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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FACULDADE DE D IRE ITO – CURSO DE D IRE ITO DIREITO INTERNACIONAL DIVERSIDADE DE APLICAÇÃO DAS FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO AO CASO CONCRETO. THAYNÁ SILVEIRA SOARES (110788) RIO GRANDE/RS 2017 SUMÁRIO 1. Introdução ................................................................................................................ 1 2. Fontes, meios auxiliares e novas fontes do Direito Internacional Público. ................. 2 2.1 Os costumes, as Convenções Internacionais e os Princípios Gerais de Direito. ........ 2 2.2 As decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações. .......................................................................................................................... 3 3. Fontes do Direito Internacional Público em matéria de Intervenção Militar. .............. 5 4. Fontes do Direito Internacional Público em matéria de Operações de Paz. ................. 8 5. Conclusão ...................................................................................................................11 6. Referências Bibliográficas...........................................................................................12 1 1. Introdução O presente tem trabalho aborda temas referentes ás Fontes do Direito Internacional Público onde têm-se uma breve classificação das fontes que interessam ao tema abordado, sua aplicação aos casos concretos da comunidade internacional envolvendo a Intervenção Militar e os métodos de Operações de Paz realizadas pelos órgãos da Organização das Nações Unidas em prol da manutenção da paz internacional e o respeito ás fronteiras internacionais. O objetivo proposto foi abranger e explorar a diversidade, a complementariedade e a efetividade ou inefetividade das fontes de Direito Internacional Público envolvidas nas situação de invasão ou ataque militar unilateral e nas Operação de Paz das Nações Unidas. Ainda, o texto demonstra o caráter complementar das Fontes de Direito Internacional Público uma vez que correlaciona suas atuações para definir se um determinado Estado ou ator internacional foi legal ou ilegal perante o Direito Internacional em sua conjuntura atual. Contudo, mostra-se também a importância do multilateralismo das decisões judiciárias internacionais e a forma como a jurisprudência internacional atinge os penalizados e infratores de normas internacionais. Desse modo, demonstra-se, ainda, a efetividade, alcance ou frustações das normas internacionais e métodos criados pela ONU para impedir, resolver ou sancionar Estados litigantes envolvidos em controvérsias internacionais. Este trabalho é de suma importância para consolidar os conteúdos lecionados em aula referente ao tema e ainda aprofundar os conhecimentos, na medida do possível, acerca do referido assunto. 2 2. Fontes, meios auxiliares e novas fontes do Direito Internacional Público. Primeiramente, cabe destacar os diversos meios de onde emanam o Direito Internacional, de um modo geral, seus meios de interpretação ou determinação que auxiliam em julgados de tribunais internacionais e ainda as novas formas encontradas para concretizar seu entendimento. Assim, conforme o artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do Direito Internacional aplicáveis a determinação de casos concretos: os costumes reconhecidos pelos Estados litigantes, as convenções internacionais reconhecidas pelos Estados em litígio e os Princípios Gerais de Direito reconhecidos pelas nações. Ademais, são meios de auxílio para a interpretação e determinação das regras de direito que levam a julgados em matéria internacional: as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações. Desse modo, qualifica-se, rapidamente, cada um dos referidos para dar sequência ao presente estudo. 2.1 Os costumes, as Convenções Internacionais e os Princípios Gerais de Direito. Os costumes são de grande importância para o Direito Internacional por este não possuir um centro integrado de produção de normas jurídicas. Os costumes tem um caráter formal devido a sua codificação em documentos escritos e por possuírem uma normativa histórica onde foram a primeira fonte do Direito Internacional. As Convenções e Tratados Internacionais são as principais e mais concretas das fontes. Operam com segurança jurídica e estabilidade nas relações internacionais trazendo autenticidade e representatividade ao Direito Internacional por sintetizarem o livre arbítrio e a vontade conjunta dos Estados que os assinam. São 3 elaborados de forma democrática pelos Estados e regulam matéria das mais variadas as mais importantes para o cenário internacional. Os Princípios Gerais de Direito são fontes autônomas do Direito e demandam reconhecimento de tais princípios pelos Estados, como um todo, para legitimar as ações do Direito Internacional Público. A expressão “nações civilizadas” é criticada por doutrinadores por demonstrar uma discriminação por parte de quem redigiu o Estatuto em relação aos países que não são integrantes do Eixo Europeu. 