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A v a lia ç ã o d o D e s e n v o lv im e n to e d a A p re n d iz a g e m Josiane Gonçalves Santos 1Capa.indd 1 22/12/2009 16:20:08 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 2ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ 4Capa.indd 1 28/12/2009 18:19:49 Capítulo Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem Josiane Gonçalves Santos Curitiba 2010 Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 1 19/12/2009 12:43:35 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 1 of 100 APROVADO: _______________ Faculdade educacional da lapa diretor acadêmico Osíris Manne Bastos diretor administrativo-Financeiro Cássio da Silveira Carneiro diretor de expansão e Qualidade acadêmica Alfredo Angelo Pires diretor de expansão em ead Alex Rosenbrock Teixeira coordenadora do curso de pedagogia ead Vívian de Camargo Bastos Secretária Geral Dirlei Werle Fávaro SiStema educacional eadcon diretor executivo Julián Rizo diretores administrativo-Financeiros Ademilson Vitorino Júlio César Algeri diretora de operações Cristiane Andrea Strenske diretora de marketing Ana Cristina Gomes coordenadora Geral Dinamara Pereira Machado editora Fael coordenador editorial William Marlos da Costa edição Silvia Milena Bernsdorf revisão Lisiane Marcele dos Santos projeto Gráfico, capa e diagramação Denise Pires Pierin Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Siderly Almeida CRB9/1022 Santos, Josiane Gonçalves S237a Avaliação do desenvolvimento e da aprendizagem / Josiane Gonçalves Santos. – Curitiba: Editora Fael, 2010 100 p. Nota: conforme Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 1. Avaliação educacional. 2. Aprendizagem. I. Título. CDD 371.26 Direitos desta edição reservados à Faculdade Educacional da Lapa – Fael. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Fael. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 2 22/12/2009 17:42:02 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 7ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Capítulo apresentação O livro Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem conso- lida a ideia de avaliação como processo construtivo de um novo fazer pedagógico, pautado em teorias e práticas pedagógicas libertadoras. A avaliação escolar não é meramente técnica, mas um processo que envolve o ser humano na sua totalidade. Desde o prefácio, a autora registra a importância de vincular a avaliação da aprendizagem a um modelo pedagógico de ensino, em que a mediação pedagógica é in- dispensável. Optar por uma avaliação exige que se redesenhe o tipo de sociedade que se quer construir e de ser humano que ser quer formar. A avaliação da aprendizagem adquire seu sentido na medida em que se articula com um projeto pedagógico e seu consequente projeto de ensino. A ênfase dada à avaliação, como distanciamento de uma práti- ca avaliativa autoritária, classificatória, padronizada e burocrática aproxima as concepções de avaliação diagnóstica, de Luckesi, e de avaliação formativa, de Perrenoud. Nas pedagogias preocupadas com a transformação, a avaliação é utilizada não como um instrumento disciplinador de condutas cognitivas e sociais, mas como um mecanis- mo de diagnóstico da situação e de identificação de novos rumos da aprendizagem. A obra apresentada reflete sobre a necessidade de compreender a relação entre o desenvolvimento humano, o processo educativo e as necessidades educacionais especiais. No horizonte da psicologia do desenvolvimento, há uma inter-relação entre as dimensões biológi- ca, sociocultural, afetiva e cognitiva. O trabalho pedagógico realizado em sala de aula possibilita identificar avanços e/ou dificuldades nas fases do desenvolvimento. A avaliação diagnóstica psicoeducacional, que no cotidiano escolar tem o professor como principal observador apresentação Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 3 19/12/2009 12:43:35 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 3 of 100 APROVADO: _______________ do desenvolvimento, tem por objetivo indicar e orientar as ações pe- dagógicas da escola, além de propiciar indicações para atendimentos especializados e integrados entre escola e família. Essa ação exige um olhar cuidadoso e responsável para com o educando, bem como adap- tações curriculares, modificações no planejamento, objetivos, ativida- des e formas de avaliação, no currículo como um todo ou em aspectos dele, para acomodar os alunos com necessidades especiais. Para a autora, não há como desvincular o processo de desenvolvimento e o desempenho dos alunos nas diferentes áreas do conhecimento, rela- cionado aos objetivos da ação educativa, aos conteúdos e à metodolo- gia. A autora incumbe à avaliação, também, a tarefa de redimensionar o planejamento, a ação e a formação docente. Além disso, este livro traz modelos significativos de avaliação da aprendizagem em diferentes aspectos e áreas do conhecimento e reflete sobre os instrumentos de avaliação utilizados no cotidiano escolar. O pro- cesso de avaliação configura-se como exercício de reflexão e compreen- são das dificuldades dos educandos, como postura investigativa e de intervenção por parte do professor. Com este ensaio, tem-se, também, uma síntese das principais po- líticas nacionais – SAEB, Prova Brasil, Provinha Brasil e ENEM – para a avaliação da educação básica realizadas pelo Governo Federal, como forma de monitoramento da educação brasileira. Por último, não podemos deixar de indicar a menção à ética da avaliação da aprendizagem na escola. As práticas educativa e de ensino trazem em seu bojo a ética do cuidado. O educador é mediador entre a experiência cultural em geral e o educando. O destaque ao indivíduo na sua integridade abre novos horizontes e permite-nos novas propostas de trabalho avaliativo. Nesse sentido, a empatia apresenta-se como um dos instrumentos mais eficazes da dimensão pedagógica, pois orienta e apresentação apresentação Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 4 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 4 of 100 APROVADO: _______________ apresentação dirige nosso olhar sobre a pessoa, nas dimensões histórica e social. Além disso, homem se constrói e se realiza na dimensão espaço temporal, uma das características básicas do processo educativo. Clélia Peretti* * Clélia Peretti é doutoranda em Teologia – IEPG – São Leopoldo/RS, bolsista da CAPES/ PROEX e é professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), atuando no curso de Bacharelado em Teologia em disciplinas específicas da área e em disciplinas do eixo humanístico em vários cursos da instituição. apresentaçãoapresentação Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 5 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 5 of 100 APROVADO: _______________ Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 6 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 6 of 100 APROVADO: _______________ sumário Prefácio........................................................................................ 9 1. Avaliação: concepções e funções .............................................. 1.1. 2. Processos e procedimentos da avaliação do desenvolvimento .................................................. 2.3 3 Processos e procedimentos da avaliação da aprendizagem ....................................................... 33 4. Avaliação nas diferentes tendências pedagógicas ................... 55 5 Observações, análises, provas e testes ................................... 67 6 Cadernos, trabalhos, portfólios, autoavaliação e análise de erros ......................................................................... 79 7 Avaliação da educação básica................................................... 87 Referências................................................................................ 95 sumário Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 7 22/12/2009 09:44:56 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 8 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 8 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 9 prefácio prefácio Historicamente, o ato de avaliar está presente no cotidiano dos seres humanos. É uma ação relacionada ao julgamento que faze- mos dos outros e de nós mesmos, nas mais diversas situações. No contexto escolar, o processo de avaliação ainda traz resquícios de uma prática classificatória e excludente, provocando equívocos e gerando polêmicas. Para transformar essa realidade que contradiz os avanços e trans- formações do mundo em que vivemos é preciso compreender que a avaliação deve ser um ato amoroso e democrático, que possibilite o acompanhamento do desenvolvimento e da aprendizagem do estu- dante, além de indicar os ajustes no encaminhamento pedagógico realizado pelo docente. Isso exige que o professor possua boa formação teórica e conhe- cimento sobre diferentes processos que acontecem em sala de aula e que envolvem o desenvolvimento humano. Assim, ciente da importância desse tema no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, organizou-se este material, que busca propiciar novos conhecimentos, bem como suscitar refle- xões sobre a função pedagógica da avaliação, percebendo-a como um poderoso processo que pode interferir positiva ou negativamente no aprendizado dos educandos. Destaca-se que a avaliação da aprendizagem está relacionada ao meio em que o educando vive e aos resultados apresentados por ele nas diferentes áreas do conhecimento e atividades propostas pelo professor. Já a avaliação do desenvolvimento tem seus parâmetros Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 9 22/12/2009 09:46:56 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ 10 estabelecidos em aspectos genéticos e biológicos, decorrentes da matu- ração do ser humano. Nesse sentido, é necessário perceber as relações e interferências que ocorrem entre a avaliação e o currículo, planejamento, materiais didá- ticos, formação continuada, aspectos cognitivos, sociais e culturais dos educandos, gestão escolar, políticas públicas e legislação educacional. Para tanto, foram organizados sete capítulos, que discutem as con- cepções de avaliação, a avaliação do desenvolvimento e da aprendiza- gem, técnicas, instrumentos e procedimentos e avaliações de sistemas. Bom estudo a todos! A autora.