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CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS PÚBLICOS GESTÃO DE PESSOAS Encontro n° 01 Jose Carlos Pereira Professor 2 ENCONTRO n° 01 A GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 3 Objetivo: Apresentar a evolução da gestão de pessoas no Brasil e na Administração Pública Federal, alguns conceitos e ainda descrever as competências e características requeridas dos servidores e gestores públicos. CONCEITOS GESTÃO DE PESSOAS Segundo Chiavenato (1999), gestão de pessoas é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho. 4 A Evolução da Gestão de Pessoas no Brasil 5 No Brasil, a área de gestão de pessoas vem ao longo dos anos evoluindo de acordo com os fatos políticos, econômicos e sociais de cada época e, Dutra e Miroski (2008) marcam o seu surgimento na década de 1930, como veremos a seguir. A Evolução da Gestão de Pessoas no Brasil 6 1930 - O RH era constituído pelos donos das empresas. (CLT) 1940 - O RH era constituído por advogados, especialistas em entender as leis para não cumpri-las. 1950 - O RH era constituído por engenheiros – Industrialização. A Evolução da Gestão de Pessoas no Brasil 7 1960 - Chamada década perdida, já que a filosofia "Paz e Amor" dos hippies transformou- se no Brasil em "Paz dos sindicatos e amor da polícia", referência ao surgimento dos sindicatos e à repressão da ditadura. 1970 - Constituído por Administradores de empresas. Eles mediam o próprio poder pelo tamanho da estrutura que tinham para gerenciar. A Evolução da Gestão de Pessoas no Brasil 1980 - É constituído por psicólogas - em princípio capazes de gerenciar a crise existencial que abate os profissionais do setor. 2000 - Excelência na liderança: Essa é a década dos líderes e se o profissional de RH não for reconhecido como líder, a atuação do RH certamente será fraca. 8 A EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS NA ADM PÚBLICA Para ampliar o conhecimento sobre a Gestão de Pessoas na Administração Pública Federal, apresentaremos um breve histórico sobre a evolução do tema até o estabelecimento da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas – PNDP (Decreto 5.707 de 23 de fevereiro de 2006). 9 A TRAJETÓRIA: A trajetória da Gestão de Pessoas pode ser dividida em quatro períodos: i) a década de 30; ii) os anos de 1960-80; iii) o início da década de 1990; e, iv) a segunda metade dos anos de 1990. 10 DÉCADA DE 30: Criação do Conselho Federal do Serviço Público em 28 de outubro de 1936, e do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), buscava-se um serviço público profissional de qualidade voltado para uma política de recursos humanos que estabeleceu novos sistemas de classificação de cargos para a estruturação de quadros de pessoal, fixando regras para a profissionalização dos servidores além da constituição de um sistema de carreiras sob a coordenação de um órgão central (MPOG, 2012). 11 Na década de 60 É publicado o Decreto-Lei nº 200, introduz-se um movimento de reforma administrativa, instituindo como princípios a descentralização de atividades, a coordenação e planejamento de ações, o controle e a delegação de competências regimentais. Dentre os seus princípios, destacam-se a necessidade de fortalecimento e expansão do sistema do mérito na administração pública. 12 Na década de 80 Com foco na reforma administrativa, as questões relacionadas aos recursos humanos ganharam mais relevância. Nesse contexto, é criada a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), com o objetivo de planejar, promover, coordenar e avaliar as atividades de formação, aperfeiçoamento e profissionalização do pessoal civil da alta administração pública federal (MPOG, 2012). 13 O terceiro marco ocorre no início dos anos 90 Quando foi editado o Regime Jurídico Único instituído pela Lei nº 8.112/90 no âmbito da administração federal. Essa Lei se constitui o mais importante instrumento regulatório das atividades do servidor público durante toda a sua trajetória funcional. 14 • Na segunda metade da década de 1990: Se iniciam os esforços para normatizar a participação de servidores públicos em eventos de capacitação e treinamento. Essa fase culmina na Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (MPOG, 2012). 15 16 As principais diferenças observadas na gestão de pessoas na área pública em comparação com a área privada são a estabilidade no emprego, o concurso público como processo seletivo e a ausência, na maioria dos casos, de um plano de carreira estruturado e orientado efetivamente por meritocracia e avaliações de desempenho. PÚBLICA X PRIVADA O Modelo de Gestão de Pessoas Toda empresa, órgão público ou fábrica depende, em maior ou menor grau, do desempenho humano para seu sucesso. Por esse motivo, toda e qualquer organização, desenvolve uma forma de atuação sobre o comportamento que se convencionou chamar de modelo de gestão de pessoas, o qual é determinado por fatores internos e externos à própria organização. 17 Um modelo de gestão de pessoas é constituído pela combinação dos seguintes elementos: Princípios: crenças e valores adotados pelas organizações. Processos: métodos utilizados para a execução das várias atividades e a obtenção dos resultados desejados. Estilo dos gerentes: modelos de comportamento e de relacionamento. Políticas: diretrizes a serem seguidas pela organização. 18 POLÍTICAS E PRÁTICAS DE GESTÃO A adoção de políticas e de práticas de gestão coerente e integrada de pessoas, com foco no desenvolvimento contínuo das competências dos profissionais, passa a ter relevância estratégica na conquista de um novo patamar de eficiência e qualidade para um gestor de pessoas na administração pública. 19 COMPETÊNCIA: São características identificáveis nas pessoas (incluídos os conhecimentos, as habilidades e atitudes - CHA), as quais viabilizam uma performance superior. 20 21 22 Tipologias de Competências Competências genéricas Competências essenciais Competências gerenciais 23 Competências genéricas São aquelas que todos devem ter ou desenvolver, pois são necessárias em qualquer área ou processo da organização. São definidas com base na missão, na visão e no planejamento estratégico da empresa. 24 Competências essenciais: São aquelas agrupadas por sistemas organizacionais – ou seja, com base nas principais atividades/funções realizadas pelas unidades da empresa – e que impactam nos desafios e resultados do negócio. 25 Competências gerenciais: São aquelas relacionadas à função de gestão, para todo o nível gerencial da empresa. (DUTRA, 2013). ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - EMPREGADOR O Cadastro Central de Empresas elaborado pelo (IBGE) e divulgado em junho de 2015, mostrou que a administração pública, mesmo representando apenas 0,4% das empresas do país, absorveu20,2% do número total de pessoal ocupado. 26 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - EMPREGADOR Observa-se que ao se falar de mão-de-obra no setor público, a referência deve ser a do empregador de um quinto do pessoal ocupado no país. 27 O FOCO: No setor público, a gestão de pessoas deve procurar desenvolver um planejamento de mecanismos de capacitação e desenvolvimento do servidor, proporcionando uma melhor qualidade no ambiente do trabalho e consequentemente no atendimento à população. 28 RESUMO DO ENCONTRO Apresentamos o conceito de gestão de pessoas, a evolução da GP no Brasil e na Administração Pública, bem como a competência requerida de um Gestor de Pessoas no serviço público. 29 30 CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS PÚBLICOS GESTÃO DE PESSOAS Encontro n° 01 Professor(a) Conferencista JOSE CARLOS PEREIRA