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Trabalho Parlamentarismo e Presidencialismo

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UNIVERSIDADE DE VILA VELHA
CLAUDINEI BARBOSA VIANA 
D3Nb
"SISTEMAS DE GOVERNO: PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO"
Vila Velha, Espírito Santo.
2015
UNIVERSIDADE DE VILA VELHA
CLAUDINEI BARBOSA VIANA
"SISTEMAS DE GOVERNO: PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO"
Trabalho para a disciplina Teoria Geral do Estado e Constituição, apresentado ao professor do curso de Direito, 3º Período, Turma D3Nb, 2º Semestre, Nível Superior Universidade de Vila Velha. 
Professor DR. Jader Ferreira Guimarães
Vila Velha, Espírito Santo.
2015
UNIVERSIDADE DE VILA VELHA
CLAUDINEI BARBOSA VIANA
"SISTEMAS DE GOVERNO: PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO"
Trabalho para a disciplina Teoria Geral do Estado e Constituição, apresentado ao professor do curso de Direito, 3º Período, Turma D3Nb, 2º Semestre, Nível Superior Universidade de Vila Velha, como parte das exigências para obtenção de nota do 2º bimestre. 
Vila Velha, Espírito Santo, 16 de Junho de 2015.
EXAMINADOR
________________________________________
Prof. DR. Jader Ferreira Guimarães
Vila Velha, Espírito Santo.
2015
RESUMO
O presente trabalho aborda o Sistema Parlamentarista e Presidencialista bem como suas origens históricas e suas respectivas características por meio de um panorama histórico donde e como se procedeu a implantação deste regime governamental, segundo entendimento dos autores pesquisados. Nota-se também uma importante averiguação que relata o início deste sistema no território brasileiro, incluindo os principais personagens deste contexto. Através da identificação da organização do Estado, demonstrar a prática da doutrina da separação de poderes. É utilizado o enfoque da realidade brasileira que, através do sistema de governo presidencial, regula a relação dos poderes funcionais do Estado. O veto presidencial, neste contexto, aparece como forma de conter os abusos do poder legislativo, entretanto tem-se demonstrado, muitas vezes, como elemento de barganha política.
Palavras chave: Sistemas de Governo - Estado – Origem - Poder – Características dos Sistemas de Governo - Separação dos poderes
ABSTRACT
The present work deals with the Parliamentary and Presidential System as well as its historical origins and their characteristics by means of a history where and how was the implementation of this governmental regime, according to understanding of the authors surveyed. Also note an important clarification that reports the beginning of this system in the Brazilian territory, including the main characters in this context. Through the identification of the Organization of the State, demonstrate the practice of the doctrine of separation of powers. Is used the focus of Brazilian reality that, through the presidential system of Government, regulates the relationship of the functional powers of the State. The presidential veto, in this context, appears as a way to contain the abuse of legislative power, however has shown, often as part of political bargaining. 
Key words: Government-state systems-source-power – characteristics of systems of Government-separation.
SUMÁRIO
1.0 - INTRODUÇÃO	... 07
2.0 - ASPECTO HISTÓRICO DO SISTEMA PARLAMENTAR..............................................	... 09
2.1 - ORIGEM...................................................................................................................................... 09
2.2 - Características Gerais do Sistema Parlamentar....................................................................... 14
2.3 - Congresso Nacional no Parlamentarismo................................................................................. 15
2.4 - 0 Parlamentarismo no Brasil: Aspectos Históricos.................................................................. 17
2.5 -. Monarquia Constitucional do Império e suas características................................................ 17
2.6 - Sistema Parlamentar De 1961 A 1963....................................................................................... 18
2.7 - Sistema Parlamentar De 1961 A 1963....................................................................................... 19
2.8 - O Chefe do Governo.................................................................................................................... 19
2.9 - O Chefe do Estado....................................................................................................................... 20
2.10- Pontos críticos do Parlamentarismo......................................................................................... 22
2.11- Dissolução do Parlamento.......................................................................................................... 23
2.12- Parlamentarismo no Brasil........................................................................................................ 24
3.0 - REGIME PRESIDENCIALISTA.............................................................................................. 24
3.1 - Origem.......................................................................................................................................... 24
3.2 - Características............................................................................................................................. 29
3.3 - Características Do Estado Federal............................................................................................. 31
3.4 - Congresso Nacional..................................................................................................................... 34
3.5 - Partidos Políticos no Presidencialismo...................................................................................... 34
3.6 - Legitimidade e Representatividade............................................................................................ 34
3.7 - Voto Proporcional....................................................................................................................... 35
3.8 - Voto Distrital................................................................................................................................ 35
3.9 - Voto Misto........................................................................................................................ ............35
4.0.- VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS.................................................... ......35
4.1 - Presidencialismo ou Parlamentarismo...................................................................................... 35
5.0 - PRESIDENCIALISMOS NO BRASIL..................................................................................... 38
7.0 - CONCLUSÃO...............................................................................................................................	40
8.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA	41
INTRODUÇÃO
O trabalho em tela pressupõe em dizer sobre o sistema parlamentarista e presidencialista. Verificaremos, através de um panorama histórico donde e como se procedeu a implantação deste regime governamental, segundo entenderes dos autores pesquisados. Inclusive, iremos dispor, sobre a época de instalação de cada um dos três tipos de sistema parlamentarista encontrados na história. Após a perspectiva histórica trataremos de mostrar de forma breve sobre as principais características do parlamentarismo, seguindo também, algumas orientações teóricas. Afirmamos, porém, que ao mostrar para vocês leitores às características gerais do Parlamentarismo, podemos deixar de verificar algumas peculiaridades, mas não deixaremos de expor as ideias necessárias para a compreensão deste sistema. Nosso maior comprometimento.
Nesse sentido, esta pesquisa pressupõe também a averiguação do início deste sistema no território brasileiro. Notaremos também, os principais personagens deste contexto e quais são as características percebidas. Dispõe ainda divisões notáveisatravés de títulos, o que facilita também na compreensão. Iremos dividir nosso trabalho em duas partes. Por fim, será verificada no decorrer deste uma linguagem fácil de ser compreendida.  . 
Já no sistema presidencialista preocupa-se, acima de tudo, com um enfoque considerando no estudo a relação que se desenvolve entre o Estado e o Governo, descrevendo as formas de governo e seus sistemas correspondentes. Buscar-se-á demonstrar especificamente o sistema presidencialista, desde seu surgimento, com a Constituição Norte Americana, a realidade brasileira, anterior e posterior à atual Constituição, bem como as modalidades com que se desenvolvem os poderes do Presidente da República. Será demonstrada ainda a sistemática da relação do veto presidencial como sistema de balança de poder. Serão analisadas também as regras constitucionais que regem o veto do executivo, bem como a sua funcionalidade para evitar algum abuso do poder legislativo. Desse modo, o tema apresenta-se sumamente importante, haja vista que atualmente, no Brasil, são discutidas mudanças e reformas políticas, com o intuito de trazer maior eficiência ao Estado, frente às necessidades e anseios populares. Historicamente, há cinco estágios diferentes de Estado: Estado Antigo, Estado Grego, Estado Romano, Estado Medieval e Estado Moderno. 4 Gustavo Gozzi, analisando o Estado Moderno, identifica uma mudança fundamental na estrutura do Estado diante da nova ordem social. A partir da segunda metade do século XIX, surgem novas classes sociais, o que dificulta, em muito, o curso do governo no auxílio do bem comum. É o Estado Contemporâneo, no qual os direitos sociais vislumbram a participação no poder político e a distribuição da riqueza social. Nasce, então, uma relação conflituosa com o Estado Liberal, aonde a liberdade pessoal, política e econômica constitui um dique contra a intervenção estatal. Segundo Norberto Bobbio, o Estado e a política têm em comum a referência ao acontecimento do poder. Este é conceituado, em sentido amplo, como a capacidade ou a possibilidade de agir e produzir efeitos. Tanto pode referir-se a indivíduos e a grupos humanos, quanto a objetos e fenômenos naturais. O Estado por ser um grupo social tem poder próprio denominado de poder político ou estatal. Assim, utiliza-se deste para coordenar, impor regras e limites para atingir os seus fins, visando manter a ordem e a busca do bem comum. É característica marcante desta forma de poder, o exercício de medidas de força para obter os efeitos desejados, embora em última instância.·.
2.0 - ASPECTOS HISTÓRICOS DO SISTEMA PARLAMENTAR
2.1. Origem
É indispensável saber como foi o procedimento histórico do parlamentarismo segundo a perspectiva de alguns doutos estudiosos da disciplina de Teoria Geral do Estado, para que seja de fácil compreensão antes de mencionarmos as peculiaridades deste sistema político, 
Afirma Dalmo de A. Dallari que "o parlamentarismo foi produto de uma longa evolução histórica, não tendo sido previsto por qualquer teórico, nem se tendo constituído em objeto de um movimento político determinado".
Em igual sentido, discorre Celso Ribeiro Bastos, anotando acerca do parlamentarismo que "os seus traços fundamentais podem ser evidenciados a partir do estudo das vicissitudes históricas por que passou a Inglaterra. Com efeito, foi nela que surgiu pela primeira vez o governo parlamentar. Isso não se deu de um golpe só. Pelo contrário, foi o resultado de lentas e graduais conquistas ocorridas a partir dos séculos XII e XIII, levadas a efeito, inicialmente, por representantes dos escamentos ou das classes nobres e, ao depois, do povo inteiro contra os privilégios monárquicos”.