* * Mestre em educação e professora do curso de Pedagogia da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL – (EaD e presencial) e de cursos de Pós-Graduação em Educação. Pedagoga da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, atualmente é assessora técnico-pedagógica do Conselho Municipal de Educação de Curitiba. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 10 22/12/2009 15:04:44 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 5ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ 11 prefácio prefácio Na contemporaneidade, a avaliação da aprendizagem vem sendo amplamente discutida e abordada por segmentos internos e externos à escola. É uma discus- são que tem por foco principal a transformação do olhar e da prá- tica pedagógicos, em um contex- to marcado por novas informa- ções e novas tecnologias. Nesse sentido, é fundamental que a escola e seus profissionais repen- sem os processos e procedimen- tos desenvolvidos especialmente em sala de aula, espaço que deve funcionar, prioritariamente, em função dos alunos. Se a escola busca desenvolver um trabalho pedagógico dentro de uma concepção democrática deve, necessariamente, iniciar pela superação de uma prática avaliativa centrada no autoritarismo, no “conteudismo” e na punição, estabelecendo uma nova perspectiva para a ação educativa e favo- recendo a autonomia do educando. Reflexões iniciais Etimologicamente, a palavra avaliar originou-se do latim a + valere, que significa atribuir valor e mérito a um determinado objeto. Avaliação: concepções e funções 1 É importante ler antecipadamente os textos que serão trabalhados nas videoaulas. Para auxiliar na compreensão dos conteúdos que serão estudados, uma boa dica é a leitura de outros textos sobre o tema: SANTOS, W. N. O papel da avaliação da apren- dizagem no Ensino Fundamental aplicada na região da crede 07. Disponível em: <http:// www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/o- papel-da-avaliacao-da-aprendizagem-no-ensi- no-fundamental-aplicada-na-regiao-da-crede- o7-588946.html>. Acesso em: 1 out. 2009. TENREIRO, M. O. V.; BRANDALISE, M. A. T. Ava- liação da aprendizagem e currículo: algumas reflexões. Disponível em: <http://www.uepg.br/ olhardeprofessor/pdf/revista51_artigo12.pdf >. Acesso em: 1 out. 2009. Saiba mais Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 11 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 11 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 12 Sendo assim, o ato de avaliar consiste em atribuir um juízo de valor sobre um processo, para a aferição da qualidade do seu resultado. Avaliar é uma das atividades mais antigas da humanidade. Segundo Luckesi (2005, p. 22), “tais práticas já estavam inscritas nas pedagogias dos séculos XVI e XVII, no processo de emergência e cristalização da sociedade burguesa, e perduram ainda hoje”. Historicamente, pode-se identificar três tipos de pedagogia: jesuítica, comeniana e da sociedade burguesa. A pedagogia jesuítica de- senvolveu-se no século XVI e tinha por objetivo efetivar a hegemonia católica. Para tanto, eram realizados provas e exames em ocasiões solenes. Os jesuítas foram os principais representan- tes dessa pedagogia. A pedagogia comeniana resulta dos ensinamentos de Comênio, para quem o medo deveria ser utilizado pelo professor como forma de manter a atenção dos alunos. Assim, “eles aprenderão com muita facili- dade, sem fadiga e com economia de tempo” (LUCKESI, 2005, p. 23). A pedagogia da sociedade burguesa aperfeiçoou os mecanismos de controle da escola, ao destacar a seletividade e os processos de formação de personalidade dos educandos. Nesse contexto, a escola desenvol- via processos que valorizavam subterfúgios, utilizando-se, para isso, do medo e do fetiche. Diferentes momentos históricos determinaram comportamentos e ações que interferiram nas concepções de educação praticadas pela escola, especificamente no processo de avaliação, pois ele exige a toma- da de decisão e constroi-se em relação a algum modelo ou referencial existente no meio cultural. Sendo assim, cada indivíduo, desde pequeno, reune referenciais que utiliza para avaliar seu comportamento e o comportamento daqueles A obra Didática Magna, de Comênio, marca o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. No livro, o pensador realiza uma racionalização das ações educa- tivas, abordando desde a teoria didática até as questões do cotidiano escolar. A prática escolar, para ele, deveria imitar os processos da natureza e as relações entre professor e aluno deveriam considerar as possibilidades e os in- teresses da criança. Nesse processo, o professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário. A organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades. Saiba mais Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 12 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009- Page 12 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 1 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 13 com quem convive. As reações das outras pessoas – crianças e adultos – são integradas ao desenvolvimento da personalidade de cada um. Desse modo, quando a criança é matriculada na escola, já traz uma carga de indicadores de avaliação, característicos da vida em sociedade. Para Lima (2002, p. 6): No processo de avaliação, o ser humano lança mão, desde a infância, de suas experiências vividas, do que sabe, do que percebe, dos conhecimentos acumulados, presentes em seu meio, e aos quais ele tem acesso, dos instrumentos culturais, das várias formas de agir que ele constituiu através da expe- riência cultural. Sendo a avaliação um processo que está diretamente relacionado ao processo cultural, a ação docente e a prática pedagógica decorrente devem, portanto, promover o ser humano (BEVENUTTI, 2002). No ambiente escolar, entre- tanto, mesmo com as transfor- mações da sociedade, a avaliação do processo de ensino-apren- dizagem ainda permanece, na maioria dos casos, pautada em uma lógica tradicional de men- suração, isto é, o ato avaliativo consiste no processo de medir acriticamente os conhecimentos adquiridos pelos estudantes. No entanto, na atualidade os estudos e pesquisas mostram que, para o êxito do processo de ensino-aprendizagem, a avaliação deve ser contínua e estar relacionada aos conhecimentos, atitudes ou apti- dões que os alunos atingem em seus estágios de desenvolvimento e de aprendizagem. Relaciona-se, também, à reflexão e análise das dificul- dades que apresentam. São informações necessárias ao professor que está na busca de estratégias que possam auxiliar os alunos na constru- ção do conhecimento, por isso, a avaliação necessariamente deve ter uma intenção formativa. Segundo Luckesi (2006): No dia a dia, em todos os momentos praticamos avaliação, na medida em que desejamos obter o melhor de nossa ação. A concepção punitiva de avaliação não é recente. Há registros históricos no Egito An- tigo de um ditado popular, relacionado ao processo escolar, que dizia que os ouvidos dos meninos encontravam-se em sua “parte traseira”, pois eles só escutavam quando levavam uma palmada. Talvez, aí, esteja a origem da ação; percebe-se, dessa forma, a utilização de instrumentos punitivos no processo avaliativo. Saiba mais Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 13 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 13 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 14. Podemos observar isso nos atos mais simples e nos mais complexos. Ninguém de nós busca o insucesso. Diagnos- ticamos para identificar impasses e encontrar soluções, as melhores possíveis. Assim sendo, o processo de avaliação deve ser contínuo e verificar a aprendizagem do educando por inteiro, não apenas ao final de um bimestre, por meio das temidas provas bimestrais. Funções da avaliação No processo educacional, a tomada de consciência dos profissio- nais sobre as diferentes funções da avaliação torna-se uma exigência. Segundo Libâneo (1994, p. 196), esse processo