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1 Belém-Pará 2017 Distribuição de fármacos Prof: Profº MSc. Christian Miranda Ribeiro Disciplina: Farmacologia Básica Distribuição É o fenômeno em que um medicamento, após ter chegado ao sangue, isto é, após sua absorção , sai deste compartimento e vai para o seu lugar de ação (Biofase). 2 Distribuição Inicialmente a passagem do fármaco do plasma para o interstício é dependente de: • Permeabilidade capilar; • Fluxo sanguíneo; • Propriedade físico-química; • Grau de ligação as proteínas plasmáticas; • Partição pelo pH; • Partição O/A. 1. Permeabilidade Capilar. Alguns tecidos devido a sua constituição anatômica restringe, controla e dificulta que os fármacos circulem por estes espaços. A permeabilidade capilar é determinada: - estrutura capilar (contínuo, fenestrado, descontínuo) - natureza química do fármaco. Baixo Peso molecular; Lipossolúvel; Não ionizado; fígado, baço Descontínuo Contínuo 3 Difusão Passiva. Talidomida: Anomalias no desenvolvimento do feto. Barreira Placentária 1. Permeabilidade Capilar. O ALBENDAZOL COMO OS DEMAIS DERIVADOS BENZIMIDAZOLICOS É TERATOGÊNICO E EMBRIOTÓXICO EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO, POR ESTA RAZÃO NAO DEVE SER USADO DURANTE A GRAVIDEZ OU EM MULHERES COM POSSIBILIDADE DE ENGRAVIDAR. FÁRMACOS QUE ATRAVESSAM A BARREIRA PLACENTÁRIA: 4 Fluxo Sangüíneo ou Perfusão.2. Fluxo Sangüíneo ou Perfusão. Modelo farmacocinético de dois compartimentos COMPARTIMENTO CENTRAL COMPARTIMENTO PERIFÉRICO ÓRGÃOS ELEVADA PERFUSÃO CÉREBRO CORAÇÃO PULMÃO RINS FÍGADO ÓRGÃOS BAIXA PERFUSÃO TECIDO MUSCULAR TECIDO ADIPOSO Transcorrido algum tempo, desde a administração do fármaco, ambos os compartimentos se encontram em equilíbrio! 3. Ligação de Fármacos às Proteínas Plasmáticas. 5 3. Ligação de Fármacos às Proteínas Plasmáticas. Após a absorção de um fármaco, este medicamento pode ficar na forma livre e ligar-se a uma proteína plasmática. Vale ressaltar que a forma livre exerce o efeito farmacológico pois consegue se distribuir pelos tecidos. A ligação F + PP funciona como um reservatório circulante de fármaco. E a cada vez que o organismo necessita desse fármaco ocorre esse desligamento do complexo F+PP. A fração ligada não consegue se distribuir para os tecidos. 3. Ligação de Fármacos às Proteínas Plasmáticas. [ ] da forma livre. Afinidade por locais de ligação. [ ] de proteínas. Fração livre no sangue : Farmacologicamente ativa. Fração ligada: Farmacologicamente inerte. Reservatório circulante de fármaco. Somente o fármaco na forma livre é distribuído para os tecidos. Ligação depende dos seguintes fatores: 6 3. Ligação de Fármacos às Proteínas Plasmáticas. Tipos de proteínas plasmáticas que se complexam com os fármacos: Albumina: Afinidade por fármacos ácidos fracos. Ex: Varfarina e AINES. α- glicoproteína e β-globulina: Afinidade por fármacos básicos fracos. Ex: Quinina. 3. Ligação de Fármacos às Proteínas Plasmáticas. CARBAMAZEPINA X VARFARINA Anticonvulsivante PP: 76% Anticoagulante PP: 97% Pode haver competição entre os locais de ligação? Forma livre Efeito aumentado. Toxicidade. 7 4. Partição pelo pH. O pH do meio e o pka de fármacos contribui para distribuição. Aspirina, vai ser melhor distribuída em ambiente ácido, pois ficará na forma não ionizada. Petidina, vai ser melhor distribuída em ambiente básico, pois ficará na forma não ionizada. • Parâmetros farmacocinéticos Volume de distribuição; Biodisponibilidade; Bioequivalência; Meia-vida 8 Volume Aparente de DistribuiçãoVolume Aparente de Distribuição Biodisponibilidade de MedicamentosBiodisponibilidade de Medicamentos Mede a extensão (quantidade) de um medicamento, contido em determinada forma farmacêutica, que ao ser administrada a um organismo vivo, atinge de forma inalterada a circulação sanguínea. 