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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
Helaine de Almeida Sathler, 594948, 2014/02
Sueli dos Santos Lima Finger, 265965, 2014/02
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
CURITIBA
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
Helaine de Almeida Sathler, 594948, 2014/02
Sueli dos Santos Lima Finger, 265965, 2014/02
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
Relatório de Estágio Supervisionado – EJA Educação de Jovens e Adultos, apresentado à UTA Educação e Trabalho, Fase I, no curso de Licenciatura em Pedagogia.	
 Tutora Local: Maria de
 Lourdes Gribner
 Centro Associado: Polo Sítio Cercado-Curitiba-PR
CURITIBA
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
2.1 HISTÓRIA DA EJA NO BRASIL...........................................................................5
2.2 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E EJA NO BRASIL............................................7
2.3 EJA: FORMAÇÃO E PRATICA DO EDUCADOR...............................................10
2.4 EXPERIENCIAS DE EJA NO BRASIL................................................................12
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................14
REFERÊNCIAS .........................................................................................................15
ANEXOS
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INTRODUÇÃO
 
Com base no livro Educação de Jovens e Adultos, escrito por Maria Antônia de Souza, com o objetivo de nos auxiliar na compreensão do que é a educação brasileira, nos voltamos para entender a trajetória, especificadamente, da Educação de Jovens e Adultos, que se destina a pessoas analfabetas ou que não concluíram a educação básica.
Observaremos que na formação de professores para a modalidade EJA é necessário que haja ampliação de carga horária, com o intuito de transmitir saberes pedagógicos que tornam teoria e prática em transformação do que existe e não apenas “fazer por fazer”.
Temos a tarefa de compreender os caminhos da EJA no Brasil, bem como sua legislação educacional e as diretrizes curriculares, com o intuito de analisarmos a realidade brasileira em relação aos jovens e adultos, analfabetos ou com escolaridade incompleta.
Constataremos que os sujeitos da EJA na atualidade são: trabalhadores, aposentados, jovens empregados ou em busca do primeiro emprego. 
Politicamente, como país taxado de subdesenvolvido, durante muito tempo, a EJA serviu para erradicar o analfabetismo.
Vamos nos deparar com as condições sociais e a desigualdade social, as frágeis políticas educacionais, entre outros fatores, que contribuem para a existência de analfabetos, de pessoas com baixa escolaridade, e com a existência de projetos e programas de EJA.
A prática educativa e os conteúdos escolares precisam ultrapassar os limites tradicionais. É preciso levar em consideração as experiências e expectativas do cotidiano. Vemos a busca por melhora de emprego, de posição social. 
Todos têm direito ao conhecimento, todos podem aprender. A interação entre os sujeitos, o diálogo em sala de aula, o reconhecimento do ambiente de convívio do educando, são fundamentais para que aconteça a aprendizagem dirigida com intencionalidade.
A educação é o maior e melhor instrumento gestor de mudança, através dela o homem consegue compreender melhor a si mesmo e ao mundo em que vive.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 HISTÓRIA DA EJA NO BRASIL
O contexto social, político e econômico está presente na história da EJA no Brasil por meio de programas e campanhas governamentais. Interesses políticos que sem levar em consideração a realidade desse aluno acaba aumentando a desigualdade social.
Infelizmente, diante da pobreza, muitos jovens inserem-se no trabalho e acabam por repetir ou mesmo desistir da escola. Com isso a marginalização, a exclusão de deveres civis como o direito de votar, aparece em nossa história brasileira. 
Segundo Paiva (1987, p.85), “o censo de 1890 informava a existência de 85,21% de iletrados em toda população”. Motivo de vergonha nacional. A educação de jovens e adultos se desenvolveu de forma precária. No final do período imperial vários projetos de reforma foram apresentados, entre eles, em 1882, estava o parecer-projeto de Rui Barbosa, que argumentava a existência de um programas de defesa contra a ignorância popular, a obrigatoriedade escolar dos 5 aos 15 anos, a reorganização do ensino, fundação de escolas normais e financiamento da educação.