possui três principais funções: pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle. A função pedagógico-didática está diretamente relacionada ao cumprimento dos objetivos e finalidades da educação escolarizada. Se o principal compromisso da escola é com o melhor aprendizado de todos, pode-se afirmar que essa função contribui para a assimilação do conteú- do e, consequentemente, para a construção do conhecimento. A função de diagnóstico, como o próprio nome diz, possibilita ao professor identificar os avanços e dificuldades dos educandos. Também aponta possíveis modificações e procedimentos a serem realizados du- rante o processo de ensino. Essa função traz uma preciosa contribuição ao processo avaliativo, pois atua no desenvolvimento das duas outras funções, possibilitando ao professor verificar se houve o cumprimento da função pedagógico-didática, além de dar sentido pedagógico à fun- ção de controle. O diagnóstico pode se desenvolver nos diferentes momentos da aula, favorecendo o acompanhamento sobre avanços e dificuldades dos educandos, a correção de equívocos, o esclarecimento de dúvidas, e as novas aprendizagens. Também possibilita ao professor refletir sobre a própria prática docente e sobre os resultados obtidos pelos alunos, além da readequação de métodos e materiais (LIBÂNEO, 1994, p. 197). A função de controle está diretamente relacionada aos instrumen- tos formais de avaliação e aos resultados da aprendizagem. Para tanto, exige do professor a verificação, a correção e a análise das atividades desenvolvidas pelos alunos. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 14 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 14 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 1 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 15 Destaca-se que, mesmo em uma concepção democrática de ensi- no, o controle possui função importante se realizado periodicamente, em articulação com as funções diagnóstica e didático-pedagógica. Caso contrário, conforme destaca Libâneo (1994, p. 198), “[...] fica restrin- gida à simples tarefa de atribuição de notas e classificação”. Existem, ainda, importantes ações que o professor deve realizar durante o processo avaliativo – verificação, qualificação e apreciação qualitativa – que caracterizam três modalidades de avaliação: diagnós- tica, formativa e somativa. a) Diagnóstica: tem por principal objetivo determinar o nível de aprendizagem de cada estudante, antes de iniciar um novo con- teúdo ou processo de ensino. De acordo com Miras e Solé (apud COLL; PALACIOS; MARCHESI, 1996), “a avaliação diagnós- tica proporciona informações sobre as competências e habilida- des dos estudantes”. Para Bloom, Hastings e Madaus (1975), “a avaliação diagnóstica possibilita ao professor identificar as causas das dificuldades na aprendizagem”. Porém, Luckesi (2005, p. 82), alerta que “a avaliação diagnóstica não se propõe e nem existe de uma forma solta e isolada”, deve, necessariamente, estar vinculada a uma concepção pedagógica e progressista. Mas quais informações são necessárias para que o professor realize com sucesso uma avaliação diagnóstica? Borba e Sanmartí (2003, p. 29) relacionam algumas delas: do grau de aquisição dos pré-requisitos de aprendizagem;• das ideias alternativas ou modelos espontâneos de raciocí-• nio e das estratégias espontâneas de atuação; das atitudes e hábitos adquiridos com relação à aprendi-• zagem; das representações das tarefas propostas.• b) Formativa: o termo “avaliação formativa” foi introduzido por Scriven, em 1967, ao se referir aos procedimentos utilizados pelos professores, para adaptar o trabalho docente aos progressos e ne- cessidades dos alunos. A avaliação formativa permite constatar se os estudantes estão, efetivamente, atingindo os objetivos propos- tos, considerando que: aprender é um longo processo por meio do qual o aluno vai reestruturando seu conhecimento a partir das atividades que Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 15 19/12/2009 12:43:36 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 15 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 16 executa. Se um estudante não aprende, não é apenas porque não estuda ou não possui as capacidades mínimas, a causa pode estar nas atividades que lhe são propostas” (BORBA; SANMARTÍ, 2003, p. 30). A avaliação é uma modalidade que permite ao professor identifi- car deficiências na forma de ensinar, possibilitando reformulações em sua prática pedagógica, aperfeiçoando-a. O estudantetambém se beneficia com esse processo, pois passa a identificar seus erros e acertos. Afirma-se, portanto, que essa modalidade de avaliação tem por finalidade detectar os pontos frágeis do processo de ensi- no-aprendizagem. c) Somativa: determina o grau de domínio do estudante em uma determinada área do conhecimento, resultando em uma qualifi- cação que poderá ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada. A avaliação somativa consiste na classifi- cação dos estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento ao final de um conteúdo, na busca de aferir resultados e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino. No entanto, é preciso diferenciá-la da avaliação classificatória, oriun- da de uma concepção autoritária e excludente. É uma modali- dade vinculada à noção de medida e relacionada à compreensão de que é possível aferir objetivamente as aprendizagens escolares. Destaca-se, ainda, que, pior que uma avaliação classificatória, é a avaliação que não resulta em uma reflexão e/ou análise do desem- penho dos alunos. Para Borba e Sanmartí (2003, p. 32), essa modalidade de ava- liação [...] pode ter uma função formativa de saber se os alunos ad- quiriram os comportamentos previstos pelos professores e, em consequência, têm os pré-requisitos necessários para as aprendizagens posteriores ou para determinar os aspectos que deveriam ser modificados em uma futura repetição da mesma sequência de ensino-aprendizagem. Autores como Perrenoud (1999), Werneck (1996), Vilas Boas (2003), entre outros, consideram que a avaliação formativa é o modelo ideal para o efetivo rompimento com práticas avaliativas tradicionais. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 16 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 16 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 1 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 17 Concepções de avaliação Apesar da evolução dos estudos sobre a avaliação, no contexto es- colar esse processo acaba se desenvolvendo sob duas concepções anta- gônicas: a tradicional e a democrática. A concepção tradicional de avaliação utiliza-se periodicamente de instrumentos de medida, quantificação e registro dos resultados que não consideram os processos de aprendizagem e de desenvolvi- mento dos estudantes. Essa é uma maneira de olhar a avaliação que se preocupa mais com os resultados do que com o processo de apren- dizagem percorrido pelo estudante. Isso faz com que essa concep- ção receba várias críticas, pois favorece o desenvolvimento de ações competitivas, classificatórias e meritocráticas, durante o processo de ensino-aprendizagem. Mais uma vez, vale destacar que a função classificatória também desempenha papel importante no processo de avaliação da aprendiza- gem. As instituições de ensino estão organizadas em anos, séries e ciclos que possuem uma relação de conhecimentos que devem ser apreendi- dos pelo estudante durante o ano letivo. Nesse sentido, é fundamental verificar se o aluno incorporou verdadeiramente os conhecimentos, as habilidades e as posturas que integravam os objetivos propostos. To- davia, é preciso evitar que esse processo transforme-se em uma prática excludente e discriminatória, pois o mundo em que se vive necessita de cidadãos mais éticos e solidários. Nesse contexto, não há espaço para o individualismo e a exclusão. É importante que o conhecimento seja construído de forma autônoma e, para isso, é necessário que o estudan- te esteja inserido em um ambiente escolar em que ocorram interven- ções pedagógicas democráticas. É com essa compreensão que se desenvolve a concepção democrá- tica, na qual a avaliação deve ser um processo contínuo e paralelo ao processo de ensino-aprendizagem, permitindo identificar os progres- sos e dificuldades dos estudantes, além de possibilitar a reorganização dos procedimentos didático-pedagógicos (ROMÃO, 2005, p. 62). A concepção democrática utiliza-se, portanto, de métodos e ações carac- terísticos de uma avaliação qualitativa, diagnóstica, permanente e que respeita o ritmo individual de cada um. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 17 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 17 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 18 Uma estratégia que o professor pode utilizar nesse sentido é ela- borar em conjunto com os alunos as regras, os limites, os critérios de avaliação e as tomadas de decisão, possibilitando que estes assumam pequenas responsabilidades. Essa atitude demonstra uma mudança de paradigma na avaliação escolar e, consequentemente, resulta em uma nova cultura avaliativa. Contudo, é sempre importante lembrar que a avaliação deve contribuir positivamente para a construção do conhe- cimento, fazendo com que o aluno não apenas desenvolva o caráter, a consciência e a cidadania, compreendendo o mundo em que vive, mas que também seja preparado para o transformar. Assim, a avaliação passa a representar não o fim do processo de aprendizagem, mas a escolha de um caminho a percorrer, na busca de uma escola verdadeiramente democrática. Observe com atenção a síntese a seguir: Concepção Tradicional Quantitativa Classificatória Periódica Concepção Democrática Qualitativa Diagnóstica Permanente Percebe-se que mudar a concepção de avaliação é necessário e essa transformação implica alterar práticas tradicionais ainda realizadas nas escolas, (PERRENOUD, 1993, p. 84). Essa, porém, não é uma trans- formação fácil de acontecer, visto que a avaliação da aprendizagem ain- da se constitui como o principal mecanismo de sustentação da lógica do poder docente, sendo, infelizmente, legitimador do fracasso escolar. É preciso, nesse sentido, que o professor tenha um novo olhar so- bre o processo avaliativo, tendo consciência de que essa transformação passa pela reestruturação, quando necessário, de sua própria prática pe- dagógica. O quadro seguinte, organizado a partir das ideias de Luckesi (2005, p. 18-20), esboça um paralelo entre a concepção tradicional de avaliação e a concepção democrática, mais adequada aos objetivos da escola contemporânea. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 18 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 18 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 1 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 19 CONCEPÇÃO TRADICIONAL DE AVALIAÇÃO CONCEPÇÃO DEMOCRÁTI- CA DE AVALIAÇÃO Foco na promoção: o objetivo para os es- tudantes é a aprovação, a promoção. Em geral, logo no início do ano letivo, são es- tabelecidas as regras e os modos por meio dos quais as notas serão obtidas, para a promoção de uma série para outra. Resultado: as notas são registradas. Não importa como elas foram obtidas, nem o processo percorrido pelo estudante para obter o resultado. Considera a função da avaliação de forma simplista, apenas como aprovação ou reprovação, desvin- culando o processo de situações reais de aprendizagem. Foco na aprendizagem: o objetivo a ser perseguido pelo estudante é a aprendizagem por meio de atividades significativas. Resultado: a avaliação é um processo para se saber quais ob- jetivos da aprendizagem foram atingidos, quais ainda faltam e como o professor pode auxiliar seus alunos. Foco nas provas: as provas transfor- mam-se em objetos de pressão psico- lógica. O professor utiliza estratégias ameaçadoras e punitivas. Ex.: “Estu- dem! Caso contrário, vocês poderão se dar mal no dia da prova!” Resultado: as provas são utilizadas como um fator negativo de motivação. Os alu- nos estudam apenas para obter uma boa nota, desconsiderando a importância da aprendizagem e do saber. Resulta no de- senvolvimento de mal-hábitose compor- tamento físico tenso (estresse). Foco nas competências: o tra- balho pedagógico deve ter como meta o desenvolvimento de competências, formando indiví- duos críticos e autônomos. Resultado: a avaliação deixa de ser encarada somente um obje- to de obtenção de notas, mas se efetiva como instrumento de diagnóstico e acompanhamento do processo de aprendizagem. Estabelecimentos de ensino centrados nos resultados das provas e exames: há uma grande expectativa com o desem- penho dos estudantes para a promoção ou reprovação. Estabelecimentos de ensino centrados na qualidade do en- sino: os estabelecimentos de ensino desenvolvem um traba- lho pedagógico que garanta a efetiva aprendizagem. Nesse sentido, preocupam-se com o indivíduo em sua totalidade (percepção do mundo, criativi- dade, empregabilidade, intera- ção, criticidade, entre outros). Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 19 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 19 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 20 CONCEPÇÃO TRADICIONAL DE AVALIAÇÃO CONCEPÇÃO DEMOCRÁTI- CA DE AVALIAÇÃO Resultado: o processo educativo perma- nece oculto. Não se reflete sobre os mo- tivos que podem ter resultado no baixo desempenho dos estudantes. Resultado: o foco da escola pas- sa a ser a melhor aprendizagem possível de seus alunos. O sistema social contenta-se com as no- tas: as notas são suficientes para os qua- dros estatísticos, não importando a quali- dade e os parâmetros para sua obtenção. Implicação: não há garantia sobre a qua- lidade do ensino e o efetivo aprendizado dos estudantes, somente os resultados interessam. Sistema educacional preocupa- do com a questão social: perce- be-se que a educação é o cami- nho para se reverter a realidade excludente em que se vive. A educação passa a ser desenvol- vida em uma concepção demo- crática e humanizadora. Implicação: valorização da edu- cação, de resultados efetivos para o indivíduo. Avaliar deve ser, portanto, um processo que se efetiva por meio da verificação e reflexão dos conteúdos trabalhados em sala de aula. É preciso considerar que a concepção de avaliação da instituição e de seus profissionais, além de ocupar papel central nas relações que estabelecem entre a escola, alunos e famílias, também interfere na me- lhoria da educação e do ensino. Agindo-se desse modo, evita-se o de- senvolvimento de práticas escolares classificatórias, que resultem em exclusão do educando. Resumo Resumo Resumo ResumoResumo Resumo Resumo Resumo Neste capítulo, foram apresentadas diferentes concepções e funções da avaliação no contexto escolar. Trata-se de um processo que se desen- volve sobre duas visões antagônicas: a tradicional e a democrática. A concepção tradicional de avaliação propõe a quantificação e o registro dos resultados, sem considerar o processo de aprendizagem e Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 20 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 20 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 1 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 21 de desenvolvimento dos alunos. Na direção oposta, encontra-se a con- cepção democrática, que compreende a avaliação como um processo contínuo ao processo de ensino-aprendizagem, utilizando-se de proce- dimentos e ações característicos de uma avaliação qualitativa, diagnós- tica, permanente, com respeito ao ritmo individual de cada um e, con- sequentemente, identificando os progressos e dificuldades dos alunos. A avaliação também pode ser classificada em três modalidades: diagnóstica, formativa e somativa. A diagnóstica tem como principal objetivo determinar o nível de aprendizagem de cada estudante antes de iniciar um novo processo de ensino ou conteúdo. A avaliação forma- tiva é uma modalidade de avaliação que permite detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, possibilitando reformulações na prá- tica pedagógica. Já a avaliação somativa é uma modalidade vinculada à noção de medida e relacionada à compreensão de que é possível aferir objetivamente as aprendizagens escolares. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 21 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 21 of 100 APROVADO: _______________ Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 22 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 22 of 100 APROVADO: _______________ 23 O ser humano realiza aprendizagens durante toda sua existência. São aprendizagens decorrentes de seu desenvolvi- mento biológico e das interações sociais e culturais que realiza (LIMA, 2002). Quando se pensa em apren- dizagem, pensa-se logo em de- senvolvimento. Por isso, não raro, profissionais da educação e familiares relacionam o desen- volvimento dos educandos ao processo de “crescimento”. Todavia, exis- tem diferenças entre esses dois conceitos (SANTOS, 2008). Reflexões iniciais sobre o desenvolvimento O que significa e qual a importância do desenvolvimento para o processo de aprendizagem? Segundo Luckesi (2005, p. 126), “o de- senvolvimento do educando pressupõe o desenvolvimento das diversas facetas do ser humano: a cognição, a afetividade, a psicomotricidade e o modo de viver”. Portanto, se a escola é uma instituição social que tem por objetivo formar integralmente o sujeito, não há como desconside- rar a importância do acompanhamento do desenvolvimento humano. Assim sendo, cabe à escola desenvolver um trabalho pedagógico que favoreça o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas do educando. Processos e procedimentos da avaliação do desenvolvimento 2 Para melhor compreender os conteúdos que serão desenvolvidos neste capítulo, é impor- tante retomar a leitura dos conteúdos tra- balhados na disciplina Psicologia do Desen- volvimento. Outra sugestão para auxiliar é a leitura do seguinte texto: HARADA, J.; RESEGUE, R.; WECHSLER, R. Desenvolvimento da criança. Disponível em: <http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr- med/med3/2003/pediatria/matdid/pre_esc. doc>. Acesso em: 02 out. 2009. Saiba mais Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 23 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 23 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 