Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS: PAVIMENTAÇÃO Professor: Amaury Figueira Estudos geotécnicos Reconhecimento do subleito Para o dimensionamento de um pavimento rodoviário é indispensável o conhecimento do solo que servirá para a futura estrutura a ser construída. Reconhecimento do subleito - Objetivos De acordo com DNER (1996): O estudo do subleito de estradas de rodagem com terraplenagem concluída tem como objetivo o reconhecimento dos solos visando à caracterização das diversas camadas e o posterior traçado dos perfis dos solos para efeito do projeto de pavimento Sequência dos serviços - 1 Inspeção expedita no campo Sequências dos Serviços - 2 Coleta da Amostra / Ensaios Sequências dos Serviços - 3 Traçado do perfil longitudinal De posse dos resultados dos ensaios feitos em cada camada ou horizonte de cada furo, traça-se o perfil longitudinal de solos constituintes do subleito estudado. Inspeção expedita de campo Para a identificação das diversas camadas de solo, pela inspeção expedita no campo, são feitas sondagens no eixo e nos bordos da estrada, devendo estas, de preferência, serem executadas a 3,50 m do eixo. Os furos de sondagem são realizados com trado ou pá e picareta. A profundidade dos furos de sondagem será, de modo geral, de 0,60 m a 1,00 m abaixo do greide projetado para a regularização do subleito. Inspeção expedita de campo Todos os elementos referidos, obtidos durante a inspeção expedita, são anotados no "Boletim de Sondagem" Coleta de amostras e execução dos ensaios Índice Suporte Califórnia (I.S.C.) A norma NBR-9895:1987 recomenda a consulta às NBRs 5734- Peneiras para ensaio, 6457-Preparação para ensaio normal de compactação e ensaios de caracterização e 7182-Ensaio de Compactação Esta Norma prescreve o método para a preparação de amostras de solos para os ensaios de compactação e de caracterização (análise granulométrica, determinação dos limites de liquidez e plasticidade, massa especifica dos grãos que passam na peneira de 4,8 m e massa específica, massa específica aparente e absorção de água dos grãos retidos na peneira 4,8 m). Esta é uma das normas citadas pela NBR 9895:1987. Índice Suporte Califórnia (I.S.C.) Índice Suporte Califórnia (I.S.C.) Traçado do perfil longitudinal / apresentação dos resultados Os resultados dos ensaios de laboratórios devem constar de um "Quadro - Resumo de Resultados de Ensaios“. Boletim de Sondagem Quadro Resumo Estudo das ocorrências de materiais para pavimentação Nesta fase são feitos estudos específicos nas Jazidas da região próxima à construção da rodovia que serão analisadas para possível emprego na construção das camadas do pavimento (regularização do sub-leito, reforço, subbase, base e revestimento ). Estudo das ocorrências de materiais para pavimentação Estes estudos são baseados nos dados da Geologia e Pedologia da região e podem ser utilizados fotografias aéreas, mapas geológicos, além de pesquisa com os moradores da região, reconhecimento de jazidas antigas, depósitos aluvionares às margens dos rios, etc. ver link: http://www.drm.rj.gov.br/index.php/areas-de- atuacao/43-cartasgeologicas/95-cartageologicasinopse Reconhecer Jazida Depósitos aluvionares às margens dos rios Estudo das ocorrências de materiais para pavimentação Prospecção preliminar Inspeção expedita no campo; Sondagens Ensaios de laboratórios Principais Exigências na Prospecção Preliminar Para reforço do subleito: características geotécnicas superiores a do subleito, demonstrados pelos ensaios de I.S.C. e de caracterização (Granulometria, LL, LP). Para sub-base granulometricamente estabilizada: ISC > 20 e Índice do Grupo IG = 0 para qualquer tipo de tráfego. Para base estabilizada granulometricamente: Limite de Liquidez máximo: 25% Índice de Plasticidade máximo: 6% Equivalente de Areia mínimo: 30% Quanto à granulometria, deverá estar enquadrada em uma das faixas das especificações: Estudo das ocorrências de materiais para pavimentação Prospecção definitiva Sondagens e coleta de amostras Ensaios de laboratório Avaliação de volume das ocorrências Avaliação de volume das ocorrências – cubagem Com a rede de furos lançada (de 30 em 30m) e com a profundidade de cada furo e cada horizonte, pode-se calcular o volume de cada tipo de material encontrado na jazida. As quantidades mínimas de materiais de ocorrência a serem reconhecidas, para cada quilômetro de pavimento de estrada, são aproximadamente as seguintes: Apresentação dos resultados Boletim de Sondagem Quadro-resumo dos Resultados dos Ensaios Análise Estatística dos Resultados Planta de Situação das Ocorrência Perfis de Sondagem Típicos Planta de Situação de Ocorrências