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FENÔMENOS DE TRANSPORTE II CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Profª Drª Cleide Mara Faria Soares 2 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA A termodinâmica e a transferência de calor são disciplinas altamente complementares. A Primeira lei da termodinâmica (Lei da conservação de energia) fornece uma ferramenta muito útil no estudo de transferência de calor. 𝑬𝒆 − 𝑬𝒔 ± 𝑬𝒈 = 𝑬𝒂𝒓 Balanço de Energia: Energia que entra Energia que sai Energia gerada Energia armazenada Volume de controle 3 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Os termos relativos a entrada e saída de energia são fenômenos de superfície, uma situação que envolve TC por condução, convecção e/ou radiação. Neste caso especial, a superfície de controle não inclui a massa ou volume, conforme a figura abaixo: 𝑬𝒆 − 𝑬𝒔 ± 𝑬𝒈 = 𝑬𝒂𝒓 Balanço de Energia: 𝒒𝒄𝒐𝒏𝒅 − (𝒒𝒄𝒐𝒏𝒗 + 𝒒𝒓𝒂𝒅) = 𝟎 𝒒𝒄𝒐𝒏𝒅 − 𝒒𝒄𝒐𝒏𝒗 − 𝒒𝒓𝒂𝒅 = 𝟎 4 (EXERCÍCIO 1.5.) Os gases quentes da combustão de uma fornalha são separados do ar ambiente e de sua vizinhança, que estão a 25°C, por uma parede de tijolos de espessura 0,15 m. O tijolo tem condutividade térmica de 1,2 W/m.K e emissividade superficial de 0,8. Em condições de regime estacionário, a temperatura da superfície externa vale 100°C. A transferência de calor por convecção livre para o ar adjacente à superfície é caracterizada pelo coeficiente de convecção h = 20 W/m².K. Qual a temperatura da superfície interna do tijolo? Etapa 1: Condições Condições de regime estacionário; Sem geração de calor; h, K e ε são constantes. Resolução: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA 5 Etapa 2: Esquema Resolução: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA 6 Etapa 3: Cálculos Resolução: 𝑻𝟐 = 𝟏𝟎𝟎 + 𝟐𝟕𝟑 = 𝟑𝟕𝟑 𝑲 𝑻𝒗𝒊𝒛 = 𝟐𝟓 + 𝟐𝟕𝟑 = 𝟐𝟗𝟖 𝑲 𝑬𝒆 − 𝑬𝒔 ± 𝑬𝒈 = 𝑬𝒂𝒓 Balanço de Energia: 𝒒𝒄𝒐𝒏𝒅 − (𝒒𝒄𝒐𝒏𝒗 + 𝒒𝒓𝒂𝒅) = 𝟎 𝒒𝒄𝒐𝒏𝒅 − 𝒒𝒄𝒐𝒏𝒗 − 𝒒𝒓𝒂𝒅 = 𝟎 𝒌 𝑻𝟏 − 𝑻𝟐 𝑳 − 𝐡 𝑻𝒔− 𝑻∞ − ε σ (𝑻𝑺 𝟒 − 𝑻𝒗𝒊𝒛 𝟒 ) CONSERVAÇÃO DE ENERGIA 7 Etapa 3: Cálculos Resolução: 𝟏, 𝟐 𝑾 𝒎.𝒌 𝑻𝟏 − 𝟑𝟕𝟑 [𝒌] 𝟎, 𝟏𝟓[𝒎] − 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝑾 𝒎2 − 𝟓𝟐𝟎, 𝟑𝟏 𝑾 𝒎2. = 𝟎 𝟏, 𝟐 𝑾 𝒎.𝒌 𝑻𝟏 − 𝟑𝟕𝟑 [𝒌] 𝟎, 𝟏𝟓[𝒎] = 𝟐𝟎𝟐𝟎, 𝟑𝟏 𝑾 𝒎2 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA 8 Etapa 3: Cálculos Resolução: 𝑻𝟏 = 𝟔𝟐𝟓 𝐊 𝐨𝐮 𝟑𝟐𝟓 °𝐂 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA 9 CAMPOS No estudo dos campos, três tipos de quantidades são consideradas: escalares, vetoriais e tensoriais. Um “campo térmico” é descrito em termos de temperaturas em diferentes pontos do campo. Um campo é uma região onde acontecem as “coisas”. 10 CAMPOS Os componentes são representados por grandezas escalares (tensor de ordem zero), os quais necessitam somente da especificação do módulo para uma descrição completa. Ex: T, [C], V e M. Um vetor (tensor de 1ª ordem) é designado: v = v (𝒙, 𝒚, 𝒛, 𝒕) 𝑣𝑥 = 𝐹1(𝒙, 𝒚, 𝒛, 𝒕) 𝑣𝑦 = 𝐹2(𝒙, 𝒚, 𝒛, 𝒕) 𝑣𝑧 = 𝐹3(𝒙, 𝒚, 𝒛, 𝒕) Usa-se o módulo dos componentes em três direções mutuamente ortogonais: 11 CAMPOS Densidade de Fluxo: O fluxo (f) é a taxa de transferência de alguma quantidade. Ex: Galões por minuto, no caso do escoamento de um fluido. Quando esta quantidade for expressa por unidade de área da superfície (S), define-se a densidade de fluxo (D): 𝑫 = 𝒍𝒊𝒎 ∆𝑺→𝟎 ∆𝒇 ∆𝑺 𝒏 Onde 𝒏 é o vetor normal da área normal. 12 CAMPOS Intensidade de campo: A intensidade de campo (𝛁𝐏) possibilita o cálculo da força que o campo pode produzir. Ela é expressa em termos de posição. Um campo de grande intensidade possui alta densidade de fluxo, e vice-versa. Portanto, a densidade de fluxo e a intensidade de campo são grandezas proporcionais entre si: 𝑫 = −𝐜 𝛁𝐏 Densidade de fluxo de quantidade de movimento ou de calor (a depender do campo que estiver sendo considerado) Constante de proporcionalidade entre D e 𝛁𝐏 Intensidade de campo 13 CAMPOS Relacionando com a TC, temos: 𝑫 = −𝐜 𝛁𝐏 𝒒𝒙 = −𝒌 𝛁𝐓 Assim, para o fluxo de calor em diferentes direções: 𝒒𝒙 = −𝒌 𝒅𝑻 𝒅𝒙 𝒒𝒚 = −𝒌 𝒅𝑻 𝒅𝒚 𝒒𝒛 = −𝒌 𝒅𝑻 𝒅𝒛 Direção do fluxo
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