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CENTRO DE TREINAMENTO SENAI/VOITH CURSO TÉCNICO MECANICO DE MANUTENÇAO – GRUPO C RELATÓRIO DE ESPORTES OLIMPICOS Esgrima SÃO PAULO, 2015. CENTRO DE TREINAMENTO SENAI/VOITH CURSO TECNICO MECANICO DE MANUTENÇAO – GRUPO C RELATÓRIO DE ESPORTES OLÍMPICOS Esgrima SAO PAULO, 2015. Relatório de esportes olímpicos apresentado ao Curso Técnico Mecânico para obtenção de nota parcial em condicionamento físico, com a orientação dos docentes André Keri e Suelen. BANCA EXAMINADORA EQUIPE TECNICA Benjamim Sebastian de Oliveira Santos Gustavo Antunes Borges Jhonatan da Cruz Aguiar Lucas Freiria de Quadros Peres Marcelo Noquele Ribeiro Marx Emiliano Gomes da Silva EPIGRAFE “Não importa a intensidade do seu sofrimento e sim o quanto ele contribui para seu objetivo.” Autor Desconhecido AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente ao nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ajudou e nos fortaleceu em todo o tempo com paciência, e mesmo com todas nossas falhas e intolerâncias não levando em conta nossas ignorâncias e nos dando sabedoria, e a todos aqueles que fizeram parte direta e indiretamente para a conclusão deste trabalho. Queremos agradecer aos docentes, André Keri, Caroline Torres e Suelen, por nos instruírem durante todo este tempo, buscando informações e meios para nos auxiliar em todos os aspectos. RESUMO Entende-se por esgrima como o combate em que são utilizadas armas brancas para atacar e defender-se. Inicialmente, era utilizado para caça e sobrevivência. Entretanto, com a evolução das armas e da humanidade, passou a se tornar arma de combate, sendo abolida somente com o surgimento das armas de fogo. Atualmente, existe apenas a esgrima esportiva, sendo esta dividida em três diferentes tipos de armas, a saber: espada, florete e sabre, representando os antigos armamentos utilizados em combate e treino. Cada arma da esgrima possui sua regra, zona de pontuação e forma de toque, sendo que, na espada e no florete, o toque só pode ser de ponta e, no sabre, com a ponta, o corte e o contra corte. A pista de esgrima possui 14 metros de comprimento e dois metros de largura; os pontos são indicados por duas lâmpadas que existem no aparelho marcador de toques, uma verde e outra vermelha, acendendo sempre do lado do atleta que realizou o toque, fazendo com que este receba um ponto. Atualmente, as competições de esgrima são disputadas em duas fases: uma classificatória, onde os atletas são divididos em grupos e todos do grupo jogam entre si até um deles marcar cinco toques, no tempo máximo de três minutos; e uma eliminatória, que é disputada até quinze pontos, em três tempos de três minutos, com um minuto de repouso entre eles. Palavras-chave: esgrima, atleta, armas, combate e esportiva. ABSTRACT Means for fencing as the fight in which knives are used to attack and defend. Initially, it was used for hunting and survival. However, with the evolution of weapons and humanity, he went on to become combat weapon, eliminated only with the appearance of firearms. Currently, there is only sport fencing, which is divided into three different types of weapons, namely: sword, foil and saber, representing the old weapons used in combat and training. Each fencing weapon has its rule, scoring zone and form of touch, and, on the sword and rapier, the touch can only be cutting edge and in the saber with the tip, cutting and against cutting. The fencing floor has 14 meters long and two meters wide; the points are indicated by two lamps that are on the marker player touches, one green and the other red, where side lighting athlete who performed the touch, making it receives a point. Currently, the fencing competitions are held in two phases: a league where athletes are divided into groups and every group play each other until one of them score five touches a maximum time of three minutes; and a round, which is played to fifteen points, three times three minutes with one minute of rest in between. Keywords: fencing, athlete, weapons, combat and sport. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11 HISTÓRIA ............................................................................................................................ 