Ao longo do século XX a educação popular recebeu maior valorização e nos meados deste século que a educação de adultos teve teve maior valorização política e social.
Em 1942 surge o FNEP com a tarefa de educar os adultos, objetivando a difusão cultural às classes trabalhadoras.
Foi criada em 1947 a primeira Campanha de Educação de Adultos (CEA) e extinta em 1963. Segundo Paiva a “orientação do programa, é nitidamente ruralista”, embora houvesse uniformidade no material didático para todo páis, tanto para o meio rural quanto para o urbano.
A partir da segunda metade do século XX houve maior procura da escola pela população, houve criação de programas que incentivavam o ingresso das crianças na escola, houve queda no número de analfabetos e aumento de programas de educação de jovens e adultos.
Em 1952 emergiu o CNER Campanha Nacional de Educação Rural e o Serviço Social Rural. Em 1957 surgiu o Sistema de Rádio Educativo Nacional 
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(Sirena), como parte da CEA. Período este em que, os moradores rurais, na busca por melhores condições, saíam do campo em direção às cidades. 
Muitos congressos passam a acontecer com a finalidade de discutir a Educação de Jovens e Adultos-EJA, e encontrar soluções, conforme destacou Paulo Freire, a busca de novas diretrizes com finalidade de erradicar os problemas sociais que geravam o analfabetismo, trazendo a preocupação de ensinar “com” o homem, e não “para” o homem.
Em 1950, no final, surgiu a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA). A partir de 1960 o Movimento de Educação de Base (MEB) passou a atuar na educação de jovens e adultos.
Em 1964, com a Ditadura Militar, as experiências de educação de adultos com caráter de emancipação e conscientização política sofreram repressões e foram extintas. Em 1967, surgiu o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), com independência institucional e financeira. Durou até 1985. Foi substituído pela Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos. Extinta em 1990, pelo governo Collor. Em 2000 as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos foram aprovadas.
O índice de analfabetismo tem diminuido, mas, é preocupante o número de pessoas com escolaridade que tem dificuldades para interpretar o que vê, o que lê, são analfabetos funcionais. 
A repetência e a desistência escolar tem contribuido para que a EJA continue sendo uma modalidade educacional que oferece uma chance para conclusão da educação básica aos que não conseguiram na idade regular.7 
2.2 LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL E EJA NO BRASIL
Veremos o que está exposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos e as metas estabelecidas para essa modalidade de Ensino.
A constituição de 1.824 tratava de princípios gerais sobre instrução primária gratuita a todos cidadãos, com referências genéricas a respeito de colégios e universidades que ministravam Ciências, Belas Artes e Letras. Em 1.834, mesmo com o fortalecimento das assembléias provinciais para legislarem sobre a instrução pública, ou ainda as reformas Couto Ferraz (1.854) e Leôncio Correia (1.879), poucas mudanças ocorreram na estrutura educacional durante o Império.
A Constituição de 1.891 facultou, em seus artigos, atribuições aos Estados brasileiros para que organizassem seus sistemas educacionais, dentro das normas constitucionais previstas, cabendo à União poderes específicos para legislar sobre a organização municipal do Distrito Federal, bem como, sobre o ensino superior. Ao Congresso foi atribuído, mas não privativamente, a criação de instituições de ensino secundário nos Estados e a competência de prover sobre a instrução secundária no Distrito Federal. 
A Constituição de 1.934 acolheu no capítulo V "Da família, da educação e da cultura" - o inciso II, destinado a regular especificamente a educação, considerada direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos. A Constituição de 34 estabeleceu a competência da União para entre outras atribuições, fixar o plano nacional de educação, abrangendo todos os graus e ramos, comuns e especializados, com poderes de coordenar, fiscalizar, exercer ação supletiva onde fosse necessário e estimular a atividade educacional em todo o país. A Constituição de 1.937, inspirada em princípios centralizadores, restringiu a autonomia dos Estados, dando ênfase ao ensino pré-vocacional e ao profissional, considerando, em matéria de educação, o primeiro dever do Estado, sobretudo, às classes menos favorecidas. O Ministério da Educação e Saúde expandiu-se, criando o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), por meio do qual firmava convênios para auxiliar os estados, no campo do ensino primário, integrado, em 1.942, ao Fundo Nacional do Ensino Primário. 