9 BioequivalênciaBioequivalência Segundo a legislação brasileira em vigor (RDC nº 135, de 39 de maio de 2003), dois medicamentos serão considerados bioequivalentes, quando estes forem equivalentes farmacêuticos e, ao serem administrados, na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais, não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação a biodisponibilidade. O teste de bioequivalência consiste na demonstração de que o medicamento genérico e seu respectivo medicamento de referência apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. Meia-vida de Eliminação ( t½) • É o tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado agente terapêutico se reduza à metade. • Quanto maior a meia-vida, maior será o tempo em que a concentração plasmática do medicamento permanecerá no intervalo de efetividade. • Após o tempo de 4-6 t½ o medicamento atinge [ ] plasmática máxima constante. -Exemplo: A concentração de um medicamento, após a administração intravenosa de uma única dose, é de 100 ng/ml de sangue; após 40 minutos esta concentração se reduz para 50ng/ml de sangue. Portanto, para este medicamento, t½ é de 40 minutos, isto é, o tempo necessário para que a concentração sanguínea caia pela metade. 10 Belém-Pará 2017 Metabolismo e eliminação de fármacos Profº MSc. Christian Miranda Ribeiro Disciplina: Farmacologia Básica Logo que o fármaco entra no organismo inicia-se o processo de eliminação, que envolve três vias principais: 1) a biotransformação hepática; 2) a eliminação na bile; 3) a eliminação na urina. 11 Os rins não conseguem eliminar os fármacos Lipossolúveis de modo eficiente, pois eles facilmente atravessam as membranas celulares e são reabsorvidos nos túbulos contorcidos distais. Por que a biotransformação das drogas é necessária? Por isso, os fármacos lipossolúveis primeiro devem ser biotransformados no fígado em substâncias mais polares (hidrofílicas) usando dois grupos gerais de reações, denominados Fase 1 e Fase II 12 13 Biotransformação dos fármacos Órgãos metabolizadores de drogas: fígado (principal) pulmões rins TGI Finalidades: - aumentar polaridade - aumentar hidrossolubidade - falicitar a excreção Reações da biotransformação de fármaco 14 Fase II Fase I 15 Biotransformação de fármacos Vários fármacos e substâncias ambientais podem induzir ou inibir o sistema enzimático microssomal. Inibidores Inseticidas organofosforados Cimetidina Omeprazol Cetoconazol Ciprofloxacino Metronidazol Indutores Barbitúricos Carbamazepina fenitoína Nicotina Rifampicina etanol (ingestão crônica) O citocromo P450, designado como CIP, é uma superfamília de isozimas contendo heme que se localizam na maioria das células, mas são encontradas principalmente no fígado e no TGI. Implicações clínicas da Inibição enzimática Pacientes recebendo anticoagulantes, antidepressivos ou agentes cardiovasculares geralmente apresentam um risco maior. (Baixo I.T) Implicações clínicas da Indução enzimática Indução enzimática na maioria das vezes resulta em diminuição dos efeitos terapêuticos devido ao aumento da biotransformação das drogas. Ex: Rifampicina x Anticoncepcionais Ex: Omeprazol x Clopidogrel CYP2C19 Inibição enzimática na maioria das vezes resulta em aumento dos efeitos terapêuticos devido ao diminuição da biotransformação das drogas. 16 EXCREÇÃO Eliminação do corpo da substância quimicamente inalterada ou biotransformada 17 VIAS DE EXCREÇÃO Renal (mais usual) Fecal Pulmonar Suor Lágrima Saliva Leite CONSIDERAÇÕES Filtração Glomerular Secreção Tubular Ativa Reabsorção Tubular Passiva Função Renal PROCESSOS NA EXCREÇÃO DE FÁRMACOS E METABÓLITOS 18EXCREÇÃO RENAL FILTRAÇÃO GLOMERULAR: 20% - Filtram moléculas com PM < 20.000DA - Albumina não é filtrada (PM= 68000 DA) SECREÇÃO TUBULAR: - Constitui o mecanismo mais efetivo para a eliminação renal dos fármacos; - Substâncias que não sofreram filtração - Excreta fármacos ligados a proteínas - Mecanismo de transporte ativo (diferente para fármacos ácidos e básicos) - Mecanismos de interação REABSORÇÃO TUBULAR PASSIVA - O fármaco que se encontra na luz tubular pode voltar ao sangue por difusão passiva;
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