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* * DANIEL DE ALMEIDA BRAGA Icterícia - Oncologia - * * Caso Clínico 1 DI: 15/02/02 ID: C. C. B ,48 anos, branca, casada, natural do Rio de Janeiro, manicure, reside em Itabuna QP: “Amarelo no corpo” HDA: Há 2 anos iniciou quadro de dorsalgia esporádica que irradiava para região epigástrica tipo queimação de forte intensidade e aliviava com dorflex. * * Caso Clínico 1 Evoluiu há 1 mês com diarréia ( 4 evacuações/dia, fezes líquidas s/sangue, muco ou pus), náuseas, icterícia colúria , acolia fecal, perda ponderal ( não sabe quantificar) e prurido. Nega febre, hiporexia, dor abdominal. HPP: HAS H. Fis: Gesta 9/6, aborto = 3 H. Fam: Pai coronariopata / mãe c/ enfisema pulmonar. H. Social: Tabagista há 34 anos 3 maços/dia. * * Caso Clínico 1 Exame físico: Vigil orientada no tempo e no espaço, corada, hidratada, acianótica, ictérica +++/+4, eupneica. PA=150/100 mmHg FC: 80 bpm ACV: RCR, 2T. AR: MVUA S/RA. Abdome: Peristáltico, flácido, indolor, sem massas ou viceromegalias. MMII: NDN. * * Caso Clínico 1 Exames laboratoriais: 18/02/02 Leuc = 6,400 Bt = 2% Htc = 33% Hb = 11,0 Plaquetas = 266.000 Bil T = 5,50 Amilase = 69 Bil D = 1,70 LDH = 385 Ur = 28 Gama –GT = 376 Cr = 0,6 F. Alcalina = 1296 TGO = 227 TGP = 373 * * Caso Clínico 1 USG 15/02/02 Dilatação das vias biliares intra-hepáticas no lobo E Hepatocoledoco dilatado = 9.8 mm com lesão sólida hiperecóica de 13,9mm no 1/3 distal Vesícula biliar dilatada com microcálculos em seu interior Pâncreas sem alteração * * Caso Clínico 1 25/02/02 Bil T = 31,70 Bil D = 19,6 26/02/02 Colecistostomia – Evoluiu com PNM 02/04/02 Bil T = 5,9 Bil D = 2,0 * * Caso clínico 2 25/07/04 ID: D. C. J, 47 anos, negro,natural do Rio de Janeiro, casado. QP: “Emagrecimento e perda de apetite” HDA: Há 2 meses notou emagrecimento progressivo com perda de +/- 20 kg, anorexia,palidez cutâneo mucosa, que o fez procurar o hospital. * * Caso clínico 2 USG: Presença de dilatação de VBIH e EH, colédoco dilatado, heterogenicidade da cabeça do pâncreas, sem evidências de lesões expansivas. HPP: Laparotomia exploradora há 6anos por PAF. HF: NDN HS: Tabagista durante 18 anos de 10 cigarros/dia parou há 3 anos. Etilista social. * * Caso clínico 2 Exame Físico: Vigil, orientado, em bom estado geral, hemodinamicamente estável, hipocorado ++/+4, hidratado acianótico anictérico. ACV: RCR, 2T. AR: MVUA, S/RA. Abdome: Peristáltico, flácido, indolor, vesícula palpável, s/ massas. MMIIS: NDN. * * Caso clínico 2 Exames: LAB Htc = 28% Hg = 9.7 Leuc = 6.000 Pl = 555.000 PTT = 305 BT = 1.01 BD = 0.9 Cr = 0.9 FA = 2.440 Gama G T = 882 TGO = 97 TGP = 189 TC = Dilatação VBIH e VBEH. * * Caso Clínico 3 DI: 18/05/05 ID: M. A. M. P, 37 anos, solteiro, vendedor de material gráfico, natural do Peru. QP: Dor no estômago. HDA: Há 3 semanas iniciou quadro de dor em região epigástrica e HD de forte intensidade, constante irradiando para dorso sem relação com a alimentação. * * Caso Clínico 3 Há 15 dias começou a apresentar icterícia, colúria , hipocolia fecal e prurido. Relata perda ponderal de +/- 3 kg em 1 mês. Procurou o Hospital São Lucas onde realizou USG evidenciando dilatação do hepatocolédoco + colelitíase. * * Caso Clínico 3 HPP: Nega cir. Prévias, HAS, DM, Alergias. H. Fis: NDN H. Fam: Tia colecistectomizada por colelitíase H. Social: Etilista social, nega tabagismo * * Caso Clínico 3 Exame Físico: Vigil, orientado, corado, hidratado, acianótico, ictérico +++/4+, eupneico. PA: 120/70 mmHg FC = 82 b.p.m ACV: RCR, 2T, BNF. * * Caso Clínico 1 AR: MVUA, S/RA. ABDOME: Peristáltico, flácido, indolor, sem massas. MMII: NDN. Exames: 