12 1. Antiguidade à Alta Idade Média - Antes de 1350 ....................................................... 12 2. Baixa Idade Média - 1350 a 1500 .............................................................................. 12 2.1 escola alemã ...................................................................................................... 12 2.2 A escola italiana ................................................................................................. 13 3. Começo do período moderno - 1500 a 1700 ............................................................. 13 4. Período moderno - 1700 a 1918 ................................................................................ 14 MATERIAIS ......................................................................................................................... 16 1. Armas usadas na competição ................................................................................... 16 1.1 Florete ................................................................................................................ 16 1.2 Espada ............................................................................................................... 16 1.3 Sabre ................................................................................................................. 17 2. Pista e roupa ............................................................................................................. 17 2.1 Pista ................................................................................................................... 17 2.2 ROUPAS ............................................................................................................ 18 REGRAS GERAIS ............................................................................................................... 20 PRINCIPAIS MEDALHISTAS .............................................................................................. 24 1. Países ....................................................................................................................... 24 2. Medalhista ................................................................................................................. 25 CURIOSIDADES ................................................................................................................. 27 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 29 INDICE DE FIGURAS Figura 1: Pictograma esgrima ................................................................................... 11 Figura 2 De cima para baixo: florete, espada e sabre. .............................................. 17 Figura 3: Pista de esgrima: C linha central, G linha de guarda, D zona de dois metros (ou signales), R zona de recuo (saída de pista). ....................................................... 18 Figura 4: 1 - Jaqueta; 2 - Luvas; 3 - Fios eléctricos; 4 - Armas; 5 - Calça; 6 - Máscara; 7 - Plastrom. ..............................................................................................19 Figura 7: Superfície válida no florete: torso, e uma parte da barbela da máscara 1.5– 2 cm abaixo do pescoço. (Note que a CBE não inclui a porção da barbela como superfície válida no Brasil.) ....................................................................................... 20 Figura 8: Superfície válida na espada: o corpo inteiro. ............................................. 21 Figura 9: Superfície válida no sabre: tudo acima da cintura, exceto mãos e nuca. ... 22 Figura 10: Países maiores medalhistas .................................................................... 24 Figura 11: Edoardo Mangiarotti ................................................................................. 