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CÍVEL
LICC
I - Introdução:
- não faz parte do CC
- disciplina o âmbito de aplicação das normas jurídicas
- é norma de sobredireito/lei de introdução às leis
I.1. Conteúdo:
- vigência e eficácia das normas jurídicas
- conflito de leis no espaço e no tempo
- critérios hermenêuticos
- critérios de integração do ordenamento jurídico
- normas de direito internacional privado
II - Conceito e características da Lei:
- generalidade/impessoalidade
- obrigatoriedade
- abstratividade: exceção – lei de efeito concreto
- permanência: se exaure numa só aplicação 
- autorizante (aqui se distingue das normas sociais) 
II.1. Classificação: 
- qto à força obrigatória: cogentes ou injuntivas x supletivas ou permissivas
- qto à intensidade da sanção: perfeitas (nulidade ou anulabilidade como sanção), mais que perfeitas (pena criminal como sanção), menos perfeitas (sanção que não a nulidade), imperfeitas (sem qualquer sanção). 
III – Vigência das normas: há 2 sistemas:
- sistema do prazo de vigência único ou simultâneo
- sistema sucessivo
III.1. Vacatio legis: a lei não está em vigor durante a vacatio. Citar os casos excepcionais de leis em que a vigência é imediata, ou seja, não haverá vacatio:
- atos adm.
- EC
- lei que cria ou altera processo eleitoral
- leis trabalhistas
( Obs: 
existência ou não de cláusula de vigência (no silêncio, 45 dias)
forma de contagem: inclui o dia da publicação
lei corretiva
III.2. Princípios acerca da vigência das leis:
PR da Obrigatoriedade das Leis
PR jura novit curia 
PR da Continuidade das Leis
PR da Repristinação
IV – Da Eficácia das Normas: a norma perde a validade em 2 hipóteses:
Revogação: cessa a vigência da lei pela superveniência de outra. Falar sobre: 
- ab-rogação e derrogação;
- revogação tácita e expressa;
- competência para revogar: do ente que editou a lei;
- PR da conciliação ou das esferas autônomas ( possibilidade de conviver das normas gerais com as especiais que versem sobre o mesmo assunto. Esse PR não é absoluto: qdo houver incompatibilidade absoluta entre as normas.
- PR da segurança e da estabilidade social (respeito ao D.A., C.J. e A.J.Perfeito). Exceção à irretroatividade: lei penal benéfica, lei com CL de retroatividade e lei interpretativa.
Ineficácia: lei perde validade embora conserve sua vigência. Hipóteses:
- caducidade: superveniência do termo final ou de fato que a torna inválida (lei temporária ou excepcional)
- desuso
- costume negativo ou contra legem
- decisão do STF declarando a lei inconstitucional
- PR da anterioridade da lei tributária: só eficaz no outro exercício seguinte 
- lei que altera processo eleitoral
V – Mecanismos de Integração do Ordenamento Jurídico: analogia, princípios gerais do direito e equidade. 
a) Analogia (lógica dedutiva):
- conceito 
- o direito não tem lacunas, só a lei. O sistema não.
- sp: legal e jurídica (esta difere do PR geral de direito, pois este é aplicado diretamente ao caso omisso).
- normas que não admitem analogia: 
Leis restritivas de direitos
Leis excepcionais
Leis administrativas
b) Costumes: 2 elementos (objetivo – repetição do comportamento – e subjetivo)
- no Brasil há predomínio da lei escrita
- sp: secundum legem, contra legem, praeter legem
- auxiliam na análise do “standard” jurídico: é o critério básico de avaliação/definição de certos preceitos jurídicos indefinidos, variáveis no tempo e no espaço.
c) Princípios Gerais do Direito. Cada jurista os define de um modo:
- os relacionados ao Direito de cada país
- provindos do direito natural
- princípios de equidade
- preceitos básicos do direito romano
d) Eqüidade: justiça bem aplicada ao caso concreto
- CC e CF não fazem menção a ela
- tem 3 funções:
Na elaboração das leis: o legislador deve inspirar-se no senso de justiça, atento às necessidades sociais. 
