dar 
uma olhada em um exemplo.
Você deve se lembrar de que, em 15 de setembro de 2011, aconteceu na Rodovia 
dos Imigrantes (SP) o maior engavetamento da história da rodovia. De acordo com as 
autoridades, 300 veículos estavam no acidente e causaram um congestionamento de 
2 quilômetros (considerando apenas os carros envolvidos no acidente) e bloquearam 
completamente a pista.
Pois bem, 20 dias depois, em 5 de outubro, aconteceu um novo acidente no sistema 
Anchieta-Imigrantes, com dez veículos. De novo, a via Anchieta foi interditada e o 
acidente chegou aos jornais. Agora vamos ver alguns trechos das matérias de dois 
jornais da internet, a Folha.com e o Estadão.com.br:
Caminhoneiro envolvido em acidente na Anchieta é preso 
 
O caminhoneiro apontado como o responsável pelo engavetamento 
ocorrido na manhã desta quarta-feira na via Anchieta foi preso e será 
indiciado sob suspeita de homicídio culposo e lesões culposas [...] A Polícia 
Rodoviária Estadual informou que [...] o veículo passará por perícia, e o 
tacógrafo (que mede a velocidade) será analisado. [...].
42
Engavetamento fecha Anchieta por 6 horas, mata mulher e deixa 5 
feridos 
 
Um engavetamento de dez veículos – cinco carros, uma van, dois ônibus e 
dois caminhões – matou uma mulher e deixou cinco feridos, dois em estado 
grave [...] Um caminhão foi o responsável pelas colisões. [...] De acordo com 
a delegada titular [...], o caminhão poderia estar sendo guiado acima do 
limite. Só a perícia, contudo, confirmará. “Conversei com o perito no local 
do crime e ele falou que, de posse dos discos do tacógrafo, a velocidade em 
que o caminhão vinha era superior a 90 km/h e inferior a 100 km/h, o que 
dá para estimar uma velocidade final de 95 km/h.”
Depois de ler esses textos, vemos que o tacógrafo é tido como prova para mostrar se 
houve ou não excesso de velocidade do motorista que foi preso.
O Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 1997), no Artigo 105, diz que o aparelho é 
equipamento obrigatório para veículos de transporte de passageiros que tenham mais 
de dez lugares e para veículos de transporte de carga com peso superior a 4.536. Diz, 
ainda, no Artigo 279, que:
Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador 
instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial encarregado do 
levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Pensando nos dados que o tacógrafo aponta, surge outra dúvida: essas informações são 
exatas? Sim.
Ainda faltou dizer que o tacógrafo é “um instrumento inalterável instalado em veículos 
terrestres...”. Isso quer dizer que aquilo que ele registra não pode ser alterado ou 
fraudado. Para entender como isso acontece, vamos ver os tipos de tacógrafo e como 
eles funcionam.
Os tacógrafos são classificados de acordo com a maneira como eles funcionam. Eles 
podem ser: Mecânicos; Eletrônicos; ou Modulares.
43
De acordo com o Artigo 1º da Resolução n. 92/99 do CONTRAN (1999):
Art. 1º O registrador instantâneo e inalterável de velocidade e 
tempo pode constituir-se num único aparelho mecânico, eletrônico 
ou compor um conjunto computadorizado que, além das funções 
específicas, exerça outros controles.Seja mecânico, eletrônico ou modular, o CONTRAN estabelece certas condições 
mínimas para que um tacógrafo esteja próprio para uso:
• Possuir registrador próprio, em meio físico adequado, de espaço percorrido, 
velocidades desenvolvidas e tempo de operação do veículo, no período de 
vinte e quatro horas;
• Fornecer, em qualquer momento, as informações de que trata o art. 2º desta 
Resolução n. 92/99 do CONTRAN;
• Assegurar a inviolabilidade e inalterabilidade do registro de informações;
• Possuir lacre de proteção das ligações necessárias ao seu funcionamento e de 
acesso interno ao equipamento;
• Dispor de indicação de violação;
• Ser constituído de material compatível para o fim a que se destina;
• Totalizar toda distância percorrida pelo veículo;
• Ter os seus dispositivos indicadores iluminados adequadamente, com luz não 
ofuscante ao motorista;
• Utilizar como padrão as seguintes unidades de medida e suas frações: 
quilômetro por hora (Km/h), para velocidade; hora (h) para tempo e quilômetro 
(km) para espaço percorrido;
• Situar-se na faixa de tolerância máxima de erro nas indicações, conforme 
Anexos I e II da Resolução n. 92/99 do CONTRAN;
• Possibilitar leitura fácil, direta e sem uso de instrumental próprio no local de 
fiscalização, nos dados registrados no meio físico (CONTRAN, 1999).
