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PETIÇÃO MARINA RIBEIRO RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO – SP
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A reclamante requer os benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 790, §3°, da Lei 13.467/15 e dos art. 98 e 99, do CPC/15 
 
 MARINA RIBEIRO, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora do RG 855, CPF n° 909, endereço eletrônico marinaribeiro@gmail.com, residente e domiciliada na Rua Coronel Saturnino, casa 28 – São Paulo/SP – CEP 4444, por intermédio de seu advogado subscrito, com o endereço profissional, rua xxxxxx n° xxxxx, e com o endereço eletrônico advogado@hotmail.com, vem respeitosamente a vossa Excelência ajuizar a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
 Em face da SOCIEDADE EMPRESARIA MALHARIA FINA Ltda. CNPJ n° 00000000/000, empresa localizada na rua Capital Paulista n°000, CEP 0000, bairro xxxxx, São Paulo/SP, pelos fatos e fundamentos que possa expor:
DOS FATOS 
 A reclamante, com a função de auxiliar de produção, contratada em 01 de setembro de 2014 pela empresa Malharia Fina Ltda. trabalhou no período de 3 (três) anos e 3 (três) mês e 9 (nove) dias, ganhando um salário mínimo mensal até a sua demissão sem justa causa, que ocorreu no dia 10 de janeiro de 2018. A mesma informa que trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13:30 as 22:30 e aos sábados das 8:00 às 12:00h, totalizando 44 horas semanais. Após o horário informado, gastava 20 minutos para entregar o relatório do dia ao seu superior hierárquico e tirar o uniforme.
 Marina, nunca teve sua CTPS anotada, a mesma não recebeu o aviso prévio, não gozou férias em 2016, nem tampouco em 2017, não recebeu seu 13° de 2017, recebeu tão somente seu salário, atualmente a reclamante encontra-se desempregada. 
DOS FUNDAMENTOS
DA JUSTIÇA GRATUITA
 O reclamante não possui condições de pagar as custas advindas do processo sem prejuízo do sustento da família. Dessa forma, nos termos do Art. 790, § 3°, da lei n° 13.467/15 e art. 98 e seguintes do CPC/2015, requer o reclamante sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita.
DAS HORAS EXTRA
 A reclamante, ao longo do contrato de trabalho, sempre trabalhou das 13:30 às 22:50 de segunda a sexta feira e das 8:00h às 12:00, sem nunca receber qualquer adicional pelo trabalho efetuado no horário extraordinário. O art. 7°, da CF, XIII estabelece a jornada máxima de trabalho não poderá ser superior a (oito) horas diárias e quarenta e quatro horas semanais. Nessa mesma linha estabelece o art. 58 CLT.
 Assim, ultrapassada a jornada de trabalho estabelecida pelo dispositivo constitucional, o legislador assegura no art. 7°, XVI, da CF que a remuneração desse período seja superior, no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre seu salário nominal.
Portanto, é a Reclamante credora das horas extras, conforme demostrado, no percentual de 50% (cinquenta por cento) sobre o seu salário nominal mais reflexo em aviso prévio, descanso semanal remunerado, 13º salário, férias e deposito do FGTS e multa de 40%.
DO ADICIONAL NOTURNO
 A reclamante, desde quando foi contratada pela Empresa Malharia Fina, nunca recebeu o adicional noturno a qual seu direito está previsto no Artigo 7º do Capítulo II da Constituição Federal de 1988, "Dos Direitos Sociais", o qual diz o seguinte: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (inciso IX) - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno".
 Também está previsto no Artigo 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), "Do Trabalho Noturno", o qual determina que " o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna".
 A CLT estipula ainda que a hora do trabalho noturno deve ser computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos, uma redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora diurna, que é de 60 minutos. Marina sempre trabalhou 50(cinquenta) minutos no horário noturno, e até o momento de sua demissão e nem após ela, nunca recebeu. 
DO NÃO RECEBIMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 A reclamante foi demitida imotivadamente sem a concessão de aviso prévio em 10 de janeiro de 2018, e até a presente data não recebeu as verbas rescisórias devidas. Estabelece o art. 477, § 6°, alínea b, da CLT que não havendo aviso prévio pagamento das verbas rescisórias deverá ser efeituado até o 10° dia contando da data de notificação da demissão. Nesta linha, não sendo observado o prazo estipulado o § 8° do mesmo dispositivo legal determinado que o empregador deverá pagar uma multa equivalente ao valor do salário do obreiro. Dessa forma como disposto no art. 477, §° da CLT a reclamante requer o pagamento a multa disposta no artigo citado.
DAS FÉRIAS
DAS FÉRIAS VENCIDAS EM DOBRO + 1/3 CONSTITUCIONAL
 A reclamante tem direito a receber férias dobradas, referentes aos anos de 2016 e 2017, férias estas que, não foram gozadas pela reclamante, nos termos dos artigos 134 e 137, da CLT, acrescidas do 1/3 constitucional também pago em dobro, de acordo com orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (OJ 386 da SDI-I, do TST).
DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL 
 A Reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, referente ao período de 01 de setembro de 2017 a 10 de janeiro de 2018, nos termos do art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7°, XVII da constituição, acrescido do 1/3 constitucional.
DO 13° SALÁRIO (ANO 2017)
 De acordo com os § 1° e 2°do art. 1° da lei n° 4090/62, o empregado faz jus a 1/12 (um doze avos) de remuneração por mês trabalhados, sendo que a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será considerado como mês integral. Nos termos do art. 3° da referida lei, caso ocorra rescisão sem justa causa do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida, nos parágrafos mencionados, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão.
 A reclamante faz jus ao recebimento do 13° salário, de forma integral, referente ao ano de 2017, o qual não foi efetuado.
DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
 Observa-se a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, sendo assim, a Reclamante tem direito ao aviso prévio indenizado, nos termos do §1° do art. 487, da CLT, que estabelece que a inobservância do aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período, integra-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.
 Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a 39 dias de tempo de serviço (consoante art. 10, §1° da Lei 12506/11) contados a partir de 01 de setembro de 2014.
DO FGTS E APLICAÇÃO DA MULTA DA LEI N° 8.036/90
 Segundo a Lei n° 8036/90, art. 18, ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo da cominação legal.
 A reclamada nunca efetuou os depósitos referentes ao contrato de trabalho da Reclamante, devendo ser pago todo o valor correspondente, sem prejuízo de outras sanções. Na mesma análise, é devido à Reclamante o pagamento de uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, em razão da dispensa sem justa causa, nos termos do § 1° do art. 18, da referida Lei, ser depositado. 
DA MULTA DO ART. 477, § 8°, DA CLT.
 De acordo com o art. 477, da CLT, é direito do empregado receber uma indenização, baseada na sua maior remuneração na mesma empresa, quando seu contratonão tenha prazo determinado e que este não tenha dado causa à rescisão contratual, aspectos que se encaixam na situação da Reclamante, fazendo está jus à respectiva multa, no valor do salário.
2.9 DO SEGURO-DESEMPREGO
 O Seguro-desemprego é um benefício assegurando constitucionalmente (art. 7º, da CF/88) e tem por objetivo auxiliar temporariamente o trabalhador, dispensado de forma involuntária, na sua subsistência e de sua família, auxiliando-o na reinserção ao mercado de trabalho.
 A reclamante faz jus a libração das guias do seguro-desemprego, visto a forma foi rescindido o seu contrato de trabalho.
DOS HORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 O advogado é essencial na administração da justiça, nos termos do art. 133, da CF/88, pois representa o “caminho” do empregado, muitas vezes leigo nos seus direitos, a buscar, no acesso jurisdicional, a satisfação de sua tutela. Sendo assim, busca-se o deferimento de honorários sucumbências ao advogado, inclusive ao advogado particular, com base no art. 769, da CLT, e no art. 85, do CPC/15
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a reclamante;
Seja a reclamada condenada ao pagamento das horas extraordinárias laboradas, bem como de seus refluxos em aviso-prévio, descanso semanal remunerado, 13° salário, férias e deposito do FGTS e multa de 40%...............................................................R$ 2,090,37;
Seja a reclamada condenada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias:
Aviso-prévio................................................................................................................R$ 1.240,20;
Férias vencidas + 1/3 cnstitucional...............................................................................R$ 2.544,00;
Férias simples e proporcionais + 1/3 constitucional ....................................................R$ 424,00;
Adicional Noturno....................................................................................................... R$ 420,00;
13° salário integral e proporcional............................................................................... R$ 1.285,02;
Multa de 40% sobre os depósitos do FGTS..................................................................R$ 1.302, 52;
Entrega das guias para levantamento do FGTS............................................................a apurar;
Entrega da guia de seguro desemprego ou indenização substitutiva, nos termos da Súmula 389 TST...............................................................................................................................a apurar;
Pagamento de multa prevista no art. 477, §8°, da CLT..................................R$ 954,00
Aplicação da multa do art. 467 da CLT..........................................................a apurar;
Os benefícios da justiça gratuita, por ser a reclamante pessoa pobre na acepção jurídica do termo;
Pagar honorários advocatícios no patamar de 15% sobre a condenação;
DOS REQUERIMENTOS 
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, especialmente através de perícia.
Requer, ainda, a notificação postal da reclamada para, em querendo, apresentar defesa, ou sofrer os efeitos da revelia e confissão.
Requer, por fim, sejam julgados totalmente procedentes os pedidos, condenada a reclamada à integralidade, além de suportar as custas e demais ônus advindos do processo.
Dá-se à causa o valor de R$ 10.259,94
Nestes Termos,
Pede Deferimentos.
São Paulo/SP__de________de 2018
Nome do Advogado
OAB/N°

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