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UROPATIA OBSTRUTIVA Obstrução anatômica ou funcional do fluxo de urina no trato urinário -> hidronefrose (dilatação da pelve ou cálice renal) uretero-hidronefrose (dilatação de ureter também) -> Nefropatia obstrutiva. PREVALÊNCIA - Sem diferença entre os primeiros 20 anos. -> Entre os 20-60 anos é na mulher, devido a gravidez que causa hidronefrose no terceiro semestre, além de miomas de útero e histerectomias total abdominal que podem levar a lesões ureterais. A partir dos 60 anos, os homens são mais acometidos devido ao Hiperplasia benigna de próstata e Ca de próstata. ETIOLOGIA 1. Obstrutiva Intrínseca → Dentro das vias urinarias -> Cálculo Renal, Ureteral ou vesical Extrínseca → Compressão -> Gravidez, Aumento do Útero, Processos Neoplásicos → Tumor de Cólon e Ovário 2. Funcional – Adquirida → Não há Obstrução, porém algo faz com que o Rim não funcione - Drogas ou Doenças que inibam o movimento peristáltico Renal - Bexiga Neurogênica → Lesão Medular - Combinação de Antidepressivos - Cálculos 3. Congênita - Estenose de JUP - Estenose de JUV - Estenose de Meato - Estenose de Uretra - Válvula de Uretra Posterior - Doenças Neurológicas FISIOPATOLOGIA Quando maior o raio, maior a tensão na parede -> maior área de lesão -> pelve renal.Ou seja, quando mais baixo a obstrução/lesão, pior o prognóstico. • Hiperperistaltismo → Tentativa de vencer a obstrução → É o que causa a Cólica Renal • Dilatação → Hidronefrose → Aumenta a pressão dentro da Pelve Renal • Diminuição do Fluxo Sanguíneo Renal → Vasos Colabam → Pode evoluir em Morte Glomerular • Diminuição da Filtração Glomerular e da Função Tubular. LOCALIZAÇÃO -Junção Ureteropiélica, Cruzamento do ureter sobre os vasos ilíacos e junção ureterovesical. CLÍNICA 1) Assintomático -> Diagnóstico incidental 2) Sintomático: Migração dos cálculos para pelve e ereter - Dor lombar em cólica com irradiação pra flanco, fosse ilíaca e grande lábios. - Hematúria - Náuseas e vômitos - Disúria (próximo a bexiga) - Urgência miccional (próximo a bexiga). DIAGNÓSTICO 1) Imagem-> excluir diagnósticos diferenciais, localizar o tamanho e localização (tomografia) e investigar hidronefrose. TC padrão ouro, USG 75% de especificidade, radiografia 30-60%. - - Ressonância Nuclear Magnética → Só é utilizada em Contraindicações da TC → Radiação 2) Laboratório - Função renal (ureia e creatina), Urina 1 (hematúria microscópia, nitrito, leucocitúria, bacteriúria) e hemograma (suspeita de pielonefrite, Hb e Hematócrito → Anemia → Anemia + Insuficiencia Renal → Quadro Crônico). Mulher de 28 anos apresenta dor aguda e intensa em flanco esquerdo, irradiada para abdome inferior, e náuseas há 2 dias. Nega febre, calafrios, disúria, hematúria, atraso menstrual, corrimento vaginal, alterações do hábito intestinal e cirurgia abdominal prévia. Obteve melhora parcial da dor após receber anti-inflamatório via parenteral. O melhor exame subsidiário para confirmar sua hipótese diagnóstica é? a) Urocultura com antibiograma. b) Radiografia simples do abdome. c) TC de abdome total, não contrastada. d) Ultrassonografia pélvica. 