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DIREITO PENAL P2

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Teoria Geral da Pena
Sanção Penal
- Resposta Estatal
- Ius Puniendi 
- Devido Processo Legal garantias
Sistema de Dupla via (gênero das espécies)
- Pena: espécies: privativa, restritiva e multa
- Medida de Segurança: espécies: internação, tratamento ambulatório
Justiça Retributiva ≠ Justiça Restaurativa
Conceito de Pena:
É a retribuição imposta pelo Estado em razão da prática de um ilícito penal e consiste na privação ou restrição de bens jurídicos determinada pela lei, cuja finalidade é a readaptação do condenado ao convívio social e a prevenção em relação à prática de novas infrações penais.
Princípios 
Reserva Legal / Legalidade: A lei estabelece a pena. O juiz parte dessa lei para julgar e condenar. Exige a tipificação das infrações penais em uma lei aprovada pelo Congresso Nacional, de acordo com as formalidades constitucionais, e sancionada pelo Presidente da República. Um ilícito penal não pode ser criado por meio de decreto, resolução, medida provisória etc.
Anterioridade: A lei não vai retroagir para atingir fato anterior, salvo para beneficiar o réu. 
Intranscendência / Pessoalidade: De acordo com este princípio a pena aplicada só pode ser cumprida pelo réu condenado, não podendo ser transferida a um sucessor ou coautor do delito.
Inevitabilidade: O juiz não pode deixar de aplicar a pena ao réu considerado culpado, bem como de determinar seu cumprimento, salvo exceções expressamente previstas em lei, como, por exemplo, do perdão judicial em crimes como homicídio culposo, lesão corporal culposa, receptação culposa etc. Como o caso de um pai que atropela o filho sem querer. 
Humanidade: Integridade humana do indivíduo, a pena não pode ultrapassar os limites. Precisa-se respeitar a integridade humana. São vedadas as penas cruéis, de morte, de trabalhos forçados, de banimento ou perpétuas (art. 5º, XLIX, da Constituição Federal).
Proporcionalidade: Deve haver correspondência entre a gravidade do ilícito praticado e a sanção a ser aplicada. Este princípio deve também nortear o legislador no sentido de não aprovar leis penais extremamente rigorosas, no calor de certos episódios noticiados pela imprensa, provocando distorções entre a pena prevista em abstrato e a gravidade do delito
Individualização: Nos termos do art. 5º, XLVI, da Constituição Federal, a lei deve regular a individualização da pena de acordo com a culpabilidade e os méritos pessoais do acusado. Deve analisar em 3 fases: 
- 1º: Circunstancias judiciais e inominadas 
- 2º: Circunstancias atenuantes e agravantes 
- 3º: Causas de aumento e diminuição 
Os princípios se complementam, se comunicam entre si. 
Teorias 
Motivos/ finalidades das penas
Teoria Absoluta: é aquela que prega somente a retribuição, o mal que o agente causou vai voltar para ele em forma de pena sem finalidade social, tira os direitos, garantias, etc. 
Teoria Relativa: a finalidade da pena é a de intimidar, evitar que delitos sejam cometidos. É encontrada de várias formas: 
Prevenção geral negativa: é uma forma de prevenir mediante intimidação, coação psicológica. Avisa a todos as grandes consequências de se praticar certos crimes. 
Prevenção geral positiva: manter a vigência do código penal, seguindo os princípios.
Prevenção especial negativa: prevenção para evitar reincidência. Avisar o indivíduo de que não é bom reincidir, sair da prisão e continuar cometendo crimes. Tem que dialogar com a prevenção geral positiva. 
Prevenção especial positiva: Ressocialização dos agentes. 
Teoria Mista: Art. 59 CP “O juiz, atendendo a culpabilidade aos antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente, aos motivos, as circunstancias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime” O Brasil adota essa teoria a pena tem duas finalidades, ou seja, punir e prevenir.
Cominação de penas: isoladamente, cumulativamente, paralelamente/alternativamente 
As penas admitidas pelo CP são: Penas Privativas de Liberdade, Penas Restritivas de Direitos e Multa.
