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Química Orgânica III Faculdade de Farmácia- UFRJ 2014 Claudia Rezende, Ana Carolina Amorim e Rafael Garrett � Classificação Geral ◦ Monossacarídeos: C3-C9 (pentose, hexoses) ex. glicose e frutose ◦ Di, tri e tetrasacarídeos: dímeros, trímeros e tetrâmeros de monossacarídeos. Ex: sacarose (glicose + frutose).(glicose + frutose). ◦ Oligossacarídeos: 2 à 10 unidades de monossacarídeos. projeção em cunha projeção de Fischer (poliidroxi aldeido ) (poliidroxicetona) MonossacarídeosMonossacarídeosMonossacarídeosMonossacarídeosMonossacarídeosMonossacarídeosMonossacarídeosMonossacarídeos Além de aldeidos e cetonas, podemos ter deoxi açucares e açucares aminados Grupos Funcionais Glicosamina � Conceito: diastereoisômeros que diferem em apenas um carbono assimétrico. Configurações das D-aldoses Configurações das D-cetoses Projeção de Fischer: representação bidimensional CadeiaCadeiaCadeiaCadeia carbonicacarbonicacarbonicacarbonica nananana verticalverticalverticalvertical Gliceraldeido: designaçao D/L – Estereoquimica e notação Desenhando os açúcares: 1. Coloque a C=O no topo superior vertical; 2. Em Fischer, coloque as OH dos centros quirais respeitando a configuraçao do centro 3. Cheque a posição do último centro quiral, OH à direira será D 4. Cheque a posição do último centro quiral, OH à esquerda será L D-galactose L-galactose OH à direita: D OH à esquerda: L Aldotetrose: 4 estereoisômeros Aldotriose: 1 centro estereogênico Método para representar estruturas cíclicas: 1.Coloque o oxigênio que fecha o ciclo para trás (atrás à direita) 2.OH à direita na proj. Fischer fica para baixo em Haworth 3.OH à esquerda na proj. Fischer fica para cima em Haworth 4. D-açucares tem o CH2OH do final da cadeia para cima 5.A nova OH formada no hemi-acetal/cetal pode ter 2 configurações: α e β Carbono anomérico http://web.pdx.edu/~wamserc/CH332S96/14notes.htm 6. Estes 2 estereoisômeros se originam no C anomérico: -no anomero α, OH fica para baixo em Haworth - no anomero β, OH fica para baixo em Haworth Lucas Nota A carbonila é plana. Dependendo da face em que o O ataca, forma-se o ciclo alfa ou beta. Hemiacetal hemicetal De aldeidos de cetonas � Carbono anomérico LADOS OPOSTOS MESMO LADO � Lembre-se: β-D-Glicose (todos os –OH estão em equatorial) � Substituição da hidroxila por um grupo -OR � Glicosídeos: acetais de carbohidratos ◦ Acetal da glicose: glicosídeo ◦ Acetal da manose: manosídeos � Reagentes de Tollens [Ag+(NH3)2OH-] � Reagente de Benedict – sol. básica contendo íon complexo de citrato cúprico Cu+2 � Açúcares redutores (Hemiacetais ou hemicetais) � Glicosídeos (acetal e cetal) não são redutores Açúcar não redutor Acetal Açúcar redutor Os açúcares redutores possuem grupos aldeídos e cetonas livres na cadeia. São ditos redutores por atuarem como agentes redutores,isto é,que sofrem oxidação. Açúcares não redutores, como a sacarose, possuem os grupamentos interligados (hemicetal ou hemiacetal) e se tornam redutores a partir da hidrólise Um açúcar invertido é fruto da hidrólise do não redutor para o redutor e possuem carbonila de aldeídos ou cetonas � A sacarose (C12H22O11), também conhecida como açúcar de mesa, é formado por uma molécula de glicose e uma de frutose produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese. � Não é açúcar redutor � Não exibe mutarrotação (Sacharum officinarum) Beta vulgaris � A maltose é obtida pela hidrólise do amido (diastase) � Formada por duas moléculas de glicose unidas por ligações hemiacetálicas nas posições 1→4´, configuração α. � Diferentemente da sacarose é um açúcar redutor, assim fornece teste positivos com soluções de Fehling´s, Benedict e Tollens. � Existe em duas formas anoméricas Quando o carbono anomérico de um resíduo de açúcar está envolvido em uma ligação glicosídica (Ex: união de dois monossacarídios pra formar um dissacarídio) ele não pode assumir a forma linear e, portanto, torna-se um açúcar não-redutor. Em polissacarídios existe a ponta redutora, que é a última molécula da cadeia que exibe um carbono anomérico, isto é, um carbono que não está envolvido em ligação glicosídica. *** *** � A Celobiose é formada a partir da hidrólise parcial da celulose fornecendo o dissacarídeo (C12H22O11). Lembra em todos os aspectos a maltose, exceto pela configuração da sua união glicosídica. � A Lactose é um dissacarídeo presente no leite. É um açúcar redutor que se hidrolisa para produzir a D-glicose e a D-galactose, a união glicosídica é a β. � Contem de 10 ou mais unidades de monosacarídeos unidos por ligações glicosídicas. � Polímeros de