Para Dalmo Dallari a Inglaterra é considerada o berço deste sistema parlamentar, "A Inglaterra pode ser considerada o berço do governo representativo". Já no século XIII, o mesmo que assistiu à elaboração da Carta Magna, numa rebelião dos barões e do clero contra o monarca, irá ganhar forma de parlamento. Podemos dizer que á ideia principal deste é quebrar com o poderio das monarquias absolutistas. Nesse sentido expõe sua colocação que teve sua origem e desenvolvimento, destacando-se: 
1066: após a invasão normanda, por Guilherme, o Conquistador, formou-se o conselho privado do rei, denominado Great Council ou Magnum Coincilium;
1213; João Sem Terra convoca ‘quatro cavaleiros discretos’, de cada condado, para conversar sobre assuntos do reino;
1215: João Sem Terra assina a Carta Magna;
1265 No ano de 1265 um nobre francês, Simom de Montefort, neto de inglesa e grande amigo de barões e eclesiásticos ingleses, chefiou uma revolta contra o rei da Inglaterra, Henrique III, promovendo uma reunião que muitos apontam como a verdadeira criação do parlamento;
1295: Eduardo I oficializa as reuniões, consolidando o parlamento;
1332: começa a se definir as duas casas do parlamento: os barões (tinham a sua assembleia) e os cavaleiros, cidadãos, burgueses (commoners- compuseram a sua própria assembleia).
1625/1649: Divergências religiosas e tributárias levam o rei Charles I, a dissolver o Parlamento. Em 1640, porém, uma rebelião na Escócia faz com que o rei convoque o Parlamento, que se recusa a votar recursos para reprimir o movimento. O resultado é uma guerra civil entre as forças monárquicas e as do Parlamento, lideradas por Oliver Cromwell. A vitória de Cromwell leva à proclamação da República em 1649 e à execução do rei.
1660: a Monarquia é restaurada. Os novos monarcas tentam fortalecer o poder da Coroa, mas fracassam. Em 1688, Jaime II é deposto na Revolução Gloriosa, que consolida a Monarquia constitucional.
1688/1689: Revolução Inglesa impõe o parlamento como maior força política e altera alinha de sucessão, sendo que durante o reinado de Guilherme e Maria, e da Rainha Ana, criou-se o hábito de convocar o Conselho de Gabinete.
1714: assume o trono inglês um príncipe alemão, que veio a adotar o nome de Jorge I, o qual era desinteressado pelos problemas políticos ingleses; seu sucessor Jorge II, igualmente não se interessava, assim o Gabinete continuou a reunir e tomar decisões, sem a presença do Rei. Começa a surgir à figura de um líder no Gabinete, chamado de Primeiro Ministro.
1770: o Rei Jorge III, tentando restringir o parlamento nomeia para Primeiro Ministro, Lord North, chamando para si a responsabilidade pela fixação da política do Estado;
1782: o Rei demite Lord North, estabelecendo-se que a Câmara dos Comuns deveria dar sua anuência à escolha do Primeiro Ministro, estabelecendo a supremacia da representação popular.
 Posteriormente, a evolução do parlamentarismo continuou, passando-se a possibilitar a demissão dos ministros, quando havia discordância com a política:
Impeachment: baseado no direito penal para afastar ministros indesejáveis
Responsabilidade política: obrigatoriedade de demissão do Gabinete, quando há voto de desconfiança.
 Ainda sobre o parlamento Inglês na segunda metade do século XIV, já se apresentava com a sua fisionomia atual: Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns. Mas é imprescindível mencionar que vários foram os fatores que contribuíram para a implantação do sistema político parlamentar na Inglaterra. Esposa Mário Lucio Quintão tais motivos:
“- A vitória em 1688, após a Glorious Revolution, do governo representativo sobre o absolutismo;
- preparo cultural da aristocracia inglesa;
- o controle parlamentar sobre o governo na votação da proposta tributária anual; o. 
- a formação de dois grandes partidos;
- O advento de uma linhagem estrangeira de monarcas que não dominavam a língua inglesa, demonstrando-se incapaz de acompanhar as deliberações do parlamento.
Ainda segundo Dallari, a faísca do parlamentarismo surgiu no ano de 1213, onde, o "João sem Terra convocará quatro cavaleiros discretos' de cada condado, para com eles 'conversar sobre os assuntos do reino". Bem sabe que somente reuniam pessoas de igual condição política, econômica e social, mas com o propósito de poderem influenciar nas decisões do Estado.
Alguns autores entendemque o sistema parlamentarista já funcionava a todo vapor após os motivos influenciadores esposados, já LOEWESTEIN, citado por Mário Lucio Quintão Soares, afirma que “o sistema parlamentar da Inglaterra autêntico, apenas começou a funcionar normalmente após a Reform Bill de 1832, com ampliação do sufrágio à classe média enriquecida.
Vejamos que após a instalação do parlamentarismo na Inglaterra influenciou a política de outros países, alastrando-se por praticamente toda Europa. A começar pela França que "empolgou-se com as maravilhas do sistema inglês e passou a adaptá-lo às suas instituições, por meio de reformas parciais desde a primeira metade do século XIX". Posteriormente o sistema parlamentarista alastrou-se em cada país da Europa. “Bélgica, Prússia, Alemanha, Polônia, Checoslováquia, Áustria, Grécia, Iugoslávia, Finlândia, Espanha e outros” (MALUF, 1999, p 260) o adotaram.
O Parlamentarismo teve tamanha importância, no que tange a Declaração de Direitos dos cidadãos. Contribuiu-nos bastante Paulo Bonavides afirmando que com o “Bill of Rights se tem o verdadeiro documento constitucional que afiança as liberdades publicas, as liberdades de opinião de ação política e consciência.  Tal Declaração assegura à liberdade, a vida, a propriedade privada dentre outros direitos fundamentais. Nesse sentido, podemos observar três tipos de sistema parlamentarista na história do homem: o clássico ou dualista, o racionalizado ou monista e o misto. O Clássico foi construído na Inglaterra durante o século XVII. O Parlamentarismo racionalizado decorre das constituições formuladas, após a Primeira Guerra. Por fim, o Parlamentarismo Misto deriva-se da “racionalização de outros setores do sistema parlamentar, cristalizando-se nas modalidades de tendência diretorial, presidencialista e de equilíbrio.
A história do parlamentarismo também revela que o sistema não tinha sido imaginado por qualquer teórico antes de existir na prática. Sua criação foi produto de fatos e situações que se tinham acumulado durante alguns séculos. Num brevíssimo resumo pode-se dizer que o parlamentarismo começou a nascer em 1215, quando os nobres e bispos católicos ingleses obrigaram o rei, João Sem Terra (que era um sem terra bem diferente dos atuais), a jurar obediência à Magna Carta, documento que impunha graves limitações ao poder real. Depois disso ficou estabelecido o costume de reuniões do rei com os nobres, que compunham o que mais tarde ficou sendo o Parlamento, para definição dos rumos políticos do Estado e para que o monarca prestasse contas de seus atos.
No século seguinte os burgueses, que já tinham poder econômico, mas estavam à margem do poder político, obtiveram a criação de uma segunda Casa no Parlamento, que foi chamada de Câmara dos Comuns porque seus membros não eram nobres. Desse modo o Parlamento britânico passou a ser bicameral, como é ainda hoje, tendo uma Câmara dos Lordes e outra dos Comuns, cujos membros são eleitos pelo povo. No final do século XVII, a Inglaterra foi sacudida por movimentos revolucionários, que produziram mudanças fundamentais. O rei, que era católico e muito influenciado pelo Papa, foi deposto e desde 1689 ficou em seu lugar seu genro protestante, alterando-se a linha de sucessão para escolha dos futuros reis. A par disso, a burguesia conquistou o poder e, em consequência, a Câmara dos Comuns suplantou definitivamente a Câmara dos Lordes como centro do poder político, a quem o rei deveria prestar contas.
Para que o Parlamento exercesse efetivo controle o rei comparecia às sessões da Câmara dos Comuns juntamente com seus ministros e dava as explicações que fossem requeridas, acompanhando os debates entre os parlamentares favoráveis ao governo e os da oposição. Foi assim até 1714, quando morreu a rainha Ana, que não deixou descendente. Para suceder a rainha e receber a coroa da Inglaterra foi reconhecido como herdeiro mais próximo o príncipe Jorge, chefe do principado de Hanover, que mais tarde foi incorporado à Alemanha. Informam os historiadores que Jorge de Hanover, que passou para a história como rei Jorge I da Inglaterra, só falava latim e alemão.
O rei da Inglaterra não falava inglês. Mas o costume determinava que ele participasse das sessões do Parlamento e o rei, nos primeiros tempos de seu reinado, teve que obedecer à tradição. Como não entendia o que estava sendo discutido e não podia responder diretamente às indagações dos parlamentares o rei deixava que seus ministros falassem por ele. Para não ter que suportar o tédio das longas sessões de que participava sem nada entender e sem falar, o rei deixou de ir ao Parlamento, mandando em seu lugar os ministros, que participavam das discussões políticas e davam explicações. Um desses ministros ganhou maior destaque e passou a liderar de fato o Ministério. Por esse motivo passou a ser mencionado, por ironia, como primeiro-ministro.
