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ANTROPOLOGIA_CULTURAL

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ANTROPOLOGIA CULTURAL 
 
DESCOBERTAS DA ARQUEOLOGIA E ANTROPOLOGIA 
 
O Rochedo de Behistun, Chave de Língua Babilônica 
Em 1835, Sir Henry Rawlinson, oficial do exército inglês, notou no monte Behistun, 322 Kms, 
ao norderte de Babilônia, na estrada para Ecbatana e na fronteira de Média, grande rocha isolada, 
que se erguia abruptamente 520 ms. Acima da planície, e, na superfície desse rochedo, num alcantil 
perpendicular, 132 ms. Acima da estrada, uma superfície alisada, com gravações. Investigou e 
descobriu que era uma inscrição esculpida em 516 a.C. por ordem de Dario, rei da Pérsia, 522-486 
a.C., o mesmo Dario sob cujo governo o Templo de Jerusalém foi reconstruído, como se diz no livro 
de Esdras, inscrição gravada no mesmo ano em que o templo foi acabado. 
A escrita entalhada, nas línguas persa, elamita e babilônica, fornecia longo relato das 
conquistas de Dario e das glórias do seu reinado. Rawlinson já possuía algum conhecimento da 
lígua persa e, entendendo que se tratava de um relato só , em três linguas diferentes, com admirável 
pertinácia e em constante perigo de vida, durante mais de 4 anos galgava o rochedo e, de pé, numa 
beirada de uns 30 cms. de largura na parte inferior da inscrição, com o auxílio de escadas, lançadas 
de baixo, e de balanços, da parte de cima, tirou moldes das inscrições. 
Em mais 14 anos suas traduções, estavam concluídas. Havia achado a chave do antigo idioma 
babilônico, desvendando assim para o mundo os vastos tesouros da literatura da Babilônia antiga. 
Até há poucos anos cria-se, geralmente, que a escrita fora desconhecida nos primórdios da 
história do Antigo Testamento. Era essa uma das bases da teoria da crítica moderna, segundo a 
qual alguns livros do Antigo Testamento foram escritos muito depois dos fatos por eles relatados , de 
sorte que continham apenas tradição oral. Hoje, porém, a pá dos arqueólogos vem-nos revelar que 
registros ESCRITOS de importantes acontecimentos foram feitos desde a alvorada da história. 
 
A origem Antediluviana da Escrita 
Beroso relatou uma tradição, segundo a qual Xisutro, o Noé Babilônico, enterrou os Sagrados 
Escritos antes do dilúvio, em placas de barro cozido, em Sipar, e depois os desenterrou. Havia uma 
tradição entre árabes e judeus de que Enoque fora o inventor da escrita, e que deixara alguns 
escritos. Antigo rei babilônico deixou registrado que “gostava de ler os escritos da época do dilúvio.” 
Assurbanipal, fundador da grande biblioteca de Nínive, referiu-se a “ escrições de antes do dilúvio”. 
 
Livros Antediluvianos 
Têm sido encontradas algumas incrições de antes do dilúvio. A placa pictográfica , encontrada 
pelo Dr. Langdon em Quis, sob um sedimento do dilúvio. A sinetes encontrados pelo Dr. Schmidt, 
em Fara, sob uma camada sedimentada do dilúvio. O Dr. Woolley achou em Ur sinetes de antes do 
dilúvio. 
Os sinetes foram as formas mais primitivas de escrita; representavam o nome de uma pessoa, 
identificavam uma propriedade, serviam de assinatura de cartas, contratos, recibos e várias espécies 
de escritura. Cada pessoa possuía seu próprio sinete. Este era gravado em pedacinhos de pedra ou 
metal pro meio de serras ou brocas muitíssimo delicada. Usava-se para impressão em placas de 
barro, enquanto ainda úmidas. 
A Escrita Pictográfica 
A escrita aparece pela primeira vez na narrativa bíblica quando Deus pôs uma “ marca “ ou 
“sinal” em Caim. Essa marca representava uma idéia. Assim, “marcas” , “sinais”, “figura” passaram a 
ser usadas para registrar idéias , palavras e combinações de palavras. Essas figuras eram pintadas 
ou insculpidas em cerâmicas ou placas de barro. De tal espécie é a escrita nas camadas mais 
profundas das cidades pré-históricas da Babilônia. Os escritos mais antigos que se conhecem são 
figuras em placas de barro. 
 