um único monossacarídeo é chamado de homopolissacarídeo em contrapartida aqueles com diferentes monossacarídeos são denominados de heteropolissacarídeos. � Três polissacarídeos importantes são o amido (reserva alimentar para vegetais), o glicogênio (reserva para animais) e a celulosepara vegetais), o glicogênio (reserva para animais) e a celulose (material estrutural dos vegetais). � Milho, batata, trigo e arroz são importantes fontes comerciais de amido. O aquecimento do amido com água faz com os dois componentes principais possa ser isolados, a amilose e amilopectina. � Amido é constituído por cerca de 10-20% de amilose (cadeias de D- glicose não ramificadas) e 80-90% de amilopectina (pode conter 106 unidades de glicose). � É o polissacarídeo de reserva da célula animal � Muito semelhante ao amido (amilopectina), possui um número bem maior de ligações a (α−1,6´), o que confere um alto grau de ramificação à sua molécula. � Os vários pontos de ramificação constituem um importante impedimento à formação de uma estrutura em hélice. � O ponto de ramificação ocorre a cada 10 resíduos� O ponto de ramificação ocorre a cada 10 resíduos (amilopectina=10). � É o carboidrato mais abundante na natureza � Possui função estrutural na célula vegetal, como um componente importante da parede celular � Semelhante ao amido (amilose) e ao glicogênio em composição, a celulose também é um polímero de glicose, mas formada por ligações tipo β -1,4´. � Este tipo de ligação glicosídica confere a molécula uma estrutura� Este tipo de ligação glicosídica confere a molécula uma estrutura espacial muito linear, que forma fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo ser humano (α-glucosidae). � Polissacarídeo estruturalmente semelhante a celulose. � É o carboidrato mais abundante no revestimentos de crustáceos (caranguejos, lagostas e outros) e no exoesqueleto de insetos. � Como na celulose a quitina apresenta uma ligação glicosídica β−1- 4´, porém apresenta um grupo N-acetilamino na posição C2. � A ligação glicosídica β−1-4´ promove rigidez a cadeia.� A ligação glicosídica β−1-4´ promove rigidez a cadeia. � Dextranas ◦ Polímeros ramificados de glicose com cadeias principais com ligações (α 1→6) e cadeias laterais com ligações (α 1→3) e (α 1→4) ◦ Dispersões aquosas atóxicas totalmente eliminadas pelo organismo humano: sucedâneos de plasma sanguíneo; espessantes na formulação de colírios. ◦ As bactérias bucais produzem dextrana (placa bacteriana). Leuconostoc mesenteroide � Goma Xantana ◦ Polímeros de β-D-glicose como na celulose. ◦ A cadeia principal é formada por moléculas de glicose (1,4`) com ramificações de manose, ácido glucorônico e manose. ◦ Excelentes estabilizantes em formulações farmacêuticas Xanthomonas campestris ◦ Excelentes estabilizantes em formulações farmacêuticas � Ácidos Algínicos e Alginatos◦ Formam géis viscosos, usados como protetores gástricos. ◦ Obtida da macroalga Macrocystis pyrifera. ◦ São formados por unidades dos ácidos β- D-manurônico e α-L-gulurônico com ligações 1→4. Resíduos de ácidos manurônicos Resíduos de ácidos gulurônicos Resíduos de ácidos gulurônicos Resíduos de ácidos manurônicos e gulurônicos alternados Composição de alginatos � Carragenanos ◦ Polímeros de galactose e anidrogalactose for temente sul fatados com l igações al ternadas a(1→3) e b(1→4). ◦ Obt idas de algas dos gêneros Hondrus , Eucheuma , Gigart ina e I r idaea. ◦ Dependendo do grau de sul fatação, da presença de anidrogalactose e das pos ições do grupo sul fato exis tem t ipos di ferentes de carragenanos e com propr iedades dist intas, os mais importantes são os k, y e l . � adi t ivos para produtos a l imentares1 , em especial � adi t ivos para produtos a l imentares1 , em especial como estabi l izantes e c lar i f icantes de bebidas . Unidades alternadas de β-3-D-galactopiranose e α-4-D- galactopiranose Kappaphycus alvarezii Eucheuma denticulatum Carragenano κ (kappa) (1→3)-β-D-galactopyranose-4-sulfate-(1→4)-3,6- anhydro-α-D-galactopyranose-(1→3) Carragenano ι (iota) (1 → 3)-β-D-galactopyranose-4-sulfate-(1 → 4)-3,6- anhydro-α-D-galactopyranose-2-sulfate-(1 → 3)- Carragenano λ (lambda) (1 → 3)-β-D-galactopyranose-2-sulfate-(1 → 4)-α-D- galactopyranose-2,6-disulfate-(1 → 3) Gigartina pistillata Aminoaçúcar Heparina é formada por glucosamina, ácido glucurônico e idurônico. C2 e C6 são sulfonados (anticoagulante) Prumus amygdalus Manihot esculenta Tratamento de câncer Alcaçuz Saponinas triterpênicas Ação expectorante e flavorizante Saponinas triterpênicas Contração muscular (miocárdio)
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