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Aparelho Digestório Boca e Esôfago

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Aparelho Digestório 
Professora Mônica Mano
5º período 
Manhã e Noite
Anátomo-fisiologia 
• Alto
• Boca
• Esôfago
• Estômago
• Baixo
• Intestino Delgado
• Duodeno
• Jejuno
• Íleo
• Intestino Grosso
• Cólons
• Reto e Ânus
Histologia 
• Mucosa
• Luz do órgão
• Submucosa
• Onde se deposita o colágeno para a cicatrização
• Muscular
• Movimento peristáltico
• Serosa
• Rica em vasos sanguíneos
Fisiologia 
• Funções:
• Motilidade
• Propulsão do alimento da boca em direção ao reto – músculo liso
• Secretora
• Água, eletrólitos , enzimas e hormônios
• Digestória
• Hidrólise enzimática dos macronutrientes, emulsificação de gorduras,
• Absortiva
• Passagem dos nutrientes da luz intestinal para a corrente sanguínea
• Excretora
• Eliminação de fezes, água, medicamentos
Células gástricas
• Células parietais
• HCl e FI
• Células principais
• Pepsinogênio
• Células G
• Gastrina
• Células mucosa
• Muco
Fisiologia
• Principais Hormônios:
Hormônio
Local de 
produção
Órgão-alvo Função
Gastrina Estômago Estômago
Estimula a produção de suco 
gástrico/aumenta a pressão do 
esfíncter esofagiano inferior 
(EEI)
Secretina Intestino Pâncreas
Estimula a liberação de 
bicarbonato
Colecistoquinina
(CCK)
Intestino
Pâncreas e 
vesícula biliar
Estimula a liberação de bile pela 
vesícula e a liberação de 
enzimas pelo pâncreas/reduz a 
pressão do EEI
Enterogastrona Intestino Estômago Inibe o peristaltismo estomacal
OBJETIVOS DO TRATAMENTO DIETOTERÁPICO
• Aliviar a sintomatologia ou curar a patologia
• Manter um bom estado nutricional
• ETAPAS
• Avaliação, diagnóstico e parecer nutricional
• Prescrição e objetivos a serem atingidos
• Implementação da conduta dietoterápica
• Análise e avaliação permanente
• Síntese e registro no prontuário do paciente
Boca
• Funções
• Mastigação
• Secreção Salivar:
• Produzida pelas glândulas salivares (1l/dia), secretada na boca
• Bacteriostática, alcalina e protetora da erosão dentária
• Digestão inicial do amido (Amilase salivar ou ptialina), diluição do alimento
e lubrificação com muco
• Glândulas salivares: Parótidas, sublingual e submandibular (ou submaxilar)
• Saliva = água, eletrólitos, -amilase, lipase, muco e calicreína cinina
(enzima (polipeptídeo proteolítico) que quebra cininogênio em bradicinina
– potente vasodilatador)
Glândulas salivares
1.Gl.Parótida; 2.Gl.Submandibular e 3.Gl.sublingual
Deglutição
Boca
• Principais patologias
• Estomatites (estoma = boca): Inflamação da mucosa oral e palato
• Etiologia: traumáticas (ex: aparelho dentário), infecciosas (ex: herpes);
dietéticas (ex: hipovitaminoses) e metabólicas (ex: diabetes); problemas
digestivos/ alergias (aftas); tumores (cigarro/álcool);
• Os sintomas variam:
•Dor, halitose, sangramento, pus, lesões por hipertermia, úlceras
dolorosas, gangrena e disfagia
• Tratamento:
• Realizar refeições pequenas, frequentes e com enxágue oral. Deve-se testar temperaturas
e umidade dos alimentos
BOCA
• Principais patologias
• DISFAGIA
• Dys = dificuldade; fagia = comer - Alteração na deglutição, que pode
resultar de uma anormalidade anatômica ou funcional (neuromuscular
ex. AVE, TCE, paralisia cerebral, sd. Guillian – Barret ( AC contra a
mielina),... em qualquer estrutura e fase do processo de deglutição,
como oral, faríngea ou esofagiana.
