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AULAS PRÁTICAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM
OLIVEIRA, Jose Marcos de[1: Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 18 de janeiro de 2017.]
RU: 1323790
		RICETTI, Rogéria Maria[2: Professora orientadora do Centro Universitário Internacional UNINTER.]
RESUMO
Este artigo tem como temática o ensino na modalidade da EJA-Educação de Jovens e Adultos, onde e realizado um panorama da educação dessa modalidade desde o Brasil colônia até a atualidade, as mudanças ocorridas nesse período e as expectativas com a Lei que regulamentou esse ensino no país, faz menção das práticas metodológicas executadas e da necessidade das mudanças na metodologia de ensino inserindo atividades práticas como uma ferramenta facilitadora da aprendizagem. Visto que essa forma educativa estimula a criatividade e a reflexão, proporcionando um aprendizado mais significativo aos discentes. O educador é ativamente participativo como estimulador e mediador do processo, pois promove situações de aproximação do aluno com a realidade através de atividades práticas. Este artigo visa estimular professores e alunos a desenvolverem atividades experimentais como instrumento de promoção de um melhor desempenho na aprendizagem do conteúdo nas aulas de Ciências. A pesquisa revelou que a atividade prática, desenvolvida atrelada a teoria, propicia uma aprendizagem mais significativa, bem como estimula os alunos a realizarem tarefas e a serem mais ativos e autônomos durante as atividades em sala de aula. 
Palavras-chave: EJA. Praticas. Metodologia. Aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos EJA é uma modalidade da educação básica que perpassa o ensino fundamental e médio, possibilitando e oportunizando para tantos quantos queiram o acesso ao conhecimento científico teoricamente programado. Essa modalidade abre um leque de expectativas para Homens e mulheres iniciarem ou dar continuidade aos estudos, a lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional lei 9.394/96, garantir esse direito àqueles que foram de alguma forma foram afastados da sala de aula ou que não tiveram oportunidade de acessá-las em idade própria.
São vários os fatores que muitas vezes dificultam à alfabetização na idade certa, dentre os principais destacam-se: a necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família e o desinteresse pelos conteúdos motivados pelo não entendimento da disciplina promovida por uma metodologia de ensino tradicional. Diante da necessidade de uma qualificação profissional para se inserirem no mercado de trabalho, estudantes de várias idades procuram na EJA-Educação de Jovens e Adultos, uma forma de continuar estudando. Mesmo esse ensino sendo ofertado pelo poder publico nas escolas públicas, a legislação vigente, em termos de acesso define a idade mínima para que o jovem ingresso nessa modalidade de ensino, que é de 15 anos completos para o ensino fundamental, visto que na maioria das cidades esse ensino e ofertado a noite e de 18 anos para o ensino médio.
Quando os alunos estão em sala de sentem se desmotivados, pois na maioria das vezes não compreende o conteúdo e termina evadido da escola. Objetivando desenvolver na Educação de Jovens e Adultos-EJA, aulas práticas como ferramenta metodológica para facilitar a aprendizagem, despertar a motivação para aprender e consequentemente reduzir a evasão escolar, essas aulas praticas podem ser experimentais ou não, mas precisam ser relacionadas com o cotidiano do aluno, ou seja, o aprendiz tem que ver significado no que estar sendo ensinado de forma que ele veja onde pode aplicar esse ensino no seu dia-dia.
O papel da escola constitui-se em preparar o aluno para as diversas situações da vida, porém atualmente a educação está sendo muito comentada, pois há alguns anos, e cada vez mais, vem se buscando alternativas de tornar os métodos de aprendizagem mais significativos, que promovam a autonomia das pessoas e principalmente desperte o interesse dos estudantes em aprender. Para tanto, se faz necessário à utilização de diferentes métodos e estratégias para o desempenho do processo de ensino-aprendizagem, interligando os conteúdos abordados em sala de aula, às vivências dos alunos e com os avanços tecnológicos. 
	O presente artigo foi norteado por uma pesquisa bibliográfica realizada em livros, revista, sites, artigos e depoimentos que fomentam a importância de aulas práticas como instrumento facilitador da aprendizagem, principalmente na modalidade de ensino de Jovens e Adultos-EJA, essa ferramenta facilita e amplia a socialização da aprendizagem, ao mesmo tempo em que desperta e motiva a vontade d aprender e consequentemente reduzir a evasão escolar. 	 
	Durante o estágio supervisionado na escola municipal Caminho do Futuro e em conversa coma direção da escola percebeu-se que é considerável o número de alunos que desiste durante o ano letivo no ensino regular, esse percentual é ainda maior na modalidade Jovem e Adulto. Quando o ano letivo começa, as salas de aulas ficam lotadas e a procura por vagas é intensa, mas à medida que os meses passam, percebe-se que, muitos alunos já não frequentam mais as aulas mesmo antes de finalizar o primeiro semestre. Esse problema se agrava ainda mais no decorrer do segundo semestre, pois o número de alunos que finalizam o ano letivo é pequeno quando comparada com o número de matriculas.
	O projeto que originou esse artigo foi apresentado à coordenação e aos professores da Escola Municipal Caminho do Futuro. Acreditando que a ampliação da prática pedagógica e inserção da aplicabilidade dos conteúdos ao cotidiano dos educando por meio de aulas práticas, pode elencar uma nova perspectiva de aprendizagem para professores e alunos. Sendo assim, justifica-se esse projeto pela sua relevante no sensibilizar e despertar dos professore e coordenadores sobre a importância de inserir aulas práticas nos planos de aula e colocar essa metodologia em prática. Para tanto serão apresentados argumentos de teóricos, que defendem e incentivam essa metodologia nas escolas e os mesmo Serviram como norteadores desse artigo, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional lei 9,394/96, bem como livros, sites, revistas e artigos que abordam esse relevante tema.
2 BREVE HISTÓRICO DA EJA NO BRASIL
A história educacional de jovens e adultos Brasileira ainda é muito recente. Embora venha acontecendo de forma assistemática desde o período do Brasil Colônia, só assumiu um papel de destaque com a Constituição Federal de 1934. No Brasil não havia iniciativas governamentais no sentido de oferecer educação gratuita para aqueles que não estudaram na idade certa, o ensino no país teve início com a Companhia de Jesus e os padres Jesuítas em 1549. Porém a educação proposta e desenvolvida pelos Jesuítas tinha punho unicamente religioso. Conforme informa Ghiraldelli (2008).
Aos Jesuítas coube, praticamente, o monopólio do ensino escolar no Brasil durante um tempo razoável. Algo em torno de duzentos anos. Durante esse tempo, eles fundaram vários colégios com vista à formação de religiosos. Ainda que os filhos da elite da colônia não quisessem, todos eles, se tornar padres, tinham de se submeter a tal ensino. (GHIRALDELLI, 2008, p. 25). 