44
Figura 1: Modelos de tacógrafo
Por fora, o tacógrafo pode ser parecido com um relógio, um velocímetro ou um 
aparelho toca CDs, como mostra a figura. Por dentro, ele tem agulhas que registram 
em um disco diagrama as informações de velocidade, distância e tempo.
Não importa qual seja a tecnologia, todas as marcações que ele faz não podem ser 
alteradas, porque ele tem um tipo de papel inviolável. Isso quer dizer que o papel que 
ele usa garante segurança e não sofre alterações.
Além disso, a leitura dessas informações é sempre direta, não sendo preciso nenhum 
outro aparelho. A forma como os dados são registrados é padrão para todos os 
aparelhos utilizados no Brasil. Também é possível classificar os tacógrafos de acordo 
com o período em que realizam registros, sem que seja necessário algum tipo de 
intervenção humana. Assim, eles podem ser classificados como: diários ou semanais.
• Tacógrafos diários: o disco diagrama do aparelho deve ser substituído após 
24 horas de uso, para que não haja remonte de informações, ou seja, para que 
novos registros não sejam feitos sobre registros anteriores.
• Tacógrafos semanais: há um conjunto de sete discos diagrama em seu interior, 
os quais são automaticamente trocados a cada 24 horas.
Esses dois tipos de tacógrafos têm outras características específicas, apresentadas na 
tabela:
Características de discos diagrama diários e semanais
Característica Disco diagrama Disco diagrama
Diário Semanal*
Quantidade de discos 1 Conjunto com 7
formato do furo central Oval Circular
Número de ordem de 
conjunto
Não possui Possui
intervalo entre 24h e 0h Não tem 1h 40min
45
*A montagem do disco é sincronizada.
Fonte: Adaptado da Cartilha de Fiscalização de Cronotacógrafo elaborada pela Continental.
Além dessas características diferenciais, é importante destacar como funciona o 
mecanismo que substitui os discos diagrama semanais. O conjunto de sete discos é 
unido por um tipo de tira de papel e fica sobre uma base de papelão branca, e, a cada 
24 horas, essa tira é rompida para que registros sejam feitos na folha seguinte.
A legislação brasileira não determina critérios sobre a utilização de um ou de outro tipo 
de tacógrafo; mas, para facilitar as coisas, as empresas costumam utilizar tacógrafos 
diários em ônibus e tacógrafos semanais em caminhões.
Você deve ter percebido que o disco diagrama do tacógrafo é muito importante, afinal, 
ele registra as informações! Mas o que, exatamente, é esse disco?
2 O Disco Diagrama
O disco diagrama é um papel especial em formato de disco, como um CD. Ele é 
revestido por uma fina camada de cera para marcar os registros em sua parte externa, 
visível. Esses registros são feitos de acordo com uma impressão gráfica padronizada 
realizada pelas agulhas do tacógrafo que, quando se movimentam, retiram parte da 
cera, marcando o diagrama.
Tanto os discos diários quanto os semanais têm áreas específicas de velocidade, de 
distância e de tempo para que as informações sejam registradas. Além disso, na região 
próxima ao centro, contam com campos específicos onde podem ser registrados:
• Nome do motorista;
• Local;
• Data;
• Início e fim do percurso;
• Início e fim do indicador de distâncias;
• Número de aprovação do modelo pela portaria do Inmetro.
46
É necessário, ainda, que o disco tenha as seguintes informações:
• Marca;
• Nome do fabricante;
• Velocidade máxima de registro;
• Código de aprovação do modelo;
• Números das portarias de tacógrafos.
 e
Estudando ou trabalhando com tacógrafos, você pode ouvir 
falar em “cronotacógrafos com fita diagrama”. Essa é outra 
forma, no lugar de discos diagrama, utilizada em tacógrafos 
para registrar informações sobre o deslocamento de alguns 
veículos.
Na figura abaixo, você pode ver um disco de diagrama com essas informações já 
preenchidas.