18/05/05. FA = 726 GamaGT = 1.790 BilT = 17,9 BD = 13,4 Exames: 20/05/05 FA = 1290 GamaGT = 29 BT = 11,23 BD = 8,10 * * Caso Clínico 3 USG: 23/05/05 Esteatose hepática, vesícula distendida de parede algo espessada com alguns pequenos cálculos no interior. Hepatocolédoco = 12,3mm. EDA: 24/05/05 Papila c/dilatação do seu infundíbulo drenando bile intermitente. Sugerindo cálculo no colédoco distal. * * Caso Clínico 3 08/06/05 BT = 3,05 BD = 2,18 Cirurgia 13/06/05 Colecistectomia, coledocostomia, duodenotomia, papilotomia, duodenorrafia. * * Caso clínico 4 22/06/05 A. B.P.N, 42 anos, solteiro, branco, natural do Rio de Janeiro, auxiliar de enfermagem. QP: “ Queimação epigástrica + icterícia” HDA: Dor em queimação há 5 anos que melhorava com a alimentação e uso de omeprazol, nega vômitos, emagrecimento, hemorragias. * * Caso clínico 4 Teve novo episódio há 3 semanas e 3 dias após iniciou quadro de icterícia com colúria e acolia fecal progressiva. Foi tratado inicialmente como como hepatite aguda e realizou USG abdominal que demonstrou colelitíase com dilatação das vias biliares intra e extra hepáticas com hepatocolédoco 12,7 mm. * * Caso clínico 4 HPP: sem comorbidades. H. Social: Tabagista ½ maço/dia/27 anos, etilismo social Reside em casa com boas condições de higiene. H Familiar: Mãe faleceu por ca de mama, 4 irmãos saudáveis * * Caso clínico 4 EXAME FÍSICO: Vigil, orientado no tempo e espaço. Corado, hidratado, acianótico ,ictérico +2 /+4, em bom estado geral, eupneico. PA = 140/95 mmhg FC = 80 bpm ACV: RCR, 3T (B4), sem sopros. AR: MVUA S/RA ABDOME: Peristáltico, flácido , indolor, sem massas ou viceromegalias, hepatimetria = 7cm MMII: Panturrilhas livres, pulsos OK. * * Caso clínico 4 Exames laboratoriais: 22/06/2005 TAP: 100% PTT: 27s LEUC: 7.600 Bt: 3% HTo: 43% Hb:14.7 PTNT: 7.6 ALB: 4.1 FA: 412 GGT: 280 LDH: 660 BT: 28.4 BD: 18.3 * * Caso clínico 4 TC 24/06 – S/ massas ou adenomegalias. EDA 28/06 – Papila proeminente sugestiva de cálculo obstruindo. 02/07/05 Transferido para cirurgia geral HD: Coledocolitíase? Tu Periampular? * * Caso clínico 4 09/07/2005 ColangioRNM : Coledocolitíase Preparo para cirurgia: 12/07/05: BT 11,6 BD:8,84 15/07/05: BT 6,39 BD:5,13 18/07/05: BT 5,45 BD: 4,26 * * Caso clínico 4 Cirurgia: 22/07/05 Colecistectomia + coledocostomia + biópsia excisional de linfonodo duodenal. * * Caso clínico 4 * * Colangiocarcinoma DANIEL DE ALMEIDA BRAGA * * Epidemiologia 1 em 100.000 pessoas/ano 2/3 em pacientes entre 50 e 70 anos H:M 1,3 ; 1,0 Tumor associado com CEP e retocolite Tumor raro: Pensar em colangiocarcinoma quando icterícia obstrutiva * O que é? e fatores de risco Carcinomas de vias biliares intra ou extra-hepáticas, correspondendo a 5% do total do tumores de fígado * * Classificação quanto a localização Vias biliares superiores 55% Bismuth T I T II T IIIb T IIIa T IV Vias biliares médias 15% Vias biliares inferiores 20% Não classificáveis de acordo com a localização * * Classificação quanto ao tipo histológico Adenocarcinoma – 95% dos casos Outros tipos Escamocelular, leiomiossarcomas, mucoepidermóides, carcinóides, cistoadenocarcinomas, de céls. Granulares, rabdomiossarcomas Classificação macroscópica Nodular, papilar ou difuso * * Diagnóstico Clínica Síndrome Colestática Síndrome Consuptiva Dor abdominal Vesícula palpável Obstrução completa Baço palpável e ascite Invasão de V. Porta Laboratório Enzimas canaliculares, bilirrubinas, enzimas hepáticas CEA, Ca 19.9, Ca 50 * * Diagnóstico Imagem US Dilatação deVias biliares e cálculos TC Dilatação e estadiamento CPRE Ver o grau e localização de estenoses, fístulas CPRM Melhor exame para diagnóstico, localização e grau de comprometimento Angiografia/ressonância Visualização do comprometimento vascular * BIÓPSIA NORMALMENTE É FEITA INTRA-OPERATÓRIA * * * * Metástases Linfonodos 1/3 superior Gânglios da artéria hepática 1/3 médio A. mesentérica sup. e para-aórticos 1/3 inferior Peripancreáticos Fígado e peritônio Pulmão Osso, rins e SNC. * * Tratamento Definitivo e curativo Cirurgia 1/3 proximal Bismuth I e IIRessecção dos ductos + biliodigestiva Bismuth III Idem + Segmentectomia hepática Bismuth IV ? Transplante?? 