3) Extras: Pedir caso haja necessidade - Proteína C Reativa → Caso haja Hemograma Infeccioso → Ver Intensidade da Infecção - Urocultura → Suspeita Clínica de Infecção → Febre + Queixas Irritativos Miccionais - Glicemia ou Hb1Ac → DM, Uso de Hipoglicemiantes, Insulina. TRATAMENTO 1) EXPECTANTE: I. Analgesia -> AINE (analgesia e relaxamento do ureter e pelve) II. Terapia expulsiva medicamentosa -> Alfa bloqueador (Tansulosina – relaxa o músculo liso) e Bloqueador de canal de cálcio (Nifedipina). III. Acompanhamento seriado através de exame de imagem IV. Hidratação normal. 2) INTERVENCIONISTA I. Litotripsia Extracorpórea Por Onda De Choque (Leoc) Contraindicações: gravidez, diátese hemorrágica, infecção de trato urinário, aneurismo de aorta abdominal ou de artéria renal. II. Ureteroscopia por laser, ultrasson, eletromecânico que vai fragmentar e há uma rede que retira os fragmentos-> Cálculos de até 2 cm de qualquer topografia da via urinária. III. Nefrolitotomia Percutânea (Nlpc) IV. Cirurgia Aberta, Laparoscópica Ou Robótica (Método De Exceção) CONDUTA NO CÁLCULO NO RIM ,, CONDUTA NO CÁLCULO DE URETER NEFROLITÍASE Composição dos cálculos: 1. 75% - Oxalato de cálcio, predomínio no sexo masculino, são radiopacos (aparecem no RX) e não são afetados pelo pH urinário. 2. 15% de Ácido úrico, associado a Síndrome Metabólica, são radiotransparentes e predomínio no pH ácido. 3. Estruvita – Fosfato amônio magnesiano – infecção urinária de repetição, quase exclusivamente em mulheres e pH Alcalino. Coraliforme no rim. 4. Cistina FATORES DE RISCO 1) Dieta pobre em cálcio -> favorece o oxaluria forma oxalato livre no intestino, absorção intestinal filtrado pelo glomérulo e presente na urina. (não parar de tomar leite) 2) Dieta pobre em potássio 3) Alta consumo de proteínas -> acidifica urina devido a produção de ácidos fixos. 4) Dieta rica de Sódio 5) Baixo consumo líquido 6) Drogas, hipercalcinúria, hiperoxalúria, pH urinário (obesidade e Dm causam urina ácida), Hiperruricosúria. 7) ITU recorrentes 8) Cirurgia bariátrica -> menor absorção Hipercalciúria -> +4mg por kg ou >300mg/dia em homens e >250mg/dia em mulheres. Aumento na absorção na dieta, reabsorção ou menor reabdorção renal. TRATAMENTO: 1) Diurétio tiazídicos -> Hidrocloratiazida e Clortalidona SE HOUVER HIPERCALCINÚRIA 2) Dieta normal DIAGNÓSTICO: - Motivo do cálculo -> Urina de 24hrs (hipercalciúriaa, hiperuricosúria) - pH urinário em jejum. PREVENÇÃO DE NOVOS CÁLCULOS • Aumentar ingesta Hídrica • Diminuir ingesta de carne e sal • Exercícios Físicos • Evitar Obesidade • Medicações quando indicado → Calculo de Ávido Úrico, Alterações de pH, Diuréticos • Limonada → limão rico em Citrato. HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA • Aumento não cancerígeno da Próstata • 90% dos homens entre 45 e 80 anos → Prevalência com o aumento da idade • 25% têm sintomatologia significativa • Mais comum em parentes de primeiro grau . É a zona de transição que sofre a hiperplasia. 