Logo o Parlamento percebeu que o verdadeiro chefe do governo era o primeiro-ministro e não mais o rei. Por isso estabeleceu que só pudesse ocupar aquele cargo quem tivesse o apoio da maioria dos parlamentares. Dois pontos muito importantes foram então definidos: em primeiro lugar, o rei continuava sendo o chefe do Estado, mas deixava de ser chefe do governo; em segundo lugar, só poderia assumir o cargo de primeiro-ministro e nele permanecer quem tivesse maioria no Parlamento. Como fica evidente, o chefe do governo atua como uma espécie de delegado do Parlamento e só é responsável perante este. Enquanto desenvolver uma política do agrado da maioria do Parlamento o primeiro-ministro permanece no cargo, mesmo que contrarie a vontade do povo e do chefe do Estado.
Um dado importante que deve ser ressaltado é que na Inglaterra, tradicionalmente, há dois partidos que predominam amplamente sobre os demais. Além disso, os parlamentares obedecem rigorosamente à disciplina partidária, não havendo a mínima hipótese de um parlamentar eleger-se por um partido e passar para outro. Desse modo, quando são realizadas eleições para o Parlamento, o que ocorre num sistema distrital, já se sabe que o partido que conquistar maior número de cadeiras indicará o primeiro-ministro. Assim, por exemplo, Margareth Thatcher ficou primeira-ministra porque o Partido Conservador conseguiu mais cadeiras na Câmara dos Comuns do que o Trabalhista. Mais tarde os conservadores mantiveram essa maioria, mas nas disputas internas do partido a corrente liderada por Thatcher foi derrotada por outra, cujo líder era John Major. Em consequência, este se tornou o novo primeiro-ministro da Inglaterra.
Desse modo foi criado o parlamentarismo, que passou a serem imitados por outros países, desejosos de evitar o excesso de poder pessoal. Existem alguns pontos básicos, que podem ser considerados os mais característicos, e quase sempre também os pontos mais críticos, no sistema parlamentar de governo. Por exigências decorrentes de particularidades políticas, sociais e culturais os transplantes do parlamentarismo foram sempre exigindo adaptações e sugerindo variantes, afetando esse núcleo básico. Em razão disso, quando se pretende propor a adoção do parlamentarismo é indispensável conhecer esses pontos e as variações já experimentadas, tendo-se também consciência de que em muitos casos foram tantas e tão importantes às variações introduzidas que o sistema criado já não comporta o rótulo de parlamentarismo.
2.2. Características Gerais do Sistema Parlamentar
Para José Afonso da Silva, conforme preleciona em sua obra In “Curso de Direito Constitucional Positivo” 8a Edição – Malheiros Editores – São Paulo.
Parlamentarismo é o Regime ou Sistema de governo em que o Executivo deriva do Parlamento e é responsável perante ele. A chefia do governo é exercida por um gabinete (ou conselho de ministros) ou por um primeiro-ministro. Nesse regime, o chefe de Estado (presidente ou monarca) não governa, porém possui funções protocolares, de representação do país, com prerrogativas políticas bem limitadas. Possui seguintes características
(A)     É típico  das MonarquiasConstitucionais, de onde se estendeu às Repúblicas europeias;
(b)     O Poder Executivo se divide em duas partes: um Chefe de Estado (PJ de Dir. Público  Externo), normalmente exercido pelo Monarca ou pelo Presidente da República, e um Chefe de Governo exercido por um Primeiro Ministro ou Presidente do Conselho de Ministros;
(c)      O Primeiro Ministro é indicado ou mesmo nomeado pelo Presidente da República, mas sua  investidura definitiva, bem como sua permanência posterior no cargo, depende da confiança da Câmara dos Deputados e às vezes até do próprio Senado;
(d)     A aprovação do Primeiro Ministro e do seu Conselho  de Ministros pela Câmara de Deputados se faz pela aprovação de um plano de governo a eles apresentado, de modo que a Câmara assume a responsabilidade de governo aprovando o plano e empenhando-se pelo mesmo perante o povo.
(E)     O governo é  assim exercido por um corpo coletivo orgânico de modo que as medidas governamentais implicam na atividade de todos os Ministros e seus ministérios;
(f)        O Poder Legislativo assume no  Parlamentarismo funções político governamentais mais amplas, transformando-se em Parlamento, na medida em que compreende também os membros do governo;
(g)     O governo é responsável ante o Parlamento (Câmara dos Deputados), o que significa que o governo depende de seu apoio e confiança para governar;
(h)      O Parlamento é responsável perante os eleitores, de sorte que  a responsabilidade política se realiza do governo para com o Parlamento e deste para com o povo; assim, se o Parlamento retirar a confiança no governo, ele cai, exonera-se, porque não tem mandato, mas apenas investidura de confiança;
(i)        Mas, em vez da exoneração dos membros do governo que perdeu a confiança do Parlamento, pode-se preferir apurar a confiança do povo e, então, utiliza-se o mecanismo da dissolução da Câmara, convocando-se eleições  extraordinárias para formação de outro Parlamento em torno da mesma questão que gerou a crise que  assim é resolvida sem traumas.
2.3. Congresso Nacional no Parlamentarismo 
Nesse sistema, o Congresso Nacional rejeita ou reforça a política do Gabinete, quando apresenta moção de desconfiança ou de confiança pode ser dissolvido antes do término do mandato e realizam-se novas eleições a população vota em partidos políticos reconhecidos a oposição exerce função de fiscalização.
Em relação aos aspectos comuns pode ser unicameral ou bicameral. É composto por deputados eleitos pelo voto direto ou indireto da população e divide-se em blocos ou partidos de situação e de oposição no qual cumpre a função de legislar.
Mário Lúcio Quintão Soares demonstra-nos de forma bem genérica que o sistema político parlamentarista
“é uma forma de regime representativo dentro do qual a direção dos negócios públicos pertence ao parlamento e ao chefe do Estado, por intermédio de um gabinete responsável perante a representação nacional” (SOARES, 2001p. 510).
Nesse sentido parlamentarismo é: um sistema político representativo, onde o Executivo representa a sociedade em geral, e que Tal sistema é baseado pelo principio da Distribuição de Poderes. Notamos também, que o poder Executivo/Gabinete "ou conselho de Ministros dirige a política geral do país". È o órgão dinâmico e responsável; o eixo de todo o mecanismo
Segundo Sahid Maluf, as peças essenciais do sistema parlamentarista, são: “a) organização dualística do Poder Executivo; b) colegialidade do órgão governamental; c) responsabilidade política do Ministério perante o Parlamento; d) responsabilidade política do Parlamento perante o Corpo Eleitoral; e) interdependência dos Poderes Legislativos e Executivo. Na Inglaterra o parlamento Inglês era composto pelo monarca (Coroa) a Câmara dos Lords (aristocracia) e a Câmara dos Comuns (popular). Deste se elege um gabinete, órgão colegial encarregado do exercício efetivo do poder.
Dallari afirma em sua obra que o “chefe de Estado (...) não participa das decisões políticas, exercendo preponderantemente uma função de representação do Estado. Sendo secundária a sua posição”, é inegável que o Chefe de Estado seja uma figura respeitável, pois alem das funções de representação ele possui um papel de especial relevância nos momentos de crise, quando é necessário indicar um novo Primeiro Ministro à aprovação do Parlamento. Já o chefe de Governo é uma figura “central do parlamentarismo, pois é ele que exerce o poder executivo, (...) ele é apontado pelo Chefe de Estado para compor o Governo” (DALLARI, 1995, p.198).
O parlamentarismo, se funda sobre poucos requisitos. Klaus Stern, citado por Paulo Bonavides, os enumera: “a presença em exercício do governo, enquanto a maioria do Parlamento não dispuser o contrário retirando-lhe o apoio; a repartição entre o governo e o parlamento da função de estabelecer as decisões políticas fundamentais; e finalmente, a posse recíproca de meios de controle por parte do governo  e do Parlamento, de modo que o primeiro, sendo responsável perante o segundo, possa ser destituído de suas funções mediante um voto de desconfiança da maioria parlamentar.
A doutrina de Maluf mostra-nos que o Sistema Parlamentarista possuía um caráter democrático que se baseava na existência de partidos fortemente organizados, caracteriza-se, sobretudo, por um profundo respeito à opinião da maioria e por uma constante subordinação dos corpos representativos a vontade soberana do povo.      .
Tal sistema não possui a mais perfeita democracia, devido ao sufrágio restrito. Mas as aspirações de direitos fundamentais do cidadão já haviam sido pregadas, porem poucos usufruía destas.
 As crises políticas que ocorrem no parlamentarismo são resolvidas com maior facilidade por causa da flexibilidade do regime: quando o governo perde a maioria no Parlamento é substituído por outro, sustentado por nova aliança. Sendo assim, é possível revogar o poder de uma liderança específica (ou destituir todo o governo) sem provocar crises políticas de impacto. "A dependência em relação ao Parlamento, por outro lado, é um fator de instabilidade, porque as mudanças na correlação de forças parlamentares podem ameaçar a continuidade do governo".