26 11 INTRODUÇÃO A esgrima (do antigo provençal esgrima do vocábulo germânico skirmjan, "proteger") é um desporto que evoluiu da antiga forma de combate, em que o objetivo é tocar o adversário com uma lâmina ao mesmo tempo em que se evita ser tocado por ele. Existem três disciplinas de esgrima: o florete, a espada e o sabre, diferindo não só no formato da lâmina, mas também nas zonas do corpo onde um toque é válido e também como as armas funcionam. Figura 1: Pictograma esgrima Fonte: Comitê olímpico 12 HISTÓRIA A história da esgrima em si tem uma origem de pelo menos, três mil anos. Pinturas egípcias e gregas mostram guerreiros empunhando espadas. A Bíblia também se refere a muitas espadas ao longo dos dois testamentos. Um templo japonês construído em 1170 a.C. mostrava alguns guerreiros semidespidos empunhando armas pontiagudas com bicos de proteção. A esgrima nessa época era muito mais que um simples desporto — era uma maneira de combater, e como tal não havia nenhuma regra precisa; porém, surge a preocupação com a técnica para aplicar e defender-se dos golpes. Em Roma, existiam escolas de gladiadores onde se formavam os doctore armarum, especialistas na arte de combater com armas brancas para entreter o público. Na Idade Média, a esgrima se diversificou devido aos vários formatos de espadas e sabres existentes. 1. Antiguidade à Alta Idade Média - Antes de 1350 Não se sabe da existência de nenhum manual de esgrima anterior à Baixa Idade Média (exceto por algumas instruções de luta grega, (veja P.Oxy. III 466)), embora a literatura Antiga e Medieval (Sagas Vikings e Contos Alemães) menciona feitos e acontecimentos militares; além de arte do período, mostra combates e armamentos (Tapeçaria de Bayeux, a Bíblia Morgan). Alguns pesquisadores tentaram reconstruir antigos métodos de lutas como o Pancrácio e técnicas de combate dos gladiadores usando como referência estas fontes e testes práticos, embora estas recriações sejam mais especulativas do que baseadas em instruções reais. 2. Baixa Idade Média - 1350 a 1500 2.1 escola alemã A figura central das artes marciais medievais na Alemanha é Johannes Liechtenauer. Pai da esgrima alemã, Liechtenauer nasceu provavelmente no 13 começo do século XIV, possivelmente em Lichtenau, Mittelfranken (Francônia). O que se sabe sobre ele, junto com seus ensinamentos, está preservado no Manuscrito 3227a e nos vários manuais dos seus alunos e sucessores. De acordo com esse manuscrito, Liechtenauer era um grande mestre que viajou por muitas terras para aprender sua arte. Nos manuscritos do século posterior, a Sociedade Liechtenauer (Gesellschaft Liechtenauers) é conhecida como um grupo de mestres de esgrima que se consideravam discípulos de Liechtenauer, que detinham seus ensinamentos. 2.2 A escola italiana O primeiro manuscrito em língua italiana de que se tem notícia é o manuscrito Flos Duellatorum de Fiore dei Liberi, encomendado pelo Marquês de Ferrara por volta de 1410. Neste manual, ele documentou técnicas que envolvem combate corpo-a-corpo, adaga, espada de uma mão, espada longa, lanças e alabardas, combate com e sem armadura. A esgrima italiana com armas medievais ainda é representada por Filippo Vadi (1482–1487). 3. Começo do período moderno - 1500 a 1700 No século XVI, muitas técnicas dos antigos manuscritos foram reimpressas com as técnicas modernas de impressão, notadamente por Paulus Hector Mair (por volta de 1540) e Joachim Meyer (por volta de 1570). Neste século a esgrima alemã tendeu-se ao enfoque esportivo da arte. Os tratados de Paulus Hector Mair e Joachim Meyer descendem dos ensinamentos dos séculos anteriores na tradição de Liechtenauer, mas com novas e distintas características. O manuscrito de Jacob Sutor (1612) é um dos últimos da tradição alemã. A escola italiana é representada pela Escola Dardi, com mestres como Antonio Manciolino e Achille Marozzo. No final do século XVI, a rapieira italiana ganha muita popularidade em toda a Europa, principalmente com o manual de Salvator Fabris (1606). Antonio Manciolino (1531) (italiano) 14 Achille Marozzo (1536) (italiano) Angelo Viggiani (1551) (italiano) Camillo Agrippa (1553) (italiano) Diogo Gomes de Figueiredo (1682) (português) Jerónimo Sánchez de Carranza (1569) (espanhol) Giacomo Di Grassi (1570) (italiano) Giovanni Dall’Agocchie (1572) (italiano) Henry de Sainct-Didier (1573) (francês) Frederico Ghisliero (1587) (italiano) Vincentio Saviolo (1590) (italiano) George Silver (1599) (inglês) Luis Pacheco