O Âmbito Primitivo da Escrita 
Parece que a escrita, quando quer que ela tenha sido inventada, foi usada, a princípio, e por 
certo tempo, apenas pelos escribas nos principais centros de população. Quando tribos e famílias 
migravam de comunidades sedentárias para novos territórios não colonizados, aí se desenvolvia, 
fora da esfera dos fatos anotados, nas nações a crescerem e a se afastarem sempre das normas 
conhecidas, tôda espécie de tradições grosseiras, panteísticas, idolátricas e absurdas, baseadas no 
que tinha sido a verdade primitiva. 
 
A Escrita Cuneiforme 
A princípio, certa espécie de marca representava uma palavra inteira, ou uma combinação de 
palavras. Desenvolvendo-se a arte de escrever, passou a haver “ marcas” que representavam partes 
de palavras, ou sílabas. Era este o gênero de escrita em uso da Babilônia no alvorecer do período 
histórico. Havia mais de 500 marcas diferentes, com umas 30.000 combinações. Geralmente, essas 
marcas se faziam em tijolos ou placas de barro macio ( úmido ) , medindo de dois a 50 centímentos 
de comprimentos, uns dois terços de largura, e escritos de ambos os lados; depois eram secados ao 
sol ou cozidos no forno. Por meio dessas inscrições cuneiformes, em placas de barro, é que chegou 
até nós a vasta literatura dos primitivos babilônios. 
 
A Escrita Alfabética 
Já foi outro avanço: as “marcas “ passaram a representar partes de sílabas , ou letras, forma 
grandemente simplificada de escrita, na qual, com 26 marcas diferentes podia-se expressar todas as 
diferentes palavras que, no sistema cuneiforme , eram expressar por 500 marcas. A escrita 
alfabética começou antes de 1500 a.C,. 
 
Material de Escrita 
Palavras tais como “ escrita”., “livro”, “tinta” são comuns a todos os ramos da língua semítica , o 
que parece indicar que a escrita , num livro com tinta, devia ser sido conhecida dos primitivos 
semitas antes de se separarem nas suas várias raças. Na Babilônia era , o mais das vezes, em 
placas de barro que se escrevia. Os egípcios usavam pedra, peles e papiro. Este, o precursor do 
papel, fazia-se de canas de cresciam em brejos, de § a 7 centímetros de diâmetro , e de 3 a 4 m de 
altura. Tais canas eram abertas em fatias, que se punham transversalmente, em camadas 
alternadas; eram umedecidas, prensadas e reduzidas a folhas, ou rolos, comumente de uns 30 cm 
de largura, por 30 cm a 3 m de extensão. Algumas vezes se usava cerâmica quebrada para 
escrever. 
 
Livros Pré-Abraâmicos 
Os centros de população mais antigos, após o dilúvio, como é dito nas páginas 84 e 85, 
ficavam na Babilônia (país) , em Quis, Ereque, Lagás, Acade, Ur, Babilônia (cidade) , Eridu, Nipur, 
Larsa e Fara. 
Nas ruínas destas cidades encontram-se milhares de livros, escritos em pedra ou em placas de 
barro, antes da época de Abraão. Cinco dos mais famosos são aqui apresentados. 
 
