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Discentes Célia Tomas Docente Fortunato Muendhane Dra. Carlina Bila Filomena Balate Mariamo Ali Outubro de 2017 A partir dos 65 anos se inicia a entrada tradicional para a terceira idade, a última fase da vida. Porém, muitos adultos aos 65, 75 anos, não sentem e nem agem como velhos. E com o fim da aposentadoria obrigatória, tampouco deixam de trabalhar. Muitos dos idosos desfrutam de boa saúde física e mental. Embora algumas habilidades possam diminuir, as pessoas físicas e intelectualmente activas podem manter-se muito bem na maioria dos aspectos e até mesmo melhorar sua competência. O funcionamento físico e cognitivo tem efeitos psicossociais, muitas vezes determinando o estado emocional do idoso e a capacidade de viver de maneira independente (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Geral Descrever sobre o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial do adulto da terceira idade; Específicos Identificar os aspectos do desenvolvimento físico, cognitivo e Psicossocial do adulto da terceira idade; Caracterizar as fases de desenvolvimento do adulto da terceira idade; Explicar os aspectos de desenvolvimento Físico, Cognitivo e Psicossocial do adulto da terceira idade; Metodologias do Trabalho Para a elaboração do presente trabalho teve como base a obra de PAPALIA, Diane E; FELDMAN, Ruth Duskin, como o, titulo Desenvolvimento Humano e foi complementada por um artigo científico relacionado ao tema em estudo consultado na biblioteca virtual, vulgo internet. O envelhecimento é definido como um conjunto de transformações que ocorrem com o avançar da idade. É um processo inverso no desenvolvimento humano. Enquanto na infância é evolução, nesta fase regista se a involução. O declínio das capacidades funcionais e das aptidões inicia-se na fase adulta e se precipita no envelhecer. De acordo com Souza, 1988 o envelhecimento se caracteriza por algumas perdas das capacidades fisiológicas dos órgãos, dos sistemas e de adaptação a certas situações de estresse. Tal fenómeno é universal, progressivo, na maioria das vezes irreversível e resultará num aumento exponencial da mortalidade com a idade, bem como mais probabilidade de doenças. No entanto, a ocorrência de uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos, o viver em um ambiente saudável, além dos progressos da medicina, têm levado a subverter este conceito e aumentar a longevidade. Citado (PAPALAIA e FELDMAN, 2013) A expectativa de vida aumentou muito desde 1900. Pessoas brancas tendem a ter mais longevidade de que pessoas negras, as mulheres tendem a viver mais do que os homens, assim o número de mulheres mais velhas é maior do que o de homens mais velhos numa proporção de três para dois. As doenças cardíacas, o câncer e os derrames são as três principais causas de morte para pessoas com mais de 65 anos (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Nesta fase algumas mundanas que se verificando têm sido a nível pele, a qual fica mais velha tendem a se tornar mais pálida e menos elástica; e assim como a gordura e os músculos encolhem, a pele fica enrugada. São comuns varizes nas pernas. O cabelo fica mais fino, grisalho e depois branco, e os pelos do corpo tornam-se mais finos. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Adultos mais velhos diminuem um pouco de tamanho em razão do atrofiamento dos discos entre as vértebras da espinha. Especialmente em mulheres com osteoporose, o afinamento dos ossos pode causar cifose, mais conhecida como “corcundas”, uma curvatura exagerada da coluna vertebral que geralmente ocorre entre 50 e 59 anos (Ball, 2009), citado (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Estudos longitudinais sugerem que as mudanças nos sistemas e órgãos corporais com a idade são altamente variáveis e podem ser resultado de doença, a qual por sua vez é afectada pelo estilo de vida. Embora o cérebro mude com a idade, baixando do peso e diminuindo de volume. Ocorrem também mudanças nas células nervosas e um retardo generalizado nas respostas e no processamento de informação. Há uma perda na capacidade para discriminar palavras e uma maior dificuldade para ouvir. Muitas pessoas mais velhas são sexualmente activas, embora o grau de tensão sexual e a frequência e intensidade de experiência sexual geralmente sejam mais baixos do que para adultos mais jovens. A capacidade de reserva do coração e de outros órgãos diminui, (PAPALAIA e FELDMAN, 2013) Perda de audição é mais comum e mais perceptível após os 65 