1/3 distal Duodenopancreatectomia 1/3 médio Ressecção ampla + biliodigestiva Contra-indicações: Lesões bilobares extensas do parênquima Acometimento da A. Hepática Acometimento da V. Porta Metástases em outros órgãos * * * * Tratamento Paliativo não cirúrgico CPRE com colocação de stent Drenagem Percutânea Radioterapia ou Qx não modificam o prgnóstico Paliativo Cirúrgico Colecistectomia +Bilio-digestiva * * Prognóstico Sem tratamento 3 meses Após a cirurgia Tumor invasivo 32% em 5 anos Não invasivo 67% em 5 anos * * Adenocarcinoma Epidemiologia Câncer de pâncreas mais comum (90%) 5ª causa de morte por malignidade no ocidente Diagnóstic o tardio Câncer agressivo Sobrevida Em 5 anos < 0,4% Após o diagnóstico : 4 a 6 meses Tumores ressecáveis: 13 a 20 meses de vida após a cirurgia * * Adenocarcinoma O que é? Câncer originado nas células que revestem o canal pancreático Fisiopatologia Perda do p53 e p16 Mutações no gene K-ras Geralmente em cabeça de pâncreas Crescimento lento do tumor * * Adenocarcinoma Fatores de risco Homens 2x > mulheres Raça negra > 50 anos Hábitos de vida: Tabagismo Elevada ingestão calórica Elevada ingestão de gordura animal e proteínas Obesidade Herança familiar: Pancreatite crônica hereditária Polipose familiar Ca de mama familiar Melanoma familiar Ambiente Álcool? Pesticidas? * * Adenocarcinoma Quadro Clínico Sintomas tardios Perda ponderal Dor abdominal Intensa Parte alta do abdome Irradiação para as costas Melhora com inclinação para frente, posição de abraçar os joelhos e analgésicos Tumor de cabeça de pâncreas Icterícia - precoce Tumor de corpo e cauda Tumefação do baço Varizes em estômago e esófago → Hemorragia * * Adenocarcinoma Metástases Linfonodos Regionais (90%) Mediastinais Supra-claviculares Fígado (>50% ao diagnóstico) Peritôneo (>25% ao diagnóstico) Duodendo (>30% ao diagnóstico) Pulmão * * Adenocarcinoma Diagnóstico Quadro clínico Marcadores tumorais Principalmente CA 19-9 Exames de imagem US Tomografia Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada Colangiorressonância magnética PET Biópsia Exploração cirúrgica * * Adenocarcinoma * * Adenocarcinoma Tratamento Sintomático Analgésicos Enzimas pancreáticas VO Insulina Paliativos Quimioterapia Radioterapia Definitivo Cirurgia Tumor em cabeça de pâncreas – cirurgia de Whipple Tumor em corpo e cauda – pancreatectomia distal O adenocarcinoma do pâncreas caracteristicamente não provoca sintomas até que o tumor tenha crescido. Por isso, no momento do diagnóstico e em 80 % dos casos, o tumor já criou metástases para além do órgão, atingindo os gânglios linfáticos vizinhos ou até o fígado e o pulmão. * Quimio e radio podem ser feitas antes (p tornar o tumor ressecável) e depois da cirurgia O prognóstico, mesmo após ressecação é sombrio e a cura ocorre em uma minoria. A gastroduodeno-pancreatectomia tem uma taxa de mortalidade considerada alta, que varia de 0 a 10% nos grandes centros, com uma morbidade de 25 a 35% O prognóstico para o câncer de corpo e cauda é ainda pior, com rara ressecabilidade e cura ainda menor *
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