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Vitaminas na Gravidez

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
AMANDA CAROLINE SCHÜLER
EDUARDA CLARISSA DA SILVA
MICRONUTRIENTES NA GESTAÇÃO
Videira
2013
AMANDA CAROLINE SCHÜLER
EDUARDA CLARISSA DA SILVA
MICRONUTRIENTES NA GESTAÇÃO
Trabalho do componente curricular de Nutrição Materno-Infantil apresentado ao Curso de Nutrição, da área das Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade do Oeste de Santa Catarina, como parte do plano de ensino.
Prof. Solange Zanetti
Videira
2013
INTRODUÇÃO
O período gestacional, que compreende 40 semanas, merece atenção especial da Nutrição para que se mantenha a saúde da mãe e do bebê em todos os momentos. O primeiro trimestre é marcado por modificações biológicas, com intensa divisão celular e dos enjoos e vômitos que não comprometem a condição do embrião, mesmo que a saúde do mesmo dependa da condição pré-gestacional da mãe. O segundo e o terceiro trimestres recebem mais influência do meio externo.
A gestação é uma das etapas da vida da mulher de maior vulnerabilidade nutricional, estando, por exemplo, mais sujeita a intercorrências decorrentes da má alimentação, em um momento em que o corpo está em processo de intenso anabolismo que determina expressivo aumento das necessidades nutricionais, comparado ao período pré-gestacional.
O estado nutricional antes e durante a gravidez é crítico tanto para a mãe quanto para o filho, determinando o bem estar de ambos. A avaliação nutricional da gestante deve levar em consideração os métodos antropométricos, hábitos alimentares, exames bioquímicos e clínicos. O diagnóstico é o que norteará a intervenção nutricional adequada para cada caso em questão. 
Para que a gestação transcorra de forma saudável e tranquila é necessário atentar para o aumento de peso, consumo de alimentos adequados, suplementação apropriada de micronutrientes quando necessário e a abstenção do fumo e do uso de álcool ou qualquer outra substância danosa.
Há evidências de que o desenvolvimento intrauterino exerça efeitos sobre a vida adulta. Exemplo disso seria a desproporção do tamanho ao nascer do recém-nascido devido à má nutrição no útero e sua correlação com a incidência de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão ao longo do tempo. Além disso, a falta de micronutrientes essenciais oriundos da alimentação materna pode causar disfunções, síndromes e malformações, que acompanharão o nascituro por toda sua vida.
É papel do nutricionista avaliar, diagnosticar, orientar e acompanhar a gestante para que esta tenha uma alimentação apropriada durante gestação, garantindo tanto a sua saúde quanto a do bebê.
MICRONUTRIENTES NA GESTAÇÃO
VITAMINA A
Também conhecida como retinol, se encontra somente em alimentos de origem animal, ou nos vegetais em forma de pró-vitamina.
Durante a gestação, o feto faz suas reservas de vitamina A no terceiro semestre, pois necessita dessa vitamina para seu crescimento e desenvolvimento, sistema imune e visão, assim como ela é necessária ao crescimento tecidual materno, além de ser importante para a síntese de hormônios esteroides, estando associada ao aumento de progesterona durante a gestação. 
Função: Manutenção da visão, expressão de genes, reprodução, desenvolvimento embrionário, crescimento e função imune. A função antioxidante da vitamina A é o fator mais importante, pois nesse período o recém-nascido produz muitos antioxidantes em resposta à exposição a elevadas concentrações de oxigênio. O estresse oxidativo é um dos causadores de danos ao sistema respiratório das crianças. O requerimento da vitamina A se baseia no acumulo de reservas adequadas.
Deficiência: Sua deficiência pode causar cegueira noturna e xeroftalmia. 
	Principais fontes: Óleo de fígado de bacalhau, fígado de frango, fígado de vaca, vitela, manteiga, margarina, atum, leite, ovos.
Recomendação: Gestantes de 14-18 anos: 750mmg/dia
 Gestantes de 19-50 anos: 770mmg/dia
VITAMINA C
Ocorre naturalmente em alimentos. O corpo humano não faz reservas desta vitamina. Em função dos ajustes fisiológicos da gestação, com aumento do volume sanguíneo, normalmente há redução dos níveis desta vitamina, mas sem associação com efeitos deletérios. 
Função: Antioxodante, auxiliar na formação de colágeno, fortalece sistema imune, síntese de neurotransmissores, participação na cicatrização. 
Deficiência: Escorbuto, baixa imunidade, cicatrização lenta. Nível abaixo do esperado na gravidez está relacionado com ruptura prematura da placenta e possibilidades de parto prematuro, uma vez que participa da produção de colágeno para estas membranas e também como antioxidante. Situações de estresse oxidativo se relacionam com doenças crônicas e síndromes hipertensivas gestacionais. Também pode causar pré-eclâmpsia. 