Na aplicação das leis: norma elaborada pelo juiz no caso concreto (na área penal é possível para beneficiar o réu). Não se deve admitir, porém, equidade contra legem, a menos que a própria lei autorize. Não há violação à tripartição dos poderes porque a norma de equidade é específica, individual para o caso concreto. A norma, assim, já existe no estado latente, competindo ao juiz apenas descobri-la e não propriamente criá-la. Assim, o juiz só pode aplicar equidade quando:
Fato não esteja previsto em lei
Não seja possível suprir lacuna por analogia, costumes, PRs. 
Na interpretação das leis: mitigação do vigor excessivo da lei, dulcificando-a, desvendando-se, assim, a ratio legis.
- Justiça Alternativa: preconiza a aplicação do direito com base em 2 premissas:
1. O Juiz deve deixar de aplicar lei inconstitucional (controle difuso)
2. A interpretação da lei deve atender aos fins sociais e às exigências do bem comum (art. 5 da LICC)
( O aludido movimento ganhou corpo no Judiciário do RS. O mérito da escola consiste no questionamento do modelo tradicional de interpretação do direito, no qual o julgamento é feito pelo processo de subsunção da norma ao fato concreto. A Justiça Restaurativa inverte a relação entre norma e fato, tomando o fato como objeto principal do conhecimento. Ou seja, a justiça alternativa parte do pressuposto de que a norma regula uma situação padrão de fato, escusando-a de aplicá-la em relação a certos fatos que destoam da situação normal para a qual a lei foi criada. 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES – Parte Geral
Conceito: é o vínculo jurídico pelo qual o devedor compromete-se a realizar em favor do credor uma prestação economicamente apreciável de dar, fazer ou não fazer. 
Vínculo Jurídico:
- lex poetelia papiria, de 326 a.c. Resquícios: dívida de alimentos e dep. infiel.
- tem coercibilidade (diferente dos vínculos puramente morais)
- caráter transitório, mas há permanentes, como obrigação de não fazer
- conteúdo da obrigação: haftung (responsabilidade) e shuld (dívida);
3. Partes: qualquer pessoa, inclusive nascituro.
4. Prestação: objeto da obrigação (prestação) e objeto da prestação (bem ou serviço)
5. Distinção com direitos reais: 
- vínculo entre as partes/coisa
- qto ao cumprimento: na obrigação, seu cumprimento depende de um comportamento do devedor em favor do credor
- objeto (corpóreo ou incorpóreo)
- relativos ou absolutos
- com ou sem direito de seqüela
6. Fontes das Obrigações (sentença não é, segundo FMB)
- no direito romano (contrato, quase-contrato, delito e quase delito)
- no CC (contrato*, declarações unilaterais* de vontade, atos ilícitos)
- civilistas (vontade humana*, atos ilícitos e a lei)
7. Classificação: 
a. Qto ao objeto da obrigação:
- positivas ou negativas
b. Qto ao objeto da prestação:
- simples
- conjuntas ou cumulativas
- facultativas (diferente da dação em pagamento e obrigação alternativa): tem por objeto apenas uma prestação, conferindo-se, porém, ao devedor a opção de substituí-la por outra previamente determinada. 
c. Qto ao sujeito:
- única ou múltipla
d. Qto ao ônus da prova da culpa:
- obrigação de meio e de resultado
e. Qto aos elementos acidentais:
- pura ou simples
- condicional
- modal
- a termo
f. Qto à autonomia da existência:
- principal e acessória
g. Qto à execução ou cumprimento:
- instantânea ou periódica
h. Qto à exigibilidade da prestação:
- perfeita ou imperfeita (obrig. natural – artigos 882, 814 e 654, III, CC)
7. Obrigação Propter rem: 
- características:
transmissão automática, a título singular, do passivo; 
obrigação não vem da vontade, mas da propriedade; 
renúncia/abandono da coisa desvincula da obrigação
diferença com servidão (registro)
- natureza jurídica:2 correntes ( híbrido ou direito pessoal (FMB)
8. Obrigações de dar (restituir e entregar), fazer e não fazer
9. Perdas e Danos:
Conceito: compreendem o valor da indenização devida ao credor, abrangendo o que ele efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de lucrar.