Figura 2: Disco diagrama com informações básicas preenchidas
Para entender as marcações feitas pelas agulhas do tacógrafo no disco diagrama, é 
necessário conhecer alguns detalhes que irão facilitar o entendimento.
Em primeiro lugar, precisamos entender o que cada registro está nos dizendo. Para 
isso, veja, por exemplo, na figura abaixo, a imagem de um disco diagrama já utilizado:
47
Figura 3: Disco diagrama utilizado
A agulha mais interna do instrumento marca a distância que o veículo andou, ou seja, 
essa informação fica nas quatro linhas do círculo menor (destacado em vermelho na 
figura abaixo).
Figura 4: Registros de distância percorrida
No círculo menor, a linha que está cheia de ondulações mostra que o veículo estava em 
movimento. Por outro lado, onde não há nenhuma ondulação quer dizer que o veículo 
estava parado.
Já a agulha de registro de tempo está perto da agulha de distância, um pouco mais 
para fora do disco, como podemos ver na figura seguinte.
Nesse caso, o tempo em que o veículo esteve em movimento é marcado com uma 
borda grossa enquanto o tempo parado é mantido com uma linha mais fina.
48
Figura 5: Registros de tempo (parado e em movimento)
Por fim, a agulha de velocidade marca as mudanças de velocidade do veículo nas faixas 
mais externas do disco, como mostra a figura.
Figura 6: Registros de velocidade
As marcas avançam ou diminuem através das linhas de acordo com o aumento ou a 
redução da velocidade, como em uma escala. Se o veículo estava parado, as agulhas 
não se movimentam e não deixam marcas. Caso ele ande em velocidade baixa, a agulha 
faz marcas nos círculos mais internos. Se a velocidade aumentar, as marcas vão para as 
linhas mais externas.
Quando ocorre uma batida é comum que a agulha estremeça com o choque e deixe no 
disco diagrama marcas tremidas e irregulares como as mostradas na figura a seguir.
49
Figura 7: Registro comum ao momento de colisão
Mas como os peritos têm certeza de que os dados registrados nos discos diagrama 
estão corretos? Como podemos saber se não houve adulteração?
3 Fiscalização
A instalação e também a fiscalização de um tacógrafo são obrigatórias em alguns 
veículos e seguem uma série de regras, como podemos ver na Resolução nº 92, de 
1999, do CONTRAN:
Art. 3º. A fiscalização das condições de funcionamento do 
registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, nos 
veículos em que seu uso é obrigatório, será exercida pelos órgãos 
ou entidades de trânsito com circunscrição sobre a via onde o 
veículo estiver transitando.§ 1º Na ação de fiscalização de que trata este artigo o agente 
deverá verificar e inspecionar:
I. se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e 
tempo encontra-se em perfeitas condições de uso;
50
II. se as ligações necessárias ao seu correto funcionamento 
estão devidamente conectadas e lacradas e seus componentes 
sem qualquer alteração;
III. se as informações previstas no artigo 2º estão disponíveis, e 
se a sua forma de registro continua ativa;
IV. se o condutor dispõe de disco ou fita diagrama reserva para 
manter o funcionamento do registrador instantâneo e inalterável 
de velocidade e tempo até o final da operação do veículo.
V. Se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo 
está aprovado na verificação metrológica realizada pelo Instituto 
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO ou 
entidade credenciada.
§ 2º Nas operações de fiscalização do registrador instantâneo e 
inalterável de velocidade e tempo, o agente fiscalizador deverá 
identificar-se e assinar o verso do disco ou fita diagrama, bem como 
mencionar o local, a data e horário em que ocorreu a fiscalização.
Art. 4º. Para a extração, análise e interpretação dos dados 
registrados, o agente fiscalizador deverá ser submetido a um 
prévio treinamento sob responsabilidade do fabricante, conforme 
instrução dos fabricantes dos equipamentos ou pelos órgãos 
incumbidos da fiscalização.
Por esse trecho da resolução percebemos que não é qualquer pessoa ou oficina que 
pode fazer a regularização e a fiscalização do instrumento: para que se possa realizar 
tais atividades, é necessário se credenciar no Instituto Nacional de Metrologia, 
Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e cumprir uma lista de exigências.