Dalmo de A. Dallari anota as seguintes características do parlamentarismo:
(1) Distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo: o Chefe de Estado (Rei, Monarca ou Presidente da República) não participa das decisões políticas, exercendo função de representante do Estado; o Chefe de Governo (Primeiro Ministro) é a figura política principal, pois exerce o poder executivo, sendo indicado pelo Chefe de Estado, e se torna Primeiro Ministro, após aprovação do Parlamento.
(2) Chefia do governo com responsabilidade política: o Chefe de Governo não possui mandado com prazo certo; pode ocorrer a demissão do Primeiro Ministro, ou Gabinete (queda de governo), por perda da maioria parlamentar (não possui a maioria do Parlamento, capaz de indicar o Primeiro Ministro) ou voto de desconfiança (o Parlamento desaprova, no todo ou em aspecto particular, a política desenvolvida pelo Primeiro Ministro).
(3) Possibilidade de dissolução do Parlamento: pode-se dissolver o Parlamento, com extinção do mandato dos membros, devendo ser convocadas novas eleições.
2.4. 0 Parlamentarismo no Brasil: Aspectos Históricos
O parlamentarismo tem início em país inglês, alastrando-se por quase toda a Europa. Analisando aspectos históricos sobre o parlamentarismo no território brasileiro, notamos que o Brasil apresenta três momentos históricos diferentes que "demarcam a inserção do sistema parlamentarista no Brasil: a monarquia Constitucional do Império e o breve interregno ao presidencialismo, de 1961 a 1963 e a Constituição de 1988 que alimentou os ideários parlamentaristas".
2.5. Monarquia Constitucional do Império e suas características
O sistema parlamentarista segundo alguns autores começa com D. Pedro I e seu filho, D. Pedro II, aperfeiçoa em seu reinado. Outros aceitam apenas que o parlamentarismo surgiu com D. Pedro II. Não resta duvida que o período da monarquiaconstitucional, ou período regencial, o sistema parlamentarista dominou o cenário político brasileiro, mais propriamente no segundo Império, desenvolvendo-se como uma manifestação espontânea das consciências.
Tendo como ponto de partida a Carta de 1824, outorgada por D. Pedro I, segue-se a trilha de outras constituições monárquicas europeias do século XIX. Esta constituição consagrou uma monarquia constitucional tendo como legítimos detentores da soberania nacional o imperador e o parlamento, denominado de Assembleia. 
A constituição imperial de 1824, outorgada por D. Pedro I, defendia uma forma de governo de "monarquia hereditária, constitucional e representativa". Não se tratava de uma Constituição parlamentarista, mas sob sua égide, ou à sua revelia, ou com a maior parte do seu conteúdo normativo, surgiu e evoluiu o parlamentarismo brasileiro. Verificamos que a Assembleia Geral ou parlamento possuía uma estrutura bicameral, ou seja, a câmara dos deputados, eletiva e temporária e o senado, composto por membros vitalícios, designados pelo imperador
D. Pedro II teve um papel imprescindível na formação do parlamentarismo. Este percebendo que o Ministério deveria contar com a confiança da Câmara dos Deputados, deu o primeiro passo, colocando às responsabilidades da implantação deste sistema ao encargo do Senador Honório Hermeto Carneiro Leão.
Com o intuito de não perder o total poder sobre o território, D. Pedro II cria um instrumento chamado de Ato Constitucional, podendo assim, modificar a constituição de 1824. Este instrumento reservará ao imperador “as atribuições de nomear os senadores, prorrogar, adiar ou dissolver as sessões do legislativo, nomear ministros de Estado, conceder clemência ou anistia aos condenados” (CHAGAS p185).
A estas atribuições do imperador foi denominado de Poder Moderador, que daria ao soberano uma autoridade superior aos demais. A princípio, a criação deste poder, era de "introduzir na vida política um elemento de equilíbrio, mas o texto da Constituição permitiria ao imperador um Governo quase autocrático". Dessa forma, não resta duvida que D.Pedro II foi o diretor de toda a vida pública nacional. Justificando tal Poder Pimenta Bueno citado por Mário Lucio Quintão Soares, afirma que qualquer que seja a face pela qual se contemple a sanção, ele revela-se como um grande elemento de aperfeiçoamento das leis, de harmonia entre os poderes políticos, de ordem contra os perigos e abusos, e enfim como um atributo inseparável da Monarquia constitucional.
Apesar de pleno poder D. Pedro II, não o desempenho com abusos. È importante verificar que Carmo Chagas menciona na obra Grandes Personagens da Nossa História, da Editora Cultural, que o imperador desempenhava suas funções constitucionais com firmeza, mas sem se deixar levar pela paixão. Mesmo quando a oposição se empenhava em atacá-lo pessoalmente. Segundo a descrição, D. Pedro II não tentava gestos violentos e nem se abalava.
Finda, portanto, este sistema culminando-se em Republica Federativa do Brasil. Porém, o sistema parlamentarista, volta no período de 1961 e vai até 1963, claro que não com as mesmas características do primeiro. 
2.6. Sistema Parlamentar De 1961 A 1963
Após o primeiro momento da História do Brasil que se instalou o parlamentarismo, observemos o segundo momento, em que o sistema parlamentarista perdurou e os motivos que levaram ao seu declínio.
O primeiro motivo constatado para a instauração de um sistema parlamentarista foi a renuncia de Jânio Quadros e a investidura de seu vice-presidente, João Goulart. Sabemos que este homem tinha ideários reformistas e que estava vinculado ao trabalhismo reformista, que preconizava as reformas de base, tais como fundiárias previdenciárias e de políticas econômicas, contemplando a nacionalização de empresas estrangeiras. È Instaurado, portanto, o sistema parlamentar, melhor, semiparlamentar “foram presidentes do Conselho de Ministros neste breve período, Tancredo Neves, Brochardo da Rocha Santiago Dantas” (SOARES, 2001, p 518). 
A experiência semi-parlamentar no Brasil foi falha, pois segundo Maluf, "falhou por defeitos institucionais e falta de elemento humano para levá-la a bom termo". O Presidente João Goulart continuou investido de poderes presidencialistas, manteve-se na chefia do Ministério e conservou, praticamente, o controle político e administrativo
2.7. Constituição De 1988 Alimentou O Ideário Parlamentarista
Raul Pilla foi um médico, jornalista, professor e político brasileiro. Inclusive um dos maiores “defensores da adoção do regime parlamentarista, Pilla era apelidado de O Papa do parlamentarismo no Brasil”, pelo simples fato de defendê-lo como melhor forma de governo. Não há duvida que sob a liderança de Raul Pila o ideal parlamentarista como forma de governo esteve em pauta, embora rejeitado pela maioria sob fundamentos de que o povo brasileiro não atingiu o estágio político cultural propício a este sistema de governo.
Em relação ao Terceiro momento, este, apenas de tentativa de inserir o parlamentarismo novamente. Miguel Reale citado por Sahid Maluf fez uma análise cronologia do que concerne à nova tentativa de adoção do parlamentarismo e o seu fim total. “Durante os debates estabelecidos na Constituinte de 1986, que resultaram na promulgação da atual Constituição de 1988, destacou-se um forte movimento favorável à adoção do Parlamentarismo como sistema de governo. Embora derrotado, esse movimento conseguiu inserir no ‘ato das Disposições Transitórias’ o art. 2º que convocou para 7 de setembro de 193 um plebiscito, através do qual o eleitorado brasileiro deveria escolher a forma (republica ou Monarquia constitucional) e o sistema de governo (Parlamentarismo ou Presidencialismo). Realizado o plebiscito, por considerável maioria foi mantida a forma republicana e confirmado o sistema presidencialista” (Miguel Reale citado por). Atualmente, prevalece o sistema presidencialista com a forma de governo republicano.
2.8 O Chefe do Governo
No parlamentarismo, o chefe do Estado e o chefe do governo são pessoas diferentes e, geralmente, a chefia do governo é entregue a um primeiro-ministro, que será permanentemente responsável perante o Parlamento. A escolha do primeiro-ministro é problema dos mais importantes, pois ele deverá manter o caráter democrático do governo e, no entanto, não será escolhido pelo povo. Paralelamente, o chefe do governo deverá ter força suficiente para implantar sua política, mesmo quando isso contrariar interesses poderosos, mas para tanto precisará manter o apoio da maioria dos parlamentares.
De acordo com o mecanismo clássico do parlamentarismo, o chefe de Estado indica ao Parlamento o nome de sua escolha para a chefia do governo. Aqui surge um primeiro problema grave: o indicado para primeiro-ministro deverá ser parlamentar ou poderá ser alguém de fora do Parlamento? Ambas as hipóteses são encontradas na prática e para as duas existem argumentos favoráveis e contrários. Um membro do Parlamento poderá ter maior facilidade para articulação do apoio da maioria, mas ficará mais exposto quando surgirem divergências de pontos de vista ou conflitos de interesses entre os partidos.
