CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - Prof. Célio

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14/08/2017
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CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE
PROFESSOR: CÉLIO RODRIGUES DA CRUZ
Mestre em Direito Público
Professor de Direito Constitucional
Procurador Federal
• A Constituição é a Lei 
Maior e, por isso, é o 
fundamento de 
validade de todas as 
demais normas.
• Nenhuma lei ou ato 
normativo subsiste 
validamente se não 
estiver em 
conformidade com a 
Constituição.
SUPREMACIA DA 
CONSTITUIÇÃO
• A reforma da 
Constituição depende 
de um processo mais 
solene.
• Emenda à 
Constituição exige 
aprovação em dois 
turnos de votação 
em cada Casa e três 
quintos dos votos dos 
membros da Câmara 
e do Senado.
• Existência de 
cláusulas pétreas.
CONSTITUIÇÃO 
RÍGIDA
• Existência de órgãos
de controle de 
constitucionalidade
•No Brasil, qualquer
juiz ou tribunal faz o 
controle. 
•O guardião maior da
Constituição Federal é 
o Supremo Tribunal 
Federal.
EXISTÊNCIA DE ÓRGÃOS 
DE CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE
Pressupostos fundamentais para o controle de constitucionalidade das normas
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• Todos aqueles que 
elaboraram 
constituições 
escritas encarnam-
na como a lei 
fundamental e 
suprema da nação.
SUPREMACIA DA 
CONSTITUIÇÃO
• Um ato do 
Poder 
Legislativo 
contrário à 
Constituição 
é nulo.
TEORIA DA 
NULIDADE • É enfaticamente da competência do 
Poder Judiciário dizer o Direito, o 
sentido das leis. Se a lei estiver em 
oposição à constituição, a corte terá de 
determinar qual dessas normas 
conflitantes regerá a hipótese. E se a 
constituição é superior a qualquer ato 
ordinário emanado do legislativo, a 
constituição, e não o ato ordinário, 
deve reger o caso ao qual ambos se 
aplicam.
CONTROLE 
DIFUSO
Marbury v. Madison: razões estabelecidas por John Marshall para a existência 
do controle de constitucionalidade:
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CONSTITUIÇÃO
Normas const. originárias
Emendas à Constituição 
Tratados Internacionais –dir. Humanos 
ratificados por 3/5 da Câmara e do Senado
Tratados Internacionais sobre direitos 
humanos não ratificados por 3/5 da 
Câmara e do Senado
Norma supralegal e infraconstitucional
LEIS
Atos normativos primários
Leis Complementares, Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Leis 
Delegadas, Decretos Legislativos e Resoluções da Câmara ou do Senado.
REGULAMENTOS ADMINISTRATIVOS
Atos normativos secundários
Decretos, Portarias, Resoluções Administrativas, Instruções Normativas, etc.
PLANO DE VALIDADE DA NORMA
EXISTE NORMA (Elementos essenciais: agente, forma e objeto)
+ 
COMPETÊNCIA + FORMA ADEQUADA + LICITUDE E POSSIBILIDADE
INCONSTITUCIONALIDADE: 
Opera efeitos no plano da validade, com eficácia temporal ex tunc
(teoria da nulidade).
Entretanto, o STF poderá modular os efeitos de sua decisão, 
declarando eficácia temporal ex nunc (teoria da anulabilidade).
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PLANO DA VIGÊNCIA = Existência + aplicabilidade
EXISTE NORMA (Elementos essenciais: agente, forma e objeto)
• O ato normativo existe e já entrou em vigor, sendo, portanto apto
a produzir seus efeitos (norma aplicável, exigível e exeqüível).
•Nessa fase, admite-se o controle de constitucionalidade repressivo
abstrato e concreto;
REVOGAÇÃO: 
A revogação opera efeitos no plano da existência, a partir de 
então (efeitos ex nunc).
A revogação e feita por outra norma de igual ou superior 
hierarquia, por questão de conveniência e oportunidade.
PARÂMETROS UTILIZADOS PARA AFERIR A COMPATIBILIDADE DAS 
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS
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GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO
Sistemas de controle de constitucionalidade
SISTEMA AMERICANO
• John Marshall, ao julgar o caso
Marbury v. Madison, em 1803,
reconheceu a competência da Suprema
Corte Americana, da qual era o
Presidente, para proferir o controle de
constitucionalidade no caso concreto -
judicial review.
• Controle difuso: Qualquer Juiz ou
Tribunal pode exercer o controle de
constitucionalidade, negando a
aplicação de leis inconstitucionais.
• Teoria da nulidade: A decisão tem
natureza declaratória, reconhecendo
uma situação preexistente. Por isso, os
efeitos da decisão são retroativos – ex
tunc.
SISTEMA AUSTRÍACO
• Kelsen introduziu o controle de
constitucionalidade na Europa, por
meio da Constituição da Áustria, em
1920, e aperfeiçoado em 1929.