2.2 As decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações. As decisões judiciárias, são as próprias decisões da Corte e que “faz lei’ entre as partes envolvidas em um determinado litígio. Ou seja, são jurisprudências que podem ou não orientar a direção de um julgado internacional por serem reiteradas decisões do Judiciário sobre um dado assunto. Não são fontes do Direito Internacional e sim meios auxiliares para a determinação das regras de direito. Isto é, não fazem emanar uma regra por si só. Contudo, possuem elementos interpretativos e determinantes para o direito. Doutrina dos Publicistas são a segunda categoria de meios qualificadores do Direito Internacional e que também não é considerada como fonte pois proposições de famosos doutrinadores de um dado país podem até influenciar um julgamento mas não há obrigatoriedade dos Estados em seguir esta opinião. Há ainda a analogia e equidade que são postas como fontes do Direito Internacional Público pela doutrina. São utilizadas para suprir a falta de regras específicas do direito e enfrentar as soluções de forma que se tenha justiça no julgamento e se resolva o conflito de interesses. A analogia consiste em se aplicar solução de um fato já resolvido a um fato semelhante. A equidade ocorre em casos em que a norma não existe ou não é suficiente para solucionar o litígio e então faz uso de princípios ou outras regras para obter uma decisão. 4 Os atos unilaterais dos Estado que são a manifestação de vontade própria feita por agente estatal competente com a intenção de produzir efeitos jurídicos em suas relações internacionais. Necessitam de clareza em suas argumentações, objeto preciso e determinado e caráter público. São irretratáveis, uma vez assumidos não se pode mudar de posição. As decisões das organizações internacionais que são fontes modernas do Direito Internacional e são atos institucionais onde os Estados participam de modo indireto por meio de votações em assembleias ou órgãos decisórios. São também atos unilaterais pois derivam de um único órgão e tem poder vinculante aos Estados-partes. Em suma, expressam a vontade da organização e não dos Estadoscomo foi o caso da Conferência das Partes integrante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ocorrida em 1992. Têm-se ainda as obrigações erga omnes que são a todos imposta sem precisar de prévia aceitação ou objeção. O que se leva em conta aqui é o seu caráter universal de aplicação e não a hierarquia. Geralmente decorrem de tratados como o Direito a livre determinação dos povos, Princípios básicos da pessoa humana, etc. O jus cogens internacional que diferentemente das obrigações erga omnes são hierarquicamente superiores por serem normas imperativas e inderrogáveis. Tudo que entra em conflito com uma norma imperativa torna-se nulo e extingue-se (artigos 53 e 64 da Convenção de Viena de 1969). Impõe um limite aos Estados em relação as suas obrigações jurídicas mas não os impedem de usá-la aos seus interesses. Um exemplo clássico é a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Por fim, a soft law que atualmente encontra-se em construção e não é de caráter obrigatório mas enseja apreciação por parte de seus destinatários por ser uma norma “flexível”, como o próprio nome expressa, onde seu conteúdo é mais prático de ser trabalhado. Contudo, não nega-se a incerteza jurídica sobre o assunto e a sua não- formalização perante o Direito Internacional Público. 