 	A política governamental educacional para o país tem seu início com a vinda da família real para o Brasil em 1808 e no decorrer desse mesmo século, os debates e os projetos tentaram colocar a educação popular em foco e com ela a obrigatoriedade e gratuidade do ensino. Houve então a necessidade de que o país desenvolvesse um projeto de alfabetização da população iletrada, Visto que os altos índices de analfabetismo constituíam uma vergonha nacional e um dos indicadores do subdesenvolvimento do país. Motivo pelo qual se fazia imediatamente necessária algumas reformas educacionais.
	Nesse contexto a população pobre era a mais atingida pela falta de acesso à escola, principalmente as mulheres pobres. Alfabetização de jovens e adultosnão é somente um ato de ensino e aprendizagem é acima de tudo, uma construção de perspectiva e mudança. No Brasil colônia, quase não existia escolas e as poucas que tinham era privilégio das classes mais abastadas. Nessas famílias os filhos possuíam acompanhamento escolar desde a infância, não havendo, portanto a necessidade de uma alfabetização para jovens e adultos. Ghiraldelli (1990) afirma.
As poucas escolas públicas existentes nas cidades eram frequentadas pelos filhos das famílias de classe média. Os ricos contratavam preceptores, geralmente estrangeiros, que ministravam aos filhos ensino em casa, ou os mandavam a alguns poucos colégios particulares, leigos ou religiosos, funcionando nas principais capitais, em regime de internato ou semi-internato. (GHIRALDELLI, 1990, p. 26).
	Contudo, a educação que atualmente é conhecida como educação de jovens e adultos tomou impulso após ser verificado que mais de 85% da população no final do século XIX era analfabeta e para ampliar o acesso dessa população nas eleições e reduzir o analfabetismo que era motivo de subdesenvolvimento e considerado vergonha nacional. Sobre esse assunto Souza (2012) esclarece que:
O adulto iletrado marcava uma sociedade então bastante subdesenvolvida. Era tratado como ser ignorante e como sujeito que precisava ser ajustado socialmente, e a educação era um dos caminhos para superar o atraso, que se dizia no campo da politica, encontrada a sociedade brasileira. (SOUZA, 2012, p.37). 
Com a família real no Brasil, o Império promove ações, foram criados cursos profissionalizantes em nível médio e superior. Também foram abertas escolas noturnas para ensino de adultos com cursos normalmente de curta duração. Todas as mudanças implantadas tinham como principal finalidade tornar o ambiente o mais parecido com a corte portuguesa. E para organizar esse projeto de escolarização no Império estruturou o ensino em três níveis conforme Ghiraldelli (2012).
O ensino no Império foi estruturado em três níveis: primário, secundário e superior. O primário era a escola de “ler e escrever”, que ganhou um incentivo da Corte e aumentou suas disciplinas consideravelmente. O secundário se manteve dentro do esquema das “aulas régias”. (GHIRALDELLI 2012, p.28). 
No ano de1970, a educação para adultos, surgi em um movimento de alfabetização chamado de Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), na tentativa de erradicar o analfabetismo, esse método tinha como foco o ato de ler e escrever, metodologia que se assemelhava a de Paulo freire com codificações, cartazes com famílias silábicas, quadros e fichas. Porém, não utilizava o diálogo como a de Freire e não se preocupava com a formação crítica dos educandos. Visto que no contexto político a educação libertadora ou educação popular enfrentou a repressão e desmobilização diante das iniciativas governamentais que adentraram o cenário nacional. Para Souza (2012).
O MOBRAL tinha três características básicas: interdependência institucional e financeira face aos sistemas regulares de ensino e aos demais programas de educação de adultos. Articulação de uma organização operacional descentralizada, apoiada em comissões municipais incumbidas de promover a realização da campanha nas comunidades; centralização das orientações do processo educativo. (SOUZA 2012, p. 51).
Ainda na década de 70, o ensino supletivo foi inserido, e os centros de ensino complementaram a atuação do MOBRAL, estendendo a escolaridade além das primeiras séries. Foram vários os programas e projetos que abordavam a educação de jovem e adulto um deles foi o Programa Nacional de Alfabetização e cidadania- PNAC. A Educação para Jovens e Adultos é marcada pela relação de domínio e humilhação estabelecida historicamente entre a elite e as classes populares, uma concepção que nasce da relação entre conquistador e conquistado.
Em virtude dessa concepção, o Brasil é marcado por relações de trabalho predominantemente rural até meados do século XX. A ideia que se tinha era de que para trabalhar no campo não era preciso estudo. Em virtude desse pensamento e por muitos anos a população ficou sem acesso à educação, mesmo porque não existiam escolas, principalmente nas localidades mais distantes do núcleo urbano. Diante da pobreza e da concentração de renda, uma grande parcela de jovens insere-se no trabalho desde muito cedo. Souza (2012), esse é um dos vários fatores que contribui ao lado de tantos outros, para a repetência e a desistência escolar. 
Outro motivo apontado por Souza (2012) é a frágil formação articulada com uma difícil prática educacional, com isso abre-se espaço para a reprodução da prática educacional “bancária”, conforme sistematizou Paulo Freire. Uma vez que esse tipo de prática contribui para o desanimo entre aqueles que estudam principalmente no período noturno. Outro problema na educação de jovens e adultos, é que o ensino era ministrado nos moldes da metodologia desenvolvida com crianças, onde o aluno não sabia nada e o professor era detentor do saber. Freire (1987) enfatiza que: 
Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro. (FREIRE, 1987, p.33). 
Com essa concepção tradicional de ensino, a alfabetização de adultos tornava-se semelhante à educação das crianças, e passa a existir uma preocupação excessiva com as técnicas de ensino, pois os conteúdos são descolados da realidade social dos educandos, havendo um distanciamento entre professor e aluno, bem como uma concepção técnica da oralidade, da escrita e leitura, sendo essas últimas duas compreendidas como decodificação de símbolos.
No ano de 1940 a educação de adultos assume um ato legal e apenas em 1971 a EJA aparece pela primeira vez em capítulo específico de uma lei federal de educação (BRASIL, 2015). Também pela primeira vez aparece em lei a preocupação com a necessidade de qualificação dos profissionais que nela atuam. Em 1988 a pressão popular por educação e escolas melhores e em maior quantidade levou a Constituição Federal a estender o direito à educação básica aos jovens e adultos como um dever do estado, afirmando sua obrigatoriedade e gratuidade. De acordo com Constituição Federal do Brasil no artigo 208 (2015).
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. (BRASIL, 2015, p.77).
Somente em 1996 a Lei de Diretrizes e base da Educação Nacional-LDB, traz dois capítulos que regulamentam toda a educação do EJA no Brasil. Ela promove a obrigatoriedade e gratuidade do ensino para jovens e adultos em toda a educação básica inclusive para aqueles que não puderam efetuar os estudos na idade regular, e oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, essa legislação se configura uma verdadeira vitória para a população.