A Constituição de 1.946 deu competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, mantendo o capítulo da educação e da 
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cultura, referido na Constituição de 1.934. Os Estados voltam a ter maior autonomia para organizar seus sistemas educacionais, mantendo os dispositivos sobre o ensino primário obrigatório, oficial e gratuito. 
A Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1.961, criada com base em dispositivo constitucional, que regula a competência da União, entendeu que a função de legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional deveria constar de um texto legal único. Assim, o poder executivo, em 1.948, encaminhou ao Congresso Projeto de Lei que originou muitos debates entre diferentes correntes educacionais, resultando na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 4.024/61, a primeira a tratar especificamente da educação nacional, após 15 anos da promulgação da Constituição de 1.946.
O Mobral foi criado em 1967 e extinto em novembro de 1985 pelo Decreto no. 91.980. A Constituição de 1.967, com as alterações da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, manteve a atribuição da União de legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Assim, em 1.971, o Congresso Nacional propõe alterações no ensino de 1º e 2º graus e à LDB vigente, nº 4.024/61.
Lei 5.692/71 de 11 de agosto de 1.971. As alterações propostas têm início em maio de 1.971, na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, onde numeroso grupo representante de diferentes estâncias educacionais de todo o Brasil, é convidado pelo então Ministro Jarbas Passarinho do Ministério da Educação e Cultura, a participar do "Curso de Especialização sobre o ensino de 1º e ª 2º graus", com a finalidade de se elaborar o ante-projeto da lei de reforma do ensino, a qual redundou na Lei 5.692/71, também conhecida como "Reforma Passarinho".
A Constituição de 1.988, por sua natureza, exigiu uma nova lei para a educação, já dimensionada no substitutivo de autoria do Senador Darcy Ribeiro, com a colaboração do Senador Marco Maciel, dando origem ao projeto da atual LDB nº 9.394/96.
A Lei 9.394/96 considerada "uma prova de maturidade" no dizer do Presidente Fernando Henrique Cardoso, e uma revolução na educação brasileira, após de janeiro de 25 anos de vigência da 5.692/71, a LDB busca o pleno desenvolvimento da pessoa humana e suas inovações caracterizam um projeto para a educação, que visa a mobilizar toda a sociedade brasileira acompanhada de uma 
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clara vontade política de mudar. Na discussão do projeto de lei no Senado, até chegar aos 91 artigos aprovados, defendeu-se ardorosamenteo fortalecimento da descentralização e a democratização do espaço escolar.
No PNE (Plano Nacional de Educação), aprovado pela Lei no. 10.172 de 9 de janeiro de 2001, que é uma exigência da Constituição da República Confederativa do Brasil de 1988, há metas estabelecidas a respeito do EJA como: Programas visando alfabetizar 10 milhões de jovens e adultos, em cinco anos e, até o final da década, erradicar o analfabetismo; em cinco anos, assegurar a oferta de educação de jovens e adultos equivalentes às quatro séries iniciais do ensino fundamental para 50% da população de 15 anos e mais que não tenha atingido este nível de escolaridade; assegurar, até o final da década, a oferta de cursos equivalentes às quatro séries finais do ensino fundamental pra toda a população de 15 anos e mais que conclui as quatro séries iniciais; estabelecer programa nacional, para assegurar que as escolas públicas de ensino fundamental e médio localizadas em áreas caracterizadas por analfabetismo e baixa escolaridade ofereçam programas de alfabetização e de ensino e exames para jovens e adutos, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais.
As diretrizes são norteadores de um processo educacional nacional, que possue flexibilidade para atender as especificidades de cada região brasileira.
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2.3 EJA: FORMAÇÃO E PRATICA DO EDUCADOR
A formação é um processo essencial à prática EJA. O educador tem diante de si um universo riquíssimo de experiências e vidas, mas, ele sabe que lida com os chamados excluídos, desfavorecidos. E, espera-se, do educador, que possa fazer com que aquelas pessoas aprendam a ler, escrever e comunicar-se com o mundo em movimento e se constitua em um agente de transformação social.