5 3. Fontes do Direito Internacional Público em matéria de Intervenção Militar. Em um primeiro momento importa apenas qualificar o que é Intervenção Militar, Ataque Militar ou Invasão Militar. Historicamente falando, os Estados soberanos sempre se encontram em conflitos ou na iminência deles. Desde os mais remotos tempos têm-se Estados, de todas as formas, desejando o território, produtos/riquezas, povo ou até mesmo poder seja ele político, econômico, etc. A partir dessa ideia tornou-se imprescindível a criação de meios impeditivos, resolutivos e sancionadores para lidar com esse tipo de situação. Criou-se regras de direito aplicáveis ao caso concreto, regras interpretativas, determinantes ou pacíficas sobre esta matéria. Intervenção Militar é o uso das forças militares de um determinado Estado em terreno de outro Estado soberano com a finalidade de controlar certa situação que deveria ser responsabilidade de outra entidade ou do próprio Estado invadido. Ou seja, quer diz que um país por meio de um ato unilateral, com ou sem autorização do outro ou da ONU, resolveu prontificar suas tropas com o objetivo de afastar o que está causando o caos e controlar determinada situação em território que não lhe pertence. Desse modo, assim como todo ato soberano, deve-se haver regras que regem ou deveriam reger uma Intervenção. A jurisprudência internacional, por exemplo, não encontra respaldo fático para real aplicação em caso de intervenções militares, pois não existe, atualmente, cortes internacionais para autorizarem intervenções, ataques ou invasões militares. 6 As fontes do Direito Internacional Público possuem uma real importância no assunto pois é por meio delas que encontram-se respostas a estas situações. Por exemplo, em relação aos Princípios do Direito Internacional aceitos e convencionados na Declaração de Princípios de Direito Internacional referente a relações de amizade e cooperação entre os Estado conforme a Carta da ONU, encontra- se vários obstáculos a autorização de intervenções. A referida Declaração consagra diversos Princípios, entre eles o que torna inaceitável autorizar uma Intervenção Militar: Princípio de que os Estados, em suas relações internacionais, se absterão de recorrer a ameaça ou ao uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, ou em qualquer outra forma incompatível com os propósitos das Nações Unidas. Este Princípio preza pela resolução pacífica de controvérsias pois repudia o uso da força como forma de resolver questões internacionais. Todos os Estados devem respeitar as fronteiras internacionais de acordo com os propósitos e demais princípios das Nações Unidas. Outro Princípio relevante para a questão é o da Igualdade Soberana onde todos os Estados são iguais no plano internacional. Ou seja, nenhum estado tem o direito de reclamar jurisdição sobre outro Estado soberano e nem interferir nas escolhas políticas de outro Estado soberano. Assim, todos os Estados-membros devem, por razões humanitárias, e em forma de obrigações erga omnes e/ou jus cogens assumir a responsabilidade de proteger o cidadão. Cada Estado deve proteger seus nacionais contra genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade, contudo, ao mesmo tempo, a comunidade internacional tem a obrigação de ajudar os Estados a prevenir esses tipos de crime também. Em 2003, com o advento da Intervenção Militar dos Estados Unidos ao Iraque somado a isso a interpretação evolutiva da Carta da ONU, o Conselho de Segurança exerceu uma função de mero “legitimador” do uso da força por parte dos 7 americanos. Considerando o histórico da ONU com os Estados Unidos em relação a invasões anteriores como o conflito da Coreia, Guerra do Golfo em 1991 e recentemente a Síria, percebe-se que existem incertezas quanto a efetividade dos métodos de controle do uso da força em relações internacionais estabelecidos pela ONU. Contudo, o Conselho de Segurança da ONU não autorizou a entrada dos EUA no Iraque mas parte da doutrina e agentes estatais americanos acreditavam ser necessário uma intervenção sem prévio consentimento do referido Conselho. A decisão tomada pelos EUA e pelo Reino Unido em adentrar o território iraquiano em 2003, trouxe riscos ás regras de Direito Internacional no que diz respeito ao descrédito do mando de poder da própria ONU. Utilizaram como argumento para a intervenção militar a Legalidade da Guerra baseada na Ação Humanitária, ou seja, alegando-se que o governo de Hussein era autoritário e tirano o que evidenciava um desrespeito aos Direitos Humanos deveria então haver uma intervenção no país. Também, a Legalidade da Guerra baseada na Legítima Defesa que consistiu em se posicionar contra as políticas armamentistas iraquianas para garantir a paz da comunidade internacional e proteger o cidadão nacional iraquiano e internacional. E, também, a Legalidade da Guerra Baseada nas Resoluções do Conselho de Segurança. Ressalta-se a Resolução 1441,e pode-se dizer que esta foi a principal Resolução elaborada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2002, sobre a qual se gerou a discussão acerca da legalidade ou não da intervenção no território iraquiano, em 2003. Contudo, vários doutrinadores se colocaram contra estas Legalidades alegando que os EUA e o Reino Unido não tomaram medidas protetivas e sim invasivas. Ainda, os Estados que desejavam a intervenção pressionavam a aceitação da legitimidade da guerra através das Resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Contudo, os embates ocorridos no Conselho de Segurança, na época, não direcionavam para a existência de uma aplicação automática da Resolução 1441. 