de Narváez (1600) (espanhol) Salvator Fabris (1606) (italiano) Nicoletto Giganti (1606) (italiano) Ridolfo Capoferro (1610) (italiano) Joseph Swetnam (1617) (inglês) Francesco Antonio Marcelli (1686) (italiano) Bondi' di Mazo (1696) (italiano) 4. Período moderno - 1700 a 1918 Desde os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna (1896) a esgrima faz parte das modalidades olímpicas, sendo uma das quatro modalidades que fazem parte dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição. As disputas masculinas começaram nas olimpíadas com o florete e o sabre em 1896. A espada foi introduzida nas disputas masculinas nos Jogos Olímpicos de 1900. Em 1924 as mulheres começaram a participar dos jogos olímpicos, mas somente na modalidade de florete individual, e até 1992 as mulheres continuaram a jogar somente na modalidade do florete. A partir de 1996 elas começaram a competir nas olimpíadas na modalidade da espada também. E a partir de 2004 elas começaram a competir nos jogos olímpicos com o sabre. 15 Apesar do termo "luta de esgrima" ser frequentemente usado, no esgrimir nunca se tem uma "luta de esgrima" ou "luta esgrima", mas sim "joga esgrima", pois a esgrima é um esporte. 16 MATERIAIS 1. Armas usadas na competição 1.1 Florete O florete é a arma mais comum entre os esgrimistas por ser uma arma de lâmina mais flexível e mais leve do que a espada e que se joga com mais delicadeza no toque, no torso somente. Esta também era a única arma tradicionalmente que as mulheres usavam em muitas competições. É uma arma boa para o início da aprendizagem. Exige postura, agilidade, equilíbrio e flexibilidade além de um agudo senso de tempo de reação que caracteriza todos os esgrimistas fascinados por este desporto. Medindo uns 90 centímetros com lâmina, a arma inclui o copo (ou casoleta, em italiano) e pega (as partes pelas quais o esgrimista protege e segura à arma, respectivamente) são menores do que na espada (que protege a mão toda — zona válida, na espada), e no sabre (que tem proteção adicional para o braço) facilitando o manejamento ágil da arma. Há a pega italiana que é simples, como um punhal de faca e a pega francesa que é similar a pega de um arpão. A lâmina de forma trapezoidal é maisflexível do que a da espada, mas não tanto quanto a do sabre. 1.2 Espada A espada por ser uma arma que pode atingir o corpo todo do adversário, deve-se jogar numa posição mais vertical assim sendo, ela é uma arma boa para jogadores mais altos especialmente aqueles que não têm tanta agilidade para se flexionarem como no florete ou no sabre. Não quer dizer que os esgrimistas ágeis não possam jogar, mas nota-se que é das três armas, a mais adequada aos indivíduos altos. Outro motivo para não se agachar muito com o jogo da espada é para não deixar o joelho muito à frente, pois poderá ser facilmente um alvo exposto. A lâmina, mais dura de todas três armas produz um toque forte e pontiagudo, principalmente quando tocado na máscara do oponente. 17 1.3 Sabre O sabre é a arma de duelo mais violento e ágil. A sua lâmina é mais flexível de todas as três. O atacante pode usar o sabre como um chicote em que a lâmina é tão flexível que nem o bloqueio do adversário poderá bloquear a parte frontal da lâmina do adversário que se dobra por cima da lâmina do defensor. O sabre exige muita rapidez e uma preparação física muito grande, pois o duelo é muito rápido considerando que o toque pode ser feito não só com a ponta, mas com a lâmina também, tanto quando o atacante ataca (corte) com a lâmina, como quando contra- ataca (contra corte) com a lâmina. Em contraste aos toques violentos da lâmina, também é comum o esgrimista ser tocado, durante um combate, e nem sentir. Figura 2 De cima para baixo: florete, espada e sabre. Fonte: Wikipédia 2. Pista e roupa 2.1 Pista A pista de esgrima tem catorze metros de comprimento, mais um metro e meio a dois metros de recuo, zonas que também podem ser utilizadas. A largura da pista é de um metro e meio a dois. A pista ideal é elevada do chão e usada com uma malha condutiva aterrada para o uso eletrônico. Se um esgrimista sair da pista lateralmente para fugir de um golpe, poderá retornar, porém deverá andar 1m para trás. Se sair pelo fundo, será dado ponto para o adversário. 