• Sintomas:
• Engasgos, tosses, odinofagia (dor ao deglutir), resíduo alimentar na
boca após a deglutição, demora para engolir os alimentos,
broncoaspiração do alimento, pneumonias de repetição, perda de
peso, desnutrição, desidratação
Disfagia
• Líquidos
Deglutição de líquidos de consistência fina
(água) 
Requer coordenação e controle 
máximos
Disfagia
• Líquidos aspirados para os pulmões
PNM por aspiração
• Águamesmo sendo estéril, pode adquirir a carga bacteriana da boca
• Preencher exigências hídricas com líquidos engrossados ou picolés, frutas e gelo
• Estimular consumo de fontes não cafeinadas
• Cafeína tem efeito diurético que contribui para a desidratação, fadiga e saliva espessa
• Fadiga e mal-estar
• Podem estar associados à “desidratação crônica leve” devido à diminuição da ingestão de
líquidos
• Leite
• Ingestão associada a sintomas de produção excessiva de muco, porém não há comprovação
científica ??????
Tratamento da disfagia
• Varia de acordo com a causa:
• Sucos de frutas espessados, sorvetes, gelatinas, pudim de leite, flans,
leite espessado com 10 a 20% de cereais, massas bem cozidas com
molho, queijos brancos macios, iogurte, ovo pochê, mexido no leite,
ensopados, purês de frutas e legumes, sopas batidas.
Espessantes
• Farinhas
• Tubérculos e raízes – batatas, inhame, aipim
• Produtos industrializados disponíveis no mercado para espessar qualquer
tipo de preparação líquida:
• Thick & easy®- Fresenius
• Thicken up clear®- Nestlé
• Nutilis®- Nutrícia (Support)
Consequências das enfermidades orais
• Limitação da ingestão → Déficit de nutrientes → Emagrecimento →
Desnutrição
• Má trituração → Ação das enzimas digestivas dificultadas → Problemas
digestivos
• ↓ptialina → desdobramento deficiente dos CHOs
• Deglutição rápida de alimentos inteiros →Distensão gástrica
Dentes 
• Nutrição e cárie dental
• A cárie dental é uma desordem degenerativa de origem multifatorial
que destrói os dentes.
• É um processo infeccioso EVITÁVEL da cavidade oral, na qual
metabólitos ácidos orgânicos produzidos pelos MO da cavidade oral
levam à desmineralização gradual do esmalte, permitindo a penetração
de outras bactérias na dentina.
Dente 
Dentes 
Saudável Cárie 
Fisiopatologia da cárie
Implantação precoce do streptococcus mutans na cavidade oral + -amilase
Hidrólise de açúcares (sacarose) e amido
Produção de ácidos (lático)
Ataque aos tecidos mineralizados do dente
Risco aumentado de cáries
Fatores relacionados a cariogenicidade
• Cariogenicidade = capacidade do substrato diminuir o pH salivar.
• Alimentos cariogênicos: reduzem o pH a valores inferiores a 5,5 em 30
minutos.
• Grãos e amido: bolachas, batatas, cereais, pães (REFINADOS);
• Frutas e sucos de frutas;
• Produtos lácteos adoçados com frutose ou sacarose;
• Sacarose ou bebidas adoçadas.
• Ex: caramelos
Fatores relacionados a cariogenicidade
• Alimentos cariostáticos: não contribuem para a cárie, pois não são
metabolizados em ácidos que diminuem o pH < 5,5 em 30 minutos.
• Proteínas animais (Ovos, Peixes, Carnes, Aves);
• Gorduras,
• Fibra (celulose): mecanismo de limpeza e favorecimento na irrigação
• Liquidos (água): mecanismo de limpeza
• Consistência da dieta: a líquida é menos cariogênica (< tempo de retenção
e aderência na boca).
• Gomas de mascar e doces sem açúcar ou com ciclamato, sacarina ou
aspartame.
Fatores relacionados a cariogenicidade
• Alimentos anticariogênicos: impedem a placa de reconhecer um
alimento cariogênico quando é consumido primeiro.
• Goma de mascar ; Xilitol;
• Queijos (Cheddar, Monterrey e suíço).
• Aumentam a produção salivar, reduzem a placa bacteriana.
Fatores relacionados a cariogenicidade
• O fluxo salivar remove os alimentos ao redor dos dentes e por meio de um
sistema tampão, neutraliza o metabolismo ácido bacteriano.
• Xerostomia = produção salivar diminuída pode ser um fator que auxilia
à formação de cáries.
• Causas da xerostomia:
• Estado de sono, síndrome de Sjögren, efeito colateral do jejum,
irradiação do pescoço, deficiência de vitamina A
• ou por uso de medicações (maioria de efeito parassimpático):
•Anticonvulsivantes; antidepressivos; anti-histamínicos; anti-
hipertensivos; diuréticos; narcóticos; sedativos; tranqüilizantes.