Embora tenha havido enumeras conquista nesse campo de escolarização, o número de pessoas que não sabem ler e escrever ainda é bastante grande, o percentual de jovens e adultos que estão fora das salas de aula continua sendo motivo de preocupação, Entende-se que: não é necessário somente dar acesso a esses estudantes, também é preciso que eles tenham condições de permanecer na escola. Com base na experiência ou em pesquisas sobre o tema, sabemos que os motivos que levam os jovens e adultos à escola referem-se predominantemente às suas expectativas de conseguir um emprego melhor.
2.1 TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
	A teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel apud Moreira (1999) surgiu em meados da década de 60, quando as escolas ainda estavam no auge da influência behaviorista, e o ensinoe aprendizagem eram examinados como estímulos, respostas e reforço. Nesse período, Ausubel surge enfatizando o conceito de aprendizagem significativa. Para ele, aprendizagem significativa é quando o significado lógico do material de aprendizagem se transforma em significado para o aprendiz. Para Ausubel apud Moreira (1999).
A aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação se relaciona, de maneira substantiva (não-literal) e não arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do indivíduo. Nesse processo a nova informação interage com uma estrutura de conhecimento específico, o qual Ausubel chamou de “conceito Subsunçor”. (AUSUBEL apud MOREIRA. 1999 p. 11).
	De acordo com essa teoria, é preciso que a nova informação se ancore em um conhecimento pré-existente para que haja a ocorrência da aprendizagem. Afirma ainda que, a aprendizagem só será significativa, quando uma nova informação interage com conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aluno. Esses conceitos foram chamados de subsunçores.[3: Para Ausubel, o fator que mais influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe, isto é, os conhecimentos prévios existentes na sua estrutura cognitiva.][4: Subsunçores são conhecimentos que os alunos possuem e que fazem ponte com o novo conceito que se pretende ensinar, dando origem ao novo aprendizado modificado, que será incorporado à estrutura cognitiva do aprendiz.]
O conhecimento pré-existente que se modificará tornando-se mais abrangente e servindo assim de ancoradouro para aquisição de outras informações. A teoria de Ausubel foi tão aceita, que alguns anos depois, Joseph Novak, passou a colaborar com ele, assumido o papel de refinar e divulgar sua teoria. Já Marcos Antonio Moreira, ultrapassou a visão predominantemente cognitiva que Ausubel dava a aprendizagem significativa, imprimido lhe uma conotação humanista.
Aprendizagem é um fenômeno ou um método relacionado com o ato ou efeito de aprender. Ela faz ligações entre estímulos e respostas equivalentes, causando um aumento na adaptação do individuo ao meio que o envolve. Sendo um fenômeno que faz parte da pedagogia, ela modifica seu comportamento em função da experiência. No meio escolar se distingue pelo caráter sistemático e intencional e pela organização das atividades que se desencadeiam inseridas num quadro de finalidades e exigências determinadas.
Para Gil (1997), o conceito de ensino e aprendizagem encontra-se indissociavelmente ligados. Porém, ao se falar em ensino, invocam-se conceitos como: instrução, orientação, comunicação e transmissão de conhecimento, que indicam o professor como elemento principal do processo. Enquanto que a aprendizagem evidencia conceitos como: descoberta, apreensão, modificação de comportamento e aquisição de conhecimento, que se referem diretamente ao aluno. Portanto, ela acontece de forma rápida e satisfatória quando o aprendiz consegue visualizar, interagir e socializar com o conteúdo que estar sendo a ele ministrado.
2.3 PRÁTICAS, INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM
Sabe-se que as atividades práticas ou experimentais estimulam o processo de ensino-aprendizagem, porém, estas não devem ser vistas como uma comprovação da teoria dada em sala de aula, mas que possibilite a investigação, despertando, motivando e estimulando estudantes a pesquisarem sobre o porquê dos resultados observados. Sendo assim a prática pode ser uma aliada para o ensino de ciências, cuja construção dos conhecimentos depende da experimentação. Para Leite (2004).
As práticas contribuem para o aprendizado dos métodos científicos, indicando aos alunos como desenvolver e executar etapas que permitam solucionar problemas e justificar, ou não, hipóteses pré-concebidas. Além disso, as práticas servem como estratégias complementares para construção de uma nova visão sobre o tema abordado na teoria. (LEITE 2004, p.15).
	Práticas não constituem mera confirmação dos fenômenos ensinados na teoria, mas desafiam o aluno a relacionar informações, envolvendo teoria e prática, colocando o professor em contato direto com o aprendiz e propiciando um melhor desenvolvimento da prática docente. Do mesmo modo reforça Ricardo (2007).
A contextualização visa dar significado ao que se pretende ensinar, essa prática serve para auxiliar o aluno na problematização dos saberes e ensinar, fazendo com que o aluno sinta a necessidade de adquirir um conhecimento que ainda não tem, com intervenção pedagógica de maneira contextualizada. (RICARDO 2007, p. 253).
 
As aulas práticas estão sendo consideradas como um dos vários recursos pedagógico de importante relevância para a melhoria do processo ensino e consequentemente para o processo de aprendizagem, tanto por professores como por alunos. Evidências desses fatos são confirmadas no “A Prática do Professor e a Pesquisa em Ensino de Física: novos elementos para repensar essa relação”, quando Silva (2008) afirma que:
Essas práticas escolares surgiram para superar o impacto que aparece nas escolas, na educação brasileira, em relação aos problemas enfrentados pelos alunos em aprender. A escola precisa mudar alguns métodos de transferir conhecimento precisa incluir motivações, pretensões, implicações nos contextos para que se tornem uma forma mais atrativa, mais comunicativa, com mais vontade de aprender. (SILVA, 2008, p. 318).
	A realização de atividades práticas em sala de aula propicia de forma diferenciada subsídios ou reforços aos conhecimentos dos alunos proporcionando uma participação ativa no ato de aprender. As aulas práticas proporcionam momentos de interação entre professor e alunos, em que o último, não é somente o receptor do conhecimento. As aulas tomam outro foco, não somente o de transmitir informações. Assim, supõe-se, que quando você participa, adquire-se muito mais conhecimento do que apenas com a transmissão de informações, através de aulas tradicionais e expositivas como únicos instrumentos de ensino.
	Com o objetivo de estimular o interesse dos alunos e aprimorar o processo de aprendizagem da disciplina, é primordial que se promova o desenvolvimento de experimentos relacionados a temas da grade curricular do aluno e, que estes, faça relação com o dia-dia deles. Essa metodologia aumentará o interesse dos alunos pelo conteúdo melhorando seu desempenho, sua capacidade de assimilação, assiduidade e participação, tanto nas aulas como no processo de avaliação e o professor tem a função de planejar atividades práticas para facilitar a compreensão dos conteúdos teóricos aos alunos, estimulando-os a questionar, responder, observar, explorar, analisar, comparar e compreender a situação problema, levando ao desenvolvimento de novos conhecimentos, uma vez que o acesso ao conhecimento novo ocorre a partir do pré-existente.