18 Figura 3: Pista de esgrima: C linha central, G linha de guarda, D zona de dois metros (ou signales), R zona de recuo (saída de pista). Fonte: Wikipédia 2.2 ROUPAS As vestimentas de esgrima são tradicionalmente brancas, os esgrimistas devem usar: 1. Jaqueta; 2. Luvas; 3. Fios elétricos; 4. Armas; 5. Calça; 6. Máscara; 7. Plastrom. As mulheres usam protetores especiais para os seios. Antes do surgimento dos sensores eletrônicos, as armas eram mergulhadas em tinta para facilitar o trabalho dos juízes ou então se utilizava giz na ponta para indicar o golpe. 19 Figura 4: 1 - Jaqueta; 2 - Luvas; 3 - Fios eléctricos; 4 - Armas; 5 - Calça; 6 - Máscara; 7 - Plastrom. Fonte: Wikipédia Abaixo alguns preços de partes das vestimentas do atleta desse esporte. Figura 6: Preço de vestimentas e materiais Fonte: Tudo sobre esgrima 20 REGRAS GERAIS A etiqueta requer, em primeiro lugar, que os adversários se cumprimentem ao entrarem na pista. O movimento é feito rapidamente com as armas, antes de colocarem as máscaras. Cada esgrimista na pista cumprimenta o adversário, o árbitro e os assistentes; em seguida colocam suas máscaras. As disputas podem ser individuais ou por equipes. No florete vale tocar com a ponta da arma apenas no tronco do adversário (frente e costas) e na região ventral. Figura 5: Superfície válida no florete: torso, e uma parte da barbela da máscara 1.5–2 cm abaixo do pescoço. (Note que a CBE não inclui a porção da barbela como superfície válida no Brasil.) Fonte: Wikipédia 21 Na espada vale tocar com a ponta da arma em qualquer parte do corpo. Figura 6: Superfície válida na espada: o corpo inteiro. Fonte: Wikipédia No sabre vale tocar com a ponta e com o corte ou contra corte da lâmina da arma. A região que deve ser atingida fica da cintura para cima, incluindo braços e excluindo as mãos. 22 Figura 7: Superfície válida no sabre: tudo acima da cintura, exceto mãos e nuca. Fonte: Wikipédia No florete e no sabre, existe o chamado "direito de passagem" ou "frase d'arma". Quem começa o ataque tem prioridade de ganhar o ponto se houver toque simultâneo. Se errar o ataque ou se o adversário conseguir se defender antes da resposta, a vantagem passa para o adversário. No caso de acontecer toques simultâneos sem prioridade, ninguém pontua. Na espada, que não existe frase d'armas, em caso de toque simultâneo, ambos os adversários ganham um ponto. Se houver empate num combate de espada, é normal dar aos jogadores alguns minutos para descansar antes que se continue o combate para o toque de desempate. Em raras ocasiões, quando continua se dando a situação de empate, é possível que haja um sorteio que eleja o vencedor. Nas competições, na etapa classificatória são necessários cinco toques ou três minutos para se vencer. Na etapa eliminatória são precisos quinze toques ou nove minutos. Essas normas podem ser flexíveis dependendo do nível territorial da competição e do órgão responsável. Os esgrimistas em um combate mudo ou não elétrico (sem equipamentos eletrônicos) são observados por um árbitro e quatro auxiliares. Em duplas, estes auxiliares ficam a dois passos atrás de cada jogador, nos dois lados da pista e observam se há toque ou não no esgrimista adversário. Eventualmente, nos casos de dúvida do árbitro, os auxiliares são convocados a uma votação para verificar se 23 houve pontuação ou não. O árbitro pergunta se houve determinada situação e os árbitros podem responder "sim", "não" ou "abstenção". Se um dos jogadores perder a sua arma durante o combate, a seguinte regra se aplica: 1. Se a perda da arma ocorrer durante o mesmo movimento de ataque do adversário e este conseguir efetuar o toque no oponente desarmado, o toque será válido; mas o movimento de ataque tem que ser contíguo com o da perda d'arma do adversário. 2. Se a perda d'arma ocorrer e o adversário não conseguir terminar o ataque no mesmo movimento, a ética chama para o adversário esperar o oponente recuperar sua arma. O combate é pausado e o árbitro então resumirá o jogo assim que todos estiverem prontos ao comando de "en garde". Os esgrimistas poderão responder que estão prontos pela simples posição de combate, ou caso ao contrário podem sapatear com um pé na pista para pedir mais tempo. 