Síndrome de Sjögren
• Doençaautoimune onde o sistema imunológico ataca e destrói as glândulas
exócrinas que produzem lágrimas e saliva.
• Associada a distúrbios reumáticos, como artrite reumatóide.
• O cuidado nutricional na diminuição do fluxo salivar (xerostomia)
consiste na administração de alimentos úmidos e líquidos.
Cuidados preventivos na cárie
• Mascar gomas sem açúcar por 15 –20minutos após refeições e lanches;
• Combinar alimentos cariogênicos com cariostáticos;
• Fazer lanches com alimentos cariostáticos;
• Limitar a alimentação e ingestão de líquidos com carboidratos fermentáveis
entre as refeições.
Tratamento dietoterápico nas enfermidades 
orais
• Hiperprotéica – reduz processo inflamatório, promove
cicatrização, e minimiza o catabolismo (febre, inflamação e
infecção); e função cariostática.
• Normo a hipoglicídica – evitar concentração de açúcares simples
prevenindo a fermentação e a cariogenicidade.
• Normo tendendo a hiperlipídica – lubrificação da cavidade e
função cariostática.
• Minerais – destaque para o ferro (evitando anemia), zinco
(deficiência relacionada ao comprometimento da barreira
gengival) e sódio (reduzido em função da dor)
Tratamento dietoterápico nas enfermidades 
orais
• Após uso de doces ou bebidas carbonatadas, evitar longos períodos de
jejum e lavar ou enxaguar a boca após as refeições.
• Vitaminas:
• A (reepitelização),
• Complexo B (B6 ajuda na utilização da ptn da dieta),
• C (↑ da permeabilidade da barreira gengival, processo inflamatório e cicatrização) e
• Folato (comprometimento da barreira gengival e anemia).
Tratamento dietoterápico nas enfermidades 
orais
• Hiperídrica – evitar hipo-hidratação tão comum.
• Evitar caldos concentrados em purinas – excitatórios da mucosa GI.
• Alto fracionamento e menor volume – evitar a saciedade precoce.
• Temperatura adequada para evitar a dor.
• Líquida completa ou pastosa – depende da tolerância individual.
• Evitar alimentos de díficil digestibilidade, flatulentos, fermentáveis,
excitantes e irritantes do TGI e condimentos picantes.
Doenças do esôfago 
• Causadas por obstrução, função anormal do esfíncter
(principalmente o EEI) , inflamação ou alteração no mecanismo de
deglutição.
• Manifestações clínicas mais frequentes:
• Pirose / azia,
• Pneumonia por aspiração,
• Disfagia,
• Estenose,
• Esofagite/ Úlcera esofágica
• decorrente do contato do conteúdo gástrico sobre a mucosa
do esôfago (refluxo) e diminuição da pressão do EEI
• Hemorragia por erosões esofágicas
Fisiologia da deglutição
• O bolo alimentar é movimentado voluntariamente da boca para a
faringe
• ocorre relaxamento do esfíncter esofagiano superior
• o alimento desloca-se para dentro do esôfago
• e o esfíncter esofágico inferior (EEI) ou cárdia relaxa (diminui a pressão
no esfíncter) para receber o bolo alimentar
• e chegar ao estômago.
Deglutição
ACALASIA OU DISSINERGIA ESOFÁGICA OU 
APERISTALTISMO ESOFÁGICO
• Calásia = relaxamento
• Desordem da motilidade do esôfago inferior, onde ocorre falência do EEI para
relaxar (aumento da pressão) e abrir durante a deglutição.
• Etiologia:
• Pode resultar de alterações degenerativas primárias na inervação neural, cuja base continua
obscura. Os estudos mostram três grandes anormalidades da acalasia:
• Aperistalse;
• Relaxamento parcial ou incompleto do EEI;
• Aumento do tônus basal do EEI.
ACALASIA OU DISSINERGIA ESOFÁGICA
• Sintomatologia :
• Disfagia, regurgitação , dificuldade de deglutição e dilatação do
esôfago (megaesôfago*).
• *No Brasil a principal causa é a doença de Chagas –Trypanossoma cruzi
• Complicações:
• Manifestação de carcinoma esofagiano, esofagite, divertículos
esofagianos inferiores e aspiração (do alimento impactado) com
pneumonia ou obstrução das vias aéreas. E desnutrição.