3 METODOLOGIA
	A execução do projeto seguiu os seguintes passos: primeiro procuro se conhecer quais conteúdos de Ciências Naturais seriam trabalhados em sala de aulas no período de desenvolvimento do projeto, depois se buscou em site, revistas, artigos e projetos sobre quais conteúdos poderiam ser atrelado a uma praticas ou mesmo experimento, logo depois, tanto as aulas práticas quanto as aulas experimentais foram levadas a coordenação pedagógica da escola, para que juntamente com o professor fosse decidida a viabilidade da aplicação da proposta de forma que não atrase nem atrapalhe o planejamento nem a alterasse de forma brusca o planejamento do professor.
	As aulas teóricas foram atreladas com praticas no pátio da escola, a exemplo os alunos do 9ºano sobre velocidade média, onde os alunos cronometravam se tempo para responder algumas questões objetiva e depois fazia a média da velocidade que eles davam as respostas. Dentro da sala quando foi proposto para os alunos verificarem a reflexão, absorção e refração da luz em um cubo com água, também os alunos fora ao redor da escola para visualizarem algumas espécies de árvores e plantas para diferenciar entre as angiospermas e as demais arvores que tem ao redor e no pátioda escola.
	Portanto, as aulas foram desenvolvidas tanto de forma experimental quanto de punho observacional, onde os visualizarão a aplicação do conteúdo de forma experimental usando materiais de baixo custo ou mesmo sem custo algum. O interessante é que a execução da prática aconteceu. Segundo momento da aplicação foi à verificação da aprendizagem dos alunos. Essa verificação foi executada, fazendo uma observação entre a participação, motivação dos educandos na realização das práticas. Outro meio de observar se o projeto teve efeito positivo foi solicitar como avaliação um pequeno relatório da prática executada.
	Todas as aulas ministradas foram programadas previamente, levando em consideração os objetivos das mesmas e sempre analisando se a mesma após a execução conseguiu atingir seu objetivo. Sabendo que o objetivo maior do projeto é incentivar a aplicação de aulas práticas pelos professores, para então facilitar a aquisição de conhecimento e consequentemente diminuir a evasão escolar. 
Desde antiguidade e principalmente na atualidade o mundo sempre foi notavelmente influenciado pelas ciências, o comportamento humano passou a ser o lógico e da eficácia e suas razões passaram a ser orientadas pelas tecnologias. Sendo assim as invenções têm disseminado e ganhando cada vez mais espaço no cotidiano, uma vez que elas trazem leis e princípios que fundamentam o funcionamento de quase tudo, portanto desenvolver atividades práticas experimentais relacionadas ao ensino de Ciências Naturais, matemática ou qualquer outra disciplina, com aplicações no dia a dia, torna-se essencialmente relevante e eficaz, pois essa metodologia pode auxiliar professores e alunos a relacionarem os conteúdos do livro didático com a prática cotidiana.
Segundo Piaget, os estudantes adquirirem muito mais conhecimento através de situações concretas, e as experimentações constituem um grande instrumento de aprendizagem, pois através delas os alunos observam, pensam e agem. Campos (1999, p.6) defende que não deve se apresentar experimentações prontas, onde o aluno irá somente seguir etapas pré-determinadas, repetindo receitas, deve-se sim, propiciar situações e problemas nos quais eles irão formular hipóteses com oportunidade de testá-las. Freire (2005) cita que a problematização opõe-se ao ensino tradicional por não operar na lógica da transferência de informações ou conhecimentos, mas em movimentos que criam possibilidades para sua produção ou construção e assimilação.
Campos (1999) afirma ainda que não há necessidade de laboratório e materiais sofisticados para a realização de muitas experimentações, sabe-se que algumas precisam de reagentes, materiais de segurança e ambiente mais controlado e seguro, porém, podemos utilizar materiais alternativos na ausência do ideal. Para Piaget (1978), os estudantes adquirirem muito mais conhecimento através de situações concretas, e as experimentações constituem um grande instrumento de aprendizagem, pois através delas os alunos observam, pensam e agem.
Sendo assim este artigo de punho qualitativo, tem por intuito suscitar o interesse dos alunos pelo estudo, principalmente na área de ciências naturais, esse despertar é estimulado por professores em aulas práticas, auxiliadas ou não de experimentos em sala. A escola precisa adaptar as práticas aos conceitos tradicionalmente teóricos programados para a realidade dos educandos, Essas aulas podem ser realizadas em sala de aula, no pátio da escola, na biblioteca, ou mesmo de forma extraescolar. O mais importante é que sirvam como estimulante e possa contribuir com o ensino e consequentemente como o aprendizado dos alunos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a temática abordada.
Vários são os artigos que apontam na direção de aulas práticas como ferramenta de ensino aprendizagem, tanto em Ciências Naturais, como e outras área do saber. O embasamento teórico dos experimentos deverá ser adotado pelos professores como uma metodologia diferenciada. Acredita-se que usando aulas práticas com a experimentação, os aprendizes terão uma melhor assimilação dos conteúdos sistematicamente programados e teoricamente aplicados na Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal Caminho do Futuro.
		A execução do projeto não foi realizada, em virtude do fim do ano letivo ter sido antecipado, mas foi entregue uma copia do projeto para a direção e outro para a coordenação pedagógica da escola. O para sua execução pode seguir os seguintes passos: em primeiro lugar é importante discutir projeto com coordenação, direção e os docentes da escola para verificar a viabilidade do projeto e em quais aulas e por quais professores o projeto poderá ser desenvolvido, de forma que não atrase nem atrapalhe o planejamento nem a alteração das aulas.
	Estas práticas poderão ser de punho observacional, onde os alunos poderão visualizar a aplicação do conteúdo ou mesmo, ou de forma experimental, com materiais de baixo custo ou mesmo sem custo algum. Seria interessante que a execução da prática acontecesse no segundo momento da aula, após a explicação teórica do conteúdo. Notoriamente o professor precisa verificar o grau de aprendizagem dos alunos, como foi à recepção da metodologia, como eles absolveram as informações. Essa verificação poderá ser executada através da participação e motivação dos educandos na realização das práticas. Outro meio de observar se o projeto teve efeito positivo é solicitar como avaliação um pequeno relatório da prática executada, esse pode ser escrito ou mesmo verbalizado.
