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Introdução a Virologia Professor Christian Reis Febre Amarela CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características As viroses humanas Viroses são doenças causadas por vírus. As viroses não têm cura. Os medicamentos que tomamos quando estamos com gripe, por exemplo, apenas aliviam os sintomas de tal enfermidade. CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características A AIDS Deriva das iniciais da expressão inglesa: acquired immunological deficiency syndrome, que significa ‘síndrome de imunodeficiência adquirida’. É, atualmente, uma das mais preocupantes enfermidades em todo o mundo. O vírus causador da AIDS é conhecido como HIV - da expressão inglesa human immunodeficiency virus (‘vírus da imunodeficiência humana’). CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características Nas pessoas portadoras de HIV, o vírus pode ser encontrado no sangue e, de acordo com o sexo, no esperma (em homens) ou nas secreções vaginais e no leite (em mulheres). Transmissão: por meio de relações sexuais com parceiros portadores do vírus e de transfusões com sangue contaminado. Mulheres grávidas portadoras de HIV podem transmitir o vírus para o feto através da placenta ou através da amamentação. CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características A gripe O vírus da gripe é transmitido por gotículas de saliva ou de secreção respiratória eliminadas no ar por meio de tosse, espirro, fala ou ar expirado. Prevenção: existe vacina contra a gripe. Ela pode ser tomada uma vez por ano, com a devida orientação médica, pois não é recomendada a pessoas portadoras de certas alergias. CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características A dengue Prevenção: combatendo-se os mosquitos transmissores. Evitar o acúmulo de água no interior de garrafas, latas vazias, pneus, por exemplo. Tampar caixas d´água e usar tela de proteção para que o mosquito não entre nas casas. Vacina em fase de teste. É causada por um vírus transmitido aos humanos pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Im a g e m : J a m e s G a th a n y / D o m ín io P ú b lic o A febre amarela É causada por um vírus que também pode ser transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Prevenção: compreende as mesmas medidas adotadas para o combate à dengue. Existe vacina para a febre amarela. CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características Nossas defesas contra as viroses Nosso organismo está sempre exposto à invasão de microrganismos diversos. Eles podem penetrar em nosso corpo, por exemplo, por meio do ar, da água, de ferimentos e de alimentos contaminados. Algum desses microrganismos podem ser patogênicos (capazes de provocar doenças).2 CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características Sistema imunitário As proteínas que formam as cápsulas dos vírus são diferentes das proteínas existentes no corpo humano. Quando sofremos alguma invasão por vírus, as proteínas desses seres – “estranhas” ao nosso organismo – são “detectadas” por certas células do corpo. Essas células do corpo, que fazem parte do sistema imunitário (ou imune), passam a produzir substâncias que combatem o invasor: os anticorpos.3 CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características Exemplo da ação do sistema imune Quando alguém contrai um resfriado, o sistema imunitário inicia a produção de anticorpos. Depois de alguns dias, os anticorpos eliminam os vírus e a pessoa fica curada do resfriado. CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características Lembre-se que os anticorpos têm ação específica; ou seja, somente atuam no combate ao microrganismo para o qual foram produzidos. Vacinas – prevenindo contra doenças Doenças provocadas por vírus ou bactérias são evitadas com o uso das vacinas. CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características As vacinas induzem o nosso sistema imunitário a produzir anticorpos específicos contra um determinado microrganismo. Caso haja uma invasão na pessoa vacinada, os anticorpos já existentes impedem que a doença nele se instale. Im a g e m : U S A ID B a n g la d e s h / D is p o n ib ili z a d o p o r R o b b o t / D o m ín io P ú b lic o Vírus Definição de Vírus Entidades infecciosas não celulares cujo