Falta uma formação aprofundada para os educadores neste campo específico, aliada a outros embasamentos que permitam compreender a complexidade da relação e interação humana como suscetível a variações do ambiente social e físico no qual as pessoas vivem. Este era o sentido na filosofia de Paulo Freire, do homem "ler o mundo e, ao poder lê-lo, recriá-lo" de acordo com as suas necessidades básicas e históricas e de acordo com a sua vida. Novamente, aqui, sobressai a indagação sobre o quanto este conhecimento, experiência e prática tem estado presente no processo de construção dos educadores neste campo de atuação.
Para Barreto e Barreto (2005, p. 80-82), há quatro equívocos relacionados à formação do professor de EJA: 1) a formação pode tudo: “as pessoas não são instrumentos que podem ser usados para qualquer tarefa através de um processo de formação”; 2) a formação antecede a ação: “a formação é uma prática de conhecimento e todo conhecimento nase com uma pergunta... é necessário um processo de formaçãopermanente”; 3) separação entre a teoria e a prática: “a ação mais simples que possamos imaginar não poderá ser executada por quem não tenha um mínimo de teoria sobre esta ação”; 4) trabalhar o discurso e não a prática: “aderir ao discurso da da moda ou do poder pode trazer compensações e rejeitá-lo pode trazer complicações”.
De acordo com Barreto e Barreto (2005), é fundamental que o alfabetizador utilize os cinco instrumentos metodológicos principais: observação e registro, análise da prática, estudo, avaliação e planejamento.
A formação do educador, nos dias atuais, vem sendo potencializada por meio de processos de formação continuada. 
O educador da EJA, com referência às reflexões de Freire, deve tomar posse de alguns saberes e atitudes, que, são essenciais à sua pratica: a) assumir-se como profissional libertador, ter postura crítica em relação aos recursos utilizados na aula; 
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b) ter papel diretivo no processo educativo, como articulador de um estudo sério para propiciar interesse por parte dos educando; c) colocar-se na posição de quem busca superar-se constantemente, ter atitude para ir além do simples fazer mecânico,ser criativo; d) fazer do ato educativo um ato de conhecimento, é preciso ter dúvida e ir em busca da resolução, de mais conhecimento, de construção de respostas; e) colocar-se em constante processo de formação, participar de cursos de capacitação, especialização; f) trabalhar com a indissociabilidade entre teoria e prática mediante reflexão crítica sobre a prática, analisar, aprimorar, construir uma noca prática; g) respeitar o educando e a si próprio como sujeito do conhecimento, pensante e criativo.
Enfim, educador em constante processo de formação acompanhará as mudanças do seu tempo e poderá indagar os conhecimentos com os quais trabalha. O educador deve adotar uma postura de investigador com os educandos afim de promover uma educação emancipatória.
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2.4 EXPERIENCIAS DE EJA NO BRASIL
Muitos programas e projetos foram surgindo no decorrer das décadas. É hora de analisarmos, questionarmos a abrangência social de tais ações, programas e projetos, pois, pouco alteram a estrutura das relações sociais; alteram os indices de escolaridade, não a situação de acesso ao conhecimento que emancipa a classe trabalhadora.
O Programa Brasil Alfabetizado é de iniciativa governamental elaborada em 2003, voltado à ampliação da escolaridade no país, cujo alfabetizador, em busca de valorização, é o “educador Bolsista”.
O Programa Alfabetização Solidária teve início em 1997, com o objetivo de reduzir os altos índices de analfabetismo. Até o final de 2004, cerca de cinco milhões de jovens e adultos haviam sido atendidos por esse programa.
O Projeto Grandes Centros Urbanos foi lançado em 1999 em São Paulo e Rio de Janeiro, com o objetivo de atender a população acima de 15 anos, excluída das políticas públicas educacionais.
O Projeto Alfabetização nas Empresas tem como objetivo atender profissionais direta ou indiretamente ligados a empresa, para proporcionar autoestima dos funcionários e maior participação nos meios sociais.