	As aulas que serão ministradas de forma prática deverão ser programadas previamente, levando em consideração os objetivos das mesmas e sempre analisando se a mesma após a execução conseguiu atingir seu objetivo. Sabendo que o objetivo maior do projeto é facilitar a aquisição do saber e o desenvolvimento do aluno e consequentemente diminuir a evasão escolar. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	O trabalho apresentado oportunizou uma reflexão sobre a Educação de Jovens e Adultos, desde o Brasil colônia até a legislação educacional vigente, seu desenvolvimento no decorrer dos séculos, bem como os métodos e prática educativa foram desenvolvidas em todos esses anos, levando em consideração à formação do professor, a peculiaridade do público dessa modalidade de ensino. Sabe-se que, o ensino tradicional perdurou por muitos anos e ainda tenta resistir em meio à modernidade e avanços tecnológicos.
	O professor da atualidade que atua nessa modalidade de ensino precisa refletir cotidianamente sobre prática educacional e seus métodos pedagógicos, precisa estra atento sobre a responsabilidade de ensinar uma clientela que busca não somente ler e escrever, mais busca acima de tudo uma mudança de vida. Esse entendimento remete a processo de responsabilidade tanto social quanto educacional, onde o professor deixa de o dono do saber e assume o papel de mediar o conhecimento facilitando a aquisição do saber e novos horizontes.
	É evidente que trabalhar os conteúdos escolares de forma experimental, fazendo conexões entre teoria e prática pode fazer a diferença no aprendizado dos alunos da EJA no ensino fundamental e médio. Portanto, as aulas práticas são um importante recurso didático, mas pouco utilizado pelos professores. Sabe-se que o processo de ensino e aprendizagem não deve ser desenvolvido somente de forma teórica, mas também na prática fazendo ligação entre os conteúdos escolares e a vida cotidiana dos alunos. Para tanto se faz necessário, que o professor busque alternativas para ministrar suas aulas e despertar o interesse doa alunos.
Várias atividades práticas podem ser realizadas na sala de aula. Dentre tantas temos a experimentação, principalmente quando realizada com materiais simples que o aluno tem condições de manipular, controlar e observar. Esse processo facilita o aprendizado dos conceitos e desperta o interesse do aluno. Também é importante que os professores conscientizem-se da importância dos resultados inesperados e que saibam explorá-los e aproveitá-losda melhor forma possível. Por tudo isso é necessário que, durante sua formação, nos cursos de licenciatura, os professores tenham mais acesso aos laboratórios das universidades, para que com mais habilidade e segurança possam introduzir em suas aulas, o trabalho experimental. 
Entende-se que, mudanças didáticas não são tarefas fáceis, e, em alguns casos, não são encaradas com bons olhos como pode ser observado na própria história da educação no país, especificamente, sobre as metodologias do ensino de que envolva atividades prática. Embora essa metodologia seja repensada diariamente, o professor ainda não dispõe de materiais pedagógicos tornando sua atividade deficiente, promovendo um abismo entre ensino e a aprendizagem.
A Atividade experimental, no entanto, torna os conteúdos mais acessível, atraente e envolvente, onde os alunos tem a chance de relacionar a aula com o cotidiano. É importante que todos os participantes do processo educativo sinalizem os aspectos que conduzam ao desenvolvimento do ensino na direção desejada, mesmo que a escola não dispõe de espaços físicos adequados o professor precisa buscar outras fontes e tentar de alguma forma mudar a formar de ensinar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 48ªed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. 
______. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 11ª ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
______.Resolução CNE/CEB Nº 1, de 5 de julho de 2000. Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
CAMPOS, Maria Cristina da Cunha; NIGRO, Rogério Gonçalves. Didática de ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 15ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1985.
______, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GHIRALDELLI Júnior, Paulo. Historia da Educação, Coleção Magistério, editora Cortez, São Paulo 1990.
______Júnior, Paulo. Historia da Educação Brasileira, Coleção Magistério, 3ª ed, editora Cortez, São Paulo 2008.
______Júnior, Paulo. Historia da Educação Brasileira, Coleção Magistério, 3ª ed, editora Cortez, São Paulo 2012.
GIL, Antonio Carlos. Metodologia do Ensino Superior. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1977.
LEITE, A. C. S.; SILVA, P. A. B.; VAZ, A. C. R. A importância das aulas práticas para alunos jovens e adultos: uma abordagem investigativa sobre a percepção dos alunos do PROEF II. Revista da Faculdade de Educação da UFMG. Disponível em: http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewFile/98/147. Acesso em: 20 de setembro de 2016.
Moreira, Marcos Antônio. Aprendizagem Significativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. 
PIAGET, J. Psicologia e epistemologia, por uma teoria do conhecimento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1978.
RICARDO, E. C.; FREIRE, J. C. A. A concepção dos alunos sobre a Física do ensino médio: um estudo exploratório. Revista brasileira de ensino de Física, v. 29, n. 2, p. 251-36256, (2007).
SILVA, Otto Henrique Martins da. Metodologia do Ensino da Matemática e Física. 20ª ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
SOUZA, Maria Antônia de. Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: editora InterSaberes, São Paulo. 1ªed. 2012.
ANEXOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINITER
IDENTIFICAÇÃO
Nome: Jose Marcos de Oliveira 
RU: 1323790
1 TEMA
Aulas Práticas como Ferramenta de Ensino e Aprendizagem
1.1DELIMITAÇÃO DO TEM
Apresentar à coordenação e aos professores da Escola Municipal Caminho do Futuro uma proposta pedagógica voltada para a aplicabilidade dos conteúdos teóricos nas aulas do Ensino Fundamental na modalidade de Jovens e adultos.
2 PROBLEMATIZAÇÂO
Como resolver ou mesmo reduzir significativamente a evasão escolar? Ela sempre foi um problema educacional, e na modalidade Jovens e Adultos esse problema é ainda maior. 
3 JUSTIFICATIVA
	A proposta de trabalhar com atividade práticas em sala de aula, pode agir como elemento motivador, na tentativa de diminuir o desinteresse dos alunos, visto que a evasão escolar é motivo de preocupação e discursão entre docentes e coordenadores pedagógicos em toda a educação básica, são vários os questionamentos dos reais motivos que causam a evasão escolar e a desistência ou o que motiva tanto o abandono da sala de aula.
	É considerável o número de alunos que desiste durante o ano letivo no ensino regular, esse percentual é ainda maior na modalidade Jovem e Adulto. Quando o ano letivo começa, as salas de aulas ficam lotadas e a procura por vagas é intensa, mas à medida que os meses passam, percebe-se que, muitos alunos já não frequentam mais as aulas mesmo antes de finalizar o primeiro semestre. Esse problema se agrava ainda mais no decorrer do segundo semestre, sendo que a quantidade de alunos que finalizam o ano letivo é muito pequena quando comparada com o número de alunos que efetuaram matriculas no inicio do ano.
