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Aula 1 Conceito Basico e Fundamentais (13 a 19 Fev 2012)

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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL12
UNIMES VIRTUAL
Aula: 01
Temática: Conceitos Básicos e Fundamentais
 
 
Em nossa primeira aula, vamos abordar alguns conceitos 
básicos sobre comunicação.
Comunicação: Vem do latim communis, comum, o que in-
troduz a idéia de comunhão, comunidade. Isto é, tratamos de 
estabelecer uma comunidade, compartilhando informações. 
Em 1977, a UNESCO definia a comunicação da seguinte forma: “A Comuni-
cação é uma das formas pelas quais os homens se relacionam entre si. É a 
forma de interação humana realizada através do uso de signos”.
A comunicação, a bem da verdade, não é a única forma de relação hu-
mana. A luta, a relação sexual, a amamentação, os jogos, a cooperação, 
são outras formas de interação que podem ou não ser acompanhadas de 
comunicação.
Talvez não seja importante fazer a distinção, visto que tanto a comunica-
ção como os outros processos com que ela está quase sempre ligada, 
dão-se todos em uma matriz comum, que é a vida em sociedade. Diz o 
pesquisador colombiano Eduardo Ramos: 
Como qualquer outro elemento que integra a socieda-
de, a comunicação somente tem sentido e significado 
em termos das relações sociais que a originam, nas 
quais ela se integra e sobre as quais influi. Quer dizer 
que a comunicação que se dá entre as pessoas mani-
festa a relação social que existe entre essas mesmas 
pessoas. Neste sentido, os meios de comunicação 
devem ser considerados, não como meios de infor-
mação, mas como intermediários técnicos nas rela-
ções sociais.
A comunicação realiza-se por meio de transmissão de símbo-
los e signos, que representam uma realidade ou um conteúdo 
psíquico. Toda comunicação pressupõe um esquema proces-
sual ou formal que se traduz na transmissão de um signo que deve ser captado 
pelo receptor, ou seja, num interacionismo simbólico. Os signos, na maioria 
das vezes, são definidos arbitrariamente pelo homem e são convencionais no 
sentido de que sua utilidade depende de uma convenção ou acordo.
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Classificação dos signos:
Índex ou Índice: quando mantém uma relação direta com o seu referente, 
ou a coisa que produz o signo. Exemplos: chão molhado, indício de que 
choveu; pegadas, indício de passagem de alguém ou de algum animal; 
uma impressão digital; uma perfuração de bala etc.
Ícone: quando possui alguma semelhança ou analogia com o seu referen-
te. Exemplos; uma fotografia, uma estátua, etc.
Símbolo: quando a relação com o referente é arbitrária, convencional. As 
palavras, faladas ou escritas, em sua maioria, são símbolos. Sinais de 
trânsito, por exemplo, também são símbolos. A pomba branca é o símbolo 
da paz.
Linguagem: é apenas um dos códigos (verbal) que usamos para exprimir 
as idéias. Existem outras formas não-verbais. O uso organizado, em sím-
bolos, da língua.
Objetivo da comunicação: Aristóteles - a procura de todos os meios dis-
poníveis de persuasão. Ou seja, a tentativa de fazer com que os outros 
adotem nosso ponto de vista. Comunicamo-nos para influenciar, para in-
fluenciar com intenção.
As intenções:
Na comunicação, há sempre uma intenção básica: como fonte codificado-
ra, certamente a pessoa espera que o receptor selecione sua mensagem, 
que a compreenda, que a aceite e, finalmente, que a aplique. Entretanto, 
além destas intenções básicas, as pessoas têm intenções específicas, 
conjunturais. Eis uma lista, naturalmente incompleta, de possíveis inten-
ções:
 
expressar-se mostrar aceitar ordens
perguntar divertir
responder fazer rir
informar fazer chorar
pedir informação preocupar
ensinar despreocupar
revelar despertar curiosidade
ocultar satisfazer curiosidade
preparar chamar a atenção
acusar distrair a atenção
queixar-se dar ordens
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* Toda comunicação visa a uma reação e possui uma meta, 
um objetivo. A reação é o primeiro passo para que a comu-
nicação seja considerada positiva e eficiente. 
* Muitas vezes, nossos objetivos são inconscientes.
* O comportamento de comunicação é habitual. Quando isso ocorre com 
freqüência, nossa comunicação tende a se tornar ineficiente.
Influenciar Quem? - qualquer situação de comunicação humana compreen-
de a produção da mensagem por alguém e a recepção dessa mensagem 
por alguém. Qualquer análise do objetivo da comunicação, ou do êxito na 
obtenção da reação, precisa levantar e responder à questão de a quem ela 
se destinou.
TIPOS DE RECEPTORES:
Receptores pretendidos - influenciar o alvo pretendido pela mensagem.
Receptores não-pretendidos - influenciar pessoas que estejam além do 
público alvo.
TIPOS DE RESPOSTAS: 
1- a resposta que interessa à pessoa que produz a mensagem;
2- a que interessa a quem recebe a mensagem.
Objetivo e audiência: são coisas inseparáveis. Todo com-
portamento de comunicação tem como objetivo a obtenção 
de uma reação específica ou de um grupo. Quando os obje-
tivos da fonte e do receptor são incompatíveis, rompe-se a comunicação.
Modelo do Processo de Comunicação:
Toda situação de comunicação apresenta esses elementos:
Aristóteles - (1) a pessoa que fala; 2) o discurso que faz e 3) a pessoa que 
ouve.
A maioria dos atuais modelos é semelhante ao de Aristóteles. Um dos 
modelos contemporâneos mais usados foi elaborado em 1947 pelo ma-
temático Claude Shanon e pelo engenheiro eletricista Warren Weaver. O 
modelo Shanon-Weaver é:
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1) fonte (pessoa que fala); 2) transmissor (que envia a mensagem); 3) sinal 
(mensagem/discurso); 4) receptor (capta a mensagem para o destinatário) 
e 5) destinatário (ouvinte).
Outro modelo:
Todo processo de comunicação tem:
1- Fonte - pessoa com objetivo de empenhar-se na comunicação.
2- Codificador - responsável por pegar as idéias da fonte e pô-las num 
código, exprimindo o objetivo da fonte em forma de mensagem.
3- Mensagem - tradução das idéias da fonte num código, num conjunto 
sistemático de símbolos.
4- Canal - é o intermediário, é o condutor da mensagem.
5- Decodificador - decifra a mensagem para que o receptor possa usá-la. 
6- Receptor - é a pessoa que recebe a mensagem, o alvo da comunicação.
* Na comunicação interpessoal, o codificador seria as habilidades moto-
ras da fonte (garganta, mãos, rosto, etc). O decodificador seria o conjunto 
de habilidades sonoras do receptor (visão, audição).
Leia o artigo “Jornalismo, globalismo e a nova estrutura do 
poder”, do jornalista Heródoto Barbeiro, que fala da relação 
dos meios de comunicação no mundo globalizado. Este arti-
go acha-se disponibilizado no site do Observatório da Imprensa, por meio 
do endereço eletrônico:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/
jd050599.htm acesso em 08 mar. 2006.
 
Envie suas dúvidas e comentários.
Na próxima aula continuaremos a apresentar os conceitos básicos e fun-
damentais da Comunicação.
Até breve.

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