 
Pressupostos (ação/omissão, dano moral/patrimonial, NC)
Dano emergente e lucro cessante (ex do taxista)
Perdas e Danos nas obrigações de pagamento em dinheiro (falar da pena convencional): 
- danos emergentes: valor da prestação + correção monetária + custas + honorários adv.
- lucros cessantes: juros de mora
- cláusula penal
Não influência da culpa ou dolo no valor da indenização, que se mede tão-somente pela extensão do dano
Presunção do prejuízo na responsabilidade contratutal (ex: 404, 416, 940, 773)
CONTRATOS – Parte Geral
I – INTRODUÇÃO:
Negócio Jurídico qto à manifestação de vontade: unilaterais (vontade emana de um só sujeito ou então de mais de um, mas sempre direcionada ao mesmo fim) e bilaterais (contrato).
Conceito amplo de contrato (neg. jur. bilateral) e restrito (aspecto patrimonial)
Distinção entre pacto (cláusula em contratos – retrovenda, v.g.) e contrato. No direito romano convenção era gênero do qual pacto (convenção sem sanção) e contrato eram espécies. 
Elementos: estrutural (consentimento recíproco) e funcional (composição de interesses contrapostos)
Contrato consigo mesmo (art. 117): anulável, salvo se o permitir a/o lei/representado.
- a autorização até pode ser genérica, mas aí tem que pagar o preço justo
- procuração propriamente dita como instrumento hábil a transferir propriedade. É irrevogável
- vedação do tutor ou curador de comprarem, ainda que em hasta pública (art. 497, I)
6. Requisitos de validade do contrato (104, CC):
a. Subjetivos:
- 2 ou mais pessoas
- consentimento livre das partes, isento de vícios e com pleno conhecimento do negócio
- capacidade genérica (666 e 1691)
- legitimação
b. Objetivos:
- lícito (contrato nulo não enseja indenização caso descumprido)
- possível (física e juridicamente): se relativa a impossibilidade e descumprido contrato, há perdas e danos para o inadimplemento
- determinado ou determinável
- interesse economicamente apreciável
c. Formais: falar da 
- liberdade das formas 
- nulidade da inobservância
- conversão do contrato nulo
- silêncio como gerador de obrigações contratuais
- solene (forma ad solemnitatem e ad probationem)
Cláusulas Contratuais:
Essenciais
Naturais (da natureza do contrato)
Acidentais
De Estilo: invariáveis, impressas nos contratos escritos
Princípios Contratuais: 
Conceito
Distinção com norma
Classificação:
Autonomia da Vontade (limitado pelo da supremacia da ordem pública, da função social do contrato e da boa-fé objetiva).
Supremacia da Ordem Pública (normas imperativas e proibitivas): falar do dirigismo contratual por meio da lei e do Judiciário (revisão judicial dos contratos).
Função Social do contrato: a lei não define. Deve estar de acordo com a solidariedade, justiça social, livre iniciativa, dignidade da pessoa humana, útil e justo. Alguns autores sustentam a possibilidade de correção do contrato pela revisão judicial; outros não (não pode violar vontade das partes), cabendo apenas anular cláusula ou o próprio contrato. 
Boa-Fé: 
- objetiva (concepção ética – fonte integrativa): 
. obrigação de agir corretamente
. cria deveres anexos (violação positiva da obrigação ou contrato). 