Outro ponto fundamental, também sujeito a variações, é a exigência de aprovação prévia só do nome proposto ou também de um programa de governo e de todos os nomes que irão compor o Ministério. Normalmente, o chefe de Estado propõe o nome do primeiro-ministro e este deve receber aprovação da maioria do Parlamento. Os outros pontos é que variam, havendo sistemas que exigem também a prévia aprovação do programa governamental, enquanto outros concedem prazo para que o primeiro-ministro submeta o programa à aprovação parlamentar. Quanto aos demais ministros não há uniformidade de tratamento, podendo-se exigir aprovação prévia ou posterior do Ministério ou então dispensar essa aprovação, entendendo-se que a responsabilidade por todos os atos do governo é sempre do primeiro-ministro. Não há, também, uniformidade quanto à possibilidade de derrubada de umministro isoladamente, por decisão do Parlamento, podendo ser prevista ou não essa hipótese.
De modo geral pode-se dizer que no parlamentarismo o governo se mantém enquanto for apoiado pela maioria do Parlamento. Até aí tudo parece muito simples. Mas as coisas ficam terrivelmente complicadas quando se pergunta se a perda da maioria acarreta automaticamente a queda do governo. A única certeza é que o primeiro-ministro não tem mandato por prazo determinado, podendo permanecer no cargo por um dia ou por muitos anos. É preciso prever, então, em que hipótese ocorrerá à queda do governo, ou, em outras palavras, quando é que o primeiro-ministro será obrigado a deixar o cargo.
2.9 O Chefe do Estado
A separação entre a chefia do Estado e a do governo é uma das características fundamentais do parlamentarismo. Para muitos dos defensores do sistema parlamentar esse é um dos pontos mais favoráveis, pois não participando do governo o chefe de Estado fica acima das disputas políticas e não é afetado pelas crises que elas podem provocar. Desse modo, constitui-se em fator de estabilidade institucional, pois mesmo nos momentos de disputa mais acirrada ele fica preservado, não sofrendo qualquer restrição nem sentindo constrangimento algum quando for preciso iniciar a formação de um novo governo.
Mas em relação ao chefe de Estado, que aparentemente é personagem de importância secundária, existem, igualmente, vários pontos muito controvertidos, cuja discussão mostra que ele é mais importante do que pode parecer à primeira vista. A simples ideia de que o chefe de Estado deve ser um fator de equilíbrio no Estado e o garantidor da permanência das instituições dá a ele um significado político de grande relevância. A par disso, nos momentos de crise política ou, simplesmente, em qualquer ocasião em que seja necessário formar um novo governo, o chefe de Estado assume a condição de principal figura política, pois a ele cabe examinar a situação dos partidos no Parlamento e, a partir daí, formalizar o convite para que alguém componha o governo. Além disso, o chefe de Estado representa o povo nas relações internacionais, praticando também outros atos, como designar e receber embaixadores, fazer nomeações e realizar outras tarefas que a Constituição enumerar.
Por sua significação política, o chefe de Estado deve ser escolhido por um processo democrático. Existe séria divergência entre os parlamentaristas, nesse ponto, pois enquanto alguns argumentam com as vantagens de uma escolha indireta, pelo Parlamento, outros sustentam que o povo é quem deve escolhê-lo em eleições diretas. Os que preferem a via indireta entendem que dessa forma os candidatos ficam longe das disputas políticas, geralmente muito agressivas, que caracterizam as eleições populares para cargos no âmbito do Executivo. Esse distanciamento das disputas seria mais conveniente para que o chefe de Estado preserve sua condição de árbitro, indispensável nas situações de crise.
Os que são favoráveis à eleição direta usam como primeiro argumento o caráter mais democrático dessa forma de escolha. Consideram ingênua a afirmação de que não há disputa política na escolha pelo Parlamento. E acrescentam ainda que, neste caso, por haver interferência direta dos parlamentares na eleição, é que se pode estabelecer um distanciamento maior entre o chefe de Estado e os que tiverem votado em outro candidato, dificultando a coordenação das forças parlamentares para a formação de uma sólida maioria, necessária para a obtenção de um governo estável. Como se percebe, também neste ponto existe argumentos ponderáveis em ambos os sentidos, havendo necessidade de uma discussão aprofundada para uma decisão segura.
Não há unanimidade, também, quanto ao tempo de duração do mandato do chefe de Estado. Os que consideram de pouca importância seu papel constitucional no parlamentarismo propõem mandatos longos, achando mesmo que dessa forma fica mais acentuado o papel de símbolo do Estado e garantidor da estabilidade. Há quem fale em mandato de seis a oito anos. Em sentido contrário, os que reconhecem a importância do papel político do chefe de Estado julgam que é uma exigência dos princípios democráticos a outorga de um mandato relativamente curto, que não vá além dos quatro anos. Discute-se, ainda, se nessa eleição deve ser exigida maioria absoluta, com previsão de dois turnos, ou se basta à maioria simples, em turno único. Todos esses pontos merecem análise cuidadosa, pelas consequências que podem decorrer de qualquer opção.
2.10 Pontos críticos do Parlamentarismo
Na definição de um sistema parlamentar de governo é preciso ter em conta não apenas a configuração do próprio sistema, mas também as condições essenciais para que ele possa ser implantado e funcione com eficiência. Entre outras coisas, é indispensável assegurar o caráter democrático do governo e garantir sua estabilidade. A própria denominação "parlamentarismo" indica tratar-se de um sistema de governo centrado no Parlamento, não no Executivo. Assim sendo, devem-se tomar como ponto de partida as dificuldades relacionadas com o Legislativo, para em seguida considerar os pontos diretamente relacionados com as características do sistema.
Considerando que no parlamentarismo o chefe do governo é escolhido pelo Legislativo, mais propriamente pela Câmara de Deputados, perante a qual ele é responsável, é ainda mais importante garantir que o povo esteja realmente representado naquela Câmara. Não basta a representação formal, é preciso que ela seja autêntica e adequada, de tal modo que o povo reconheça os parlamentares como seus representantes e que nenhum segmento da população deixe de ser levado em conta nas decisões políticas.
O sistema eleitoral brasileiro permite e favorece um distanciamento enorme entre o povo e os parlamentares, a tal ponto que poucos meses depois das eleições poucos eleitores se lembram do nome do candidato que recebeu seu voto. Em grande parte, isso é devido ao fato de que os candidatos podem receber votos num espaço muito amplo, o que faz com que os eleitores raramente conheçam pessoalmente os candidatos, sua vida pregressa e até mesmo suas convicções. Isto ainda é agravado pelo fato de que o sistema eleitoral permite um número absurdamente elevado de candidatos. Desse modo ficam facilitadas as aventuras eleitorais dos demagogos e dos que se valem do poder econômico para angariar votos.
A par disso, o estabelecimento constitucional de número mínimo e máximo de deputados por Estado introduz uma distorção violenta, que compromete o caráter democrático do sistema. O número de eleitores representados por deputado é muito diferente de uma região para outra do país, com grande prejuízo para os eleitores das regiões mais populosas. Isso ficará ainda mais grave no parlamentarismo, pois o deputado que representa um número quinze vezes superior de eleitores terá o mesmo peso que aquele que representa o número menor nas votações para escolha ou derrubada do chefe do governo.
Assim como o sistema eleitoral, também o de partidos políticos precisa ser profundamente modificado. Na prática, não existe compromisso dos parlamentares com os programas de seus respectivos partidos, o que prejudica a representatividade e também a estabilidade do governo. Com efeito, a experiência eleitoral brasileira mostra que será indispensável à realização de alianças parlamentares para que se consiga a maioria necessária para formar e sustentar o governo. Como tem acontecido muitas vezes, há parlamentares ou grupos de parlamentares que celebram seus próprios acordos, ignorando os partidos. Além disso, a mesma legislação que obriga o eleitor a votar num candidato previamente selecionado por um partido permite que o candidato eleito mude de partido e conserve o mandato, como se a sigla partidária não tivesse qualquer importância.
Por todos esses motivos, é bem fundado o temor de que o parlamentarismo, em tais circunstâncias, acarrete a existência de governos pouco representativos e sem estabilidade. As maiorias serão sempre muito frágeis, podendoser desfeitas pelo fato de algum grupo não ter uma reivindicação atendida ou discordar de alguma decisão do governo. Para exemplificar, se o governo decidir que só concederá financiamentos privilegiados aos proprietários nordestinos que se comprometerem a substituir a cana pela produção de alimentos é bem provável que a maioria da bancada do Nordeste retire seu apoio e com isso derrube o governo.
2.11 Dissolução do Parlamento
Na linguagem técnica, "dissolver o Parlamento" significa interromper o seu funcionamento, antecipando o término do mandato dos parlamentares. Isso faz parte da mecânica tradicional do parlamentarismo e nada tem a ver com o fechamento do Congresso por ato de força, como aconteceu tantas vezes na América Latina, inclusive no Brasil. Mas ainda que seja medida prevista na Constituição e que ocorra pelas vias normais, a dissolução do Parlamento é sempre uma decisão grave, que deve ser considerada com extremo cuidado ao ser elaborado uma proposta de parlamentarismo.