24. Capacidade cognoscitiva corresponde aos processos psíquicos da ativida- de mental. A expressão cognoscitiva está relacionada ao processo de cogni- ção. A palavra cognição deriva do latim cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento por meio da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, percepção, classificação, reconhecimento e compreensão, e que são utilizados para o aprendizado de determinados sis- temas e soluções de problemas. É a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos. Luckesi (2005, p. 126) complementa: [...] capacidades, como as de analisar, compreender, sinteti- zar, extrapolar, comparar, julgar, escolher, decidir, etc. têm por suporte conhecimentos que, ao serem exercitados, produzem habilidades que, por sua vez, se transformam em hábitos. Como dito anteriormente, o desenvolvimento humano está rela- cionado aos aspectos qualitativos e tem muitos de seus estágios/aspectos determinados geneticamente. Para Rosa (1996, p. 40), o crescimento humano está diretamente relacionado a alguns aspectos quantitativos. Um exemplo dessa situação é o tamanho da mão de uma criança em comparação com a mão de um adulto. Segundo ele, “[...] a mão de um adulto normal é diferente da mão de uma criança não somente por cau- sa de seu tamanho.Ela é diferente, sobretudo, por causa de sua maior capacidade de coordenação de movimentos e de uso”. Considera-se que o aspecto quantitativo está relacionado à ação de men- suração, que corresponde ao ato de medir algo. Para tanto, são utilizados diferentes instrumentos, entre eles: balanças, calculadoras, hidrômetros, pluviô metro, cronômetros, termômetros, réguas, barômetros, amperíme- tros. No contexto escolar, a mensuração do processo de aprendizagem cor- responde às notas que são atribuídas aos alunos. Assim, a escola deve: compreender a diferença entre crescimento e desenvolvimento; ● Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 24 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 24 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 2 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 25 refletir sobre a concepção de avaliação da aprendizagem da ● instituição; ser coerente e responsável na avaliação do desenvolvimento ● dos alunos. A aquisição de novas habilidades está relacionada tanto à faixa etária da criança quanto às interações vividas com outras pessoas que integram o grupo social em que está inserida. Todo indivíduo, desde os primeiros momentos de vida, já se comporta como um agente ativo, que é influenciado e influencia aqueles com que convive. Compreender esse processo é necessário a todo profissional que atua no contexto educacional e essencial para o êxito do processo ava- liativo. Trata-se de um conhecimento que evita que o professor tenha interpretações e ações equivocadas sobre os resultados da aprendizagem de seus alunos, percebendo, fundamentalmente, que cada indivíduo é único, com ritmos próprios de desenvolvimento e de aprendizagem (GODOI, 2004, p. 37). Observação e avaliação do desenvolvimento do aluno O desenvolvimento pode ser considerado como a progressiva capacidade que o ser humano demonstra em realizar funções cada vez mais complexas. Esse progresso é objeto de estudo da psicologia, mas a escola e seus profissionais também exercem um importante papel na avalia- ção desse crescimento. Por meio do trabalho pedagógico realizado em sala de aula, é possí- vel identificar avanços ou dificuldades de cada um dos alunos, pois não há como separar as fases do desenvolvimento dos processos de aprendiza- gem. Todavia, é necessário destacar que, para que essa avaliação seja cor- reta e coerente, é preciso que o profissional da educação, especialmente o O senso comum é um saber que nasce na so- ciedade, na realidade vivida. É um saber muito simples e superficial que resulta dos hábitos, dos costumes, das práticas, das tradições, entre outros. É, portanto, um saber informal, que se adquire de maneira natural, espontâ- nea, através da convivência com os outros. Saiba mais Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 25 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 25 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 26 professor, estude continuamente; caso contrário, suas análises e conside- rações poderão estar fundamentadas no senso comum. Para que o desenvolvimento humano seja avaliado com coerência, uma boa estratégia é utilizar atividades diferenciadas, como brincadei- ras, jogos e observação da resolução dos deveres escolares e do círculo de amizades do estudante, percebendo-o integralmente. A partir dessas informações, em conjunto com a avaliação diagnóstica psicoeduca- cional e com a avaliação médica realizada pelo pediatra, será possível identificar quando o aluno não está desenvolvendo-se adequadamente, deixando de apresentar comportamentos ou realizar atividades caracte- rísticas de sua faixa etária. Piaget (1896-1980) foi um grande estudioso do desenvolvimento humano, caracterizando as diferentes fases e faixas etárias desse proces- so. Seus estudos, segundo Coll e Gillièron (apud LEITE, 1987, p. 30), tinham por objetivo “compreender como o sujeito se constitui enquan- to sujeito cognitivo, elaborador de conhecimentos válidos”. Os estudos de Piaget apesar de muitos utilizados pela escola não tinham a intencionalidade de formular uma teoria específica de aprendizagem. De acordo com Furtado, Bock e Teixeira (1999), Piaget dividiu em quatro os períodos evolutivos do ser humano, característicos das diferentes faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento. Cada uma dessas fases resulta em organizações mentais que caracteri- zam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o cerca. São elas: Sensório-motor (0 a 2 anos) ● – a criança desde seu nascimen- to depara-se com um crescente aumento de situações, objetos e pessoas. No bebê recém-nascido, as funções mentais limi- tam-se ao exercício dos reflexos inatos. Isso significa que o de- senvolvimento da criança se dá mediante a percepção e movi- mentos, como a sucção, o movimento dos olhos, entre outros. Progressivamente, em decorrência de seu desenvolvimento e crescimento, a criança vai aperfeiçoando os movimentos refle- xos e adquirindo novas habilidades (LA TAILLE, 2003). Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 26 19/12/2009 12:43:37 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 26 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 2 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 27 Pré-operatório (2 a 7 anos) ● – a principal característica que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-ope- ratório é o aparecimento da função simbólica, o aparecimento da linguagem. Piaget considera a linguagem como uma condição necessária, mas não úni- ca, ao desenvolvimento, pois, segundo La Taille, oliveira e Dantas (1992, p. 11-22), existe um trabalho de reorgani- zação da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, ou seja, é possível afirmar que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvol- vimento da inteligência. Vale destacar que, apesar de ocor- rerem transformações importantes, essa é uma fase marcada pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, em razão da ausência de es- quemas conceituais e da lógica. Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) ● – o egocentrismo intelectual e social, ou seja, incapacidade de compreender o ponto de vista dos outros, característico da fase anterior, cede espaço para a capacidade de estabelecer relações e coordenar diferentes pontos de vista, passando a integrá-los de modo lógico e coerente (RAPPAPORT, 1981). Outro aspecto ca- racterístico desse período é o aparecimento da capacidade de interiorizar as ações, significando a realização mental de ope- rações. Porém, é preciso destacar que, apesar de a criança já raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais quanto as ações executadas mentalmente referem-se, nessa fase, a objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta. Operações formais (a partir de 11 ou 12 anos) ● – nesta fase, a criança já consegue organizar hipóteses na medida em que é capaz de organizar esquemas conceituais abstratos, por meio dos quais executa operações mentais dentro de princípios da Se você apresentar a uma criança no estágio pré-operatório dois copos baixos com água até a borda e, posteriormente, transferir a água dos copos para dois copos altos, ela afir- mará que os copos altos possuem mais água que os copos baixos, mesmo a transferência tendo sido realizada diante de seus olhos. Saiba mais Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 27 22/12/2009 10:03:58 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 28 lógica formal. Com isso, adquire a capacidade de criticar os sistemas sociais e propornovos códigos de conduta, passando a questionar os valores morais que são impostos pelos pais. Em acordo com os ensinamentos de Piaget, nessa fase, o indiví- duo encontra-se em sua forma final de equilíbrio, alcançando o padrão intelectual que persistirá durante sua idade adulta, porém, sem ocorrer uma estagnação das funções cognitivas. O quadro a seguir apresenta algumas das ações/comportamentos característicos de cada faixa etária, que demonstram que a criança está se desenvolvendo adequadamente. Assim, é importante que o professor da Educação Infantil e do Ensino Fundamental esteja atento às atitudes e reações de seus alunos. 