. observada em todas as fases do contrato. 
. no CDC 
- subjetiva (concepção psicológica – fonte interpretativa):
. crença de estar agindo corretamente ou ignorância do erro
. deve se ater mais à intenção (112 CC)
. é presumida
- Funções:
. Interpretativa (decorre o PR Conservação dos contratos, Conversão, Menor sacrifício do devedor)
. Integrativa: criação de deveres anexos
. Função de controle contratual 
Consensualismo: exceção (contratos solenes e reais)
Pacta sunt servanda (exceção: 49 CDC e caso fortuito ou força maior)
Relatividade dos Contratos (exceções: estipulação em favor de terceiros, responsabilidade dos herdeiros em cumprirem contratos do de cujus até as forças da herança
Interpretação dos Contratos: 
Conceito de interpretação
Art.112 CC
Teorias:
- Subjetiva: ater-se mais à intenção das partes
- Objetiva: ater-se mais à letra do contrato
- Mista: deve-se ater à vontade consubstanciada na declaração, portanto, na vontade já objetivada, não na intenção, vontade interna. 
Da Formação dos Contratos:
Elementos essenciais: acordo de vontades e, nos contratos reais, a tradição
Declaração de vontade: formas – silêncio
Fases da Formação: 
- negociações preliminares: pode gerar responsabilidade civil extracontratual se: 
. induzimento à crença de que o contrato se realizaria
. prejuízo
. desistência sem motivo justo
- proposta ou policitação: é irrevogável (exceções: art. 427 e 428 CC – se feita entre presentes e não for imediatamente aceita...)
- aceitação: se parcial é tida como contraproposta – prazos – aceitação nos contratos por correspondência (teorias da informação ou cognição, da declaração ou agnição/expedição ou da transmissão)
- entrega da coisa (só nos contratos reais) 
Da Extinção dos Contratos: 
Por causas anteriores ao contrato: nulidade e anulabilidade (P/ MHD a anulação tem efeitos ex nunc e a nulidade ex tunc, com o que não concorda FMB, que entende sempre ex tunc.) 
Por causas supervenientes:
- Resolução: destruição retroativa de seus efeitos, por ato unilateral de um dos contratantes, fundado num fato posterior à celebração, v.g., rescisão (inadimplemento culposo de uma das partes), onerosidade excessiva.
- Resilição: manifestação de vontade das duas partes ou de uma delas (aqui o direito é potestativo – contratos por prazo indeterminado ou aqueles em que a confiança é da sua essência)
- Morte, nos contratos personalíssimos.
- Caso Fortuito ou Força Maior (ex tunc)
POSSE E PROPRIEDADE 
I – INTRODUÇÃO:
Conceito de Direitos Reais: complexo de normas reguladoras das relações jurídicas referentes aos bens suscetíveis de apropriação pelo homem.
O que é coisa: é tudo o q existe no mundo com exceção do homem. 
Distinção entre direitos reais e pessoais:
- Teorias
Teoria Clássica ou Dualista* (sujeito + coisa + inflexão sobre coisa)
Teoria Unitária Personalista (nega diferença – é tudo direito pessoal – só há relação entre pessoas)
Teoria Unitária Impersonalista ou Realista (nega diferença – é tudo direito real – direitos pessoais não recaem sobre a pessoa, mas sobre o patrimônio)
Teoria de Demogue: conotação de unitária personalista (nega diferença – é tudo direito pessoal – só que alguns dir. são mais fortes/erga omnes, cujo exercício independe de outra pessoa).