A Placa da Fundação de Anipada 
É uma placa de mármore, 7 por 10 centímetros. Foi achada por Wooley (1923) na pedra 
angular de um templo em Obeide, 6 Km a oeste de Ur.Tem esta inscrição: Anipada, rei de Ur, filho 
de Messanipada, construiu este para sua senhora Nin-Kharsag “ (Deusa-Mãe). Essa placa acha-se 
agora no Museu Britânico. Uma reprodução sua encontra-se no Museu da Universidade de 
Pensilvânia. 
A escrição foi proclamada como “ O Documento Histórico mais Antigo” que já se havia 
descoberto. Uma profusão de placas mais velhas tinha sido descoberta, mas esse era o REGISTRO 
ESCRITO mais antigo de um EVENTO COMTEMPORÂNEO. Assinala a linha divisória, nos anais 
babilônicos, entre os períodos “histórico” e “pré-histórico’. 
Retrato da Familia de Ur-Nina, o rei de Lagás, seus filhos e servos; avô de Eanatum, com 
inscrições explicativas. 
Estela de En-hedu-ana, filha de Sargão, com inscrição dizendo que era sacerdotisa da deusa 
Lua em Ur. 
Estela dos Abutres de Eanatum , Achada em Lagás, por Sarzec. Encontra-se hoje no Louvre, 
em Paris. Registra suas vitórias sobre os elamitas e descreve seu método de combate: comandava 
seus guerreiros formados à maneirade cunha, armados de lanças , escudos e capacetes. 
Estela de Ur-Namur, Uma lage de pedra calcária, 3,1 m de altura 1,65 m de largura. Achada no 
piso do Palácio da Justiça , em Ur. Está agora no Museu da Universidade da Pensilvânia. Descreve 
a construção do Zigurate, no auge da glória de Ur. É chamada “Estela dos Anjos Voadores “, porque 
se vêem esculpidos anjos que adejam sobre a cabeça do rei. Tudo isto tem sua relação com a 
autoria humana dos primeiros livros da Bíblia. Mostra que a praxe de registrar eventos importantes 
era comum desde o alvorecer da história, dando como certo que os primeiros eventos de livro de 
Gênesis podiam Ter sido registrados em documentos contemporâneos, o que é muitíssimo 
verossímil, tornando mais e mais crível que, desde o principio, Deus preparou o núcleo de Sua 
Palavra e superintendeu a sua transmissão e desenvolvimento através das eras. 
 
Livros e Bibliotecas da Primitiva Babilônia 
A Babilônia foi o berço da raça humana, local do Jardim do Éden, cenário do começo da 
história bíblica, centro da área do diluvio, lar de Adão. Noé e Abraão. Os primórdios de sua história 
são do mais alto interêsse para os estudantes da Bíblia. 
Situava-se na foz do Tigre, e do Eufrates, media 402 km de extensão, e 80 km de largura; 
formara-se de sedimentos aluviais dos dois rios; terras de pântanos drenados,; de fertilidade incrível 
; por muitos séculos centro de população densa . Hoje , na maior parte, são terras êrmas. 
 
Acade 
Também chamada Sipar, Akkad, Agade, Abu-Haba. Uma das cidades de Ninrode, Gên. 10:10. 
Capital do 8.º rei de antes do dilúvio, Capital do império de Sargão , 48 km a noroeste da Babilônia 
(cidade) . Um dos lugares onde as leis de Hamurabi foram colocadas . “Sirpar”, um de seus nomes, 
significa “Cidade dos Livros”., a indicar que era famosa por suas bibliotecas. Era a localidade onde, 
segundo a tradição , os Sagrados Escritos foram enterrados antes do dilúvio e depois 
desenterrados. Suas ruínas foram escavadas por Rassam ( 1881) e por Scheil (1894) . 60.000 
placas foram encontradas, entre as quais tôda uma biblioteca de 30.000 volumes. 
 
Lagás 
Também chamada Telo , Shirpurla. A 80 kms. Ao norte de Ur. Capital de um dos primeiros 
reinos de após o dilúvio. Escavada por Sarzec . Centro de grandes bibliotecas. Encontraram-se mais 
inscrições aí do que em qualquer outra parte. 
 
Nipur 
Chamou-se também Nufar, Calné . 80 kms. A sudeste de Babilônia ( cidade) . Uma das cidades 
de Ninrode. Escavada sob os auspícios da Universidade da Pensilvânia e sob a direção de Peters, 
Haynes e Hilprecht, a intervalos, entre 1888 e 1900 , os quais encontraram 50,000 placas com 
inscrições feitas no 3.º milênio a.C., inclusive uma biblioteca de 20.000 volumes; arquivos reais ; 
escolas com grandes cilindros de consultas montados em estantes giratórias, dicionários, 
enciclopédias, obras completas de direito, ciência, religião e literatura. A figura 9 mostra uma ruína 
onde se acharam vastas bibliotecas. 
 
Jemdet Nasr 
Cidade anterior ao dilúvio, 40 kms. A nordeste de Babilônia ( cidade) . Destruída por incêndio 
cêrca de 3500 a.C., nunca foi reconstruída. Escavada em 1926 pela expedição do Museu Field, da 
Universidade de Oxford. Aí o Dr. Langdon encontrou inscrições pictográficas, que lhe indicaram o 
primitivo monoteísmo. 
 