0 A 3 MEsEs Reação a barulhos altos.• Acompanha objetos e pessoas com os olhos.• Reconhece os pais.• Abre e fecha as mãos.• sorri e dá gritinhos.• suga os dedos.• 4 A 7 MEsEs Fica de bruços.• Ri quando algo lhe agrada.• Movimenta a cabeça em direção ao som.• Rola de um lado a outro.• Estende o braço para pegar objetos.• Apresenta equilíbrio quando colocado sentado.• Atira objetos ao chão.• 8 A 11 MEsEs Engatinha e senta sem apoio.• Fica em pé com apoio.• Aponta para objetos ou pessoas.• Reconhece sua imagem no espelho.• Bate palmas.• Joga beijo.• Verbaliza monossílabos “ma-ma”, “da-da”, “ne-ne”.• 1 A 2 ANOs Caminha sozinha, sem apoio.• Começa a realizar pequenas corridas.• Mostra senso de humor.• Identifica o próprio nome.• Cria frases curtas (a partir dos 18 meses).• Rabisca.• Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 28 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 28 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 2 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 29 2 A 3 ANOs Tira sozinho o sapato.• Chuta bola.• Abandona as fraldas.• Mexe nas coisas.• Testa a autoridade dos adultos.• Fala de si mesma na terceira pessoa.• Gosta de ter companhia para brincar.• 3 A 4 ANOs Coloca e tira roupas sozinha.• Constrói frases.• Brinca com outras crianças.• segura o lápis na posição correta.• Consegue pedalar.• Compreende a existência de regras gramaticais e • tenta utilizá-las. Conta histórias. • 4 A 5 ANOs Corta papel com tesoura.• Apresenta melhor domínio dos talheres.• Utiliza várias palavras em seu vocabulário.• Inventa histórias.• Identifica letras e números.• 5 A 8 ANOs É intuitiva.• Demonstra atitudes de cooperação.• Entende relações reversíveis, ou de transformações, • essenciais para os processos de socialização e de alfabetização. Classifica, agrupa fenômenos e objetos semelhantes • e diferentes (cores, formas geométricas). Relaciona diferenças (maior/menor; mais leve/mais • pesado). 8 A 11 ANOs É o período de escolarização.• Crescimento físico acontece mais lentamente do • que anteriormente. Diferenças entre os sexos começam a acentuar-se.• A criança desenvolve noções de tempo, espaço, • velocidade, ordem, casualidade. Ainda depende do mundo concreto para abstrair. • A escola, enquanto instituição responsável pela educação escola- rizada, desempenha importante papel no desenvolvimento de crianças Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 29 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 29 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 30 e adolescentes, especialmente daqueles que frequentam o Ensino Fun- damental. Além da sistematização dos saberes, também é espaço de construção de novas amizades e de novas relações sociais, referências que também interferem no desenvolvimento humano. Avaliação diagnóstica psicoeducacional No cotidiano escolar, o professor é o principal observador do de- senvolvimento dos estudantes. Por meio de sua observação, é possí- vel diagnosticar os avanços e as dificuldades dos alunos. Mas como o professor deve proceder ao perceber que um determinado aluno não está desenvolvendo-se adequadamente, ou apresenta uma dificuldade de aprendizagem? Primeiramente, é preciso verificar se a dificuldade é decorrente de problemas no desenvolvimento ou se resulta da metodologia de ensino utilizada pelo professor, afinal isso também pode acontecer. Cabe ao do- cente identificar o aluno que necessita de uma avaliação mais específica. Nesse processo, os profissionais da escola, em parceria com a famí- lia do aluno, devem estar atentos aos sinais que se manifestam no coti- diano escolar e familiar e que revelam problemas no desenvolvimento ou dificuldades de aprendizagem. É importante observar a forma como a criança comporta-se, sua postura, seus interesses no ambiente, o vín- culo e a interação com os pais ou responsáveis. Essa ação exige um olhar cuidadoso e responsável da criança. Para tanto, é necessário que a esco- la, ou o sistema, organize instrumentos de avaliação que, juntamente com atividades realizadas em sala de aula – organizadas em um relatório pelo professor – deverão ser encaminhados ao profissional avaliador. O detalhamento de informações é fundamental nesse processo. É relevante obter dados que estejam relacionados a possíveis predisposi- ções a distúrbios do desenvolvimento. As patologias genéticas e situações familiares também são relevan- tes, por isso a necessidade de se obter informações não apenas sobre a criança avaliada, mas sobre o contexto familiar e social onde se insere. São dados a serem investigados: a situação socioeconômica da família; ● Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 30 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 30 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 2 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 31 o responsável pelo acompanhamento e cuidados; ● a rotina de vida. ● Também é fundamental que a escola anteriormente tenha realiza- do o encaminhamento da criança ao médico pediatra ou especialista, relatando detalhadamente as dificuldades apresentadas, pois os resulta- dos dos exames médicos são fontes preciosas para auxiliar e subsidiar a análise e observação do profissional especialista que realizará a avaliação diagnóstica psicoeducacional. A avaliação diagnóstica psicoeducacional (ADP) é um processo de constru- ção que indica e orienta as ações pedagógicas da escola, além de propiciar a indicação para atendimentos especializados. Se bem realizada, a ADP irá apontar as reais potencialidades ou dificuldades do estudante, favorecendo o trabalho a ser desenvolvido posteriormente pela escola e pela família. A especificidade da ADP propicia a identificação de necessidades educacionais especiais. Nesse caso, a partir dos indicativos apontados, a escola deverá desenvolver ações e projetos pedagógicos específicos, que garantam respostas educativas adequadas às diferentes necessidades dos estudantes e da própria instituição educacional. Uma das principais ações pedagógicas a ser realizada pela esco- la no atendimento de alunos que apresentam necessidades específicas de aprendizagem e que resultará numa maior coerência do processo avaliativo é a realização de adaptações curriculares, modificações do planejamento, objetivos, atividades e formas de avaliação, no currículo como um todo ou em aspectos dele, para acomodar os alunos com necessidades especiais. De acordo com o MEC/SEESP/SEB, essas adaptações curriculares devem acontecer em três diferentes níveis: adaptações no nível do projeto pedagógico (currículo escolar) ● que devem focalizar, essencialmente, a organização escolar e os serviços de apoio. Propiciam condições estruturais que pos- sam ocorrer em sala de aula e individualmente; Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 31 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 31 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da AprendizagemFAEL – Faculdade Educacional da Lapa 32 adaptações relativas ao currículo da classe, que se referem, ● principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala de aula; adaptações individualizadas do currículo, que focalizam a atua- ● ção do professor na avaliação e no atendimento a cada aluno. Vale destacar que o resultado da ADP deve ser encarado como estratégia para o desenvolvimento e aprimoramento do processo de en- sino-aprendizagem, e não como rótulo para o estudante, ocasionando, consequentemente, atitudes de preconceito e exclusão. Resumo Resumo Resumo ResumoResumo Resumo Resumo Resumo No acompanhamento da aprendizagem do educando, o professor deve conhecer os diferentes processos que envolvem a construção do co- nhecimento. Além dos aspectos relacionados ao trabalho pedagógico, é preciso considerar as etapas do desenvolvimento humano, e dessa forma evitar interpretações e ações equivocadas sobre os resultados de aprendi- zagem de seus alunos, pois cada indivíduo é único, com ritmos próprios de desenvolvimento e de aprendizagem (GODOI, 2004, p. 37). Os ensinamentos de Piaget sobre o desenvolvimento humano re- sultaram na elaboração de quatro diferentes fases do desenvolvimento das crianças que exigem do indivíduo organizações mentais especí- ficas e, consequentemente, caracterizam o crescimento. No contexto escolar, o professor é o principal observador do desenvolvimento dos estudantes e, portanto, deve se utilizar dessas informações para diag- nosticar os avanços e as dificuldades de seus alunos. Essa ação exige um olhar cuidadoso e responsável para com o edu- cando. A partir dos registros e análises realizados, a escola encaminhará o aluno para uma avaliação diagnóstica psicoeducacional, processo que possibilita a identificação de necessidades educacionais especiais. Nesse caso, a escola deverá desenvolver ações e projetos pedagógicos específi- cos, que garantam encaminhamentos adequados às diferentes necessi- dades dos estudantes e da própria instituição educacional. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 32 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 32 of 100 APROVADO: _______________ 33 Atualmente, os teóricos e a maioria dos profissionais da educa- ção já encaram a avaliação da aprendizagem como um processo peda- gógico que deve refletir sobre o desempenho do aluno nas diferentes áreas do conhecimento, e, portanto, relacionado aos objetivos da ação educativa, aos conteúdos, metodologia e outros. Ao avaliar é preciso compreender que se trata de um processo que deve estar relacionado às aprendizagens realizadas. Para tanto, alguns fatores são determinantes para o êxito da avaliação: instrumentos ade- quados, objetivos claros, conteúdos significativos e contextualizados, prática democrática e formação continuada do professor. A avaliação deve orientar, se necessário, o redimensionamento do planejamento e a ação docente. A avaliação é muito mais do que apenas atribuir notas e conceitos aos alunos. Ela deve ser sinônimo de uma ação ética, democrática, comprometida com a construção do conhecimento e do desenvolvimento das capacidades e habilida- des dos educandos. Uma escola verdadeiramente preocupada com a aprendizagem de todos, trabalha em prol e valoriza as potencialida- des de seus alunos. Equívocos no processo de avaliação da aprendizagem O processo de escolarização, independente do sucesso ou fracasso do estudante, é responsável pela transformação das experiências vi- venciadas. Quando o professor propõe aos seus alunos um projeto ou Processos e procedimentos da avaliação da aprendizagem 3 Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 33 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 33 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 34. um assunto, não está apenas cumprindo o currículo. Segundo Lima (2002, p. 27), Ele está intervindo nos processos de desenvolvimento que es- tão em progresso em cada um de seus alunos. Desta forma, sua ação tem inúmeras consequências que não são visíveis nem imediatamente tangíveis, extrapolando a mera transmissão e recepção de informações. No entanto, quando se trata de avaliar a aprendizagem, ainda são frequentes alguns equívocos, especialmente sobre os aspectos qualitativos e quantitativos da avaliação. Libâneo (1994, p. 198-199) relaciona-os: Equívoco 1 ● – considerar a aplicação de provas e testes e con- sequente atribuição de notas como sinônimo de avaliação. É uma compreensão equivocada de muitos professores que se vangloriam de aprovar ou reprovar seus alunos, além de ser uma atitude que ignora a complexidade de fatores que envolvem o ensino, tais como os objetivos de formação, os métodos e procedimentos do professor, a situação social dos alunos, as condições e meios de organização do ensino, os requisitos prévios que têm os alunos para assimilar matéria nova, as diferenças individuais, o nível de desenvolvimento intelectual, as dificuldades de as- similação devidas a condições sociais, econômicas, culturais adversas ao alunos (LIBÂNEO, 1994, p. 198). Equívoco 2 ● – a utilização da avaliação como premiação aos “bons” alunos e castigos aqueles considerados desinteressados e indisciplinados. Costuma-se atribuir pontos a comporta- mentos e, não raro, reprova-se o aluno por décimos. Equívoco 3 ● – o professor superestima sua capacidade de ava- liar os alunos, dispensando a realização de avaliações e registros formais. Os destinos dos alunos acabam sendo definidos pelo professor no início do ano letivo, quando já determina aqueles que passarão de ano e os demais que serão reprovados. Equívoco 4 ● – o professor rejeita qualquer forma de quanti- ficação dos resultados de aprendizagem, só valorizando ava- liações qualitativas. Considera que as provas prejudicam o de- senvolvimento e a criatividade do aluno. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 34 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 34 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 35 Os equívocos apresentados mostram posicionamentos extremos na concepção de avaliação. Quando ocorre a valorização do aspecto quan- titativo, a avaliação é mal utilizada e vista como sinônimo de medida. Na supervalorização apenas de aspectos qualitativos, a avaliação, segun- do Libâneo (1994, p. 199), “se perde na subjetividade de professores e alunos, além de ser uma atitude muito fantasiosa quanto aos objetivos da escola e à natureza das relações pedagógicas”. Uma concepção correta de avaliação deve integrar, em diferentes momentos, os aspectos quantitativos e qualitativos. Observação e avaliação da aprendizagem do aluno Os resultados do processo de ensino-aprendizagem nem sempre acabam em sucessos e aprovações. Frequentemente, no cotidiano da sala de aula, os alunos deparam-se com conteúdos que não são assimi- lados facilmente e que ocasionam dificuldades de aprendizagem. Nesse contexto, todos os envolvidos no processo educativo – professores, pedagogos, alunos, pais – devem estar atentos a even- tuais dificuldades, observando atentamente, registrando e relatando as situações em que elas ocorrem, pois podem ser causadas por dife- rentes fatores. A apropriação dos conteúdos trabalhados também é determinante nesse processo, mas também é preciso considerar outros aspectos, entre eles a hereditariedade, pois os fatores genéticos e a consequente matu- ração biológica são determinantes para a aprendizagem. Em geral, é mais fácil avaliar o “bom” aluno. A dificuldade está na avaliação daqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem. Como a escola deve se organizar para realizar com êxito essa avaliação?Cabe ao pedagogo, ou ao professor, realizar uma série de ati- vidades pré-organizadas com o aluno a ser avaliado. Essa avaliação servirá de subsídio para posterior realização da avaliação diagnóstica psicoeducacional. Observe com atenção um modelo proposto, embasado em do- cumentos anteriormente utilizados na Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 35 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 35 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 36 FICHA DE ROTEIRO DE DESEMPENHO ACADÊMICO I. Dados de Identificação Nome completo (aluno): • __________________________________ Data de nascimento: ____/____/____• Endereço: ______________________________________ n.:• ____ CEP: _________ Bairro: ________________ Telefone: __________ Responsável pelo acompanhamento escolar:• ____________________ Profissão: _________________ Local de trabalho: ______________ Telefone de contato: _____________________ (preencher se for ou- tra pessoa que não seja a mãe ou o pai) Filiação:• Pai: ________________________________________ Idade: ____ Profissão: _________________ Local de trabalho: _____________ Telefone de contato: ______________ Mãe: _______________________________________ Idade: ____ Profissão: _________________ Local de trabalho: _____________ Telefone de contato: ______________ Observações:• __________________________________________ II. Histórico escolar Instituição de ensino: ____________________ Telefone: • ________ Frequenta a escola: ( ) Período regular – ( ) manhã ( ) tarde ( ) Período integral CMEI/ Ed. Infantil Ano Turno Idade Local Professor/ Educador Observações 0 a 1 ano 1 a 2 anos Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 36 19/12/2009 12:43:38 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 36 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 37 2 a 3 anos 3 a 4 anos 4 anos 5 anos 6 anos1 ESCOLA/ Ens. Fund. (ciclo/ série/ano) Ano Turno Idade Local Professor/ Educador Observações 1º ano ( ) 1ª série ( ) 2º ano ( ) 2ª série ( ) 3º ano ( ) 3ª série ( ) 4º ano ( ) 4ª série ( ) 5º ano ( ) Observações necessárias Sim Não Ano Letivo Número de vezes Observações Mudança de escola Mudança de professor Mudança de turma Mudança de turno Número de faltas até a presente data Encaminhamento/ Acompanhamento ao Conselho Tutelar Inclusão no ensino regular Apoio pedagógico Adaptação curricular 1 Considerando a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos é preciso atualizar o modelo para os estudantes que ingressaram aos 6 anos no EF. Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 37 22/12/2009 10:09:59 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 38 III. Desenvolvimento (faça as observações considerando a faixa etária) Sociabilidade e Atitudes Sim Não Dificuldades Observações Demonstra relacionar-se harmoniosamente com seus familiares Relaciona-se harmoniosamente com os colegas de turma Relaciona-se harmoniosamen- te com os colegas de outras turmas Relaciona-se harmoniosamen- te/adequadamente com os professores Relaciona-se harmoniosamen- te/adequadamente com os funcionários da escola Trabalha cooperativamente em grupo Demonstra liderança de grupo em ações/produções de forma positiva Incita os colegas a realização de ações inadequadas Ouve com atenção Age em acordo com as regras de educação e normas de convivência socialmente estabelecidas Demonstra independência/ autonomia na realização de atividades/trabalhos individuais Realiza as atividades propostas em sala de aula Realiza as atividades encami- nhadas como tarefa de casa Demonstra interesse em realizar as atividades propostas Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 38 19/12/2009 12:43:39 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 38 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 39 É cuidadoso(a) e organizado(a) na realização das atividades propostas Demonstra organização e capri- cho com os materiais escolares Respeita as regras estabeleci- das pela instituição Respeita as diferenças do outro Demonstra responsabilidade no ambiente escolar Demonstra cuidados pessoais e hábitos de higiene Mantém nível adequado ( ) / aceitável ( ) de atenção e concentração Demonstra tendência a ficar sozinho Demonstra agitação contínua Adapta-se facilmente a novas situações É faltoso Apresenta sequência na aprendizagem Apresenta algum outro tipo de comportamento que necessita ser relatado? Qual(is)? Quando ocorre(m)? O que provoca esse(s) tipo(s) de comporta- mento? Por que ocorre(m)? Acompanha o ritmo da turma ao realizar as atividades propostas: ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 39 22/12/2009 10:10:45 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 4.0 IV. Conhecimentos básicos nas áreas de conhecimento Identifica cores ( ) vermelho ( ) amarelo ( ) azul ( ) verde ( ) laranja ( ) roxo ( ) marrom ( ) branco ( ) preto Observações: Nomeia cores Quais? Observações: Grandeza ( ) pequeno ( ) médio ( ) grande ( ) maior ( ) menor Observações: Compri- mento ( ) comprido ( ) curto Observações: Espessura ( ) grosso ( ) fino Observações: Largura ( ) largo ( ) estreito Observações: Quantidade ( ) mais ( ) menos ( ) pouco ( ) muito ( ) cheio ( ) vazio Observações: Igualdade ( ) igual Observações: Altura ( ) alto ( ) baixo Observações: Peso ( ) pesado ( ) leve Observações: V. Linguagem e Raciocínio lógico Compreensão/Expressão oral Sim Não Às vezes Dificuldades Expressa suas ideias com clareza e coerência Apresenta sequência lógica no relato de fatos Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 40 19/12/2009 12:43:39 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 40 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 41 Argumenta logicamente Responde adequadamente às perguntas realizadas Compreende instruções dadas/ ordens simples Segue as instruções dadas Demonstra apropriar-se de novas palavras, ampliando seu vocabulário Demonstra memorizar fatos, situações, conteúdos Mantém o olhar fixo no rosto das pessoas enquanto falam Utiliza gestos em sua comunicação Reconta histórias anteriormen- te ouvidas Produz textos oralmente Relata fatos de seu cotidiano A fala é: Sim Não Às vezes Observações muito baixa muito alta muito lenta muito rápida rouquidão sialorreia (baba) infantilizada voz nasalada gagueira Quando ocorre? troca de fonemas Quais? Leitura: Sim Não Às vezes Observações identifica letras do alfabeto Quais? nomeia letras do alfabeto Quais? reconhece o som das letras do alfabeto Quais? reconhece que as palavras são formadas por sílabas Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 41 22/12/2009 10:11:53 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 42 Leitura: Sim Não Às vezes Observações identifica as sílabas das palavras lê palavras formadas pelo pa- drão silábico (consoante/vogal) lê palavras formadas pelo padrãosilábico (consoante/ consoante/vogal) lê palavras formadas pelos demais padrões silábicos lê textos (quadrinhos, adivi- nhas, narrativas curtas, trava- línguas e outros) interpreta oralmente o texto lido interpreta oralmente a história ouvida Escrita: Sim Não Às vezes Observações utiliza-se do desenho como forma de representação das ideias veiculadas faz garatujas (rabiscos) faz garatujas (forma contro- lada) pré-esquemático: primeiras tentativas de representação do desenho pré-esquemático: desenho de figura humana pré-esquemático: desenho de objetos diferencia letras, números e desenhos escreve corretamente seu nome representa graficamente as letras do alfabeto Quais? utiliza letras aleatoriamente para a escrita da palavra Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 42 22/12/2009 10:11:53 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 43 interpreta oralmente a história ouvida apresenta trocas de letras auditivamente semelhantes na escrita Quais? apresenta trocas de letras visual mente semelhantes na escrita Quais? produz textos com organização frasal, com auxílio produz textos com organização frasal, individualmente copia atividades apresentadas no quadro de giz copia atividades apresentadas em livros didáticos utiliza o espaçamento correto entre as palavras demonstra organização das ideias ao escrever Matemática: Sim Não Às vezes Observações ordenação (por tamanho, comprimento, largura) classificação de objetos apresenta noção de tempo – começo/meio/fim apresenta noção de tempo – ontem/hoje/amanhã apresenta noção de tempo – dias da semana apresenta noção de tempo – meses apresenta noção de tempo – ano reconhece formas – quadrado reconhece formas – retângulo reconhece formas – triângulo reconhece formas – círculo Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 43 22/12/2009 10:11:53 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 44 Matemática: Sim Não Às vezes Observações percebe diferenças entre as formas compreende o número como representação de uma quanti- dade estabelece relação entre antecessor e sucessor identifica corretamente os numerais até ____ lê corretamente os numerais até ____ traça graficamente corretos os numerais realiza agrupamentos em bases diferentes compreende o valor posicional realiza composições e decomposições realiza adição na ordem da unidade realiza adição na ordem da dezena realiza adição com reserva realiza subtração realiza subtração na ordem da unidade realiza subtração na ordem da dezena efetua subtração com recurso demonstra realizar mental- mente cálculos proporcionais demonstra possuir noção da ideia de multiplicação realiza multiplicação possui noção da ideia da divisão realiza divisão Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 44 22/12/2009 10:11:53 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 45 resolve oralmente situações- problema resolve situações-problema com registro Registre como o estudante se manifesta nas áreas: geografia: • ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ciências:• ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ história:• ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ensino da Arte:• ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ informática:• ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 45 22/12/2009 10:11:53 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 4ª PROVA - 22/12/2009 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 4.6 Educação Física – aspectos motores Sim Não Observações Conhece/nomeia as partes do corpo ( ) Cabeça ( ) Pernas ( ) Tronco ( ) Mãos ( ) Braços ( ) Pés ( ) Outro Lateralidade: possui dominância lateral definida ( ) direita ( ) esquerda ( ) ambides- tro Organização e orien- tação espacial Localiza-se/compreende: ( ) em cima ( ) embaixo ( ) dentro ( ) fora ( ) ao lado ( ) frente ( ) atrás ( ) entre ( ) direita ( ) esquerda Equilíbrio: mantém equilíbrio em plano ligeiramente elevado? Tropeça ou cai com frequência? Ritmo: segue o ritmo de uma música com movimentos corporais? Coordenação motora: realiza as atividades motoras básicas? ( ) andar ( ) correr ( ) saltar ( ) de manipulação ( ) agarrar ( ) arremessar ( ) chutar Compreende regras simples do jogo? Destaque interesses e habilidades manifestadas pelo estudante (altas habi- lidades): ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 46 19/12/2009 12:43:40 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 46 of 100 APROVADO: _______________ Capítulo 3 Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem 4.7 VI. Avaliações clínicas encaminhadas pela instituição Especialidade Encaminha- mento realizado pela escola Inicia- tiva da família Realizou avalia- ção Diagnós- tico Fez/faz acompanha- mento Pediatria Neurologia Psiquiatria Oftalmologia Otorrinolaringo- logia Audiometria Fisioterapia Ortopedia Endocrinologia Fonoaudiologia Psicologia Pedagogia Especializada Outras ______________ VII. Família e escola ( ) Os pais/responsáveis participam de reuniões pedagógicas. ( ) Os pais/responsáveis participam das atividades festivas da escola. Os pais comparecem à escola: ( ) quando solicitados. ( ) sem serem solicitados. ( ) não comparecem. ( ) comparecem quando intimados pelo Conselho Tutelar. ( ) outro: ______________________________________________ Aval_Desenv_Aprend_LIVRO.indd 47 19/12/2009 12:43:40 02 PEDAGOGIA - 5º PERÍODO - 3ª PROVA - 19/12/2009 - Page 47 of 100 APROVADO: _______________ Avaliação do Desenvolvimento e da Aprendizagem FAEL – Faculdade Educacional da Lapa 4.8 Outras informações importantes sobre a organização familiar: ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ Profissionais que participaram do preenchimento deste documento: Nome Função Assinatura Obs.: ao encaminhar o estudante
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