- Distinções: 
a) direito de seqüela
b) direito de preferência
c) direito de aderência
d) tipicidade
e) taxatividade
f) elasticidade
g) especialidade
h) exclusivo
i) absoluto
II – POSSE
Teorias Objetiva (Ihering: objetiva ( corpus) e Subjetiva (Savigny: subjetiva ( corpus + animus); CC/02 preponderantemente objetivo (art. 1.196)
Diferença com detenção (relação de dependência ou permissão/tolerância)
. não gera efeitos jurídicos (usucapião, proteção possessória e ações possessórias)
. porém, pode defender posse (defesa direta)
Natureza Jurídica:
Ihering: um direito, um interesse juridicamente protegido.
Van Wetter: fato
Savigny: fato e direito (com relação às conseqüências jurídicas)
Clóvis: um direito especial, sui generis
Objeto: bens corpóreos e direitos reais (servidão, usufruto). Neste último caso, também chamada de quase-posse (posse dos direitos reais). 
Espécies:
Posse Direta e Indireta: é a bifurcação ou concorrência ou sobreposição de posses: duas pessoas têm possesobre a mesma coisa, mas em graus diferentes (o locador não pode mover possessória contra locatário, mas tão-somente ação de despejo).
Posse Justa e Injusta (para ter direito à usucapião e ações possessórias basta que a posse seja justa. Entretanto, há controvérsia, pois há os q entendem q é possível usucapião com base em posse injusta. De qq forma, não precisa ser de boa-fé, a não ser no U ordinário).
Posse de Boa-fé (ignorância do vício + erro escusável) e de Má-fé
Posse Jurídica e Natural (é a mera detenção). 
Posse Nova (a de menos de ano e dia) e Velha
Posse ad interdicta (é a q pode ser defendida pelos interditos – tem q ser justa) e ad usucapionem
Posse pro diviso (cada compossuidor já se apossou de uma parte determinada do imóvel – composse de direito, mas não de fato. Aqui pode haver ação possessória se um esbulhar/turbar a posse do outro qto à parte específica de cada um) e pro indiviso (cada compossuidor tem direito de exercer a posse sobre o todo, mas um não pode excluir a posse do outro, se não, ação possessória – composse de direito e de fato)
Jus Possidendi e Jus Possessionis
Composse simples ou romana (cada um dos compossuidores pode exercer sozinho o poder de fato sobre a coisa) e composse de mão comum (aquela em que o poder de fato sobre a coisa só pode ser exercido em conjunto por todos os compossuidores). 
Aquisição: o CC não mais enumera os atos de aquisição. Hoje, adquire-se a posse pelo exercício de alguns dos poderes inerentes ao domínio [falar aqui da acessão das posses – por sucessão (a título universal), onde opera-se obrigatoriamente a soma das posses, e por união (a título singular), na qual a soma é facultativa, e da usucapião].
Efeitos
- defesa direta (tem 2 sp: LD – reação imediata e direta x turbação; DI: reação x esbulho). Se tardia a reação, há exercício arbitrário das próprias razões. 
- direito ao uso dos interditos: mister q a posse seja justa
- percepção dos frutos
- indenização por benfeitorias
- direito de retenção por benfeitorias
- responsabilidade pelas deteriorações
- usucapião
Princípios que regem as ações possessórias (falar sobre procedimento – força nova e velha, bem como diferença com ações dominiais):
- Fungibilidade
- Natureza Dúplice
- Proibição da “exceptio proprietatis” – vide artigo a respeito na Pasta “Artigos Lidos”
Perda da Posse: CC/16 x CC/02
Aquisição pela usucapião 
III – PROPRIEDADE
Conteúdo do direito de propriedade (é um direito natural, não decorre da lei):
- jus utendi
- jus fruendi
- jus disponendi
- rei vindicatio
Regime Constitucional
Características:
- absoluto (não é tanto assim, pois possível desapropriação, requisição, tombamento)
- exclusivo
- irrevogável 
Formas de Aquisição:
Imóvel: - registro do título 
 - acessão contínua (pela natureza: aluvião, avulsão, álveo abandonado e formação de ilhas; industrial: construções; mistas: plantações)
b) Móvel: - ocupação propriamente dita (res nullius e res derelictae) e tesouro
 - especificação: matéria prima e escultura
 - confusão (líquido)
 - comistão (sólido)
 - adjunção (justaposição)
 - usucapião 
 
Perda da propriedade Imóvel:
alienação
renúncia
abandono ou derrelição
perecimento
desapropriação
usucapião
morte
confisco
posse pro labore
Propriedade Resolúvel: aquela que se extingue se ocorrer certa condição ou termo extintivo, previsto no próprio título que a constitui.