genoma pode ser DNA ou RNA. Replicam- se somente em células vivas, utilizando toda a maquinaria de biossíntese e de produção de energia da célula para síntese e transferência de cópias de seu próprio genoma para outras células Características gerais dos vírus Não possuem metabolismo próprio: CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características Nos vírus não ocorrem as reações químicas observadas no interior de uma célula viva. Fora de uma célula-hospedeira, eles não têm nenhuma atividade; são inertes e podem até formar cristais, como os minerais.1 Características gerais dos vírus Reproduzem-se somente dentro de células vivas (parasitas intracelulares obrigatórios): CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características São parasitas de seres vivos diversos, como plantas, animais e bactérias. Podem se reproduzir à custa do material que encontram somente em células vivas; fora de uma célula-hospedeira, eles se mantêm absolutamente inertes.1 • Agentes causadores de infecções no homem, outros animais, vegetais e bactérias. • Sem metabolismo próprio. • Parasitas intracelulares obrigatórios. • Não se desenvolvem em ambientes extracelulares. • Tipo de material genético (DNA ou RNA) • Tamanho e Forma • Natureza do envoltório (com ou sem envelope) • Genoma muito simples Características gerais Tamanho dos vírus Envelope Capsídeo Ácido Nucléico Matriz Protéica Nucleocapsídeo Estrutura básica dos vírus Vírion = partícula viral completa e infecciosa Os vírus apresentam uma grande diversidade de formas e tamanhos. As partículas virais consistem basicamente em um envoltório protéico (capsídeo) que abriga em seu interior o material genético. Vírus não-envelopados Vírus envelopados - apresentam bicamada lipídica envolvendo o capsídeo (envelope). Envelope viral • Bicamada fosfolipídica e proteínas Capsídeo Proteínas codificadas pelo genoma viral; Proteção e rigidez; Simetria: Icosaédrica Helicoidal Complexa A maioria dos vírus apresenta capsídeos de estrutura helical ou icosaédrica. Alguns vírus, como os bacteriófagos, desenvolveram estruturas mais complexas. A forma icosaédrica se aproxima de uma esfera. A forma helical é cilindrica. subunidades idênticas + interações específicas, em geral, produzem estruturas simétricas. Capsídeo Simetria – Microscopia Eletrônica Icosaédrica Helicoidal Complexa Uma simetria icosaédrica obedece às características um sólido geométrico que é formando por 20 triângulos equiláteros e 12 vértices, o icoságono. Essa estrutura requer o mínimo de energia para montagem, a partir das subunidades, é a forma mais eficiente de uma proteína ocupar uma área externa menor com uma área internamaior. Vírus Icosaédricos Estrutura helical http://www.twiv.tv/virus-structure/ Vírus Helicoidais Vírus Complexos Estrutura complexa Ex: Bacteriófago lambda Taxonomia • Classificados de acordo com as características físicas, químicas e biológicas; • Sistema é estabelecido pelo Comitê Internacional de Taxonomia dos Vírus (CITV); • Nome da família termina em viridae Ex. Picornaviridae (vírus pequenos) • subfamílias virinae • Os vírus podem ser classificados em 6 classes. Bases da Classificação dos Vírus 1. Tipo de ácido nucléico 2. Tamanho e morfologia 1. Simetria 2. Número de capsômeros 3. Presença ou ausência de envoltório 3. Presença de enzimas específicas 1. Polimerases 2. Neuroaminidase 4- Susceptibilidade ao éter, ou outros agentes químicos ou fisicos 5- Propriedades imunológicas 6- Métodos naturais de transmissão 7- Tropismo celular, tecidual e de hospedeiro 8- Patologia, formação de corpúsculos de inclusão 9- Sintomatologia Famílias • tipo de ác. nucl, • forma , • tamanho tipo de replicação Gêneros • propriedades sorológicas, • físico-químicas Vírus que Infectam vertebrados Exemplos de formas e simetria Influenza vírus (VERDES) Rotavírus Vírus da Hepatite A e Influenza A ( H1N1) HIV Ciclo reprodutivo • Vírus uma vez dentro da célula possuem genes capazes de controlar os sistemas de produção de energia e síntese de proteínas da célula hospedeira • Ácidos nucléicos DNA ou RNA nunca ambos • Quantidade de ácidos nucléicos varia em diferentes tipos de vírus vai de 3-4 genes até centenas • Estrutura do DNA fita dupla ou única linear ou circular Como os vírus se reproduzem? CIÊNCIAS NATURAIS, 7º Ano do Ensino Fundamental Vírus e suas