Perfil de Sondagem Típico Dimensionamento do Pavimento de Pavimento Flexível As cargas rodoviárias: são transmitidas ao pavimento através das rodas dos pneumáticos. Para efeito de dimensionamento de pavimentos o tráfego de veículos comerciais (caminhões, ônibus) é de fundamental importância. No projeto geométrico são considerados tanto o tráfego de veículos comerciais quanto o tráfego de veículos de passageiros (carro de passeio), constituindo assim o tráfego total. As cargas rodoviárias:Os eixos As rodas dos pneumáticos (simples ou duplas) são acopladas aos eixos, que podem ser classificadas da seguinte forma: Eixos Simples: Um conjunto de duas ou mais rodas, cujos centros estão em um plano transversal vertical ou podem ser incluídos entre dois planos transversais verticais, distantes de 100 cm, que se estendam por toda a largura do veículo. As cargas rodoviárias:Os eixos Eixos Tandem: Quando dois ou mais eixos consecutivos, cujos centros estão distantes de 100 cm a 240 cm e ligados a um dispositivo de suspensão que distribui a carga igualmente entre os eixos (balancin). O conjunto de eixos constitui um eixo tandem. As cargas rodoviárias:Os veículos No Brasil os veículos comerciais devem obedecer a certos limites e as cargas por eixo não podem ser superiores a determinados valores, segundo a legislação em vigor. Quem regulamenta estes limites para as cargas máximas legais é a chamada lei da balança. Código de Trânsito Brasileiro através da Lei No 9.043 de 23/09/97 e da Resolução No 12 de 6/12/98 do CONTRAN regulamentou as seguintes cargas máximas legais no Brasil: As cargas rodoviárias:Os veículos Área de contato entre pneumático e pavimento Quando os pneus são novos a área de contado é elíptica, tornando-se velhos a área toma o formato retangular. Pode ser expressa da seguinte forma: O tráfego rodoviário Volume de tráfego: Número de veículos que passa em um ponto da rodovia, em determinado intervalo de tempo: hora, dia, mês, ano. Volume médio diário (Vm ou VMD): Número de veículos que circulam em uma estrada durante um ano, dividido pelo número de dias do ano. Volume diário de tráfego Capacidade de tráfego de uma faixa: Número máximo de veículos de passageiros que podem passar por hora na faixa de tráfego. Crescimento do tráfego O projeto de um pavimento é feito para um período de tempo, denominado período “P”, expresso em anos. No início do período “P” admite-se um volume inicial de veículos denominado “Vo”. Durante o decorrer do período de utilização da rodovia o volume de veículos tenderá a aumentar, aparecendodaí as denominações de tráfego Atual, tráfego Desviado e tráfego Gerado. No final do período “P” o volume final de veículos é chamado de tráfego final, designado pelo termo “Vt”. Crescimento em progressão aritmética ou crescimento linear Crescimento em progressão geométrica ou crescimento exponencial O conceito de eixo padrão rodoviário Estudo do tráfego Número de eixos que solicitam o pavimento durante o período de projeto “n” n = Vt x FE FE - Fator de Eixo: É o número que multiplicado pela quantidade de veículos dá o número de eixos. É calculado por amostragem representativa do trafego em questão, ou seja: Estudo do tráfego Número “N”: Representa o número de repetições de carga equivalente a um eixo de 8,2 ton tomado como padrão (Eixo Padrão Rodoviário). Este é o parâmetro de maior importância na maioria dos métodos e processos de dimensionamento de pavimentos. N = n x FC FC (Fator de carga): o número que multiplicado pelo número de eixos dá o número equivalente de eixos padrão. Determinação do Fator de Carga (FC) É conseguido através de gráficos específicos e é função da valor da carga de eixo (simples, tandem duplo, tandem triplo). Expressão para o Cálculo do FC Dedução do Valor de N I. n = Vt x FE II. N = n x FC III. Aplicando (I) em (II): N = Vt x FE x FC IV. N = 365 x P x Vm x FE x FC Entendo melhor sobre o assunto! Dimensionamento do pavimento de uma rodovia que terá um volume médio diário de 2500 veículos para um período de projeto de 10 anos. Amostragem de 300 veículos comerciais: 200 veículos com 2 eixos; 80 veículos com 3 eixos e 20 veículos com 4 eixos. Porcentagens incidentes sobre o tráfego Como calcular o N???? a) Cálculo do número total de eixos da amostragem (n): n = 200 x 2 + 80 x 3 + 20 x 4 = 720 b) Cálculo de FE n amost = Vt amost x FE n = 720 Vt amostra = 300 FE = 720/300 = 2,4 c) Cálculo de FC Dado pela Tabela Estatística Cálculo do “N” N = 365 x P x Vm x FE x FC N = 365 x 10 x 2500 x 2,4 x 0,5464 N = 1,19 x 107 AULA – 29/3 – DIMENSIONAMENTO PAVIMENTO FFLEXÍVEL Dimensionamento de pavimentos flexíveis (método do DNIT) O subleito Análise