8 4. Fontes do Direito Internacional Público em matéria de Operações de Paz. Diante do complexo de definições acerca do tema, é importante diferenciar alguns deles. Operações de Paz não são as missões que apenas a ONU desenvolve mas qualquer outra ação militarizada com intuito de facilitar a implementação de um acordo de paz ou apoiar o processo de paz. Já a expressão peacekeeping operations é a mais utilizada pelos países que cedem suas tropas á ONU para Operações deste porte onde há o consentimento do país anfitrião. Dentre os Instrumentos da Paz constantes da Doutrina Capstone estão: prevenção de conflitos, peacemaking,peacekeeping, peacebuilding e peace enforcement. Insta salientar que estes meios de garantia da paz não necessitam ser utilizados nesta ordem apenas de modo que um reforce o trabalho do outro. Assim, por prevenção de conflitos têm-se as técnicas de diplomacia, medidas diplomáticas e missões da ONU de caráter preventivo para descaracterizar a presença da ONU apenas depois de haver iniciado o conflito, como foi o caso das Operações no Congo (ONUC) em 1960. Por peacemaking têm-se a busca de resolução de conflitos já instaurados por meio de ações diplomáticas que buscam por fim de forma pacífica ao conflito. Desse modo, peacekeeping, é o método utilizado pela ONU e outros atores internacionais para manter a paz e a segurança internacional com o objetivo de conseguir um cessar-fogo ou acordo de paz. Peacebuilding é a mais recente forma de alcançar a paz utilizada pela ONU e consiste em medidas adotadas para evitar que o Estado volte a entrar em conflito sendo um projeto de longo prazo. Por fim, peace enforcement, é a aplicação, com autorização do Conselho de Segurança e sem o consentimento do Estado-fim, de medidas de coerção, incluindo a 9 força militar, para restabelecer a paz e a segurança internacional em situações onde a ONU concluiu haver ameaça, rupturas ou atos de agressão a paz. As fontes do Direito Internacional Público são um importante instrumento de sustento de deliberação acerca das Operações de Paz. Geralmente tais missões se concentram em Estados onde já houveram conflitos internos (guerras civis) ou externos (Intervenção de outro Estado). Assim, com base na Carta da ONU onde se preceitua que todos os Estados devem manter a Paz, a segurança e para isso tomar coletivamente medidas necessárias para evitar ameaças á paz (artigo 1º) e deve o Conselho de Segurança realizar a apreciação das referidas ameaças. Caso o Conselho de Segurança conclua pela necessidade de realização de uma operação de manutenção da paz para resolução por completo do conflito, após as sugestões, aprovará uma Resolução para criar a missão e delinear o Mandato. Contudo, ainda há muitos desdobramentos até a completa criação da referida missão que fogem do objetivo de estudo do presente trabalho. Ao contrário da Intervenção Militar, as Operações de Paz não afrontam os Princípios da Declaração de Princípios de Direito Internacional referente a relações de amizade e cooperação entre os Estado conforme a Carta da ONU. Em primeiro plano, as Operações de Paz consistem em uma “exceção” de Intervenção pois o que as diferenciam é o objetivo fim onde se encontram o restabelecimento da paz e segurança internacional e o consentimento da ONU para o feito da missão. Em segundo plano, as Operações de Paz, de um modo geral, constituem a fase posterior a intervenção militar de outro Estado. Com as degradações sociais, políticas, econômicas, etc. trazidas pela Intervenção, torna-se necessário operar em sentido inverso, ou seja, “remontar” o país para que o peace enforcement obtenha êxito, como foi o caso da UNMIH – Haiti, 1993. 