ACALASIA OU DISSINERGIA ESOFÁGICA
• Tratamento clínico-cirúrgico:
• Melhora dos sintomas e no esvaziamento esofagiano pode ocorrer com dinitrato de
isossorbida ou nifedipina (bloqueador dos canais de cálcio = vasodilatação),
• Dilatação mecânica (balão pneumático)
• Dilatação cirúrgica (quando há falha da dilatação ou grande risco de perfuração,
realiza-se a secção direta do músculo EEI, poupando as fibras musculares gástricas,
para prevenir refluxo pós-operatório).
ACALASIA OU DISSINERGIA ESOFÁGICA
• Tratamento nutricional:
• Adaptar a dieta ao grau de disfagia = consistência;
• Promover a recuperação nutricional.
• Na DISFAGIA:
• Prevenir a aspiração e sufocação;
• Facilitar a alimentação e deglutição segura e independente
• Melhorar e/ou manter o estado nutricional e a hidratação
• Dieta hipercalórica e hiperprotéica – cuidado pode liberar gastrina (cicatrização);
• Consistência: de acordo com a disfagia – LÍQUIDA (espessante);
• Disfagia para líquidos – Dieta enteral;
• Inflamação da mucosa esofágica:
• Evitar sucos e frutas ácidas, condimentos, especiarias picantes e irritantes e temperaturas 
elevadas.
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e 
esofagite
• O refluxo do conteúdo gástrico (RGE) é a primeira e a mais proeminente
causa de esofagite (esofagite de refluxo). Seu risco é aumentado por:
• Pressão reduzida no EEI
• Presença de hérnia hiatal;
• Maior volume gástrico, que contribui para o volume do material refluído;
• Esvaziamento gástrico retardado,
• Vômitos recorrentes,
• Tabagismo;
• Aumento da pressão intra-abdominal
• Obesidade, gestação e doenças pulmonares obstrutivas, roupas
apertadas, esforço físico
DRGE
• RGE - Refluxo de ácido gástrico e/ou conteúdo intestinal através do EEI;
• Manifestações clínicas
• Principalmente azia ou pirose (queimação retroesternal),
• Refluxo crônico: dor subesternal, eructação, espasmo esofágico, irritação faríngea,
rouquidão e sintomas asmáticos.
• Doença prolongada: Esofagite, ulceração, hematêmese ou melena, cicatriz e em alguns
casos disfagia
Esofagites 
• Lesão da mucosa esofágica com subsequente inflamação. Pode ser
decorrente de:
• Refluxo de conteúdo gástrico/ intestinal;
• Intubação gástrica prolongada;
• Ingestão de irritantes: álcool, ácidos ou álcalis corrosivos, líquidos
expressivamente quentes e fumo; Terapia anticancerosa (quimioterapia
e radioterapia);
• Infecção após bacteremia ou viremia;
• Infecção fúngica nos pacientes debilitados ou imunossuprimidos
(candidíase ou monilíase);
Esofagite 
• Aguda – ingestão de algum agente irritante, inflamação viral ou intubação.
• Crônica ou de refluxo – hérnia de hiato, redução da pressão do EEI, aumento
da pressão intra-abdominal, retardo do esvaziamento gástrico, vômitos
recorrentes.
Esofagite
• Esofagite crônica = esôfago de Barret ou metaplasia intestinal
especializada
• Condição que atinge a porção inferior do esôfago, alterando seu
revestimento interno, cujas células originais são substituídas por
células semelhantes às do intestino (metaplasia intestinal).
• tentativa de proteger do conteúdo erosivo, o organismo substitui
esse revestimento por um outro mais resistente.
• Outras causas:
• infecção viral ou bacteriana, ingestão de substâncias corrosivas e
irradiação.
• Quando não tratado apresenta um risco de evoluir para câncer em até
10% dos casos.
Terapia nutricional da esofagite
• Prevenir a dor e a irritação da mucosa esofágica na fase aguda;
• Auxiliar na prevenção do RGE;
• Reduzir a capacidade erosiva ou acidez das secreções gástricas;
• Contribuir para o aumento da pressão do EEI;
• Corrigir e manter o peso ideal
Terapia nutricional da esofagite
• Normo a Hipolipídica - <20% VCT
• reduzir a liberação da CCK: diminui a
pressão do EEI.
• Hiperprotéica
• cicatrização; aumenta a liberação de Gastrina:
aumenta a pressão do EEI.
• Normoglicídica
• Para evitar a fermentação e distensão
abdominal.