O Prisma Dinástico de Weld 
O Primeiro Esbôço conhecido da História Universal , Escrito em 2170 a. C. Por um escriba que 
se assinava Nur-Ninsubur, ao fim da dinastia de Isin, fornece uma lista inteira de reis desde os 
primórdios da raça até aos seus dias, incluindoos 10 reis longevos de antes do dilúvio. É um belo 
prisma de barro cozido. Foi conseguido pela Expedição Weld-Blundell (1922) , em Larsa, poucos 
kms. Ao norte de Ur.Acha-se hoje no Museu Ashmoleano de Oxford,. Já existia há mais de cem 
anos antes de Abraão, a poucos kms. Do seu lar. 
 
Escritos do Tempo de Abraão 
Foi em obeidem uns 7 kms a oeste de Ur, que Wololley achou o “documento histórico mais 
antigo . E assim fica-se sabendo que a comunidade de Abraão fora um centro de cultura literária 
durante gerções, antes que o Patriarca nascessse. 
 
O Código de Hamurabi 
Foi esta uma das mais importantes descobertas ;arqueológicas que já se fizeram. Hamurabi, rei 
da cidade de Babilônia, cuja data parece ser 1972 - 1750 a.C., é comumente identificado pelos 
assiriólogos com o “Anrafel” de Gên . 14 , um dos reis que Abraão perseguiu para libertar Ló. Foi um 
dos maiores e mais célebres dos primitivos reis babilônios.Fez seus ecribas coligir e codificar as leis 
do seu reino; e fez que estas se gravassem em pedras para serem erigidas nas principais cidades. 
Uma dessas pedras originalmente colocada na Babilônia , foi achada em 1902, nas ruínas de Susa 
(levada para lá por um rei elamita, que saqueara a cidade de Babilônia no século 12 a.C.) por uma 
expedição francesa dirigida Por M. J. De Morgan. Acha-se hoje no Museu do Louvre , em Paris. 
Trata-se de um bloco lindamente polido de duro e negro diorito, de 2 m 60 cm de altura, 60cm de 
largura, meio metro de espessura , um tanto oval na forma, belamente talhado nas quatro faces, 
com gravações cuneiformes da língua semito-babilônica ( a mesma que Abraão falava). Consta de 
u;mas 4.000 linhas, equivalendo, quanto à matéria , ao volume médio de um livro da Bíblia ; é a 
placa cuneiforme mais extensa que já se descobriu. Representada Hamurabi recebendo as leis das 
mãos do rei sol Chamás: leis sobre o culto dos deuses nos templos, a adminsitração da justiça , 
impostos, salários, juros, empréstimos de dinheiro, disputa sobre propriedades, casamento, 
sociedade comercial, trabalho em obras públicas, iserção de impostos , construção de canais, a 
manutenção dos mesmos, regulamentos de passageiros e serviços de transporte pelos canais e em 
caravanas, comércio internacional e muitos outros assuntos. 
Temos aí um livro, escrito em pedra, não uma cópia, mas o próprio autógrafo original , feito nos 
dias de Abraão, ainda existente hoje para testemuunhar não só a favor de u;m sistema bem 
desenvolvido de jurisprudência, senão, também , do fato de que já nos dias de Abraão a capacidade 
literária do homem havia atingido um grau notável de adiantamento. 
 
Bibliotecas do Tempo de Abraão 
Em Ur, cidade natal de Abraão, em Lagás, Nipur, Sipar, aliás em cada cidade importante do 
país de Babilônia, havia , em conexão com escolas e templos , bibliotecas com milhares de livros : 
dicionários, gramáticas, obras de consultas, enciclopédias, anais oficiais, compêmdios de 
matemática, astronomia , geografia, religião e política. Foi aquele um período de grande atividade de 
literária; produziu muitas das obras-primas que Assurbanipal mandou que fossem copiadas por seus 
escribas, destinadas à sua grande biblioteca em Nínive. 
Quando Abraão visitou o Egito, havia aí , aos milhões, inscrições em monumentos de pedra, 
em papiro e pele. Em Canaã, perto de Hebrom, cidade de Abraão, havia uma cidade chamada 
“Quiriate-Séfer”, que significa “ cidade de escribas”, a indicar que seu povo tinha gosto pelas letras. 
 
