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Trabalho Pinóquio Às Avessas PDTA

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INTRODUÇÃO 
	Este trabalho tem como objetivo usar como base de estudo o livro Pinóquio Às Avessas, do autor Rubem Alves, a fim de identificar, na estória, os tipos de abordagens pedagógicas vistas em sala de aula, e relatar as características gerais de cada uma delas. Para isso, foi feita uma leitura do livro e analisado o que foi lido, de acordo com os estudos realizados em sala de aula e com o livro Ensino: As Abordagens do Processo, Mizukami. 
DESENVOLVIMENTO 
	O livro conta a história do garoto Felipe, que está prestes a entrar na escola. Curioso com essa nova fase, ele começa a questionar seu pai sobre o que a escola ensina e como ela funciona. Logo no começo, podemos perceber uma abordagem totalmente Tradicional vinda de seu pai. Essa abordagem tem características de autoritarismo do professor, onde tem o aluno como receptor passivo, que apenas executa o que lhe foi instruído pelo professor. É esperado que o indivíduo ingresse no mercado de trabalho para ser considerado bem sucedido, e acredita-se que as notas em sala de aula e o diploma de uma faculdade sirvam de status na sociedade. “Socialmente falando, essa posição implica supor que as experiências e aquisições das gerações adultas são condições de sobrevivência das gerações mais novas, como também da sociedade.” (MIZUKAMI, 1986). Podemos ver isso acontecer nos seguintes exemplos:
	“Para se tornar um menino de verdade, ele teria de ir à escola. Pinóquio fugiu da escola, preferiu brincar. (...) Quem não vai à escola fica burro.” (Página 10) 
	“Sonhavam que Felipe seria muito inteligente, muito bom aluno, tiraria notas boas na escola, passaria no vestibular, entraria na universidade e seria, quem sabe, um cirurgião famoso, ou um grande cientista, ou um bem-sucedido administrador de empresas.” (Página 12) 
	“As crianças brincam. Quando você crescer, deixará de ser criança e se transformará em adulto. Os adultos trabalham. Assim é a vida. É preciso trabalhar para ganhar dinheiro, para comprar uma casa, casar, ter filhos. (...) As escolas existem para transformar crianças em adultos que trabalham. É preciso entrar no mercado de trabalho.” (Página 18) 
	“Notas são números que os professores colocam no boletim, números que dizem o quanto você aprendeu.” (Página 22) 
Como podemos ver, o pai de Felipe esperava apenas que ele fosse bem sucedido em sua vida adulta, sem pensar nas coisas que Felipe iria querer ou se ele iria realmente aprender o que lhe interessava na escola. E quando Felipe o questionava sobre algo que lhe interessava, seu pai respondia: “Na escola você aprenderá...”. 
Porém, chegando à escola, não foi isso que Felipe encontrou. Ele, que sempre gostou e teve curiosidade sobre pássaros, perguntou à sua professora qual seria o nome do pássaro azul que ele sempre via. Seus professores não sabiam responder as perguntas que lhe interessavam, cravando ainda mais a abordagem Tradicional:
“Agora não é hora de pensar em pássaros. (...) A escola não é pra você aprender quilo que quer. A escola é pra você aprender aquilo que deve aprender.” (Página 29-30) 
Felipe não entendia o não entendia o porquê de não aprender o que queria, e não entendia o porquê dos números terem que dizer o quanto ele tinha aprendido. Em seu comportamento, vemos uma abordagem Comportamental. 