anos; isso inclui perda de audição para sons mais altos, certa perda na capacidade para discriminar palavras e uma maior dificuldade para ouvir, mediante condições de ruído. Ocorre também perda de discriminação gustativa do que olfactiva. Esta se reduz significativamente, durante a fase final da vida adulta (BEE, 1997). Problemas visuais, combinados com coordenação e tempo de reacção mais lenta, podem afectar certas habilidades. Adultos mais velhos também evidenciam padrões diferenciados de sono: menos sono REM, acordar mais cedo e acordar mais frequentemente durante a noite. A proporção de incapacitação física também aumenta, embora em todas as faixas etárias existam alguns adultos que não têm restrições às actividades. Artrite, hipertensão e doenças cardíacas são as mais prováveis doenças a ocasionar incapacitação, (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). A demência é rara antes da fase final da vida adulta, tornando-se mais comum com o avançar da idade, afectando 15% ou mais dos que têm além de 85 anos. A causa mais comum é a doença de Alzheimer, incluem uma história familiar de demência, a síndrome de Down ou a doença de Parkinson, maternidade depois dos 40 anos, pancada na cabeça. O mal de Alzheimer é prolongado, progressivamente debilitante e mais prevalecente com a idade. Suas causas não foram definitivamente estabelecidas, embora algumas pesquisas tenham encontrado factores genéticos em alguns casos, (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). A depressão é segundo BEE, 1997, diagnosticada com mais frequência em adultos mais jovens do que em adultos mais velhos, e com mais frequência em mulheres do que em homens. Muitos adultos mais velhos mostram sintomas de depressão, a qual pode não ser adequadamente diagnosticada. A maior parte das formas de perturbação emocional é menos frequente no final da vida adulta. A depressão constitui a excepção, tendo sua frequência aumentada após os 70 ou 75 anos, embora ela não seja válida entre os que gozam de boa saúde ou aqueles com um apoio adequado, (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). É por meio da cognição que os seres humanos absolvem os conhecimentos, e que contribui para o desenvolvimento intelectual dos indivíduos, as habilidades cognitivas estão directamente ligadas a factores diversos como a linguagem, a percepção, o pensamento, a memória, atenção e o raciocínio entre outros. Quando avaliado o nível cognitivo do sujeito que se encontra na última fase do desenvolvimento humano, fica evidente o seu declínio, principalmente nos aspectos ligados a atenção e a memória, influenciando o seu rendimento, pois, os comprometimentos ocasionados pelas suas diminuições interferem directamente no processo de aquisição de novos conhecimentos. Tal problemática se acentua através de comportamentos que contribui negativamente para o bom desempenho da cognição da pessoa idosa como, distanciamento do convívio social e familiar, depressão, estresse, o uso indevido de medicamentos e os problemas de ordem emocional, nutricional. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). As memórias sensoriais, semântica e de procedimento parecem tão eficientes nos adultos idosos quanto em adultos mais jovens. A capacidade da memória de trabalho e da memória episódica geralmente é menos eficiente. Adultos mais velhos têm mais problemas em recuperar palavras oralmente e em soletrar do que adultos jovens. A complexidade gramatical e o conteúdo da fala declinam. Alterações neurológicas e problemas de codificação, armazenamento e recuperação podem ser responsáveis por grande parte do declínio da memória funcional em adultos idosos. Tendo em vista o comprometimento intelectual do idoso, faz-se necessárias sugestões de actividades onde possam ser trabalhadas as habilidades perceptivas e de memorização destes indivíduos. Estudos comprovam que estímulos directivos e adequados têm demonstrado resultados positivos com o sujeito aprendente da terceira idade fazendo com que estes não só recuperem competências cognitivas perdidas, mas até pra superar seus limites anteriores (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Diante das limitações psicológicas, físicas e neurológicas pelas quais passam a pessoa idosa, é importante uma melhor compreensão de seu ritmo, habilidades cognitivas e fragilidades características deste estágio do desenvolvimento humano, Para que assim, possa ser feito intervenções directivas e com objectividade tornando a pessoa idosa integrada dentro do processo de aprendizagem, não apenas no ambiente escolar, como também, em diferentes contextualizações socioculturais. É um estágio de desenvolvimento em que as pessoas reavaliam suas vidas, fecham situações deixadas em aberto e decidem como melhor canalizar suas energias e passar seus dias ou anos restantes um ambiente saudável na convivência de outras pessoas. Alguns querem deixar aos descendentes ou ao mundo suas experiências ou corroborar o significado de suas vidas. Outros querem apenas curtir seus passatempos favoritos ou fazer coisas que não fizeram quando jovens. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Fazendo referência ao termo personalidade, este não possui uma definição única, e pode variar de acordo com os parâmetros estabelecidos em cada doutrina. Mas, de maneira geral, estudiosos a prescrevem como o conjunto de características psicológicas que marcam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, atitudes e comportamentos típicos, de um determinado ser humano. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). A Personalidade é um elemento prognosticador da emotividade e do bem-estar subjectivo. Emoções negativas auto reportadas como inquietação, aborrecimento, solidão, infelicidade e depressão abrandam-se com a idade (diminui após os 60 anos). E a emotividade positiva ou excitação, interesse, orgulho e um senso de realização permanecem estáveis ate uma fase avançada e depois tem uma queda ligeira e gradual. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Teoria da Selectividade sócio emocional explica que a medida que as pessoas envelhecem, tende a procurar actividades e pessoas que as satisfaçam. Os mais velhos conseguem controlar as emoções que ao adultos mais jovens. Dois dos mais fortes traços da personalidade: Extroversão personalidade extrovertida (expansiva e sociável) elevados níveis de emoções positivas e conservam ao longo da vida Na oitava e última etapa do desenvolvimento psicossocial, as pessoas da terceira idade adquirem um senso de integridade do ego pela aceitação da vida que tiveram e assim aceitar a morte, ou se entregarem ao desespero pela impossibilidade de reviver suas vidas. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). Nesta etapa pode se desenvolver a VIRTUDE que é sabedoria: “aceitar a vida que se viveu sem maiores arrependimentos, sem se alongar em todos os ‘deveria ter feito’ ou ‘como poderia ter sido’, o que significa aceitar as imperfeições em si próprio, nos pais, nos filhos e na vida”. (PAPALAIA e FELDMAN, 2013). A integridade deve ser mais importante que o desespero nesta etapa, para que seja resolvida com êxito. Segundo Erikson, algum desespero é inevitável pela vulnerabilidade da condição humana, mas mesmo quando as funções do corpo enfraquecem é necessário manter um “envolvimento vital”. No final do trabalho, concluímos que o desenvolvimento físico do adulto da terceira idade ocorre a diminuição na capacidade funcional dos sistemas orgânicos: taxa de metabolismo basal, índice cardíaco, capacidade respiratória, taxa de filtração renal. Menor reserva de energia, diminuição da actividade, declínio na capacidade para trabalho físico. Aumento na prevalência de doenças crónicas e disfunções metabólicas. A nível do desenvolvimento cognitivo ocorre ocasionalmente inabilidade em relembrar palavras comuns ou referências, perda progressiva de memória e de ouvir no meio de um ruido. A nível psicossocial, a adaptação ao processo de envelhecimento nem sempre é tranquila, há preocupação com medos de dependência e deterioração física e mental. Ocorre limitação nas habilidades e mobilidade, restrição dos contactos habituais, perdas do cônjuge, dos irmãos, familiares, amigos. Há uma mudança do senso de controle para a submissão às demandas do ambiente, senso de sabedoria, o amor afectivo domina o físico. Nesta fase de desenvolvimento humano, o foco da ajuda recai no suporte social. É importante manter, restabelecer ou desenvolver rede de suporte social (religioso, social, familiar), para que o adulto tenha uma velhice possa viver melhor os últimos momentos da sua vida condignamente. PAPALIA, Diane E; FELDMAN, Ruth Duskin.Desenvolvimento Humano. Tradução de:Carla Filomena Marques. 12ºed. Porto Alegre:AMGH, 2013 Portal educação. Desenvolvimento físico,cognitivo, social e da personalidade do idoso.https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/desenvolvimento-fisico-cognitivo-social-e-da-personalidade-do-idoso/27557. Acessed in 16 de Outubro de2017.
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