Uma Escola do Tempo de Abraão 
Em Ur, na camada subterrânea correspondente à época de Abraão Woolley descobriu uma 
sala de aulas , com 150 placas de exercícios escolares, textos sobre matemática, medicina, história 
e mitologia; uma grande placa com colunas paralelas, apresentando a conjugação completa de um 
verbo sumeriano e seu equivalente em semita; também uma placa com § diferentes classes de 
temas verbais, com explicações. Abraão deve Ter freqüentado uma escola deste tipo. 
 
Abraão e os Escritos Sagrados 
Sem dúvida, Abraão recebeu de Sem a história da criação , da queda do homem e do dilúvio. 
Ele proprio recebera de Deus uma chamada direita para tornar-se fundador de uma nação, mediante 
a qual um dia toda a raça humana seria abençoada.Vivia numa sociedade de cultura, de livros e 
bibliotecas. Reis contemporâneos conservavam os anis de suas nações nos arquivos dos templos. 
Abraão era homem de convicções e qualidades de líder . Por certo deve Ter tirado cópias 
cuidadosas de narraçòes e registros recebidos de seus ancestrais; a esses registros acrescentou a 
historia de sua própria vida e das promessas que Deus lhe fizera, em placas de barro, na língua 
cuneiforme, destinadas ao anais da nação que ia fundar. 
 
No Egito 
Napoleào , em sua expediçào ao Egito (1798), levou consigo u;ma centena de sábios. Estes 
trouxeram de volta relatórios que despertaram o interesse dos homens de ciência . J.G. Wilkinson, 
inglês , foi a Tebas, morou ali , e copiou inscrições dos grandes monumentos (1821-33) . É chamado 
“Pai da Areuologia Egípcia”. E algumas de suas obras ainda são um padrão de autoridade no 
assunto. Lepsius, alemão, produziu (1842) a primeira grande obra científica sobre arqueologia 
egípcia. Desde então a iniciativa tem alcançado proporções enormes. 
 
A pedra de Roseta 
É chave de língua egípcia antiga. A língua do antigo Egito era hieroglífica, escrita de figuras, 
um símbolo para cada palavra. Pelo ano 700 a.C. uma forma mais simples de escrita entrou em uso, 
chamada “Demótica”, mais aproximada do sistema alfabético, e que continuou com língua do povo 
até aos tempos dos romanos. No quinto século d.C. ambas caíram em desuso e foram esquecidas . 
De sorte que tais inscrições se tornaram ininteligíveis, até que se achou a chave de sua tradução. 
Essa chave foi a Pedra de Roseta. 
Achou-a. M. Boussard, um dos sábios franceses Qua acompanharam Napoleão ao Egito ( 
1799), numa cidade sobre a foz mais ocidental do Nilo , chamada Roseta. Encontra-se joje no 
Museu Britânico . É de granito negro, cerca de 1,30 m de altura, 80 cm de largura , 30 de espessura, 
com três incrições, uma acima da outra, em grego, egípcio demótico e egípcio hieroglifico. O grego 
era conhecido . Tratava-se de um decreto de Ptolomeu V, Epífanes, feito em 196 a. C., nas três 
línguas usadas então em todo o pais, para ser colocado em várias cidades. Um sábio francês, de 
nome Champollion, depois de quatro anos (1818-22) de trabalho meticuloso e paciente, comparando 
os valores conhecidos das letras gregas com os caracteres egípcios desconhecidos, conseguiu 
deslindar os mistérios da língua egípcia antiga. 
 
A atividade Literária do Antigo Egito 
Durante mil anos antes dos dias de Moisés, a profissão das letras já era importante n ao só em 
Babilônia como também no Egito. Tudo o que era de valor , era registrado. No Egito escrevia-se em 
pedra, pele e papiro. Usava-se pele ao tempo da 4.ª dinastia. As proezas de tutmés III (1500 a.C.), 
na Palestina, foram registradas em rolos de velo muito delicado. Já na época de 3000 a.C. 
empregava-se o papiro. Mas os registros em pedra eram os mais duráveis; cada Faraó tinha os 
anais do seu reinado insculpidos nas paredes do seu palácio e em monumentos. Havia amplas 
bibliotecas de documentos do governo; e fartura de monumentos recobertos de inscrições 
requintadas. A.Fig. 14 mostra inscrições na base do famoso Obelisco da Rainha Hatsepsute, em 
Tebas . A Fig. 15 é a estátua de u;m escriba profissional dia §ª dinastia, séculos antes de Moisés 
nascer. 
 