10 Aqui no Brasil, é de conhecimento popular algumas missões de paz da qual as Forças Armadas integram. A Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU no começo do ano de 2004 com o objetivo central de restabelecer a segurança e a normalidade institucional do Haiti após um período que quase desencadeou uma guerra civil no país e causou a partida do então presidente Jean Bertrand Aristide para o exílio. Com este exemplo, torna-se evidente, novamente, que a responsabilidade de proteger os cidadãos nacionais e internacionais de ameaças, rupturas ou atos de agressão á paz é dever de todos os Estados soberanos. E somente com a cooperação internacional alcança-se um patamar de segurança jurídica internacional. O costume e a jurisprudência internacionais garantem a reparação de danos em casos como Nicarágua vs. Estados Unidos em 1984 ou após a Operação Iraque onde os Estados Unidos romperam com os princípios estabelecidos na Carta da ONU e OEA para suprirem seus interesses nacionais. Segundo a Resolução 3314 da Assembleia Geral da ONU de 1973, agressão é todo uso da força armada por um Estado contra a soberania, integridade territorial ou independência política de outro Estado, ou de qualquer forma incompatível com a Carta das Nações Unidas (artigo 1º). E, qualquer Estado que pratique atos conforme o enunciado, estará passível de punições e sanções internacionais como reparação mediante multa e ações humanitárias conforme jurisprudência e norma abstrata internacional. Para finalizar, cumpre destacar que os pareceres da ONU em matéria de Operações de Paz nem sempre são positivos ou a missão proveitosa como é o caso da MINUSTAH onde pouco se ganhou no Haiti em segurança e tranquilidade. 11 5. Conclusão Diante do exposto, conclui-se, de modo geral, ser mais que uma responsabilidade e sim um dever cívico internacional proteger seus nacionais contra genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade, contudo, ao mesmo tempo, a comunidade internacional tem a obrigação de ajudar os Estados a prevenir esses tipos de crime também. Cada Estado é responsável pelos seus atos e os reflexos destes com outros Estados ou a comunidade internacional como um todo. A ONU tem a principal função de criar métodos impeditivos, resolutivos ou sancionadores de conflitos onde se encaixam técnicas como peacekeeping e peacemaking. Ademais, a Intervenção Militar, jamais obterá da ONU uma autorização por contrariar tudo que está contido em sua Carta. Se um determinado país resolver unilateralmente intervir em outro, configura-se agressão (Resolução 3314 da Assembleia Geral da ONU de 1973) e deverá ser punido como tal perante a comunidade internacional. Com o objetivo de igualar, seja material ou formalmente as nações, a ONU vem desempenhando um papel de mediador de conflitos ao criar mecanismos de resolução pacífica de controvérsias com o uso das Operações de Paz como forma de evitar, repelir ou remediar um determinado conflito. Em se tratando das Fontes do Direito Internacional Público, cumpre-se ressaltar que sempre haverá novidade nesta matéria uma vez que o próprio Direito Internacional está em constante evolução pois envolve as mais variadas questões. Assim, tanto os meios auxiliares de interpretação e determinação das regras do direito como as fontes formais e materiais, novas ou não, são de suma importância para a elaboração de um sistema jurídico internacional mais amplo e abrangente porém certo e sem cair em descrédito. Por fim, partindo de numerosas declarações, revela-se nas relações entre os atores internacionais uma nova concepção de igualdade, que não é, evidentemente, uma igualdade de poder, mas uma igualdade que se situa no plano do desenvolvimento. 12 6. Referências Bibliográficas ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, G. E. Do Nascimento e; CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público. 20ª ed. São Paulo, 2012. FAGANELLO, Priscila Liane Fett. Operações de Manutenção da Paz da ONU - De que forma os Direitos Humanos Revolucionaram a principal ferramenta internacional da paz. Brasília, 2013. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 8ª ed. São Paulo, 2014. REZEK, Francisco. Direito Internacional Público – Curso Elementar. 15ª ed. São Paulo, 2014. PINHEIRO, Leandro Guerreiro C. Guerra do Iraque: Análise de sua legalidade frente ao Direito Internacional contemporâneo. Soleis, Rio de Janeiro, 23 maio de 2009. Disponível em: <http://soleis.com.br/artigos_guerra_iraque.htm>.Acesso em: sexta, 23 de junho de 117. 1. Introdução 2. Fontes, meios auxiliares e novas fontes do Direito Internacional Público. 2.1 Os costumes, as Convenções Internacionais e os Princípios Gerais de Direito. 2.2 As decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações. 3. Fontes do Direito Internacional Público em matéria de Intervenção Militar. 4. Fontes do Direito Internacional Público em matéria de Operações de Paz.
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