pelo CBR – corpos de prova indeformados ou moldados em laboratório para as condições de massa específica aparente e umidade especificada para o serviço. Recomenda-se que o grau de compactação seja de 100%. Os materiais do subleito devem apresentar uma expansão, medida no ensaio C.B.R., menor ou igual a 2% e um C.B.R. ≥ 2%. Classificação dos materiais empregados no pavimento. A. Materiais para reforço do subleito, os que apresentam: C.B.R. maior que o do subleito; Expansão ≤1% (medida com sobrecarga de 10 lb). B. Materiais para sub -base, os que apresentam: C.B.R. ≥ 20% I.G. = 0 Expansão ≤1% (medida com sobrecarga de 10 lb). C. Materiais para base, os que apresentam: C.B.R. ≥ 80% Expansão ≤0,5% (medida com sobrecarga de 10 1bs) Limite de liquidez ≤ 25% Índice de plasticidade ≤ 6% Classificação dos materiais empregados no pavimento. Caso o limite de liquidez seja superior a 25% e/ou índice de plasticidade seja superior a 6; o material pode ser empregado em base (satisfeitas as demais condições), desde que o equivalente de areia seja superior a 30. Para um número de repetições do eixo -padrão, durante o período do projeto N ≤ 5x106,podem ser empregados materiais com C.B.R. ≥ 60% Enquadramento das faixas granulométricas O tráfego O pavimento é dimensionado em função do número equivalente (N) de operações de um eixo tomado como padrão, durante o período de projeto escolhido. Fator climático regional Para levar em conta as variações de umidade dos materiais do pavimento durante as diversas estações do ano (o que se traduz em variações de capacidade de suporte dos materiais) o número equivalente de operações do eixo-padrão ou parâmetro de tráfego N; É um coeficiente multiplicador que varia do menor indicador de úmidade (0,2) até valores de saturação mais elevados (5) é umas das vertentes clássicas; Uma outra forma de se avaliar é referente às espessuras das camadas do pavimento. Para melhor conformação: realiza-se a média ponderada dos diferentes coeficientes sazonais x tempo de incidência. O fator regional considerado para um projeto em umidade de equilíbrio adota-se FR= 1,0. Coeficiente de equivalência estrutural Espessura mínima de revestimento Dimensionamento do pavimento Dimensionamento do pavimento Considerações importantes: Calculo da altura da camada do Pavimento; Parametrizada pelo N e pelo CBR Drenagem superficial adequada e que o lençol d'água subterrâneo foi rebaixado a, pelo menos, 1,50 m em relação ao greide de regularização. C.B.R. ou I.S. inferior a 2, é sempre preferível a fazer a substituição, na espessura de, pelo menos, 1 m, por material com C.B.R. ou I.S. superior a 2. A espessura mínima a adotar para compactação de camadas granulares é de 10 cm, a espessura total mínima para estas camadas, quando utilizadas, é de 15 cm e a espessura máxima para compactação é de 20 cm. Caracterização das Camadas Hm designa, de modo geral, a espessura total de pavimento necessário para proteger um material com C.B.R. ou I.S. = CBR ou IS = m. hn designa, de modo geral, a espessura de camada do pavimento com C.B.R. ou I.S. = n. Caracterização das Camadas Mesmo que o C.B.R. ou I.S. da sub-base seja superior a 20, a espessura do pavimento necessário para protegê-la é determinada como se esse valor fosse 20. H20 e h20 para designar as espessuras de pavimento sobre sub-base e a espessura de sub-base, respectivamente Os símbolos B e R designam, respectivamente, as espessuras de base e de revestimento. Parâmetros a serem determinados Hm, Hn, H20 Ábaco Espessura x N x CBR R Tabela das Espessuras mínimas de revestimento. B (base); h20 (sub base); hn (reforço do subleito) resultante de inequação Inequação a ser aplicada R KR + B KB = H20 R KR + B KB + h20 KS = Hn R KR + B KB + h20 KS + hn Kref = Hm Exercício Dimensionar o pavimento de uma rodovia em que N=6x107, sabendo-se que o sub-leito possui um isc=6%, dispondo-se de material de sub-base com isc=40% e para base de isc=80%. Dados importantes: N=6x107 Determinação de H40 e H6 H40 =H20 = 30 cm H6 = 65 cm Observação: Quando N é maior que 10^7, aplica-seum fator de segurança de 1,20 ou seja 20% de acréscimo na proteção da sub base. R x KR + B x KB ≥ H20 x 1,2 12,5 x 2,0 + B x 1,0 ≥ 30 x 1,2 B ≥ 11 cm DNIT obriga ser maior que 15 cm R x KR + B x KB + h20 x KSB ≥ H6 12,5 x 2,0 + 15 x 1,0 + h20 x 1,0 ≥ 65 h20 ≥ 25 cm PERFIL DO PAVIMENTO CASO ADOTE A B = 20 cm R = 12,5 cm TABELA 12,5 x 2,0 + 20 x 1,0 + h20 x 1,0 ≥ 65 h20 ≥ 20 cm CASO MAJORE R, R=15 cm 15 x 2,0 + B x 1,0 ≥ 30 x 2,0 B ≥ 6 cm adotar B=15 cm. 15 x 2,0 + 15 x 1,0 + h20 x 1,0 ≥ 65 h20 ≥ 20 cm Possibilidade de material para Reforço do Sub- Leito com isc=12% Como fazer?
Compartilhar