24 PRINCIPAIS MEDALHISTAS 1. Países Figura 8: Países maiores medalhistas ORDEM PAÍS 1 ITA Itália 48 40 33 121 2 FRA França 41 40 34 115 3 HUN Hungria 35 22 26 83 4 URS União Soviética 18 15 16 49 5 RUS Rússia 9 4 6 19 6 FRG Alemanha Ocidental 7 8 1 16 7 GER Alemanha 5 7 9 21 8 CUB Cuba 5 5 6 16 9 POL Polônia 4 9 9 22 10 CHN China 4 6 2 12 11 ROU Romênia 3 4 8 15 12 BEL Bélgica 3 3 4 10 13 KOR Coreia do Sul 3 2 4 9 14 USA Estados Unidos 2 7 12 21 15 SWE Suécia 2 3 2 7 16 GRE Grécia 2 1 1 4 17 UKR Ucrânia 2 2 4 18 GBR Grã-Bretanha 1 8 9 19 SUI Suíça 1 4 3 8 20 DEN Dinamarca 1 2 3 6 21 EUN Equipa Unificada 1 2 2 5 22 AUT Áustria 1 1 5 7 23 EUA Equipa Alemã Unida 1 1 2 4 24 ZZX Equipa mista 1 1 25 VEN Venezuela 1 1 26 JPN Japão 2 2 27GDR Alemanha Oriental 1 1 EGY Egito 1 1 MEX México 1 1 NOR Noruega 1 1 31 NED Países Baixos 5 5 32 BOH Boêmia 2 2 33 ARG Argentina 1 1 ESP Espanha 1 1 POR Portugal 1 1 TOTAL 201 201 199 601 Fonte: Comitê olímpico 2. Medalhista Edoardo Mangiarotti (1919 – 2012) Edoardo Mangiarotti, um italiano canhoto, considerado um dos maiores esgrimista do mundo. Subiu ao pódio treze vezes dos jogos olímpicos entre Berlim - 1936 e Roma - 1960, com seis ouros, cinco prata se dois bronzes. Para completar, faturou ainda 13 títulos mundiais entre 1936 e 1955. Além das medalhas olímpicas, o italiano participou de todas as edições dos Jogos desde Berlim-1936, seja como atleta, jornalista, secretário geral da Federação Internacional de Esgrima ou chefe da delegação italiana. Em Atenas-2004 e Pequim- 2008, foi o responsável por carregar a bandeira da Itália nas cerimônias de abertura. Em 2003, Mangiarotti foi homenageado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que o reconheceu como o “maior atleta da história da esgrima”. 26 Figura 9: Edoardo Mangiarotti Fonte: Vittorio Zunino Coletto / Agência Getty Images 27 CURIOSIDADES Listado abaixo está algumas curiosidades do mundo da esgrima. 1. No Brasil, os esgrimistas licenciados da União Brasileira de Esgrima (a antiga Confederação Brasileira de Esgrima criada em 1927) são todos associados à Federação Internacional de Esgrima (FIE). 2. Em Paris-1900, o francês Gustave Sandras, de 1,59 m de altura, pesando 63 kg e com 18 anos de idade, ganhou o concurso geral da esgrima, disputado em 11 provas contra 133 adversários. Ramón Fonst – de apenas 16 anos – venceu a prova de espada para mestres de armas, dando a primeira medalha de ouro para Cuba e a primeira para a América Latina. 3. Até hoje existe apenas um caso de morte no esporte. Aconteceu no Campeonato Mundial de Roma, em 1982. O combate era entre o alemão Reinhold Behr e o russo Wladimir Smirnov, campeão mundial de florete. Em uma ação entre os dois, a lâmina do florete de Behr quebrou. Na continuação, o florete do alemão acabou atravessando a máscara de Smirnov, acertando o rosto do russo. 4. "Touché!" - a expressão francesa usada pelo personagem DArtagnan, de os Três Mosqueteiros*, que significa "toquei", era usada pelos esgrimistas na época em que não havia sensores eletrônicos para identificar os golpes. 5. O romance "Os Três Mosqueteiros", escrito pelo francês Alexandre Dumas, conta a história das aventuras de DArtagnan, Athos, Porthos e Aramis. 28 CONCLUSÃO A esgrima contribuiu muito para a educação física, devido à necessidade de flexibilidade, concentração, equilíbrio e esforço. Por este motivo foi usada na reabilitação de deficientes físicos, mais especificamente para paraplégicos. É um esporte muito difundido no mundo e que requer um alto investimento para que possa ser jogado dentro das normas. Por este motivo o Brasil se encontra fora do hanking mundial. 29 REFERÊNCIAS EVANDRO DUARTE OLIVEIRA Página visitado em 15 de setembro de 2015. Núcleo de Esgrima Brasileira CRAMER RIBEIRO JC, DIOGO CAMPOS FK. História da Esgrima, da criação à atualidade. Revista de Educação Física 2007;137:65-69. ORLANDO DUARTE. A História dos Esportes, 4ª ed. Editora Senac, SP, 2004.
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