Numa colocação mais simples pode-se dizer que ao ser aprovada a moção de desconfiança o primeiro-ministro tem duas opções: ou aceita que a decisão do Parlamento corresponde à vontade do povo e se demite para permitir a formação de novo governo, ou, ao contrário, entende que o povo está a seu favor e que a maioria que votou a desconfiança não representa a vontade popular. Neste caso, em lugar de se demitir, o primeiro-ministro pede ao chefe de Estado que dissolva o Parlamento e convoque novas eleições, dentro do prazo previsto na Constituição. Se ocorrer a dissolução fica automaticamente extinto o mandato dos parlamentares, os quais, se quiserem, podem candidatar-se novamente. Realizadas as eleições o primeiro-ministro precisará ser confirmado no cargo pelo novo Parlamento e, se isso não ocorrer, o chefe de Estado convidará outra pessoa para formar o governo.
Existem sistemas parlamentares que não admitem a dissolução do Parlamento. E onde o Legislativo é bicameral, como no Brasil, é necessário prever se a dissolução será de todo o Congresso ou se apenas de uma de suas Casas. Em princípio a dissolução deve ser admitida, mas se for permitido que uma das Casas do Parlamento, isoladamente, vote a desconfiança, nessa hipótese seria lógico que apenas essa Casa fosse dissolvida. De qualquer modo, como são várias as soluções possíveis, todas elas apoiadas em argumentos razoáveis, é indispensável ampla discussão prévia, para que o povo saiba o que e por que está sendo proposto.
 2.12 Parlamentarismo no Brasil
O Parlamentarismo foi empregado durante o Segundo reinado, sendo, posteriormente, abolido em 1889 pela Proclamação da República, através da qual o sistema presidencialista foi implantado. Em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros, tivemos o regresso do Parlamentarismo, sendo que, em 1963, o Presidencialismo ressurge como sistema de governo.
Obs.: A Constituinte de 88 deixou ao povo brasileiro a oportunidade de escolher a forma e o regime de governo, com a regra posta no ADCT, art. 2º, que reza:
“No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País”.
3.0 - REGIME PRESIDENCIALISTA
Afirma Aurélio Buarque de Holanda Ferreira ser presidencialismo o “regime político em que a chefia do governo cabe ao presidente da República, mantendo-se a independência e a harmonia dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário)”.
3.1 Origem
O presidencialismo nasceu em 1787, quando as colônias inglesas da América, que haviam conquistado a independência e responsabilizavam a monarquia por todos os seus males, precisaram inventar um sistema de governo. Adaptando à realidade norte-americana da época a teoria da separação de poderes e tendo claro que necessitavam de um governo que fosse, ao mesmo tempo, enérgico e democrático, inventaram o presidente de República. Este seria chefe do Estado e do governo, mas com poderes limitados pela Constituição e sujeito ao controle do Legislativo: assim nasceu o presidencialismo.
O presidencialismo se caracteriza por uma separação mais rigorosa entre os poderes. Origens do presidencialismo O presidencialismo, exatamente como ocorreu com o parlamentarismo, não foi produto de uma criação teórica, não havendo qualquer obra ou autor que tivesse traçado previamente suas características e preconizado sua implementação. Mas diferentemente do que ocorreu em relação ao sistema parlamentar, o presidencialismo não resultou de um longo e gradual processo de elaboração. Pode-se afirmar com toda segurança que o presidencialismo foi uma criação americana do século XVIII. Influências históricas e filosóficas Fato histórico – os norte-americanos tinham uma péssima lembrança da atuação do monarca enquanto estiveram submetidos à coroa inglesa. Influência filosófica – os norte-americanos foram fortemente influenciados por autores contrários ao absolutismo, em especial Montesquieu.Repulsa à monarquia.
Para se perceber a repulsa dos norte-americanos pela monarquia, basta à leitura rápida de alguns documentos contemporâneos à criação dos Estados Unidos. Exemplo: Em carta a Benjamin Watkins, em 4 de agosto de 1787,dizia Jefferson: "Se todos os males que" surgirem entre nós, oriundos da forma republicana de governo, de hoje até o Juízo Final, pudessem ser postos em uma balança, contra o que este país sofreu com sua forma de governo monárquico numa semana, ou a Inglaterra num mês, este último preponderariam. Influência de Montesquieu Charles-Louis de Secondat, Barão de La Brède e de Montesquieu, como ficou mais conhecida, preocupava-se com o abuso de poder, que sacrificaria a liberdade política mesmo nos governos moderados. Concebeu, a partir da ideia de constituição mista, a formula de controle do poder pelo poder (Bobbio, p.235).
 Constituição mista A gênese da teoria da separação de poderes deve ser procurada no estudo das formas de governo, mais precisamente na forma mista de governo – ou seja, aquela onde mais de uma classe participa do poder, também referida como constituição mista -, encontram-se as bases para teoria da separação de poderes, como afirma Manuel Gonçalves Ferreira Filho, p. 111: “No equilíbrio entre povo, nobreza e monarca, propugnado pela separação de poderes, reponta o antigo ideal do governo misto". Montesquieu e a separação de poderes A formula adotada por Montesquieu para evitar o absolutismo é a separação de poderes, isso significa o seguinte: os poderes nãodevem concentrar-se na mesma pessoa ou corpo de magistratura, pois caso isto viesse a ocorrer não haveria liberdade e sim abuso de poder, é por isto que ele não admite que o poder executivo e o legislativo concentrem-se em uma mão e, também, que o poder de julgar seja somado a qualquer um dos dois – executivo ou legislativo, pior ainda se os três fossem acumulados por apenas uma fonte de poder.
Do Espírito das Leis No Livro Décimo Primeiro, Capítulo VI, do Espírito das Leis encontra-se a parte essencial do pensamento de Montesquieu, no que diz respeito a esse ponto, destacando-se as seguintes: Quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não existe liberdade, pois se pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado apenas estabeleçam leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Não haverá também liberdade se o poder de julgar não estiver separado do poder legislativo e do poder executivo, se estivesse ligado ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador, se estivesse ligado ao poder executivo, o juiz teria a força de um opressor. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as relações públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Ponto de divergência O único ponto fundamental de divergência é que Montesquieu,falandosobre o poder executivo, afirma que ele deve permanecer nas mãos de um monarca. Naturalmente, a ideia básica era que o executivo deveria ser atribuído a um órgão unipessoal, e não havia na época outro exemplo de órgãos unipessoais que não fossem os reis (Dallari, p. 203). 
Desta forma, o sistema de governo presidencialista foi uma criação Norte Americana. Monarquia e república.
Como já foi possível perceber o assunto aqui abordado está intimamente ligado às formas de governo, ou seja, há uma relação entre sistemas de governo e formas de governo. Quando se estuda formas de governo o ponto tratado diz respeito às maneiras pelas quais o poder político se exterioriza, ou seja, exerce a sua atividade. Maquiavel classificou as formas de governo em monarquia e república e ainda hoje estas são as formas fundamentais de governo (Dallari, p. 190).
O mesmo órgão unipessoal acumula as duas atribuições, exercendo o papel de vínculo moral do Estado e desempenhando as funções de representação (Chefia do Estado), ao mesmo tempo em que exerce a chefia do poder executivo (Chefe do Governo); ao contrário, no parlamentarismo, como será visto no curso de introdução ao parlamentarismo, essas atribuições pertencem a órgãos diferentes. O executivo é unipessoal A responsabilidade pela fixação das diretrizes do poder executivo cabe exclusivamente ao Presidente da República.
Naturalmente, por motivos de ordem prática, ele se apoia num corpo de auxiliares diretos, de sua inteira confiança, para obter conselhos e informações. O Presidente escolhe livremente os seus Secretários ou Ministrosde Estado, não respondendo nem um nem outro perante o Parlamento. O Presidente é escolhido pelo povo.
A Constituição norte-americana, atendendo às peculiaridades da época de sua elaboração, atribui a um colégio eleitoral a competência para eleger o Presidente da República em nome do povo. 
Afirma Dalmo de A. Dallari que "o presidencialismo, exatamente, como ocorreu com o parlamentarismo, não foi produto de uma criação teórica, não havendo qualquer obra ou autor que tivesse traçado previamente suas características e preconizado sua implantação”.
A Guerra pela independência das 13 colônias inglesas na América do Norte. O movimento tem início em 1775 com as revoltas dos colonos contra a política financeira do Reino Unido. Resulta na Declaração de Independência, em 1776, e dura até a derrota dos ingleses, em 1781. A Política inglesa de 1756 a 1763, a rivalidade econômica e colonial entre França e Inglaterra provoca a Guerra dos Sete Anos. Parte importante desse conflito ocorre na América do Norte, onde a Coroa britânica conta com a ajuda dos colonos para obter a vitória e apoderar-se de vários territórios franceses, como o Canadá. Apesar de vencedora, a Inglaterra fica em péssima situação financeira e decide cobrar dos colonos os custos da guerra, taxando vários produtos e instituindo impostos. Em 1764 é aprovada a Lei do Açúcar, que taxa o produto e, um ano depois, a Lei do Selo, que determina a cobrança de tributos sobre documentos. 