Terapia nutricionalda esofagite
• Consistência
• Fase aguda - : Líquida ou semilíquida com evolução até geral
• Crônica - Depende da tolerância
• Fracionamento
• 6 a 8 refeições e menores volumes
• Líquidos entre as refeições
• MICRONUTRIENTES – VOLTADOS PARA
RECUPERAÇÃO DA MUCOSA
Terapia nutricional da esofagite
• Excluir alimentos e substâncias que diminuem a pressão do EEI
(relaxamento do EEI):
• Cafeína (café, chocolate, mate, chá preto), bebidas alcoólicas; gorduras, e carminativos
(hortelã e menta – eliminam gases), refeições grandes e de alto teor de gordura e fumo
• Excluir alimentos que irritam a mucosa:
• Sucos e frutas ácidas, tomate, refrigerantes, condimentos (pimenta vermelha e do
reino); raras condições: alimentos ásperos (batatas fritas, bolachas crocantes e cascas
secas) – levar a perfuração
• Excluir alimentos que aumentam a secreção ácida:
• Café, bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja e vinho), chocolate, refeições volumosas
ricas em gordura e proteínas (Krause); consomê (Cuppari).
Mudança comportamental
• Tem o objetivo de amenizar os sintomas e cicatrizar o tecido.
• Medidas simples:
• Eliminar o fumo,
• Evitar o uso de roupas apertadas ao redor da cintura,
• Evitar ficar deitado após as refeições (a última refeição
deve ser de 3 a 4 horas antes de deitar-se),
• Elevar a cabeceira da cama ;
• Temperatura dos alimentos - baixa ou ambiente,
• Evitar atividades físicas vigorosas logo após as refeições.
Atenção 
• Refrigerante à base de cola →↓ pressão EEI e facilita o RGE, ↑ a
produção ácida, leva a distensão gástrica e tem um pH 2,8 a 3,5
(> pH estômago ≈ 1,0 a 2,0 – valores divergem na literatura)
• Frutas ácidas - Respeitar a tolerância do paciente, pois nenhuma
fruta é mais ácida que o pH do estômago. O suco de laranja (pH
3,2 a 3,6).
Atenção 
• Nicotina → ↓ pressão EEI e facilita o RGE, promove alterações
do conteúdo gástrico → ↑ secreção ácida à gastrina e ↓
habilidade da cimetidina e outras drogas usadas para ↓ secreção
ácida noturna que tem papel importante na ulcerogênese
• Suplementação dietética quando necessário (ex: Fe e B12)
Tratamento clínico-cirúrgico do RGE
• Tratamento clínico: uso de antagonistas dos receptores (histamínicos) H2 –
ranitidina, cimetidina, agentes procinéticos (metoclopramida) ou inibidor da
bomba de prótons (omeprazol) os quais reduzem a secreção ácida,
antiácidos 01 hora após as refeições e ao deitar-se, antibióticos.
• Tratamento cirúrgico: restauração da competência esfincteriana
(fundoplicatura).
• Pacientes com doença grave que não responderam ao tratamento medicamentoso
após 3 a 6 meses
Hérnias de hiato
São projeções de uma porção do estômago para dentro da cavidade
torácica, através do hiato esofágico, por defeitos de fixação do esôfago
e/ou relaxamento diafragmático.
O hiato esofágico está ligado diretamente ao diafragma através de
feixes musculares
Hérnias de hiato
• Tipos:
• a) Hérnia por deslizamento
• Há ascensão direta do estômago acima do diafragma através do
hiato esofágico, cria uma dilatação com formato de sino, limitada em
baixo pelo estreitamento diafragmático. É o tipo mais comum e a sua
causa é desconhecida.
• Complicações: O RGE pode determinar esofagite de refluxo,
ulceração, sangramento e disfagia que é observado com freqüência
nas hérnias por deslizamento.
• b) Hérnia por rolamento
• Uma porção separada do estômago, habitualmente ao longo da
grande curvatura, penetra no tórax ao lado do esôfago.
• Tratamento
• Mesmos cuidados destinados ao RGE e à esofagite
Hérnias de hiato
Câncer 
• Grupo de doenças que se caracterizam pela perda do controle da divisão
celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas (metástase).