principais características O vírus entra em contado com a bactéria e injeta seu material genético... ...e se reproduz no interior da bactéria. Novos vírus são formados. A bactéria é rompida e os novos vírus são liberados. Os novos vírus recomeçam o ciclo. Ciclo de reprodução de vírus bacteriófago Im a g e m : P h a g e 2 .J P G : S u ly 1 2 / D e ri v a d o d e : D Z a d v e n ti s te / C re a ti v e C o m m o n s A tr ib u iç ã o -P a rt ilh a n o s T e rm o s d a M e s m a L ic e n ç a 3 .0 U n p o rt e d Ciclo reprodutivo • Reprodução ou replicação intracelular • 2 tipos de ciclos reprodutivos: ciclo lítico ciclo lisogênico • Os 2 ciclos iniciam-se aderindo à superfície da célula bacteriana (fibras protéicas da cauda) esta contrai-se impelindo a parte central para dentro da célula (semelhante microsseringa)DNA é injetado Replicação de Bacteriófagos http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/index.html http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/index.html http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/index.html Ciclo lítico de um bacteriófago Ciclo lisogênico Entrada e desnudamento Invasão viral Etapas gerais da replicação viral Processos básicos da infecção/replicação viral 1) Adsorção – ligação do vírus a célula hospedeira. 2) Penetração e 3) Desencapamento - entrada e liberação do genoma viral na célula hospedeira. 4) Síntese – Síntese dos componentes virais usando a maquinaria da célula hospedeira. 5) Montagem/maturação – o capsídeo se combina com o material genético e as partículas virais se tornam completas. 6) Liberação das Novas Partículas – saída dos vírus recém-produzidos da célula hospedeira. Ciclo de vida de um vírus: (a) Adsorção. (b) Penetração. (c) Biossíntese. (d) Montagem. (e) Saída. DNA fita dupla RNA fita dupla DNA fita simples RNA fita simples Genomas dos vírus Circulares Lineares Polaridade positiva Polaridade negativa Genomas virais Vírus de DNA I) Migração do genoma para o núcleo celular. II) Fase pré-replicativa – expressão dos genes iniciais (proteínas não-estruturais. II) Fase de replicação – expressão dos genes tardios (proteínas estruturais) e síntese de novas cópias de DNA genômico. HPV HPVs de Alto risco Oncogênico Tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82 (Crescimento maligno de células) HPVs de Baixo risco Oncongênico Tipos 6, 11, 42, 44, 51, 81 e 83 (Crescimento de lesões hiperproliferativas auto-limitadas ) HPV Pequenos vírus não envelopados; Vírus de DNA circular de fita dupla Regiões do genoma LCR (Longa Região de Controle) Regula a transcrição e replicação viral; Região Precoce (E1, E2, E4, E5, E6 e E7) Crescimento e proliferação celular; Região Tardia (L1 e L2) Formação do capsídeo viral; Capsídeo viral > 360 cópias da proteína estrutural L1 (80%) e 72 cópias da proteína L2 Morfologia e organização do genoma do HPV Vírus ssRNA (+) I) Tradução da poliproteína viral precurssora completa. II) Processamento da poliproteína. III) Transcrição da fita de RNA complementar (-) pela RNA polimerase dependente de RNA viral (RpRd) a partir do molde genômico. IV) Transcrição da fita de RNA genômico (+) pela (RpRd). Vírus ssRNA (+) Ex: Flavivirus http://expasy.org/viralzone/all_by_species I) Tradução da poliproteína viral precurssora contendo somente PTNs não-estruturais (NS). II) Processamento do precurssor NS. III) Transcrição da fita de RNA complementar (-) pela RNA polimerase dependente de RNA viral (RpRd) a partir do molde genômico. IV) Transcrição da fita negativa RNA (RpRd) originando os mRNAs subgenômicos para as PTNs estruturais. V) Transcrição da fita de RNA genômico (+) pela (RpRd). Vírus ssRNA (+) ssRNA(+) (RT) I) Transcriptase reversa associada ao vírion. Após a chegada do capsídeo ao citoplasma, ocorre a transcrição reversa do RNA em DNA fita dupla. II) Integração da fita dupla de DNA viral ao genoma da célula pela enzima integrase. III) Tradução. IV) Replicação. Retrovírus - ssRNA(+) 2 3 4 Multiplicação de um Retrovírus Doenças humanas virais • Resfriado Comum; • Caxumba; • Raiva; • Rubéola; • Sarampo; • Hepatites; • Dengue; • Poliomielite; • Febre amarela; • Varicela ou Catapora; • Varíola; • Meningite viral; • Mononucleose Infecciosa; • Herpes; • HPV; • Hantavirose; • AIDS; • Gripe aviária; • Gripe suína.
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