 O estopim da crise entre a colônia e a metrópole é a aprovação da Lei do Chá, que dá o monopólio do comércio do produto à Companhia Britânica das Índias Orientais, prejudicando comerciantes norte-americanos. Reagindo à determinação, comerciantes disfarçados de índios destroem 300 caixas de chá de navios ingleses, no Porto de Boston, em 1773. O Parlamento inglês, em represália à insubordinação, vota as Leis Intoleráveis em 1774, que interditam o Porto de Boston até o ressarcimento dos prejuízos e estabelecem punição para os envolvidos em manifestações contra a Coroa. Essas leis provocam a convocação, no mesmo ano, do Congresso Continental da Filadélfia, de caráter não separatista. Seus participantes pedem a revogação da legislação autoritária, em nome da igualdade de direitos dos colonos. Em 1775, um destacamento inglês em Lexington tenta destruir um depósito de armas controlado pelos rebeldes e encontra forte resistência por parte das tropas coloniais semi-improvisadas. O acontecimento, conhecido como Batalha de Lexington, é considerado o marco da guerra pela independência. A partir daí, os colonos organizam-se militarmente e a revolta contra o Reino Unido instala-se de forma declarada.
 A guerra de independência - Ainda em 1775, o II Congresso da Filadélfia conclama os cidadãos às armas e nomeia George Washington comandante das tropas norte-americanas. Uma comissão de cinco membros, liderada por Thomas Jefferson (1743-1826), redige a Declaração de Independência, promulgada em 4 de julho de 1776 por delegados de todos os territórios. Inspirada nos ideais do iluminismo defende a liberdade individual e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano. A luta contra os soldados ingleses é dificultada pelo grande número de colonos ainda fiéis à metrópole. A ajuda decisiva para a consolidação da independência vem da França. Motivados pelos ideais libertários norte-americanos e querendo revidar a derrota sofrida para os ingleses, os franceses dão dinheiro aos rebeldes e aliciam os espanhóis na campanha. Em 1781, o Exército inglês rende-se em Yorktown, depois de sitiado por tropas rebeldes. O Tratado de Versalhes, em 1783, reconhece a independência dos Estados Unidos da América e recompensa seus aliados: a França recupera Santa Lúcia, Tobago e suas possessões no Senegal; a Espanha anexa à ilha de Minorca e a região da Flórida.
A Constituição dos EUA é promulgada em 1788 e representa um compromisso entre a tendência republicana, defensora da autonomia política para os estados, e a federalista, que defende um poder central forte. Adota a República federativa presidencialista como forma de governo, a separação dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário e o estabelecimento de direitos civis e políticos, como a liberdade de expressão, de imprensa e de crença religiosa. Por certo, foi nos EUA que o Presidencialismo teve sua origem e desenvolvimento, destacando-se:
1776: Declaração de Independência, com acusações ao Rei da Inglaterra, declarando que os signatários “recebem a legitimidade do poder do consentimento dos governados”;
1787: Carta de Jefferson a Benjamin Watkins afirmando que “se todos os males eu surgirem entre nós, oriundos da forma republicada de governo, de hoje até o dia do Juízo Final, pudessem ser postos numa balança, contra o que este país sofreu com sua forma de governo monárquico numa semana ou a Inglaterra num mês, este último preponderariam";
1789: Constituição Americana
A evolução do presidencialismo deriva da separação dos poderes de Montesquieu, que aplicada pelos Norte-Americanos foi bem conduzida.
3.2 Características
Três aspectos principais se destacam na fisionomia do presidencialismo:
1º Aspecto: Historicamente é o sistema que perfilhou de forma clássica o princípio da separação de poderes, que tanta fama e glória granjearam para o nome de Montesquieu na idade áurea do Estado liberal. O princípio valia como esteio máximo das garantias constitucionais da liberdade. A Constituição americana o recolheu, tomando-o por base de todo o edifício político. "Da separação rígida passou-se com o tempo para a separação menos rigorosa, branda, atenuada, à medida que o velho dogma evolveu, conservando-se sempre e invariavelmente". Entre os traços dominantes de todo o sistema presidencial;
2º Aspecto: A seguir, vai deparar no presidencialismo a forma de governo onde todo o poder executivo se concentra ao redor da pessoa do Presidente, que o exerce inteiramente fora de qualquer responsabilidade política perante o poder legislativo. Via de regra, essa irresponsabilidade política total do Presidente se estende ao seu ministério, instrumento da imediata confiança presidencial, e demissível “ad nutum” do Presidente, sem nenhuma dependência política do Congresso. 
3º Aspecto: Enfim, terceiro e último aspecto na caracterização do presidencialismo: o Presidente da República deve derivar seus poderes da própria Nação; raramente do Congresso, por via indireta. 
Os poderes do Presidenteda República conhecem a mais larga extensão. São considerados assoberbastes e esmagadores e continuam em expansão nos distintos sistemas presidenciais. O presidencialismo tem sido até criticado como o regime de um homem só. Com efeito, os encargos presidenciais abrangem sumariamente: (a) a chefia da administração, através de ministérios e serviços públicos federais, entregue a pessoa da confiança do Presidente, responsáveis perante este, que livremente os escolhe e demite; (b) o exercício do comando supremo das forças armadas; (c) a direção e orientação da política exterior com atribuições de celebrarem tratados e convenções, declararem guerra e fazer a paz, debaixo das ressalvas do controle exercido pelo poder legislativo, nos termos estatuídos pela Constituição. Encontramos ainda, escritos, sobre: a relação entre executivo e legislativo na forma presidencial de governo; o poder presidencial nos Estados Unidos; o poder presidencial no Brasil; atribuições presidenciais em matéria legislativa; idem na ordem administrativa; idem na esfera militar; as atribuições presidenciais no campo da política exterior; a conservação do formalismo tradicional, e outros (texto transcrito da obra a Ciência Política do professor Paulo Bonavides). 
 O professor Nelson Oscar de Souza (in Manual de Direito Constitucional) afirma: “O presidencialismo é conatural à República”. Ambos nasceram do mesmo movimento, em 1889. O Decreto nº 1, de 15 de novembro, estabelecia: “Fica proclamada provisoriamente a decretada como forma de governo da nação brasileira – a República Federativa”. O ato é do Governo Provisório que, a 22 de junho seguinte, publica texto constitucional adotado pelo novo regime até a promulgação da nova Carta. Esse texto consagra o sistema presidencial de governo, com um mandato de seis anos (art.39).
Em suma, o Presidencialismo possui chefia singular do Poder Executivo: o Presidente é ao mesmo tempo chefe de Estado e chefe de Governo; a permanência do Presidente independe da confiança do Poder Legislativo. O Presidencialismo foi idealizado pelos norte-americanos na Convenção da Filadélfia, e passou a constar na Constituição Federal 1787. No Brasil, no entanto, ele só passou a viger em 1889.
No presidencialismo o Presidente da República exercerá o cargo por período fixo, não necessita da maioria parlamentar para manter-se no cargo. O Poder Legislativo só poderá afastar um Presidente da República no caso do cometimento de crime de responsabilidade ou de crime comum. Para quem tiver interessado nas regras constitucionais para se afastar o Presidente poderá encontrá-las nos artigos 85 e 86; 51, I, e 52, I, parágrafo único, podendo ser: democrático, quando há participação do povo no processo político ou ainda, ditatorial ou Totalitário, quando não há a livre participação do povo no processo político, as eleições não são livres.
Democracia direta é a forma inicial da democracia, tal como praticada na antiga Grécia. A participação dos cidadãos nas decisões políticas era exercida pessoalmente sem intermediários (em espaço público se reuniam, debatiam e decidiam o assunto em pauta). Atualmente, é de impossível realização, já que conta com o povo exercendo o poder diretamente, sem mandatário. 
A Democracia Indireta pode ser:
- Democracia representativa, onde o povo elege seus representantes.
- Democracia Cesarista, onde o governo indica seus representantes, cabendo ao povo confirmá-los ou não no poder por referendum.
A expressão “diretamente” deve ser entendida à luz do art. 14, incisos I a III, onde se encontra os instrumentos modernos da democracia direta, quais sejam: o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.
Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa (art. 2º, da lei 9.709/98).
O plebiscito é a convocação prévia ao ato legislativo ou administrativo a ser realizado, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou rejeitar o que lhe tenha sido submetido (art. 2, §1º, da lei 9.709/98).
O referendo é a convocação posterior ao ato legislativo ou administrativo que se tenha realizado, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição (art. 2º, §2º, da lei 9.709/98).
A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos (3/10 = 0,3) por cento dos eleitores de cada um deles (art. 13 da lei 9.709/98 e CF, art. 61, § 2º). OBS: fazer um comentário sobre a iniciativa popular e a ação popular na perspectiva de democracia direta.
Em resumo, a nossa CF/88 consagra a democracia representativa sem desprezar os instrumentos da democracia direta (plebiscito, referendo, iniciativa popular) pelo que origina uma forma de democracia mista ou semi-direta.
Todos estes conhecimentos prévios são basilares para compreensão do Estado Brasileiro que adotou o modelo federalista.
3.3 Características Do Estado Federal
A doutrina aponta como características da existência de Estado Federal: Existência de uma Constituição como base jurídica do Estado que assegure autonomia das entidades federadas através de uma repartição constitucional de competências  a Lei Fundamental representa a aliança firmada pelas entidades integrantes do Estado Federal, o qual se origina da própria Constituição e lhe dá vida e existência soberana.