O Programa Fortalecendo a EJA , oferece capacitação de professores dessa modalidade de ensino, preocupando-se com a formação continuada dos educadores.
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), criado em 1998, com o objetivo de “fortalecer a educação nos assentamentos de reforma agrária”, tendo como apoio o compromisso de diversas universidades no Brasil.
Projovem Campo – Saberes da Terra, programa voltado para a juventude do campo, com o objetivo de contribuir para a formação integral do jovem do campo. Implantado em 2005 e em 2008 com a participação de cerca de 19 universidades públicas desenvolvendo 19 projetos, em 19 estados brasileiros.
Projovem Integrado, lançado em 2007, conforme expresso na Lei no. 11.692, de 10 de junho de 2008, com quatro modalidades, a sabe: Projovem Adolescente, Projovem Urbano, Projovem Campo e Projovem Trabalhador. Proeja – Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Basica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, estabelecido
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pelo Decreto no. 5.478 de 2005, substituido pelo Decreto no. 5.840 de 2006.
Mova – Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, iniciou-se em SP em 1990, e foi extinto em 1993. Exemplo de parceria entre a sociedade civil e o Estado.
Educação de Jovens e Adultos no MST, exige a busca das raízes da educação no próprio movimento, pois, os conceitos e dimensões sociais, terra e trabalho, estão agregados.
Infelizmente, para todos esses projetos e programas as rupturas ou descontinuidade, prejudicaram seus funcionamentos.
Há muito por fazer nessa modalidade de ensino.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Entendemos que é muito importante que o homem esteja alfabetizado, atualizado, pronto para encarar as exigências de um mundo moderno, tecnológicamente avançado. 
Ao refletirmos sobre o relatório da Unesco, divulgado em 29 de janeiro de 2014, onde o Brasil é apontado em 8º. lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos, nos entristecemos com a realidade de que o poder público pouco tem investido na educação de adultos. Além disso, o país enfrenta muitos problemas como a pobreza, mortalidade infantil, controle do crescimento populacional, desenvolvimento sustentável, entre outros, que o impede de alcançar o objetivo de educação para todos.
É fato que a qualidade da educação melhora quando os professores são apoiados. É fato que o professor faz diferença quando ele é conhecedor da realidade de seus educandos, quando é treinado para dar apoio aos alunos que apresentam maior dificuldade, quando recebem incentivos que os encoragem a permanecer na profissão.
Professores/educadores que trabalham com a educação de jovens e adultos não tem formação adequada para esta modalidade de ensino. Machado (2000), alerta que a formação recebida pelos professores, normalmente por meio de treinamentos e cursos aligeirados, é insuficiente para atender às demandas da Educação de Jovens e Adultos. Segundo os dados do INEP de 2002, das 519 Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras que ofertam o curso de Pedagogia e que foram avaliadas pelo Exame Nacional de Cursos, apenas 9 (1,74%) oferecem a habilitação de EJA: 3 na região Sul, 3 na Sudeste e 3 na região Nordeste (MEC/INEP, 2002). Os dados de 2005 revelam que houve aumento, ainda que pouco expressivo, do número de instituições que oferecem a habilitação de EJA para os cursos de Pedagogia: das 612 contabilizadas, 15 oferecem a habilitação (2,45%) e, dos 1698 cursos, há 27 ofertando essa formação específica (1,59%).
A educação é um ato de conhecimento. A sociedade brasileira precisa avaliar os impactos qualitativos das experiências existentes em cada canto do país, considerando a realidade vivida, para então permitir criar e agir.
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REFERÊNCIAS 
Freitas Giuliano, EJA Preparo para o Trabalho, Graduado em Pedagogia, Equipe Brasil Escola http://www.brasilescola.com/educacao/a-eja-preparo-para-trabalho.htm
http://educacaointegral.org.br/noticias/desvendando-pne-educacao-de-jovens-adultos-e-mais-um-capitulo-da-divida-social-pais/
Souza, Maria Antonia de, Educação de Jovens e Adultos, Curitiba, PR, Ed. Intersaberes 2012.

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