	Acreditando que a ampliação da prática pedagógica e inserção da aplicabilidade dos conteúdos ao cotidiano dos educando por meio de aulas prática, pode elencar uma nova perspectiva de aprendizagem para professores e alunos. Sendo assim esse projeto objetiva apresenta despertar professore e coordenadores sobre a importância de inserir aulas prática nos planos de aula e colocar essa metodologia em prática. Serão apresentados também argumentos de teóricos, que defendem e incentivam essa metodologia nas escolas. Servirão como norteadores desse projeto, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional lei 9,394/96, bem como livros, sites, revistas e artigos que abordam esse relevante tema. 
4 BJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
	Desenvolver nas aulas da educação de Jovens e Adultos-EJA no período noturno da escola municipal Caminho do Futuro, aulas práticas como ferramenta metodológica para facilitar a aprendizagem, desperta a motivação para aprender e consequentemente reduzir a evasão escolar. 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Incentivar a aplicação de aulas práticas 
Facilitar a aquisição de conhecimento.
Diminuir a evasão escolar. 
5. BREVE HISTÓRICO DA EJA NO BRASIL
A história educacional de jovens e adultos Brasileira ainda é muito recente. Embora venha acontecendo de forma assistemática desde o período do Brasil Colônia, só assumiu um papel de destaque com a Constituição Federal de 1934. No Brasil não havia iniciativas governamentais no sentido de oferecer educação gratuita para aqueles que não estudaram na idade certa, o ensino no país teve início com a Companhia de Jesus e os padres Jesuítas em 1549. Porém a educação proposta e desenvolvida pelos Jesuítas tinha punho unicamente religioso. Conforme informa Ghiraldelli (2008).
Aos Jesuítas coube, praticamente, o monopólio do ensino escolar no Brasil durante um tempo razoável. Algo em torno de duzentos anos. Durante esse tempo, eles fundaram vários colégios com vista à formação de religiosos. Ainda que os filhos da elite da colônia não quisessem, todos eles, se tornar padres, tinham de se submeter a tal ensino. (GHIRALDELLI, 2008, p. 25). 
 	A política governamental educacional para o país tem seu início com a vinda da família real para o Brasil em 1808 e no decorrer desse mesmo século, os debates e os projetos tentaram colocar a educação popular em foco e com ela a obrigatoriedade e gratuidade do ensino. Visto que os altos índices de analfabetismo constituíam um dos indicadores do subdesenvolvimento do país. Motivo pelo qual se fazia imediatamente necessária algumas reformas educacionais.
	Nesse contexto a população pobre era a mais atingida pela falta de acesso à escola, principalmente as mulheres pobres Alfabetização de jovens e adultos não é somente um ato de ensino e aprendizagem é acima de tudo, uma construção de perspectiva e mudança. No Brasil colônia, quasenão existia escolas e as poucas que tinham era privilégio das classes mais abastadas. Nessas famílias os filhos possuíam acompanhamento escolar desde a infância, não havendo, portanto a necessidade de uma alfabetização para jovens e adultos. Ghiraldelli (1990) afirma.
As poucas escolas públicas existentes nas cidades eram frequentadas pelos filhos das famílias de classe média. Os ricos contratavam preceptores, geralmente estrangeiros, que ministravam aos filhos ensino em casa, ou os mandavam a alguns poucos colégios particulares, leigos ou religiosos, funcionando nas principais capitais, em regime de internato ou semi-internato. (GHIRALDELLI, 1990, p. 26).
	Contudo, a educação que atualmente é conhecida como educação de jovens e adultos tomou impulso após ser verificado que mais de 85% da população no final do século XIX era analfabeta e para ampliar o acesso dessa população nas eleições e reduzir o analfabetismo que era motivo de subdesenvolvimento e considerado vergonha nacional. Sobre esse assunto Souza (2012) esclarece que:
O adulto iletrado marcava uma sociedade então bastante subdesenvolvida. Era tratado como ser ignorante e como sujeito que precisava ser ajustado socialmente, e a educação era um dos caminhos para superar o atraso, que se dizia no campo da politica, encontrada a sociedade brasileira. (SOUZA, 2012, p.37). 
Com a família real no Brasil, o Império promove ações, foram criados cursos profissionalizantes em nível médio e superior. Foram abertas escolas noturnas para ensino de adultos com cursos normalmente de curta duração. Essas mudanças tinham como principal finalidade tornar o ambiente o mais parecido com a corte. Sendo assim o Império estruturou o ensino em três níveis conforme Ghiraldelli (2012).
O ensino no Império foi estruturado em três níveis: primário, secundário e superior. O primário era a escola de “ler e escrever”, que ganhou um incentivo da Corte e aumentou suas disciplinas consideravelmente. O secundário se manteve dentro do esquema das “aulas régias”. (GHIRALDELLI 2012, p.28). 
No ano de1970, a educação para adultos, surgi em um movimento de alfabetização chamado de Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), na tentativa de erradicar o analfabetismo, esse método tinha como foco o ato de ler e escrever, metodologia que se assemelhava a de Paulo freire com codificações, cartazes com famílias silábicas, quadros e fichas. Porém, não utilizava o diálogo como a de Freire e não se preocupava com a formação crítica dos educandos. Visto que no contexto político a educação libertadora ou educação popular enfrentou a repressão e desmobilização diante das iniciativas governamentais que adentraram o cenário nacional. Para Souza (2012).
O MOBRAL tinha três características básicas: interdependência institucional e financeira face aos sistemas regulares de ensino e aos demais programas de educação de adultos. Articulação de uma organização operacional descentralizada, apoiada em comissões municipais incumbidas de promover a realização da campanha nas comunidades; centralização das orientações do processo educativo. (SOUZA 2012, p. 51).
Ainda na década de 70, o ensino supletivo foi inserido, e os centros de ensino complementaram a atuação do MOBRAL, estendendo a escolaridade além das primeiras séries. Foram vários os programas e projetos que abordavam a educação de jovem e adulto um deles foi o Programa Nacional de Alfabetização e cidadania- PNAC. A Educação para Jovens e Adultos é marcada pela relação de domínio e humilhação estabelecida historicamente entre a elite e as classes populares, uma concepção que nasce da relação entre conquistador e conquistado.
Em virtude dessa concepção, o Brasil é marcado por relações de trabalho predominantemente rural até meados do século XX. A ideia que se tinha era de que para trabalhar no campo não era preciso estudo. Em virtude desse pensamento e por muitos anos a população ficou sem acesso à educação, mesmo porque não existiam escolas, principalmente nas localidades mais distantes do núcleo urbano. Diante da pobreza e da concentração de renda, uma grande parcela de jovens insere-se no trabalho desde muito cedo. Souza (2012), esse é um dos vários fatores que contribui ao lado de tantos outros, para a repetência e a desistência escolar. 
