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CARBOIDRATOS COMPLEXOS: São os carboidratos complexos, macromoléculas formadas por milhares de unidades monossacarídicas ligadas entre si por ligações glicosídicas. Homopolissacarídeos: Uma molécula composta por monômeros da mesma espécie. Exemplo: celulose, composta por unidades de glicose. Heteropolissacarídeos: Uma molécula de carboidrato composta por diferentes tipos de monossacarídeos. Exemplo: peptidoglicano. Os polissacarídeos mais importantes são os formados pela polimerização da glicose, em número de 3: 1. O Amido: É o polissacarídeo de reserva da célula vegetal. Formado por moléculas de glicose ligadas entre si através de numerosas ligações alfa(1,4) e poucas ligações alfa(1,6), ou "pontos de ramificação" da cadeia. Sua molécula é muito linear, e forma hélice em solução aquosa. 2. O Glicogênio: É o polissacarídeo de reserva da célula animal. Muito semelhante ao amido, possui um número bem maior de ligações alfa(1,6), o que confere um alto grau de ramificação à sua molécula. Os vários pontos de ramificação constituem um importante impedimento à formação de uma estrutura em hélice 3. A Celulose: É o carboidrato mais abundante na natureza. Possui função estrutural na célula vegetal, como um componente importante da parede celular. Semelhante ao amido e ao glicogênio em composição, a celulose também é um polímero de glicose, mas formada por ligações tipo alfa(1,4). Este tipo de ligação glicosídica confere á molécula uma estrutura espacial muito linear, que forma fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo ser humano. Os ruminantes são capazes de digerir a celulose porque em seu sistema digestório existem bactérias simbióticas que fazem a degradação das moléculas de celulose. Monossacarídeos e oligossacarídeos normalmente possuem função no metabolismo energético. Já alguns polissacarídeos possuem a função de ser a forma de armazenamento energético para um organismo. Há homopolissacarídeos que têm função estrutural, como a quitina que é um carboidrato que possui grupamentos de nitrogênio entre suas unidades. Formam fibras longas e é elemento estrutural no exoesqueleto de artrópodes e na parede celular de fungos. Os heteropolissacarídeos em todos os reinos servem como suporte extracelular. Por exemplo, nos tecidos animais a matriz extracelular é preenchida por fibras de proteínas e heteropolissacarídeos, que resultam em suporte e proteção para os tecidos, são os glicosaminoglicanos. Eles formam um composto de repetições de dissacarídeos, que só encontramos em animais e bactérias, não há em plantas. Alguns glicosaminoglicanos possuem grupos sulfatos, que no meio extracelular se ligam a proteínas na formação de proteoglicanos. Nas bactérias, existem em suas paredes celulares ligamentos cruzados de cadeias de heteropolissacarídeos com curtos peptídeos, resultando em compostos chamados de peptidoglicanos. E a estrutura muda de espécie para espécie. Estes compostos dão à parede celular bacteriana resistência e proteção. Quando consumimos um polissacarídeo, ocorre a digestão dele, ou seja, há hidrólise da cadeia, resultando em unidades de carboidrato. A enzima lisozima hidrolisa ligações glicosídicas da parede celular bacteriana, sendo um bactericida encontrado nas lágrimas, por exemplo. Antibióticos agem nas ligações cruzadas, enfraquecendo a parede celular das bactérias, deixando-as suscetíveis à lise (rompimento) celular.
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