• Desafio para o nutricionista prevenir a caquexia
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A CAQUEXIA 
DO CÂNCER
1. Redução da ingestão alimentar:
• Anorexia, Náuseas, Vômitos, Alteração do paladar
2. Efeitos locais do tumor:
• Odinofagia, Má absorção intestinal, Disfagia, Saciedade precoce, Obstrução
gástrica
3. Efeitos do tratamento do câncer
• CIRURGIA
• QUIMIOTERAPIA
• RADIOTERAPIA
• PSICOSSOCIAL
RECOMENDAÇÕES PARA REDUZIR O RISCO DE 
CÂNCER - OMS
• Manter o IMC entre 18,5 e 24, 9 kg/m2 e evitar o ganho de peso > 5kg na vida
adulta.
• Manter atividade física regular – 60min/dia de atividade moderada .
• Não exceder 10g de álcool (1 copo de cerveja ou vinho).
• Moderar consumo de alimentos conservados em sal / com sal.
• Diminuir a exposição a aflatoxinas em alimentos.
• Incluir pelo menos 400g /dia de frutas, verduras e legumes.
• Moderar consumo de carnes vermelhas e embutidos.
• Evitar alimentos ou bebidas em temperaturas muito ↑.
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
• lábios, cavidade oral, orofaringe, nasofaringe, hipofaringe, fossa nasal,
seios paranasais, laringe, glândulas salivares, esôfago.
• Ca estágio avançado – 70% dos casos
• Compromete - mastigação, deglutição, salivação e acuidade do paladar
e pode ocorrer: cáries dentárias, necrose e infecções locais.
• Fatores de risco :
• População asiática; Etilismo e tabagismo
• 3 x mais frequente em homens do que mulheres
• No Brasil: Baixo estado sócio econômico, tabaco e álcool
• OBS: Cada fator ↑ o risco 2-3 vezes e combinados ↑risco para mais de
15 vezes.
Câncer de esôfago
• Incidência:
• > em pessoas negras
• > em tabagistas e etilistas crônicos
• Manifestações clínicas:
• Disfagia – primeiro para sólidos, depois para líquidos
• Anorexia e perda de peso
• Dor retroesternal
• Rouquidão
Câncer de esôfago
• Complicações:
• Dor
• Pneumonia por aspiração
• Hemorragias
• Fístulas esofagotraqueais
• Infecção pulmonar
• Tratamento e prognóstico:
• Se disseminam (metástase) de modo precoce
• 25% são passíveis de ressecção cirúrgica
Tratamentos
• Ressecção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia
• Terapia nutricional
• Evitar a desnutrição;
• Dietas hiperprotéicas e hipercalóricas;
• Modificar a consistência da dieta para que haja melhor aceitação,
normalmente dietas de consistência líquida ou semilíquida são mais bem
toleradas;
• Utilizar suplementação via oral; (medicações utilizadas – gosto metálico na
boca)
• Diminuir o volume e aumentar o fracionamento;
• Utilizar TNE (via gástrica ou entérica) na impossibilidade de utilização via oral,
posicionar o catéter por endoscopia/ostomias
• Caso, não seja possível a alimentação via digestiva, avaliar o quadro e indicar
NPT.
Esofagectomias 
• Após a retirada do esôfago e linfonodos contíguos, o trânsito alimentar
é reconstruído com o estômago (transforma-se o estômago num tubo
através do uso de um grampeador, sendo o tubo de estômago então
colocado no lugar do esôfago torácico e emendado no esôfago cervical)
ou com um pedaço do intestino grosso. Sempre que possível, o
estômago é preferido para a reconstrução.
Esofagectomias e reconstrução
ESOFAGECTOMIAS
• Cuidado nutricional:
• Primeiros dias de pós operatório: jejum
• Ao ter retorno de peristalse:
•dieta enteral por CNE (introduzido durante a cirurgia) –
esôfago é muito suceptível a ocorrência de fístulas, sendo
necessário diminuir sua motilidade pelo estímulo à
deglutição.
• Via oral quando possível:
•↓volume e ↑ fracionamento, ↑ densidade calórica - trazem
maior conforto e maior proteção contra o sangramento.
ESOFAGECTOMIAS
• Cuidado nutricional:
• 1º dia de via oral
• alimentos frios ( bebidas lácteas, sorvete e néctar de pêssego, pêra ou
damasco)
• 2º dia:
• alimentos mornos e macios, conforme tolerância os alimentos
quentes. Retomar a dieta original em 3 a 5 dias.
• Em caso de esteatorréia –TCM
• CHO complexos no lugar dos simples
• Ingestão frequente de líquidos/caldos para prevenir a boca seca

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