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ANÁLISES TÉRMICAS – DSC E DTA I. Análise Térmica Diferencial (DTA ou ATD): Consiste em uma técnica no qual mede-se a diferença de temperatura entre a substância e um material de referência, sendo uma medida como função da temperatura. DTA é uma análise qualitativa, pois fornece informações a respeito dos valores de temperaturas que ocorrem mudanças na amostra e variações na capacidade calorífica; Também indica se são reações exotérmicas ou endotérmicas. A análise pode ser realizada por um processo dinâmico, onde se programa as taxas de aquecimento e resfriamento. Ou ainda, mantar a temperatura da amostra constante por um período determinado, conhecido como processo estático. A comparação da amostra é feita com uma referência inerte. Essa referência será dependente do tipo de material a ser analisado e pode ser utilizado um cadinho vazio. As mudanças de temperatura de uma determinada substância podem ser ocasionadas por transições ou reações entalpias (endo ou exotérmicas) devido a variações de fases, sublimação, vaporização, oxidação ou redução, entre outras reações químicas. (1) Quando a amostra absorve energia do sistema (endotérmica) sua temperatura será maior que da referência. (2) Quando a amostra liberar calor (exotérmica) a temperatura da referência será menos que da amostra. FORNOS: No DTA utiliza-se fornos por fluxo de calor, em que a referência e amostra são aquecidas por uma única fonte e a temperatura é medida por termopares de contato. Este forno pode ser feito de aço (quando for analisar somente polímeros) ou de carbeto de silício (quando se analisa cerâmicas e metais). II. Análise por Calorimetria diferencial de Varredura (DSC): Diferencia-se da DTA por ser uma análise quantitativa, ou seja, o DSC permite quantificar a energia necessária para que ocorra uma transformação física ou química na amostra em comparação com a referência. As curvas de DSC representam a quantidade de energia elétrica fornecida para o sistema, e não apenas a diferença de temperatura entre a amostra e referência. Lembra-se ainda, as áreas de pico da curva de DSC representam realmente as variações de entalpia que ocorrem em uma determinada amostra. Nesta técnica, a temperatura da amostra acompanha a temperatura da referência, a partir do ganho ou perda de calor controlado pelo equipamento. Uma forma de analisar o DSC é como a quantidade de energia necessária do forno para aquecer a amostra em uma mesma temperatura da referência. FORNOS: A análise pode ser realizada em 2 tipos diferentes de fornos: a. Por fluxo de Calor: Consiste em um forno derivado do DTA onde a amostra é aquecida e o fluxo de calor será referente a variação de temperatura entre amostra e referência. Esse método consiste em obter valores quantitativos da entalpia total envolvido no processo, uma vez que é realizado pelo fluxo de calor. O forno é igual ao DTA. ✓ É uma relação do calor específico da amostra e referência. Ar aquece mais rápido. ✓ A troca de calor entre o forno e a amostra ocorre preferencialmente pelo disco. Quando o fluxo é positivo, flui energia do disco para a amostra (reação endotérmica). b. Por Compensação de Potência: Consiste em um método em que se utiliza 2 fornos, 2 termopares separados (1 para a referência – 1 para a amostra) mantendo-as na mesma temperatura. A potência dissipada pelos aquecedores é relacionada com a energia envolvida no processo endotérmico ou exotérmico. Basicamente, é uma análise da quantidade de potência que deve ser modificada para a amostra ou a referência, de forma a igualar a temperatura de ambos. ✓ É um calorímetro que mede diretamente a energia envolvida nos eventos térmicos. Além disso, o fluxo de calor é medido diretamente tornando o processo mais preciso. Este forno pode ser feito de aço (quando for analisar somente polímeros) ou de carbeto de silício (quando se analisa cerâmicas e metais). III. CALIBRAÇÃO: É realizado a partir de elementos que apresentam temperaturas bem definidas de troca de calor e transições. Esses elementos podem ser índio e estanho para polímeros. Alumínio para cerâmicas e metais. A entalpia de reação é calculada a partir da área da curva de DSC. Porém, é uma medida que depende tanto da massa como do fator de calibração do equipamento. IV. CONCEITOS A análise térmica de DTA ou DSC é utilizado para verificar temperaturas de transições ou a energia do processo como Tg, Tm, Tf. Essa análise é feito a partir das características que o material possuí. Lembra-se, materiais metálicos, cerâmicos e poliméricos se diferencial pelo tipo de ligação química presente entre os átomos. Portanto, essa análise é feito em função da entalpia, entropia e volume específico do material. I. Temperatura de Fusão (Tf): temperatura considerada de 1º ordem termodinâmica. Consiste na transformação da energia térmica em cinética, sendo que na presença de energia cinética maior que o valor da energia de ligação primária ocorre uma mudança verdadeira de fase devido a destruição da organização dos átomos. II. Temperatura de Cristalização (Tm): temperatura considerada de 1º ordem termodinâmica, consiste na temperatura necessária para que ocorra a cristalização. Temperatura em que um soluto começa a cristalizar e se separar do solvente, onde estava dissolvido, formando um precipitado. III. Temperatura de transição vítrea (Tg): temperatura no qual um líquido super-resfriado passa de um estado viscoelástico para um sólido elástico. Não ocorre uma mudança de estado verdadeira uma vez que o sólido apresenta a mesma desorganização do estado viscoelástico, porém, com uma viscosidade muito alta que restringe a movimentação dos átomos. É uma temperatura de 2º ordem termodinâmica devido a sua dependência pela taxa de resfriamento. Um processo acompanhado de capacidade calorífica É possível relacionar a Tg com o módulo elástico do material, sendo que o mesmo está relacionado com a força das ligações químicas. É uma medida da rigidez do estado sólido do material. Portanto, materiais cristalinos apresentam maior rigidez devido aos átomos estarem ligados fortemente um ao outro. IV. FATORES CONTROLÁVEIS AMOSTRA: Utiliza-se uma massa de 10 mg para ambos as análises. Essa amostra está relacionada com a densidade, sendo que a variação entre poliméricos, metálicos e cerâmicos. Além, utiliza-se pós finos devido o mesmo apresentar maior área superficial. FATORES INSTRUMENTAIS E OPERACIONAIS: Taxa de aquecimento, atmosfera do forno (estática ou dinâmica) e natureza do gás (inerte ou reativo). Utiliza-se atmosfera inerte devido ao mesmo possibilitar a obtenção dos eventos referente somente a amostra. Atmosfera reativa pode maquiar algumas mudanças presentes. CONDIÇÕES OPERACIONAIS: Tipo de cadinho e material do mesmo. Para amostras de DSC utiliza-se cadinhos fechados para a amostra. O material varia de acordo com o material da amostra e afinidade do mesmo, porém é comum a utilização de cadinhos de alumínio ou grafite.
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