Observações:
Abolicionismo Penal: Quando teóricos dizem que não é necessária sanção penal. Descriminalização, ou seja, apagar crimes. Ligado a justiça restaurativa. Dentro dele existe a despenalização em que convém diminuir a pena, tirando o cárcere privado, buscando outras penas. 
Justiça Restaurativa: evitar o cárcere privado justiça terapêutica. 
Teoria das janelas quebradas: cuida do descuido e da desordem do sistema. É preciso passar segurança para os cidadãos para controlar a criminalidade. 
	MONISMO JURÍDICO
	PLURALISMO JURÍDICO
	É apenas o Estado ditando as regras, sem outras formas de regras ditadas por outros. 
	Existem ordens diversas, em locais específicos com suas próprias regras jurídicas, não ditadas pelo Estado. 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
Conceito:
As penas privativas de liberdade são aquelas que têm como objetivo privar o condenado do seu direito de locomoção (ir e vir) recolhendo-o à prisão. 
Espécies:
Obs: A Prisão Simples está ligda o contravenção penal. O regime nunca será fechado. O regime será o semiaberto ou o aberto.
	RECLUSÃO
	DETENÇÃO
	A reclusão é prevista para as infrações mais graves pelo legislador, como, por exemplo, homicídio, lesão grave, furto, roubo, estelionato, apropriação indébita, receptação, estupro, quadrilha, falsificação de documento, peculato, concussão, corrupção passiva e ativa, denunciação caluniosa, falso testemunho, tráfico de drogas, tortura etc
	Já a detenção costuma ser prevista nas infrações de menor gravidade, como, por exemplo, nas lesões corporais leves, nos crimes contra a honra, constrangimento ilegal, ameaça, violação de domicílio, dano, apropriação de coisa achada, ato obsceno, prevaricação, desobediência, desacato, comunicação falsa de crime, autoacusação falsa etc.
Diferenças entre Reclusão e Detenção:
Sistema Progressivo: o agente é condenado a reclusão com regime inicial fechado, cumpre 1/6 da pena, tem bom comportamento e vai para o semiaberto, cumpre 1/6, tem bom comportamento e vai para o aberto. 
Regimes Penitenciários
Fechado: “Considera-se regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média” (art. 34 CP)
Semiaberto: “Considera-se regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar” (art. 35 CP)
Aberto: “Considera-se regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado” (art. 36 CP). 
Fixação do Regime inicial:	
Para a fixação do regime inicial, a lei estabelece que o juiz deve levar em conta os seguintes fatores: 
a) se o crime é apenado com reclusão ou detenção;
 b) o montante da pena aplicada na sentença (de acordo com patamares estabelecidos na própria lei penal);
 c) se o réu é primário ou reincidente;
 d) se as circunstâncias do art. 59 do Código Penal são favoráveis ou desfavoráveis ao acusado (antecedentes, conduta social, personalidade e culpabilidade, motivos, consequências e circunstâncias do crime). 
* Observação: em se tratando de crime hediondo, tráfico de drogas, terrorismo ou tortura, aplica-se a legislação especial e o regime inicial será sempre o fechado (art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90).
Pena de Reclusão 
O art. 33, caput, do Código Penal estabelece que nos crimes apenados com reclusão, que não sejam hediondos ou equiparados, o regime inicial poderá ser o aberto, o semiaberto ou o fechado, dependendo das variáveis mencionadas no art. 33 §2º: 
a) se a pena fixada na sentença for superior a 8 anos regime inicial fechado; 
b) se a pena aplicada for superior a 4 anos e não superior a 8 o condenado poderá iniciá-la em regime semiaberto, desde que não seja reincidente. Se for reincidente, o regime inicial deverá ser o fechado; 
c) se a pena imposta for igual ou inferior a 4 anos, poderá o sentenciado iniciar a pena em regime aberto, desde que não seja reincidente. Sefor reincidente, o regime inicial será o semiaberto se as circunstâncias judiciais lhe forem favoráveis, ou o fechado, caso as circunstâncias sejam desfavoráveis. Nesse sentido, existe a Súmula n. 269 do Superior Tribunal de Justiça que assim dispõe: “é admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”.