51
4 O Ensaio Metrológico
Quando um tacógrafo é instalado, ele também é selado e lacrado para que não seja 
adulterado. A cada dois anos, os veículos devem passar por vistoria, e os tacógrafos 
devem continuar selados e lacrados por um dos postos credenciados.
Se o veículo for aprovado, ele recebe um certificado de verificação. Junto com o selo 
e o lacre do tacógrafo, esse certificado comprova que o veículo está de acordo com a 
legislação.
 e
Lembre-se de que o certificado é válido por dois anos e que, 
depois, é obrigatório fazer uma nova vistoria.
5 A Selagem e a Lacração
De acordo com o edital do Inmetro 01-2010 publicado no Diário Oficial da União (DOU), 
a selagem deve ser feita em duas fases. Na primeira, são colocados os selos, adesivos 
e acrílicos e pode ser pedido o Certificado Provisório Autodeclarado de Verificação 
Metrológica ao Inmetro.
Na segunda fase, são feitos: (1) um exame que confirma que o instrumento é adequado 
ao modelo aprovado; (2) a verificação do plano de selagem, para atestar se está 
correto; (3) uma declaração de que as informações apresentadas pelo tacógrafo estão 
corretas e de que não há dúvidas disso. Então, é solicitado o Certificado Provisório de 
Verificação Metrológica ao Inmetro.
A primeira fase da selagem pode ser feita por responsáveis pelos veículos (fabricantes 
ou prestadores de serviço de transporte) em locais cadastrados, desde que a oficina 
tenha formalizado sua solicitação de cadastramento. Todas as informações dessa 
primeira fase (como número de selos e documentos) devem ser notificadas ao Inmetro.
52
A segunda fase deve ser realizada por oficina autorizada pelo responsável pela 
aprovação do modelo de tacógrafo em questão. Essa oficina deve ser cadastrada no 
Inmetro como posto de selagem. Outra opção é que a segunda fase seja feita em posto 
de algum órgão delegado do Inmetro.
Entre as fases 1 e 2, o veículo recebe:
• Selos adesivos;
• Lacres acrílicos.
Os selos adesivos têm um código lote que informa quem é o fabricante do tacógrafo; 
um número sequencial com dígito verificador, que serve para informar o selo do 
tacógrafo e o ano de fabricação do selo. Como é uma espécie de etiqueta adesiva, 
esse selo garante que o instrumento não tenha sido aberto e alterado (pois, caso isso 
aconteça, o selo seria rompido).
Já os lacres acrílicos são fixados, em tacógrafos mecânicos, na ligação do cabo e, em 
outros modelos, na caixa de câmbio do veículo. Esses lacres servem para garantir que 
as características técnicas do instrumento não sejam alteradas, mesmo no momento 
de calibração.
O controle desses selos e lacres pelo Inmetro é muito rigoroso – o órgão tem controle 
sobre a numeração desses mecanismos. Pela numeração é possível descobrir, por 
exemplo, qual posto fez a instalação.
6 Irregularidades Comuns
Na vistoria do aparelho, podem ocorrer estes problemas:
• Abertura do tacógrafo;
• Bloqueio ou rebaixamento de agulha de velocidade;
• Desacionamento elétrico;
• Inadequação ou troca do disco diagrama (diário ou semanal);
53
• Remonte (veja figura abaixo).
Figura 8: Remonte
7 As Datas de Vistoria
Já vimos que a vistoria deve ser feita a cada dois anos, mas existe uma data certa para 
ser feita. Da mesma forma que fazemos o licenciamento de automóveis de acordo com 
o final da placa do veículo, a vistoria dos veículos com tacógrafo também é feita.
8 Legislação
Com tudo o que estudamos até aqui, você deve ter percebido que existe uma série 
de normas que regulamentam o uso dos tacógrafos. A própria Lei nº 9.503, de que já 
falamos, institui o Código de Trânsito Brasileiro e estabelece o uso do instrumento.
De acordo com a própria Lei n. 9.503:
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, 
o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de 
funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como 
54
assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar 
ao local de destino.
Por isso, sempre precisamos prestar atenção às condições de nosso veículo e a sua 
regularização. Veja:
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre 
outros a serem estabelecidos pelo Contran:
[...]