1) Componente mecânico que causa a constrição extrínseca da uretra 2) Componente dinâmico com os hormônios 3) Componentes vesicais SINTOMAS I. De armazenamento ou irritativo: - Aumento da frequência urinária - Urgência miccional - Nictúria - Polaciúria - Dor Suprapúbica - Disúria (leve) (pode simular uma infecção urinária). II. Esvaziamento ou obstrutivos: - Redução do calibre e da força do jato urinário - Esforço ou demora em iniciar a micção - Jato intermitentes (cortado ou picotado) - Esvaziamento incompleto (gotejamento) Os sintomas devem ser muito bem investigados e descritos pois pode haver uma predominância de Sintomas Irritativos ou Obstrutivos: • Predominância de Irritativos → Problema Vesical → Neurológico • Predominância de Obstrutivos → Intensos e Exuberantes → Uropatia Obstrutiva. CLÍNICA Exame Físico Geral ○ Análise do Estado Geral do Paciente Específico ○ Presença de Cicatrizes Prévias ○ Bexiga Visível e Palpável · Problemas Neurológicos → Bexiga Neurogênica -> Toda a Inervação da Bexiga vai para a Coluna Sacral e Lombar · Trauma Raquimedular ou Problemas Neurológicos → Parcial ou Total → Central ou no nível da · Inervação Vesical → Comprometem o funcionamento da Bexiga → Micção Disfuncional DIGNÓSTICO 1) Questionário do I-PSS -> qualidade de vida com os sintomas, se leve expectante, se moderado iniciar terapia medicamentosa e se grave a descontamento com a próstata vai para cirurgia. 2) EAS tipo 1- descartar ITU 3) Toque prostático + PSA é obrigatório na avaliação inicial Normal <2,5 ng/ml (em <65 anos de idade). EDR - EXAME DIGITAL RETAL ○ Feito Anualmente > 50 anos ○ Tamanho da Próstata → Avaliar a HPB ○ Sensibilidade Tonicidade → Problemas Neurológicos → Disnervação → Perda do Tônus do Esfíncter Anal HPB + LUTS → Esfíncter sem Resistência / Tônus → Indica Deficit Neurológico associado ○ Presença de Nodulações → Duros → Câncer de PróstataEXAMES LABORATORIAIS Em todos os casos: • EAS / Urina I → Leucócitos, Sangue, Nitrito, Proteínas Creatinina → Avaliar a Função Renal do Paciente → Detectar possível Insuficiência Renal antes de qualquer tratamento PSA - Antígeno Prostático Específico ○ Detecção de CA de Próstata Exames extras: Solicitar caso haja necessidade • Glicemia ou Hb1Ac → Paciente DM descompensado; Neuropatia Diabética • Urocultura → Disúria Intensa, febre CONDUTA: 1) USG Suprapúbico ○ Dado de Volume Vesical Pré e Pós Miccional ○ Volume e Morfologia da Próstata Grau de Descompensação da Bexiga → Análise da Parede Vesical → Mais “branca”ao USG → Espessamento → Hipertrofia do Detrussor - Bexiga de Esforço - Divertículos 2) Transrretal da Próstata ○ Feito apenas com suspeita de Câncer de Próstata → Guia da coleta de Material ○ Probe introduzido através do Reto → Desconfortável 3)Fluxometria ○ Análise do Fluxo Urinário Pré e Pós-tratamento. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Câncer de Próstata, Estenose de Uretra • ITU • Prostatite • Bexiga Neurogênica • Cálculo Vesical COMPLICAÇÕES • Retenção Urinária → Mais temida e final → falência grave do detrusor mediante obstruções ou medicamentos (anticolinérgicos, antidepressivos, ansiolíticos, vasoconstritores nasais) -> Bexigoma → Sonda • Hematúria → Erosão dos Vasos dessa Hiperplasia → Rompimento • Cálculo → Resíduo pôs miccional → Estase → Cálculos Vesical • Infecção urinária -> Piora dos sintomas e retenção urinária, colonização prostática ou de urina residual. • Hidronefrose → Não esvaziamento completo da bexiga → Aumento da pressão → Hidronefrose • Insuficiência Renal → Pós-Renal → Devido a Uropatia Obstrutiva TRATAMENTO