As Placas de Tel-el-Amarna 
Em 1888 acharam-se nas ruínas de Amarna, a meio caminho de Mênfis a Tebas, umas 
quatrocentas placas de barro, que tinham sido parte dos arquivos reais de Amenotepe III e 
Amenotepe IV , os quais reinaram em 1400 a.C. mais ou menos. A maior parte dessas placas acha-
se hoje nos Museus de Londres e do Cairo. Medem de § a 8 cm de largura por 8 a 23 de 
comprimento, contendo inscrições de ambos os lados. Contêm correspondência oficial de vários reis 
da Palestina e Síria, escrita no sistema cuneiforme babilônico, para esses dois Faraós do Egito. 
Quanto do volume Gênesis e Êxodo juntos . Tal como a placa de pedra de Hamurabi, constituem 
uma das mais importantes descobertas arqueológicas dos últimos tempos. 
 
Na Palestina e Regiões Vizinhas 
Quantidades enormes de inscrições cuneiformes da antiga Babilônia e incrições hieroglíficas do 
antigo Egito têm sido descobertas, porém, poucas, compratativamente, da antiga Palestina . Tem 
sido isto uma das bases para a teoria da crítica moderna de que muitos dos livros do Antigo 
Testamento foram escritos muito depois dos acontecimentos neles referidos, e, assim , encerram em 
si apenas tradição oral. Pode Ter havido muitas razões pelas quais os reis hebreus não erigiam 
grande número de monumentos com inscrições que perpetuassem sua gloria, como os outros 
fizeram. Contudo , nos ultimos tempos, apareceram muitas evidências de que os hebreus eram um 
povo que sabia escrever. 
Siquém. Aqui, Sellin achou placas cuneiformes cananéias do período pré-israelita, documentos 
particulares, indicativos de que o comum do povo conhecia e usava a escrita. 
O Mais Primitivo Escrito Alfabético. Num templo semita, em Serabite, próximo às minas de 
turquesas, no Sinai , Flinders Petrie, em 1905, achou juntamente com inscrições hieroglíficas 
egípcias, uma inscrição em linguagem alfabética, o mais primitivo escrito alfabético que se conhece, 
feito aproximadamente em 1500 a.C. Isto aconteceu na região onde Moisés passou 40 anos , e essa 
inscrição foi feita uns poucos anos antes de Moisés. 
Gezer. Aqui Garstang (1929) achou uma asa de jarro do período 2000 16000 a.C., com 
inscrição em letras da escrita sinaítica, indicando assim que a escrita em alfabeto sinaítico, já nesse 
tempo, se usava na Palestina. 
Bete-Semes. O Prof. Elihu Grant, da Exedição Arqueológica do Haberford College 
(1930),encontrou aí um fragmento de jarro de barro, de cerca de 1800 a.C., usado como 
memorando, com cinco linhas no sistema alfabético semítico, à tinta, similar à escrita sinaítica. 
Laquis. Aí, em 1934 , J.L. Starkey , da Expedição Arqueológica Wellcome, achou um jarro para 
água com inscriçào, datando de cerca de 15000 a.C., no mesmo sistema alfabético sinaítico . Laquis 
foi uma das cidades que Josué destruiu ao tempo em que “o sol se deteve”., e aí está um livro , 
escrito em cerâmica , desta cidade antes de ser destruida por Josué. 
Ras Shamra (Ugarite),ao norte de sidom, perto de antioquia, cidade fenícia, porto de mar ligado 
o Eufrates ao Mediterrâneo, onde civilizações se encontravam e se misturavam . Uma Expedição 
francesa, em 1929, encontrou aí uma Biblioteca de templo, escola de escribas, espécie de seminário 
teológico , com quantidade enormes de placas , dicionários e obras de consultas em 8 línguas; 
babilônio , hebraico, egípcio, hitita, sumeriano antigo, algumas línguas desconhecidas, a escrita 
sinaítica e um alfabeto de 27 letras muito mais antido do que outro qualquer que se conheça; muitos 
datando do meado do segundo milênio a.C. 
Boghaz Jeui, na Ásia Menor , primitivo centro hitita. Achou-se aí u;ma biblioteca em cuneiforme 
e outras placas, classificadas e dispostas em compartimentos de arquivo; em sumeriano, acadiano, 
hitita , midianita e outras linguas, com algumas placas bilíngües em cuneiforeme e hitita. Assim 