Propriedade ad tempus (art. 1360 CC): aquela que se extingue em virtude de causas supervenientes não previstas no título. Ex: revogação da doação por ingratidão. 
Condomínio: considerações gerais (lembrar que não é só o edilício)
SERVIDÃO (S)
1. Conceito: é o direito real constituído em favor de um prédio sobre outro prédio, pertencente a dono diverso.
2. Fundamento: tornar o prédio dominante mais útil.
3. Princípios: 
Não há servidão sobre coisa própria
A servidão é uma relação entre prédios (propter rem)
Envolve uma obrigação negativa. É diferente da obrig. de fazer em 2 aspectos:
Servidão só se constitui mediante registro imobiliário
Subsiste mesmo após alienação da propriedade
Não se presume (na dúvida, o juiz decide contra): atos de mera tolerância não são S.
Não se pode de uma servidão instituir outra (Porém, 1385 CC)
Envolve, em regra, prédios vizinhos (exceção: servidão de aqueduto)
É indivisível: não se adquire nem se perde por partes. 
4. Natureza Jurídica: é direito real sobre coisa alheia de gozo ou fruição
Direito real imobiliário
Direito acessório
Indivisível
Inalienável: não pode ser alienada separadamente do prédio principal e não pode ser hipotecada ou alienada.
Perpétua: no sentido de durar indefinidamente, sendo, pois, transmissível post mortem. O não uso por 10 anos é causa de extinção. 
5. Classificação: 
Servidões Urbanas (fixadas para fruição da utilidade direta de edifícios) e Servidões Rústicas (ligam-se ao solo, sem relação com os edifícios que estão na superfície). Há autores que diferenciam conforme o prédio seja urbano ou rústico. 
Servidões Positivas (é a servidão sob o ponto de vista do prédio dominante, já que ela se constitui de atos positivos incidentes sobre o prédio serviente) e Servidões Negativas (é a servidão sob o ponto de vista do prédio serviente, já que, de sua parte, a servidão consiste numa obrigação de não-fazer, ou seja, não obstar o uso do imóvel pelo dominante).
Servidões Contínuas (exercidas independente/ de ato humano) e Servidões Descontínuas (depende de ato do dono ou possuidor do prédio dominante). 
Servidões Aparentes (revelam-se por atos exteriores) e Servidões Não-Aparentes
Servidões Irregulares: instituídas em favor de pessoa(s).
Servidões Acessórias: meios de que pode lançar mão o dono do prédio dominante para fazer todas as obras necessárias à conservação e uso da servidão. 
6. Posse das Servidões: posse de direito real é quase-posse
- suscetível de posse e interditos apenas as servidões aparentes, sejam contínuas ou descontínuas. Súmula 415 STF
7. Modos de Constituição: só se constitui mediante registro, quer seja aparente ou não. 
- testamento
- destinação do pai ou do proprietário
- convenção ou contrato
- sentença judicial. 
- usucapião: 10 anos se com justo título ou 20 anos se sem. Falar aqui da Usucapião Tabular (consiste na usucapião de servidão não-aparente fundamentada na conjunção da posse e registro. As servidões não-aparentes merecerão proteção possessória se constarem em título emanado do possuidor do prédio serviente. Em tal situação, desde que o título que consta da servidão não-aparente esteja devidamente registrado, mas eivado de algum vício, torna-se possível a Usucapião Tabular). 
