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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA CÁLCULO II Catiúscia A. B. Borges e Sueni de S. Arouca 1 1 – Volume de um Sólido de Revolução Volume de Sólidos de Revolução Uma região tridimensional (S) que possui as propriedades a) e b) a seguir é um sólido: a) A fronteira de S consiste em um número finito de superfícies lisas que se interceptam num número finito de arestas que por sua vez, podem se interceptar num número finito de vértices. b) S é uma região limitada. Exemplos de sólidos (esfera, cone circular, cubo, cilindro) Sólidos de Revolução Fazendo uma região plana girar em torno de uma reta no plano, obtemos um sólido, que é chamado sólido de revolução. A reta ao redor da qual a região gira é chamada eixo de revolução. Por exemplo, fazendo a região limitada pelas curvas y = 0, y = x e x = 4 girar em torno do eixo x, o sólido de revolução é um cone. CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA CÁLCULO II Catiúscia A. B. Borges e Sueni de S. Arouca 2 Se o retângulo delimitado pelas retas x = 0, x = 1, y= 0 e y = 3 girar em torno do eixo y, obtemos um cilindro. Consideremos, agora, o problema de definir o volume do sólido T, gerado pela rotação em torno do eixo x, da região R, da função f(x). Suponhamos que f(x) é contínua e não negativa em [a,b]. Consideremos uma partição P de {a,b], dada por: a = 𝑥0 < 𝑥1 < ...< 𝑥𝑖−1< 𝑥𝑖 <...< 𝑥𝑛 = b Seja ∆𝑥𝑖= 𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 o comprimento do intervalo [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖] Em cada intervalo [𝑥𝑖−1, 𝑥𝑖], escolhemos um ponto qualquer ci. CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA CÁLCULO II Catiúscia A. B. Borges e Sueni de S. Arouca 3 Para cada i, i = 1, ..., n, construiremos então um retângulo Ri, de base∆𝑥𝑖 e altura f(ci). Fazendo cada retângulo Ri girar em torno do eixo x, o sólido de revolução obtido é um cilindro, cujo volume é dado por: 𝜋[𝑓(𝑐𝑖)] 2∆𝑥𝑖 A soma dos volumes dos n cilindros, que representamos por 𝑉𝑛, é dada por: 𝑉𝑛 = 𝜋[𝑓(𝑐1)] 2∆𝑥1 + 𝜋[𝑓(𝑐2)] 2∆𝑥2 + 𝜋[𝑓(𝑐3)] 2∆𝑥3 + ⋯ + 𝜋[𝑓(𝑐𝑛)] 2∆𝑥𝑛 𝑉𝑛 = 𝜋 ∑[𝑓(𝑐𝑖)] 2 𝑛 𝑖=1 ∆𝑥𝑖 E nos dá uma aproximação do volume do sólido T. Podemos observar que à medida que n cresce muito e cada ∆𝑥𝑖, i = 1,...n, torna-se muito pequeno, a soma dos volumes dos n cilindros aproxima-se do que, intuitivamente, entendemos como volume do sólido T. Definição: seja 𝑦 = 𝑓(𝑥) uma função contínua não negativa em [a,b]. Seja R a região sob o gráfico de f de a até b. O volume do sólido T, gerado pela revolução de R em torno do eixo x, e definido por: 𝑉 = lim 𝑚á𝑥 ∆𝑥𝑖→0 𝜋 ∑[𝑓(𝑐𝑖)] 2∆𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 (l) A soma que aparecem (l) é uma soma de Riemann da função [𝑓(𝑥)]2. Como 𝑓 é contínua, o limite em (l) existe, e, então, pela definição da integral definida, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑓(𝑥)]2 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA CÁLCULO II Catiúscia A. B. Borges e Sueni de S. Arouca 4 Observações quanto às funções: A função 𝒇(𝒙) é negativa em alguns pontos de [a,b]; A figura C mostra o sólido gerado pela rotação da figura B , ao redor do eixo x, que coincide com o sólido gerado pela rotação, ao redor do eixo x, da região sob o gráfico da função |𝑓(𝑥)| de a até b. Como |𝑓(𝑥)|2 = (𝑓(𝑥))2, dessa forma a fórmula permanece válida neste caso. A região R está entre os gráficos de duas funções 𝒇(𝒙) e 𝒈(𝒙) de a até b; Supondo 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥), ∀𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏], o volume do sólido T, gerado pela rotação de R em torno do eixo x, e dado por: 𝑉 = 𝜋 ∫ ([𝑓(𝑥)]2 − [𝑔(𝑥)]2) 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 Ao invés de girar ao redor do eixo x, a Região gira em torno do eixo dos y; Neste caso temos 𝑥 = 𝑔(𝑦) e 𝑦 ∈ [𝑐, 𝑑]. Assim o volume do sólido T, gerado pela rotação de R em torno do eixo y, e dado por: 𝑉 = 𝜋 ∫ ([𝑔(𝑦)]2) 𝑑𝑦 𝑑 𝑐 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA CÁLCULO II Catiúscia A. B. Borges e Sueni de S. Arouca 5 A rotação se efetua ao redor de uma reta paralela a um dos eixos coordenados; Se o eixo de revolução for a reta 𝑦 = 𝐿, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑓(𝑥) − 𝐿]2 𝑑𝑥 𝑏 𝑎 Se o eixo de revolução for a reta 𝑥 = 𝐿, temos: 𝑉 = 𝜋 ∫ [𝑔(𝑦) − 𝐿]2 𝑑𝑦 𝑑 𝑐
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