Principais fontes: Frutas, em especial laranja, goiaba, acerola, morango, manga, mamão, além de vegetais, como a couve-flor e os folhosos.
Recomendação: Gestantes de 14-18 anos: 80mg/dia
 Gestantes de 19-30 anos: 85mg/dia
 Gestantes de 31-50 anos: 85mg/dia
VITAMINA D
A vitamina D é sintetizada pela pele humana. A produção diária dessa vitamina atinge o máximo após 30 minutos de exposição à luz solar. Pessoas de pele negra devem aumentar esse tempo de exposição, pois o aumento da concentração de melanina reduz a eficiência da síntese dessa vitamina.
Função: Importante papel no processo de mineralização óssea, imunidade e atividade reprodutora. 
Deficiência: Crescimento fetal deficiente, hipocalcemia neonatal, raquitismo e prejuízos no esmalte dentário, além de osteomalácia materna.
Principais fontes: atum, sardinha, gema de ovo, óleo de peixe e fígado.
Recomendação: A recomendação é a mesma para mulheres não grávidas: 5mmg/dia. Se ocorrer a exposição regular ao sol, a suplementação é desnecessária. 
CÁLCIO
	O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano, contribuindo com 1,5% do peso corporal, distribuído entre ossos, dentes, e fluidos intra e extracelular.
Função: Mensageiro intracelular, cofator para enzimas e proteínas extracelulares, formador de ossos e dentes.
Deficiência: Durante a gestação, o metabolismo do cálcio pode sofrer aumento na sua taxa de utilização pelos ossos, aumento na absorção intestinal e diminuição do processo de reabsorção óssea pela mãe. Tudo isso se deve as modificações hormonais presentes. Para o feto, a deficiência está relacionada com prejuízos no crescimento e desenvolvimento fetal, pressão arterial, alteração de membrana, contrações prematuras e precipitação do parto.
Principais fontes: leite integral, ricota, queijo prato, iogurte natural integral, doce de leite, tofu, salmão, ostras, moluscos, brócolis, couve, leguminosas e frutas desidratadas.
Recomendação: Gestantes de 19-50 anos: 1.000mg/dia 
 Gestantes de 14-18 anos: 1.300mg/dia
FERRO
A deficiência de ferro constitui a carência nutricional mais prevalente no mundo, atingindo todas as camadas da sociedade, especialmente nos países menos desenvolvidos. 
Função: Está envolvido com a formação de glóbulos vermelhos, transporte gasoso, transferência de elétrons, produção de energia celular, proteção do sistema imunológico, síntese de colágeno, síntese hormonal. Na gravidez, o ferro é um elemento fundamental à transferência de moléculas de oxigênio para a respiração de células maternas e fetais, além da produção de energia por meio do metabolismo oxidativo, crescimento celular, síntese de neurotransmissores e cofator enzimático.
Deficiência: Anemia, sensibilidade óssea ao frio, anorexia, problemas de crescimento. A deficiência de ferro no período gestacional está relacionada com aumento da mortalidade perinatal e prematuridade, além de alterações no sistema imune e prejuízos no crescimento e no desenvolvimento fetais. 
Principais fontes: Fígado, mariscos, ostras, rim, coração, carnes magras, aves e peixes, feijões, grãos integrais e frutas secas.
Recomendação: 
ZINCO
	O zinco
é um dos elementos mais abundantes do meio intracelular, sendo encontrado no citossol, em vesículas, organelas e no núcleo.
Função: Centro ativo de enzimas, fator de transcrição genético, regulação do crescimento Na gravidez, sua importância relaciona-se com a integridade celular, crescimento e desenvolvimento adequados e funções celulares. 
Deficiência: Crescimento lento, alterações no sistema imune, Na gravidez pode ser teratogênica para o sistema nervoso central, além de estar relacionada com baixo peso ao nascer, infertilidade, morte embrionária e fetal, morte neonatal, depressão imune, aberrações cromossômicas. 
Principais fontes: Carnes, peixes, aves, cereais integrais, nozes, fígado, ostras e mariscos, queijos, leguminosas. 
Recomendação: Gestantes de 19-50 anos: 11mg/dia 
 Gestantes de 14-18 anos: 12mg/dia
ÁCIDO FÓLICO
Função: Envolvido na prevenção e na patogênese de defeitos do tubo neural.
Deficiência: Anencefalia, anemia, espinha bífida, retardo no crescimento, morte prematura.
Principais fontes: Hortaliças verde-escuras, couve-flor, aspargo, milho, frutas cítricas, feijões, fígado, carne magra, cereais integrais e grãos secos.
Recomendação: 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Sandra M. C. S.; MURA, Joana D’arc P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Roca, 2010. 
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
PENTEADO, M.V.C. Vitaminas: aspectos nutricionais, bioquímicos, clínicos e analíticos. Barueri: Manole, 2003.

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