Outro motivo apontado por Souza (2012) é a frágil formação articulada com uma difícil prática educacional, com isso abre-se espaço para a reprodução da prática educacional “bancária”, conforme sistematizou Paulo Freire. Uma vez que esse tipo de prática contribui para o desanimo entre aqueles que estudam principalmente no período noturno. Outro problema na educação de jovens e adultos, é que o ensino era ministrado nos moldes da metodologia desenvolvida com crianças, onde o aluno não sabia nada e o professor era detentor do saber. Paulo Freire (1987) enfatiza que: 
Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro. (FREIRE, 1987, p.33). 
Com essa concepção tradicional de ensino, a alfabetização de adultos tornava-se semelhante à educação das crianças, e passa a existir uma preocupação excessiva com as técnicas de ensino, pois os conteúdos são descolados da realidade social dos educandos, havendo um distanciamento entre professor e aluno, bem como uma concepção técnica da oralidade, da escrita e leitura, sendo essas últimas duas compreendidas como decodificação de símbolos. 
No ano de 1940 a educação de adultos assume um ato legal e apenas em 1971 a EJA aparece pela primeira vez em capítulo específico de uma lei federal de educação (BRASIL, 2015). Também pela primeira vez aparece em lei a preocupação com a necessidade de qualificação dos profissionais que nela atuam. Em 1988 a pressão popular por educação e escolas melhores e em maior quantidade levou a Constituição Federal a estender o direito à educação básica aos jovens e adultos como um dever do estado, afirmando sua obrigatoriedade e gratuidade. De acordo com Constituição Federal do Brasil no artigo 208 (2015).
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. (BRASIL, 2015, p.77).
Somente em 1996 a Lei de Diretrizes e base da Educação Nacional-LDB, traz dois capítulos que regulamentam toda a educação do EJA no Brasil. Ela promove a obrigatoriedade e gratuidade do ensino para jovens e adultos em toda a educação básica inclusive para aqueles que não puderam efetuar os estudos na idade regular, e oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, essa legislação se configura uma verdadeira vitória para a população.
Embora tenha havido enumeras conquista nesse campo de escolarização, o número de pessoas que não sabem ler e escrever ainda é bastante grande, o percentual de jovens e adultos que estão fora das salas de aula continua sendo motivo de preocupação, Entende-se que: não é necessário somente dar acesso a esses estudantes, também é preciso que eles tenham condições de permanecer na escola. Com base na experiência ou em pesquisas sobre o tema, sabemos que os motivos que levam os jovens e adultos à escola referem-se predominantemente às suas expectativas de conseguir um emprego melhor. 
 É notório que, muitos jovens e adultos hoje, buscam na educação uma melhoria de vida um melhor emprego, uma melhor qualificação profissional e consequentemente uma melhoria econômica. Sabe-se também que muitos destes alunos trabalhadores, terminam por desistir em pleno ano letivo, Na tentativa de minimizar esse episódio e que se acredita que a utilização de aulas prática pode atuar como antidoto motivacional e desenvolvernos alunos um entusiasmo por continuar estudando. 
5.1 TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
	A teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel apud Moreira (1999) surgiu em meados da década de 60, quando as escolas ainda estavam no auge da influência behaviorista, e o ensino e aprendizagem eram examinados como estímulos, respostas e reforço. Nesse período, Ausubel surge enfatizando o conceito de aprendizagem significativa. Para ele, aprendizagem significativa é quando o significado lógico do material de aprendizagem se transforma em significado para o aprendiz. Para Ausubel apud Moreira (1999).
A aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação se relaciona, de maneira substantiva (não-literal) e não arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do indivíduo. Nesse processo a nova informação interage com uma estrutura de conhecimento específico, o qual Ausubel chamou de “conceito Subsunçor”. (AUSEBEL apud MOREIRA. 1999 p. 11).
	De acordo com essa teoria, é preciso que a nova informação se ancore em um conhecimento pré-existente para que haja a ocorrência da aprendizagem. Afirma ainda que, a aprendizagem só será significativa, quando uma nova informação interage com conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aluno. Esses conceitos foram chamados de subsunçores.[5: Para Ausubel, o fator que mais influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe, isto é, os conhecimentos prévios existentes na sua estrutura cognitiva.][6: Subsunçores são conhecimentos que os alunos possuem e que fazem ponte com o novo conceito que se pretende ensinar, dando origem ao novo aprendizado modificado, que será incorporado à estrutura cognitiva do aprendiz.]
O conhecimento pré-existente que se modificará tornando-se mais abrangente e servindo assim de ancoradouro para aquisição de outras informações. A teoria de Ausubel foi tão aceita, que alguns anos depois, Joseph Novak, passou a colaborar com ele, assumido o papel de refinar e divulgar sua teoria. Já Marcos Antonio Moreira, ultrapassou a visão predominantemente cognitiva que Ausubel dava a aprendizagem significativa, imprimido lhe uma conotação humanista.
Aprendizagem é um fenômeno ou um método relacionado com o ato ou efeito de aprender. Ela faz ligações entre estímulos e respostas equivalentes, causando um aumento na adaptação do individuo ao meio que o envolve. Sendo um fenômeno que faz parte da pedagogia, ela modifica seu comportamento em função da experiência. No meio escolar se distingue pelo caráter sistemático e intencional e pela organização das atividades que se desencadeiam inseridas num quadro de finalidades e exigências determinadas.
Para Gil (1997), o conceito de ensino e aprendizagem encontra-se indissociavelmente ligados. Porém, ao se falar em ensino, invocam-se conceitos como: instrução, orientação, comunicação e transmissão de conhecimento, que indicam o professor como elemento principal do processo. Enquanto que a aprendizagem evidencia conceitos como: descoberta, apreensão, modificação de comportamento e aquisição de conhecimento, que se referem diretamente ao aluno. Portanto, ela acontece de forma rápida e satisfatória quando o aprendiz consegue visualizar, interagir e socializar com o conteúdo que estar sendo a ele ministrado.
5.2 PRÁTICAS, INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM
	Sabe-se que as atividades práticas ou experimentais estimulam o processo de ensino-aprendizagem, porém, estas não devem ser vistas como uma comprovação da teoria dada em sala de aula, mas que possibilite a investigação, despertando, motivando e estimulando estudantes a pesquisarem sobre o porquê dos resultados observados. Sendo assim a prática pode ser uma aliada para o ensino de ciências, cuja construção dos conhecimentos depende da experimentação. Para Leite (2004).
As práticas contribuem para o aprendizado dos métodos científicos, indicando aos alunos como desenvolver e executar etapas que permitam solucionar problemas e justificar, ou não, hipóteses pré-concebidas. Além disso, as práticas servem como estratégias complementares para construção de uma nova visão sobre o tema abordado na teoria. (LEITE 2004, p.15).