MEDICAMENTOSO -> moderados 1) Hormonioterapia → Uso de 5-Alfa-Redutase ○ Bloqueio da conversão da Testosterona em Diidrotestosterona → Redução da HPB ○ Finasterida ○ Duasterida 2) Alfa Bloqueadores → Mais Utilizados ○ Bexiga e Uretra Prostática → Grande Quantidade de Receptores Alfa-Adrenérgicos ○ Relaxamento do Colo Vesical e Uretra Prostática ○ Melhora significativa da Micção - Doxazosina → Mais utilizada; Mais barata - 2mg / dia - 4mg / dia → Ideal, porem altas chances de colaterais - Tansulosina → Melhor; Mais seletiva Dose Plena → Mais seletiva e com menos efeitos colaterais ○ Podem causar hipotensão postural e queda da PA 3) Terapia Combinada → Doxazosina + Finasterida 4) Citrato de Tadalafila ○ Utilizado para Disfunção Erétil → Melhora o Fluxo Urinário ○ Tansulosina + Tadalafila TRATAMENTO CIRÚRGICO -> Grave • Quando há Complicações ou Paciente não responde ao Tratamento Clínico Quando Indicar: Indicações Absolutas ○ Retenção Urinária ○ Ureterohidronefrose ○ ITU Recorrente ○ Hematúria Macroscópica ○ Incontinência Urinária Paradoxal ○ Falha no Tratamento Clínico 1) Ressecção Transuretral (RTU) → Padrão Ouro ○ Próstata > 80g → Não indicado 2) Prostatectomia Transvesical (PTV) → Incisão Suprapúbica TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO Pacientes com sintomas graves e moderados, que necessitam de Cirurgia, porém não apresentam Condições clinicas para isso (Cardiopatas Graves; DPOC Grave) 1) Termoterapia (TUMT) 2) Radiofrequência (TUNA) 3) Stents • Mais utilizado em pacientes com baixa expectativa de vida ORIENTAÇÕES - Mudanças no Estilo de Vida - Evitar beber líquidos na hora de dormir e ingerir pequenas quantidades ao longo do dia - Criar o hábito de ir ao banheiro quando tiver vontade → Evita Retenção Urinária - Esvaziar totalmente a bexiga, aguardar um momento e tentar novamente - Evitar o uso de Descongestionantes e Anti-histamínicos → Faz o contrário dos Alfa-Bloqueadores - Reduzir o consumo de álcool e a cafeina - Praticar exercícios físicos regularmente CANCER DE PRÓSTATA Segundo cancer mais comum em homens (se tirar o melanoma, é o mais comum) FATORES DE RISCO: ○ Idade Avançada ○ Histórico Familiar → 2x ○ Negros → Mais agressivo nesses casos ○ Dieta Ocidentalizada → Carne Vermelha, Defumados ○ Obesidade → Desequilíbrio do Metabolismo da Testosterona CLÍNICA: Assintomático → Crescimento inicialmente na zona periférica da próstata → Logo, sem sintomas irritativos e obstrutivos ○ Irritativos → Noctúria e Urgência ao Urinar ○ Obstrutivos → Sensação de Esvaziamento Vesical Incompleto → Obstrução Infravesical ○ Metástase Óssea → Pode apresentar Dor óssea ○ Caquexia DIAGNÓSTICO: ○ Histopatológico → Biópsia Transretal Rastreio → Não é Consenso! Ministério da Saúde → Não indica Sociedade Brasileira de Urologia → Indica Como é feito o Rastreio: Toque Retal + PSA (Antígeno Prostático Específico) Quando: Pacientes com > 50 anos ou Negros ou com Histórico Familiar > 40 anos Qual a finalidade: Decidir se a Biópsia Transretal será feita ou não 1)Toque + → Irregular, Endurecido e com Nodulações 2) PSA > 4 ng/ml → Biópsia → Quanto maior o PSA, maior o risco de -Se < 60 anos e PSA > 2,5 ng/ml → Biópsia precoce pode ser indicada PSA entre 2,5 e 4 ng/ml → Refinamento do PSA→ Para pacientes >60 - Velocidade > 0,75 ng/ml/ano - Densidade > 15 → Afastar Hiperplasia Prostática Benigna - PSA / PP (Peso Prostático) →Peso Prostático aumenta mais na HPB em relação ao CaP - Fração Livre de PSA < 25% Fração Conjugada + Fração Livre → Quanto menor a concentração de fração livre de PSA maior o risco de CaP. Toque + e PSA Alterado → Qualquer um dos dois com alterações → Biópsia -> USG Transrretal → Guia a Biópsia. ESTADIAMENTO: ○ Toque ○ PSA ○ Cintilografia Óssea ○ RM TRATAMENTO: I. Doença Localizada 1) Prostatectomia Radical → Padrão Ouro → Indicada para pacientes com expectativa de vida > 10 anos 2) Radioterapia -> Vigilância → Paciente com indicação cirúrgica que não opta pela cirurgia - PSA < 10 ng/ml - Gleason ≤ 6 II. Doença Metastática 1) Privação Androgênica → Castração - Cirúrgica → Orquiectomia Bilateral → Nem todo paciente opta por tal procedimento - Química → Hormonioterapia → Análogos GnRH → Leuprolide (Eligard); Goserelina (Zoladex). 2) Quimioterapia TUMOR RENAL INCIDÊNCIA • 2 - 3% tumores humanos • Sexo Masculino 3:1 • 60 anos • Mais agressivo que o CA de Próstata → Câncer Urológico que mais mata • Incidência Crescente → 2 - 3% ano + 200.000 Casos/Ano ETIOLOGIA • Desconhecida • Tabagismo • HAS • Obesidade • Hereditariedade • Hemodiálise → Por mais de uma década de duração • Outros PATOLOGIA 1. Carcinoma de Células Renais (85%) → Tipo Histológico mais comum 2. Carcinoma de Células Transicionais (8%) • Outros SINAIS E SINTOMAS • incidental (> 80%) → Exames de Imagem → USG → Incidentalomas 1) Hematúria → Macroscópica e Indolor 2) Massa Palpável 3) Dor Lombar Tríade Clássica → Atualmente em poucos casos (10%) → Pois são descobertos precocemente antes de causar tais sintomas Necessita de CA avançado -> Perda de Peso → Caquexia DIAGNÓSTICO USG → Mais utilizado ○ Presença de massa sólida no Rim ○ Deve ser confirmada com TC TC → É o melhor exame para avaliar a natureza do Tumor → Deve ser feito Ver Natureza da Lesão e classificar; Ver Rim Contralateral; Ver ao redor do Rim, espaço peri-renal e presença de Gânglios; Metástases a Distância → Confirmar natureza da Lesão e tomar Conduta RM → Não acrescenta informações em relação à TC É utilizada caso haja contraindicações à TC Arteriografia Renal → Não é rotina ○ Invasivo; Presença de Contraste; Risco ○ Denota massa Hipervascular ○ Solicitado em Cirurgias Minimamente Invasivas → Paciente tem apenas um Rim ○ Má formações Renais são muito comuns → Nem sempre há Anatomia favorável Massa → Sólida ou Cística? Sólida → Cirurgia -> Não necessita de Biópsia antes da Cirurgia Cística → Controle -> Deve-se confirmar a natureza do Cisto → Se houver apenas líquido dentro → Controle • Lesões Císticas são muito comuns • Baixíssima probabilidade de neoplasias malignas Classificação de Bosniak → Classificação Radiológica Baseada na TC. Imagens mais Ecogênicas → Hiperecogênicas → Mais densa que o Parênquima Renal → Massas Cisto Complexo→ Presença de Líquido (Hipoecoico ou Hipoecogênico) + Calcificação • Bosniak I e II → Acompanhamento • Bosniak III e IV → Cirurgia ESTADIAMENTO Definir a Extensão Tumoral ○ Tratamento ○ Prognóstico • TNM • Grau de Fuhrman → Quanto maior o grau de Indiferenciação