O Estado Federal surge de uma Constituição e é por definição, aquele onde estão asseguradas, pela Constituição, autonomia político-administrativa às partes descentralizadas (Estados-Membros, Províncias, Territórios etc.). É reputada pela quase unanimidade dos autores, como a forma mais moderna de Estado. São exemplos atuais praticamente todos os Estados americanos, como, Estados Unidos, Brasil, entre outros, além de alguns europeus como Alemanha.
OBS: a Federação Brasileira é a única nação que inclui os Municípios e o Distrito Federal como entes federados.
A origem do Estado Federal moderno, tal como o conhecemos na atualidade, é tipicamente norte-americana. Surgiu nos Estados Unidos, com a Constituição de 1787.
No Estado Federal há que se distinguir soberania de autonomia e seus respectivos titulares. O Estado Federal é o todo, dotado de personalidade jurídica de Direito Público Internacional, é o único titular da soberania como pessoa reconhecida pelo Direito Internacional. A União é a entidade federal formada pela reunião das partes componentes, constituindo pessoa jurídica de Direito Público interno. Os Estados-membros são entidades federativas componentes, dotadas de autonomia e também de personalidade de Direito Público interno. Os Municípios e o Distrito Federal, também possuem autonomia e são também pessoas jurídicas de Direito Público interno.
O Brasil, após a proclamação da Independência (1822), adotou como forma de governo a monarquia e, enquanto forma de Estado, o Estado Unitário. O império do Brasil não possuía descentralização política, apenas descentralização administrativa, (Seu território foi dividido em províncias, cuja estrutura foi consolidada na Constituição de 1824). A realidade histórica da República e do Federalismo tem por origem a derrubada da monarquia, em 15 de novembro de 1889. Adotou-se então como forma de governo a República e como forma de Estado o Estado Federal. Toda esta mudança de estrutura foi definitivamente consolidada com a Constituição de 1891.
A Constituição, como Lei Fundamental, representa, no Estado Federal, o pacto ou a aliança firmada pelas entidades que o integram. A Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, deu origem ao Estado Federal Brasileiro atual. Logo no preâmbulo consta: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático”. O artigo 1º, de forma definitiva sela o pacto ao afirmar: “A República Federativa do Brasil, é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e doDistrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito”.
No Estado Federal, como união de coletividades políticas autônomas, existem vários centros decisórios. O artigo18 da nossa Constituição afirma: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”.
Repartição Constitucional de Competências  a essência do Estado Federal está na descentralização política, significando repartição da capacidade de edição de normas jurídicas, com cada esfera de poder controlando as condutas de seus agentes públicos e dos cidadãos de determinada comunidade. A Constituição confere à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios competências privativa, exclusiva, comum, concorrente, residual e delegada.
A razão de ser do Estado Federal, como já vimos, reside na descentralização política, que significa repartição constitucional da capacidade de emissão de normas jurídicas, para que cada esfera de poder possa controlar as condutas dos agentes públicos e dos cidadãos em determinada comunidade jurídica. Assim, a Constituição distribui à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, diversas competências.
Autonomia das Entidades Federadas de cada esfera, entre os diversos centros decisórios, conserva a capacidade suficiente para, mediante regras jurídicas próprias, autogerir seus negócios internos ou organizar os assuntos que lhes forem delegados, tudo conforme o Princípio hermenêutico da simetria constitucional.
Participação da vontade dos Estados-membros nas decisões Nacionais  reflete-se na existência de um Poder Legislativo bicameral, isto é, o Congresso Nacional é formado pela Câmara dos Deputados, composta pelos representantes do povo, e pelo Senado Federal, composto de representantes dos Estados e do Distrito Federal, estes enquanto pessoas jurídicas de direito público interno (3 Senadores para cada Estado e para o Distrito Federal).
Rigidez Constitucional que se refere à maior dificuldade para alteração do Texto Magno, exprimindo-se em limitações expressas e implícitas. Estabeleceu-se um procedimento mais rígido no processo de apreciação de emenda à Constituição do que de qualquer outra lei do país. Tomará por base os princípios hermenêuticos constitucionais que estudaremos adiante.
Impossibilidade de desligamento (secessão), pois exatamente em razão de a soberania ser atributo do Estado Federal e não dos Estados-membros é que estes não poderão se retirar do pacto federativo, pois não possuem mais soberania que legitime uma decisão separatista. A Constituição prevê união indissolúvel logo em seu artigo 1º. Proíbe a extinção da Federação (art. 60, § 4º) ao afirmar que não será objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de Estado, na primeira das cláusulas pétreas. Prevê como primeira hipótese de intervenção federal nos Estados e no Distrito Federal para “manter a integridade nacional”. (art. 34, inciso I) Resumindo: as partes não podem separar-se do todo.
Existência de um órgão constitucional supremo incumbido também do controle da constitucionalidade das leis onde decorre da rigidez da Constituição e da Supremacia da Constituição em relação às demais leis. O controle se dará: 1) no exame de um caso concreto, em que todo juiz pode exercê-lo (controle difuso de constitucionalidade); 2) por declaração de inconstitucionalidade de lei em tese pelo STF (controle concentrado de constitucionalidade).
3.4 Congresso Nacional 
No presidencialismo tem o poder de impeachment, em caso de crime de responsabilidade - sobre o Presidente é composto de representantes com mandato pré-determinado, não podendo ser dissolvido não se constitui em fator decisivo na manutenção do governo - presidente pode governar sem apoio exerce um papel limitado de fiscalização do Ministério e da política adotada pelo Presidente.
Presidente da República é quem chefia o Executivo representa o governo e o Estado indica o corpo de Ministros do Estado é eleito por voto direto ou indireto não necessita do apoio do Congresso para governar.
Ministros de Estado controlam setores do governo ou políticas específicas devem explicações de sua política somente ao presidente são assessores pessoais, não necessariamente eleitos, nem membros de partido são nomeados e demitidos pelo presidente.
Os poderes são exercidos, respectivamente.
EXECUTIVO - Presidente da República
LEGISLATIVO - Parlamento/Congresso
JUDICIÁRIO - Supremo Tribunal/Corte Suprema
Toda a concepção do presidencialismo baseia-se na harmonia desses três poderes um não pode superar ou impor-se ao outro o equilíbrio é um sistema de freios e contrapesos, pelo qual um poder controla o outro, e cada um depende dos outros dois.
Dessa forma, exerce o Poder de Controle onde o Legislativo aprova leis que controlam o Executivo e o Judiciário. O Executivo pode vetar o que foi aprovado pelo Legislativo que pode rejeitar esse veto. Executivo escolhe os membros do Supremo Tribunal controlando o Judiciário. O Legislativo aprova esses nomes controlando o Executivo e o Judiciário. E o Judiciário julga a aplicação das leis, podendo, suspender a execução delas.
3.5 Partidos Políticos no Presidencialismo
No presidencialismo, os partidos só são chamados a participar da vida política nos momentos de eleição como Presidente e deputados são eleitos pelo povo, por prazo determinado, gera tendência a uma postura e governos personalistas o presidente não necessita da maioria no congresso para governar.
3.6 Legitimidade e Representatividade 
O regime presidencialista baseia-se na divisão dos poderes, onde o executivo não deve satisfações ao Congresso essa independência pode gerar uma ditadura a prazo fixo no parlamentarismo os poderes se concentram em mãos do parlamento, para que essa concentração de poderes não gere uma oligarquia é preciso que o parlamento seja fiel ao povo.
3.7 Voto Proporcional 
A legitimidade do Congresso é garantida pela forma como os parlamentares são eleitos no Brasil, adota-se atualmente o sistema proporcional para eleger os deputados. Cada Estado tem uma bancada com um número determinado de deputados. Os candidatos concorrem em todo o Estado são eleitos os mais votados de cada partido até que se preencha o número de cadeiras atribuídas a essa legenda.
3.8 Voto Distrital 
A maioria dos países adota o voto distrital, cada distrito elege um deputado, e assim se completam as vagas no parlamento ou nas câmaras estaduais. O sistema distrital assegura identidade entre eleitores e deputados, dando a legitimidade indispensável ao parlamentarismo o deputado é fiscalizado pelos eleitores, que moram no distrito. 
3.9 Voto Misto 
Parte das vagas é eleita pelo sistema distrital, às demais são ocupadas por deputados eleitos pelo sistema proporcional em todo o país à combinação garante que parte do Congresso terá representação no distrito e parte terá representação nacional pelo voto distrital, à eleição pode ser pela maioria absoluta, ou não.
4.0. VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS 
4.1 Presidencialismo ou Parlamentarismo 
O parlamentarismo politiza o povo e o torna fiscal mais eficiente, corrupção tende a acabar são indispensáveis para o parlamento que os partidos sejam mais organizados e que haja fidelidade partidária no presidencialismo, os partidos podem ser fortes e controlar os executivos por suas bancadas parlamentares os presidentes têm mandato fixo; os primeiros ministros podem governar indefinidamente, enquanto tiverem maioria parlamentar. 
Em conformidade com a Constituição Federal de 23 de março de 1988, ""... o melhor sistema de governo é aquele que o povo quer; é o presidencialismo, sem dúvida nenhuma. (Humberto Lucena). ""... a miséria que aí está não foi obra do parlamentarismo do Império. É a obra da República. É a obra do presidencialismo. (Nelson Carneiro)
Anota Dalmo de A. Dallari as seguintes características do Presidencialismo:
(1) O Presidente

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