	Práticas não constituem mera confirmação dos fenômenos ensinados na teoria, mas desafiam o aluno a relacionar informações, envolvendo teoria e prática, colocando o professor em contato direto com o aprendiz e propiciando um melhor desenvolvimento da prática docente. Do mesmo modo reforça Ricardo (2007).
A contextualização visa dar significado ao que se pretende ensinar, essa prática serve para auxiliar o aluno na problematização dos saberes e ensinar, fazendo com que o aluno sinta a necessidade de adquirir um conhecimento que ainda não tem, com intervenção pedagógica de maneira contextualizada. (RICARDO 2007, p. 253).
 
As aulas práticas estão sendo consideradas como um dos vários recursos pedagógico de importante relevância para a melhoria do processo ensino e consequentemente para o processo de aprendizagem, tanto por professores como por alunos. Evidências desses fatos são confirmadas no “A Prática do Professor e a Pesquisa em Ensino de Física: novos elementos para repensar essa relação”, quando Silva (2008) afirma que:
Essas práticas escolares surgiram para superar o impacto que aparece nas escolas, na educação brasileira, em relação aos problemas enfrentados pelos alunos em aprender. A escola precisa mudar alguns métodos de transferir conhecimento precisa incluir motivações, pretensões, implicações nos contextos para que se tornem uma forma mais atrativa, mais comunicativa, com mais vontade de aprender. (SILVA, 2008, p. 318).
	Com o objetivo de estimular o interesse dos alunos e aprimorar o processo de aprendizagem da disciplina, é primordial que se promova o desenvolvimento de experimentos relacionados a temas da grade curricular do aluno e, que estes, faça relação com o dia-dia deles. Essa metodologia aumentará o interesse dos alunos pelo conteúdo melhorando seu desempenho tanto nas aulas como no processo de avaliação. 
6 METODOLOGIA
	Desde antiguidade e principalmente na atualidade o mundo sempre foi notavelmente influenciado pela ciência, o comportamento humano passou a ser o lógico, eficácia e suas razões passaram orientadas pelas ciências. Sendo assim as invenções têm disseminado e ganhando cada vez mais espaço no cotidiano, uma vez que elas trazem leis e princípios que fundamentam o funcionamento de quase tudo, portanto desenvolver atividades práticas experimentais relacionadas ao ensino de Ciências Naturais, matemática ou qualquer outra disciplina, com aplicações no dia a dia, torna-se essencialmente relevante e eficaz. 
Segundo Piaget, os estudantes adquirirem muito mais conhecimento através de situações concretas, e as experimentações constituem um grande instrumento de aprendizagem, pois através delas os alunos observam, pensam e agem. Campos (1999, p.6) já defendia que não deve se tratar de apresentar experimentações prontas, aonde o aluno irá somente seguir etapas pré-determinadas, repetindo receitas, deve-se sim, propiciar situações e problemas nos quais eles irão formular hipóteses com oportunidade de testá-las. Porém Campos (1999), diz que não há necessidade de laboratório e materiais sofisticados para a realização de muitas experimentações, sabe-se que algumas precisam de reagentes, materiais de segurança e ambiente mais controlado e seguro, porém, podemos utilizar materiais alternativos na ausência do ideal.
Sendo assim este projeto de punho qualitativo, tem o intuito de suscitar o interesse dos alunos pelo estudo, principalmente na área de ciências naturais, com base em aulas práticas auxiliadas ou não de experimentos em sala de aula. Práticas que tragam os conceitos tradicionalmente teóricos para a realidade dos educandos, Essas aulas poderão ser realizadas em sala de aula, no pátio da escola, na biblioteca, ou mesmo de forma extraescolar. O mais importante é que elas possam contribuir com o ensino aprendizado dos alunos. Para tanto, foi realizada uma pesquisabibliográfica sobre a temática abordada. Pois vários são os artigos que apontam na direção de aulas em práticas como ferramenta de ensino aprendizagem, tanto em Ciências Naturais, como e outras área do saber. 
	O presente projeto será dividido em duas partes, para melhor execução do mesmo, na primeira refere-se em pesquisar em livros, artigos, sites e revistas exemplos e experiências sobre aulas práticas e experimentos de assuntos relacionados com a área de atuação, sempre buscando uma prática atrelada ao assunto curricular programado. O embasamento teórico dos experimentos deverá ser adotado pelos professores como uma metodologia diferenciada. Acredita-se que usando aulas práticas com a experimentação, os aprendizes terão uma melhor assimilação dos conteúdos sistematicamente programados e teoricamente aplicados na educação de jovens e adultos da escola municipal Caminho do Futuro.
	Na segunda parte seria a execução do projeto, que poderá seguir os seguintes passos: em primeiro é importante dar conhecimento do projeto a coordenação da escola, que poderá ser feito em reunião com a coordenação da mesma para verificar a viabilidade do projeto e quais as aulas e de por quais professores o projeto poderá ser desenvolvido, de forma que não atrase nem atrapalhe o planejamento nem a alteração das aulas. Depois de identificar, quais serão as aulas trabalhadas.
	Estas práticas poderão ser de punho observacional, onde os alunos poderão visualizar a aplicação do conteúdo ou mesmo, ou de forma experimentais, como materiais de baixo custo ou mesmo sem custo algum. Seria interessante que a execução da prática acontecesse no segundo momento da aula, após a explicação teórica do conteúdo. O próximo e ultimo passo e verificar a aprendizagem do s alunos. Essa verificação poderá ser executada, pela participação, motivação dos educandos na realização das práticas. Outro meio de observar se o projeto teve efeito positivo é solicitar como avaliação um pequeno relatório da prática executada, esse pode ser escrito ou mesmo verbalizado.
	As aulas que serão ministradas de forma prática deverão ser programadas previamente, levando em consideração os objetivos das mesmas e sempre analisando se a mesma após a execução conseguiu atingir seu objetivo. Sabendo que o objetivo maior do projeto é incentivar a aplicação de aulas práticas pelos professores, para então facilitar a aquisição de conhecimento e consequentemente diminuir a evasão escolar. 
REFERÊNCIA
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 48ªed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
______. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 11ª ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
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Moreira, Marcos Antonio. Aprendizagem Significativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. 
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SILVA, Otto Henrique Martins da. Metodologia do Ensino da Matemática e Física. 20ª ed. Curitiba: Ibpex, 2008.
SOUZA, Maria Antônia de. Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: editora InterSaberes, São Paulo. 1ªed. 2012.
Prezado(a) aluno(a), parabéns pela escolha do tema e desenvolvimento do trabalho que foi aprovado! Ainda será necessário que reformule as partes indicadas e revise seu texto verificando se há algum equívoco a ser readequado a fim de que seu trabalho expresse seu comprometimento com sua formação no ensino superior. Atenciosamente, Rogeria Maria Ricetti.

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