Celular → Mais Grave • Tamanho da Lesão é o principal fator prognóstico no Estadiamento → > 7cm · Probabilidade de CCR na peça cirúrgica de acordo com o tamanho da Lesão Sólida → > 7 cm = 93,4% · Sobrevida em 5 anos de pacientes com Adenocarcinoma Renal submetidos a Nefrectomia Radical conforme o Estádio TNM → Quanto mais avançado o Bosniak menores as chances Tumores Avançados (T3 e T4) 1. Cirurgia -> Nefrectomia Radical/parcial ou Retirada das Metástases 2. Quimioterapia → Funciona em 10% dos casos 3. Radioterapia → Controle da Dor 4. Imunoterapia → interferon Além de retirar o tumor, retira-se todos os gânglios que são visíveis. CANCER DE BEXIGA EPIDEMIOLOGIA • 4ª Causa de Tumores Malignos no Homem • Mais comum em Homens • Sexta década de vida • No Dx → > 70% → > 65 Anos Paciente > 60 anos + Sangue na Urina Indolor Recorrente → Pensar em Câncer até que se prove o contrário PATOLOGIA • Carcinoma de Células Transicionais (> 90%) • Carcinomas Epidermoides (5%) • Adenocarcinomas (2%) ETIOLOGIA Tabagismo → Aumenta a probabilidade em 10x -> Principal fator de risco • Agentes Químicos • Radioterapia Pélvica → Chances de Irradiar a Bexiga → 60x • Ciclofosfamida DIAGNÓSTICO 1. Exame Físico → Muito pobre → Orgão Retropúbico -> Poucas chances de exame físico e palpação 2. Urina I → Sangue na Urina → Sempre 3. Exames de Imagem → USG é Excelente → Mostra a lesão 4. Citologia urinária -> alta especificidade 95% e baixa sensibilidade 30% 5. Cistoscopia → Fácil de Identificar lesões Vesicais e coleta de material para a Biópsia SINTOMAS: Sangue na Urina → Hematúria Macroscópica Indolor Recorrente Sintomas irritativos Miccionais Leves podem estar associados ○ Dor Suprapúbica ○ Vontade de Urinar frequente ○ Disúria Leve ESTADIAMENTO 1) RTU → Ressecção Trans-Uretral -> Histopatológico → Tipo Histológico e Grau de Diferenciação 2) TC / RNM ○ RNM é Muito importante → Ressonância Pélvica é Melhor ○ Próstata, Pelve, Bexiga 3) Rx de Tórax ou TC de Tórax ○ Principal sítio de metastase à distância é pulmonar TNM ○ T → Tumor Primário ○ N → Linfonodos Regionais ○ M → Metástase a Distância T2 → Tumor invade Camada Muscular da Bexiga ○ É o que define o Prognóstico e Tratamento ○ Obtido através de Laudo Histopatológico Prognóstico / Estádio TNM Sobrevida- 5 Anos T0 ≥ 85% T1 65- 75% T2 57% T3 31% T4 < 15% FATORES DE RISCO DE RECORRÊNCIA: • Tumores múltiplos • Tumores > 3cm • Tumores Recorrentes • Alto Grau • Associação com CIS - Carcinoma In Situ • Estágio T1 Nesses casos, apenas ressecção não é suficiente → RTU ○ Tumor Superficial → 75% ○ Tumor Profundo → 25% TRATAMENTO DO TUMOR SUPERFICIAL 1) Ressecção transuretral (RTU) 2) Qumioterapia Adjuvante - Onco BCG → Quimioterapia Intravesical - Imunoestimulação da Mucosa Vesical → Grande redução das chances de recorrência ○ Mitomicina ○ Doxorrubicina TRATAMENTO DO TUMOR INVASIVO → Invade a Camada Muscular 1) Cistectomia Radical → Padrão Ouro do Tratamento ○ Grande, com risco de complicações e com alta mortalidade → Disfunções urinárias e erétil Muitos pacientes não aceitam os riscos da cirurgia ou não apresentam condições clínicas satisfatórias para serem submetidos a tal procedimento - Nesses casos • Radioterapia → Prognóstico muito ruim • Quimioterapia → Cisplatina Qualidade de vida após Cistectomia Radical → Baixa ○ Controle Urinário ○ Disfunção Eretil ○ Impacto Social ○ Impacto Emocional CÂNCER DE PÊNIS Raro em países desenvolvidos Cigarro → Demoram décadas para se desenvolver -> Após os 50 anos ETIOLOGIA 1) Má Higiene → Esmegma → Estritamente relacionado -> Glândulas de Tyson → Coroa da Glande → Produção de Esmegma 2) Fimose (75 - 90%) ○ Dificulta a limpeza local ○ Também relacionado a questões culturais e socioeconômicas 3) HPV ○ 30 - 60% ○ Mais de 50% da População ○ Subtipos 16 e 18 PATOLOGIA • Carcinoma Espinocelular → 97% MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Lesão → 80% ○ Meses ou Anos ○ Relato de tentativa de tratamento com pomadas e passagem por outros médicos • Gânglios Inguinais DIAGNÓSTICO • Biópsia → Histopatológico • Disseminação Linfática → 20% dos casos → Óbito Metástases à Distância são raras ○ Rx de Tórax ○ USG ○ TC ESTADIAMENTO Sistema TNM ○ T - Tumor Primário ○ N - Disseminação para Linfonodos Proximais ○ M - Metástase a Distância TRATAMENTO -> Maior ressecação e prevenção possível do órgão. • Avaliação Psicológica ○ Penectomia Parcial / glandectomia parcial ou total ○ Penectomia Total ○ Linfadenectomia • Quimioterapia Adjuvante Antonio Henrique Riquelme Urologia cirúrgica CÂNCER DE TESTÍCULO • 3% das Neoplasias do Sexo Masculino • Tumor solido mais comum → 15 - 35 anos • Mais brancos → 5:1 Paciente Jovem, com Massa Indolor em Testículo → Câncer de Testículo FATORES DE RISCO 1) Criptorquidia → 8 - 40x ○ Tratamento é sempre Cirúrgico ○ Testiculo na Bolsa Escrotal → Facilita o Dx de Câncer ○ Resolução da Criptorquidia não reduz as chances de desenvolver Câncer de Testículo ○ Deve ser tratada preferencialmente antes dos 2 anos de idade → Reduz chances de Infertilidade HISTOLOGIA - Seminomas são os mais comuns (40-50%) SINAIS E SINTOMAS • Massa Testicular Indolor e Rígida • Dor → Geralmente leve → Causada por processo inflamatório • Hidrocele → Caso haja acometimento da Túnica Albugínea DOENÇA METASTÁTICA → 10% dos Casos -> Pulmão principalmente → Dispneia, Tosse e Dor Torácica Dx Diferencial → Orquiepididimite → Exclui com História e exame Físico → Testículo aumentado, muito doloroso ○ Trauma ○ Infeccioso. DIAGNÓSTICO • Autoexame Testicular → Presença de Massa Indolor • Anamnese 1) Exame Físico -> Examinar o Testículo Oposto CONDUTA → Fazer sempre: • USG → Melhor Exame • Rx de Tórax → Verificar presença de Metástases MARCADORES TUMORAIS ○ Alfafetoproteína ○ Gonadotrofina Coriônica Humana ○ DHL - Desidrogenase Lática ESTADIAMENTO DE BODEN I - Tumor Restrito ao Escroto II - Metástases em Linfonodos Retroperitoniais III - Metástases Supradiafragmatica ou Visceral Exploração Inicial → Cirúrgica • Todo paciente com massa testicular suspeita • Orquiectomia Via Inguinal → Não aborda a Bolsa Escrotal → Risco de Disseminação • Se houver dúvida diagnóstica → Biópsia de Congelação TRATAMENTO • Sempre Cirurgico • Estádio I e II → Oquiectomia + Radioterapia • Estádio III → Orquiectomia + Quimioterapia → Disseminação linfática ou Metástases a Distância - Criopreservação → Vale indicar ○ Maioria desses pacientes torna-se estéril após o tratamento
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