A abordagem Comportamental diz respeito a um objetivo empírico, baseado na experiência e na observação; cada conhecimento novo adquirido é uma nova descoberta. Tem como finalidade promover mudanças nos indivíduos, que implicam tanto em aquisição de novos comportamentos quanto a modificação de comportamentos já existentes. O ideal é transferir-se o controle da situação ambiental para o próprio sujeito de forma que a pessoa se torne auto controlável e autossuficiente. O conhecimento é o resultado direto da experiência. A educação desta abordagem está intimamente ligada à transmissão cultural. Podemos ver como isso se aplica na historia nos seguintes exemplos: 
“Eu sei tantas coisas! Sei o nome dos passarinhos, sei jogar gude, sei nadar, sei empinar pipa, sei fazer limonada, sei subir em arvore, sei montar quebra-cabeça, sei descascar laranja, sei dar laço no meu tênis, sei contar historias, sei regar o jardim...” (Página 22) 
“Sonhou que os professores eram pássaros que ensinavam a voar. Há muitos jeitos de voar (...). Havia pássaros-professores que ensinavam a linguagem dos pássaros, e outros que ensinavam a cantar como pássaros.” (Página 25) 
“Felipe pintou um (elefante) de cor-de-rosa e outro de verde. A professora chamou o menino e disse que elefantes não eram cor-de-rosa nem verdes. Ele deveria pintar os elefantes da cor que eles eram. Felipe obedeceu, passou a pintar os elefantes e todas as outras coisas do jeito como eram.” (Página 36)
Nesse ultimo exemplo, podemos ver como Felipe tem um comportamento de acordo com a abordagem Comportamental, onde deseja fazer aquilo que quer, por ser mais divertido e gostar, sendo autônomo, mas a professora logo o corta com sua abordagem Tradicional. 
No decorrer da historia, podemos ver que Felipe cedeu à abordagem Tradicional de sua escola, aprendendo a obedecer e a fazer e pensar nas coisas na hora certa. Foi um bom aluno, tirou notas boas, entrou na faculdade e se tornou um especialista em frangos de corte. “Felipe se tornou um profissional respeitado. Fez doutorado em universidade americana e colocou Ph.D. depois do nome. Ficou rico.” (Página 44) 
Ao que diz respeito à abordagem Humanista, “consideram-se as tendências ou enfoques no sujeito, onde ele é o principal elaborador do conhecimento humano. Essa abordagem da ênfase a relações interpessoais e ao crescimento que delas resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do individuo, em seus processos de construção e organização pessoal da realidade, e em sua capacidade de atuar como uma pessoa integrada.” (MIZUKAMI, 1986). Essa abordagem se baseia no fato de que não existem modelos prontos nem regras a seguir, mas um processo de “vir a ser”. Apresenta-se como um processo permanente e inacabado, em constante processo de atualização. Tem o papel fundamental de criar condições de expressão para a pessoa, pleno desenvolvimento de seu potencial. Essa abordagem diz que “não se pode especificar as competências de um professor, pois elas dizem respeito a uma forma de relacionamento de professor e aluno, que sempre é pessoal e única”. Portanto, o professor é apenas um facilitador, e “o aluno deve ser compreendido como um ser que se autodesenvolve e cujo processo de aprendizagem deve-se facilitar.” (MIZUKAMI, 1986). Com isso, é possível identificar essa abordagem na historia nos seguintes trechos:
 “Primeiro marca-se o caminho da corrida, num tipo de circulo. A forma exata não tem importância. Então os participantes são todos colocados em lugares diferentes, ao longo do caminho, aqui e ali. Não tem nada de “1, 2, 3 e já...”. Eles começam a correr quando têm vontade e param quando querem. (...) Todos ganharam, e todos devem ganhar prêmios.” (Página 32-33) 
“Felipe era muito curioso. Curiosidade é uma coceira que dá dentro da cabeça, no lugar onde moram os pensamentos. A curiosidade aparece quando os olhos começam a fazer perguntas.” (Página 13) 
“Quero entrar na escola. Tenho que tirar boas notas. Tenho que tirar as melhores notas e entrar na universidade. Quero ter um diploma em que esteja escrito “cuidador de pássaros.””. (Página 25). 
Nesses exemplos, podemos ver que a ênfase da abordagem é no sujeito, mas uma das condições necessárias para o desenvolvimento individual é o ambiente. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
- MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U., 1986.
- Slides apresentados em sala de aula.

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