Exemplo: uma pessoa condenada a 2 anos de reclusão por estelionato que seja reincidente por crime de lesão corporal. Como não há outra circunstância desfavorável, o juiz pode fixar o regime inicial semiaberto. Por outro lado, se o mesmo estelionatário condenado a 2 anos de reclusão possuir outras trinta condenações por crimes contra o patrimônio, o juiz poderá fixar-lhe o regime inicial fechado, pois se trata de pessoa, além de reincidente, com personalidade voltada para o crime e com péssimos antecedentes.
	RÉU PRIMÁRIO COM PENA SUPERIOR A 8 ANOS
	RÉU PRIMÁRIO COM PENA SUPERIOR A 4 ANOS E INFERIOR A 8
	RÉU PRIMÁRIO COM PENA IGUAL OU INFERIOR A 4 ANOS
	Regime inicial fechado.
	Regime inicial semiaberto.
	Regime inicial aberto.
Obs: Quando o réu é primário e com pena inferior a 4 anos e o juiz ignora as regras e aplica o regime inicial fechado, ou seja, o regime mais rigoroso, ele violou o princípio da proporcionalidade.
Obs2: o montante da pena e a primariedade do acusado não são os únicos critérios que ajudam o juiz na escolha do regime inicial. Estabelece o art. 33, § 3º, do Código Penal que, na fixação do regime inicial, o juiz deve também observar os critérios do art. 59 do Código Penal (circunstâncias judiciais), tais como conduta social do acusado, seus antecedentes, culpabilidade, personalidade, além dos motivos do crime, suas circunstâncias e consequências. Assim, é possível que o juiz condene uma pessoa a 6 anos de reclusão por crime de roubo e, mesmo sendo réu primário, fixe o regime inicial fechado (e não o semiaberto), justificando que o réu agrediu fortemente a vítima, de 80 anos de idade, a fim de despojá-la de sua bolsa. Neste caso, as circunstâncias especiais do crime no caso concreto justificam regime mais gravoso, embora o acusado seja primário. De ver-se que a Súmula n. 718 do Supremo Tribunal Federal estabelece que “a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada”. Dessa forma, não pode um juiz dizer que fixa regime inicial fechado para todo crime de roubo por considerá-lo grave, sendo necessário, como mencionado no exemplo acima, que apresente fundamentos no sentido de demonstrar que aquele crime do caso concreto se reveste de gravidade diferenciada (no exemplo, o que justificava o regime fechado era o fato de serem fortes as agressões e de ser a vítima pessoa de 80 anos). Da mesma forma, não pode o juiz fixar para a pena de 1 ano de reclusão, aplicada a um receptador (quem adquire, guarda ou oculta produtos de crime), um regime inicial semiaberto ou fechado, alegando que todo receptador incentiva a criminalidade. Ainda que isto seja verdade, o fato é que a pena prevista em lei para a receptação é de 1 a 4 anos de reclusão (art. 180, caput, do CP), de modo que o próprio legislador resolveu não fixar pena alta para este tipo de infração. Assim, se o réu for primário, a pena aplicada ao receptador deverá ser iniciada em regime aberto. Apenas se no caso concreto o juiz perceber a presença de circunstâncias que tornam aquela receptação específica mais gravosa do que o normal, é que poderá fixar regime diverso do aberto, fundamentando expressamente na sentença os motivos que tornaram aquele crime diferenciado. Se o legislador quisesse que todo receptador iniciasse sua pena em regime semiaberto, teria previsto para tal delito pena superior a 4 anos. Daí por que o Supremo Tribunal Federal em sua Súmula n. 719 adverte que “a imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea”.
Pena de Detenção
O art. 33, caput, do Código Penal dispõe que, nos crimes apenados com detenção, o regime inicial só pode ser o aberto ou o semiaberto, de acordo com as regras do art. 33, § 2. 
	RÉU PRIMÁRIO COM PENA MAIOR DE 4 ANOS
	RÉU PRIMÁRIO COM PENA IGUAL OU MENOR QUE 4 ANOS
	RÉU REINCIDENTE (independente da pena)
	Regime semiaberto.
	Regime aberto.
	Regime semiaberto.

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