II – para os veículos de transporte e de condução escolar, os 
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de 
carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e 
trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo 
inalterável de velocidade e tempo;
Também na Resolução n. 14 de 1998, o CONTRAN afirma o tacógrafo como instrumento 
obrigatório em determinados veículos para que estes possam circular pelas vias. Esse 
texto, depois alterado pela Resolução n. 87 de 1999, estabelece que:
Art. 1º Para circular em vias públicas, os veículos deverão estar 
dotados dos equipamentos obrigatórios relacionados abaixo, 
a serem constatados pela fiscalização e em condições de 
funcionamento:
[...]
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, 
nos veículos de transporte e condução de escolares, nos de 
transporte de passageiros com mais de dez lugares e nos de carga 
com capacidade máxima de tração superior a 19t.
Ciente de que o instrumento é obrigatório, a melhor maneira para resolver dúvidas 
ou para usá-lo de forma correta é conhecer as leis, portarias e resoluções sobre ele. 
Exemplo disso é a Resolução nº 92 do CONTRAN, de 1999, citada algumas vezes ao 
longo de nossa conversa. Nessa resolução encontramos os requisitos mínimos dos 
tacógrafos, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro.
55
Para que você possa fazer suas pesquisas e estudar mais sobre o assunto, aqui 
estão alguns dos documentos, além dos já indicados, que, entre outros assuntos, 
regulamentam o uso do tacógrafo:
• Portaria Inmetro nº 289 de 2011.
• Portaria Inmetro nº 462 de 2010.
• Edital Inmetro nº 01 de 2010.
• Portaria Inmetro nº 368 de 2009.
• Edital Inmetro nº 02 de 2009.
• Portaria Inmetro nº 444 de 2008.
• Portaria Inmetro nº 201 de 2004.
• NIE-DIMEL 100.Resumindo 
 
Como vimos, não há limites para o processo de inovação da tecnologia. A 
cada ano, vários equipamentos são lançados no mercado. E, com tantas 
opções, pode até ficar complicado escolher os mais adequados para cada 
caso. O mais importante é saber analisar os benefícios que a tecnologia 
pode trazer para o aumento da produtividade e para a segurança nas 
operações de transporte. 
 
Para os condutores em geral, a orientação é manter-se sempre atualizado. 
Revistas da área, sites especializados, cursos e palestras, conversas com 
fornecedores e parceiros são excelentes fontes de informação. Conhecer e 
saber tirar o melhor proveito possível de todas essas opções contribui para 
um transporte mais estruturado e seguro.
56
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Quando um tacógrafo é 
instalado, ele também é selado e lacrado para que não seja 
adulterado. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Nos tacógrafos semanais: há 
um conjunto de sete discos diagrama em seu interior, os quais 
são automaticamente trocados a cada 36 horas. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
57
Referências
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Brasileiro. Brasília: 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
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CONTRAN. Resolução nº 92, de 4 de maio de 1999. Dispõe sobre requisitos técnicos 
mínimos do registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, conforme 
o Código de trânsito Brasileiro. Brasília: 1999. Disponível em: <http://www.denatran.
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_______. Resolução nº 14, de 6 de fevereiro de 1998. Estabelece os equipamentos 
obrigatórios para a frota de veículos em circulação e dá outras providências. Brasília: 
1998. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em: 8 
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6-horas-mata-mulher-e-deixa-5-feridos-,781809,0.htm>. Acesso em: 7 out. 2011.
60
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F V
Unidade 2 V V
Unidade 3 V F
	Apresentação
	Unidade 1 | Conceitos Introdutórios
	1 Conceitos Importantes
	2 Inovação
	3 Tecnologia
	4 Telemetria
	5 Gestão de Risco
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Tecnologias no Setor de Transporte
	1 Novas Tecnologias
	1.1 Sistemas de Posicionamento
	1.2 Sistemas de Comunicação
	1.3 Sistemas de Bloqueio, Localização e Rastreamento
	1.4 Equipamentos de Tecnologia Embarcada
	1.5 Roteirização
	1.6 Sistema de Bilhetagem Eletrônica no Transporte de Passageiros
	1.7 Etiquetas Inteligentes
	1.8 Outras Inovações
	Atividades
	Referências
	Unidade 3 | O Tacógrafo
	1 O Tacógrafo
	2 O Disco Diagrama
	3 Fiscalização
	4 O Ensaio Metrológico
	5 A Selagem e a Lacração
	6 Irregularidades Comuns
	7 As Datas de Vistoria
	8 Legislação
	Atividades
	Referências
	Gabarito

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