sendo, é certo que a escrita era de uso comum na Palestina, Sinai, S;iria e Fenícia durante séculos 
antes de Moisés. O Dr. W.F. Albright, principal autoridade em arqueologia palestinense, diz “ Só uma 
pessoa muito ignorante pode propor hoje a idéia de que a escrita ( em muitas formas ) não era 
conhecida na Palestina e regiões imediatamente circunvizinhas durante todo o segundo milênio 
a.C.,” (Boletim n.º 60 das Escolas 
Americanas de Pesquisas Orientais, dez. 1935 ). Em face disto , não há razão para que os 
eventos dos primeiros livros da Bíblia deixassem de ser registrados por seus contemporâneos. Por 
que, então se perderam esses registros, enquanto vastas quantidades de registros egípcios e 
babilônicos foram preservados ?Por causa da naturzea deteriorável do material usado na escrita: 
papiro e pele. No Egito também , os registros escritos em papiro e pele, com poucas exceções, se 
deterioraram. O Pentateuco, mesmo se tivesse sido escrito originalmente em placas de cuneiforem, 
como alguns têm sugerido , foi logo transliterado para o hebraico e copiado em peles. Os dez 
mandam;entos, nucleo da Lei, foram gravados em pedras, mas o resto foi escrito em “livros”, Êx. 17 
14. Assim, logo cedo os hebreus tomaram o hábito de empregar peles e papiro, que tinham de ser 
copiados de novo, quando as cópias mais velhas se estragavam pelo uso. A Autoria do Pentateuco 
A opinião tradicional é a de que Moisés escreveu o Pentateuco substancialmente como o 
possuímos, exceto poucos versos do final , onde se relata a sua morte, e interpolações ocasionais 
feitas por copistas, para efeito de elucidação , e que é fiel à verdade histórica. 
A opinião da crítica moderna é a de que se trata de uma obra heterogênea, produto de várias 
escolas de sacerdotes, feita desde o 8.º século a.C., com objetivos sectaristas, baseada em 
tradições orais, sendo os principais documentos chamados “J” , “E” E “P” . Embora os críticos, entre 
si , divirjam largamente quanto às secções que devam ser atribuídas a cada um desses documentos, 
apresentam a teoria capciosamente como sendo “o resultado certo” a que chegaram “eruditos 
modernos” . Segundo esse parecer, não se trata de história verdadeira, porém de uma “colcha de 
retalhos, coletados de um saco de farrapos de lendas esparsas”. Que Diz a Arqueologia ? A 
Arqueologia , ultimamente, vem falando tão alto que está causando uma reação decidida em prol do 
ponto de vista conservador. A teoria de que a escrita era desconhecida nos dias de Moisés já foi 
pelos ares, de modo completo . E cada ano, no Egito, Palestina e Mesopotâmia, estão se excavando 
evidências, tanto em inscrições como em camadas de terra , de que as narrativas do Antigo 
Testamento tratam de verdadeiros fatos históricos. E os “eruditos” decididamente, estão tomando 
atitude de maior respeito para com a tradição referente à autoria de Moisés. O Mínimo que se 
Comprova : Moisés podia Ter escrito o Pentateuco. Instruiu-se no palácio de Faraó; foi educado em 
toda a ciência dos egípcios”, a qual incluía a profissão das letras . Provavelmente ele conhecia mais 
acerca da história universal anterior do que qualquer pessoa hoje. Foi líder e organizador de um 
movimento que ele cria ser de imensa importância para todas as gerações futuras. Seria ele tão 
ESTÚPIDO para confiar os anais e princípios do seu movimento unicamente à TRANSMISSÃO 
ORAL ? Moisés de fato, fez uso da escrita . Quanto as Gênesis, parece que ele usou registros que 
vieram de gerações anteriores. Quanto a Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, todos estes se 
relacionavam com a própria vida dele e, sem dúvida, foram escritos sob sua direção pessoal.Os 
fenômenos da estratificação no relato se explicam abundantemente

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