• O controle não se caracterizaria como
uma atividade judicial, e sim uma
função constitucional de natureza
legislativa negativa.
• Controle concentrado: Somente um
tribunal constitucional poderia decidir
sobre a validade de uma lei.
• Teoria da anulabilidade: A decisão tem
natureza constitutiva negativa,
produzindo efeitos não retroativos – ex
nunc.
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Sistemas de controle de constitucionalidade
SISTEMA FRANCÊS
• Instituído com a Constituição de 1958, com a criação do Conselho Constitucional.
• Controle de natureza política: É exercido exclusivamente por um órgão político,
composto de membros que não são juízes.
• As decisões do Conselho Constitucional vincula os poderes públicos e todas as
autoridades administrativas e jurisdicionais.
• O controle é meramente preventivo, ou seja, antes da promulgação da lei, não havendo 
possibilidade de questionamento da validade da lei após a sua existência no mundo 
jurídico.
Sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil
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INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO
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Modalidades de controle de constitucionalidade
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CONTROLE PREVENTIVO EXERCIDO PELO PODER LEGISLATIVO
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CONTROLE PREVENTIVO PELO CHEFE DO EXECUTIVO
CONTROLE PREVENTIVO PELO CHEFE DO EXECUTIVO
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SISTEMA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE JURISDICIONAL - REPRESSIVO
DIFUSO-INCIDENTAL-
CONCRETO
CONCENTRADO-PRINCIPAL-
ABSTRATO
Sistemas originários Sistema Americano Sistema Austríaco 
Quanto ao órgão 
judicial que exerce 
o controle
Difuso: 
Qualquer Juiz ou Tribunal pode 
exercer o controle de 
constitucionalidade 
Concentrado em um ou mais 
órgãos:
• STF – em face da 
Constituição Federal
• TJ – em face da 
Constituição Estadual 
Quanto à forma ou 
o modo de controle 
Via incidental, via de exceção 
ou via de defesa.
(Incidenter tantum) 
Via principal ou via de ação 
direta Exemplo: ADI, ADC, ADI 
por omissão e ADPF. Ressalte-
se que na ADI interventiva o 
controle é concreto. 
Quanto às 
circunstâncias 
Controle concreto Controle abstrato
SISTEMA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE JURISDICIONAL - REPRESSIVO
DIFUSO-INCIDENTAL-CONCRETO CONCENTRADO-PRINCIPAL-ABSTRATO
Pedido do autor Reconhecimento do seu direito (bem da 
vida) 
Declaração da inconstitucionalidade. 
Questão 
constitucional
Causa de pedir - Questão prejudicial Pedido - Objeto da causa 
Características • Exercido no desempenho normal da 
função jurisdicional.
• Pressupõe a existência de um litígio -
ação 
Não há litígio, nem réu, no sentido 
técnico processual. 
Tutela Subjetiva Objetiva
Efeitos da decisão • Temporal: ex tunc
• Abrangência: inter partes 
Excepcionalmente, o STF pode modular 
os efeitos da decisão.
• Temporal: ex tunc
• Abrangência: erga omnes
Excepcionalmente, o STF pode 
modular os efeitos da decisão.
Quem pode suscitar a 
inconstitucionalidade 
• Partes do processo (Autor, Réu e 
Interessados)
• Ministério Público
• De ofício: O Juiz ou Tribunal pode 
reconhecer a inconstitucionalidade. 
• ADI, ADI por omissão e ADC – art. 
103 da Constituição Federal;
• ADPF – O art. 2º da Lei nº 
9.882/99 diz que os legitimados 
são os mesmos para a ADI. 
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Modalidades de controle de constitucionalidade no Brasil
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE JURISDICIONAL CONCENTRADO
ESPÉCIE DE AÇÃO CIRCUNSTÂNCIA OU 
SITUAÇÃO
LEGISLAÇÃO
Ação direta de inconstitucionalidade 
genérica (ADI ou ADIn)
Controle abstrato Art. 102, I, “a”, CF.
Art. 102, § 2º, CF.
Art. 103, CF.
Lei n º 9.868/1999.
Ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão (ADIo)
Controle abstrato Art. 102, I, “a”, CF.
Art. 102, § 2º, CF.
Art. 103, CF.
Lei n º 9.868/1999.
Ação direta interventiva Controle concreto Art.36, III, CF.
Lei n º 4.337/1964
Ação declaratória de 
constitucionalidade (ADC ou 
ADECON) 
Controle abstrato Art. 102, I, “a”, CF.
Art. 102, § 2º, CF.
Art. 103, CF.
Lei n º 9.868/1999.
Arguição de descumprimento de 
preceito fundamental (ADPF)
Controle abstrato ou 
concreto
Art. 102, § 1º, CF.
Lei n º 9.882/1999.
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Declaração de inconstitucionalidade – órgão colegiado
Procedimento para declaração de inconstitucionalidade no controle difuso
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Procedimento para declaração de inconstitucionalidade no controle difuso
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Declaração de inconstitucionalidade – órgão colegiado