8. Tutela da Servidão: 
- interditos possessórios
- nunciação de obra nova: relembrar conceito
- ação confessória: dono do prédio dominante move para afirmar servidão negada
- ação negatória: dono do prédio serviente para provar inexistência de servidão
9. Distinção com direito de vizinhança: neste o encargo sobre o prédio em benefício do outro é instituído pela lei. Na servidão, constitui-se o encargo mediante registro, daí seu caráter de direito real. 
10. Extinção das Servidões: 
Não-uso durante 10 anos contínuos
Resgate da servidão pelo dono do prédio serviente
Renúncia pelo proprietário do dominante
Confusão
Cessação da utilidade que determinou a constituição de servidão. 
( Se o prédio dominante estiver hipotecado, será necessário, para o seu cancelamento, o consentimento do credor. 
FRAUDE CONTRA CREDORES (F.C.) E FRAUDE À EXECUÇÃO (F.E.)
I – INTRODUÇÃO:
- defeitos do negócio jurídico 
- diferença entre vício de consentimento e vícios sociais(simulação e fraude contra credores. Nestes casos a vontade é exteriorizada no sentido de prejudicar terceiros). 
1) Princípio de que o patrimônio do devedor responde por suas dívidas
Exceção: patrimônio de terceiros responderá quando houver F.C. ou F.E. 
2) Conceito de F.C.: neg. realizado pelo devedor insolvente ou que o conduz à insolvência.
3) Requisitos da F.C.: 
a) consilium fraudis: elemento cuja prova é dispensada nos negócios gratuitos (é presumido). 
- também é presumido nos negócios onerosos, em que a insolvência é notória ou em razão do grau de parentesco.
- não é mister animus nocendi, bastando que o terceiro saiba ou possa saber do estado de insolvência do devedor; 
- o ônus probatório é do autor da ação
b) insolvência: ação pauliana, sendo que o ônus probatório é do autor da ação, mas, por se tratar de prova diabólica, prevalece o entendimento de que há inversão do ônus, presumindo-se, assim, a insolvência. Os réus (adquirente e devedor alienante) é que deverão provar o contrário. 
c) eventus damni
4) Negócios suscetíveis de fraude:
- transmissão gratuita de bens*
- perdão de dívidas*
- outorga de garantia real a credor quirografário*
- pagamento de dívida vincenda*
- contratos onerosos
* consilium fraudis presumido
5) Ação Pauliana:
- Prazo: 4 anos
- legitimidade ativa: credor quirografário ao tempo da alienação ou com garantia real se esta tornar-se insuficiente;
- legitimidade passiva: litisconsórcio passivo necessário (devedor alienante e terceiro adquirente), sob pena de nulidade do processo.
Obs: se o negócio fraudulento for feito por falido, a ação cabível é a revocatória, 1 ano a contar da publicação do aviso de liquidação
6) Distinção entre Fraude contra Credores e Simulação: na F.C. o negócio realizado é real e o devedor tem que ser insolvente ou tornar-se insolvente.
7) Distinção entre F.C. e F.E.: 
a) ambos têm aqueles 3 elementos
b) a linha divisória é o momento da alienação do bem: há 2 correntes
- há F.E. quando aliena depois da citação em ação patrimonial
- há F.E. quando aliena depois do ajuizamento (FMB – art. 593, II, CPC)
c) a F.E. pode ocorrer no processo de conhecimento, cautelar e execução. 
d) Efeitos:
	Fraude contra Credores
	Fraude à Execução
	- argüível só em ação pauliana
	- examinada pelo oficial de justiça, podendo ser o bem penhorado de plano (art. 592)
	- ônus probatório: polêmico (item 3, b)
	- insolvência presumida, cabendo ao adquirente provar que o devedor tem bens suficientes
	- reconhecida, aproveita a todos os credores. Dinamarco e FMB não concordam: leg. extraordinária só quando prevista em lei. 
	- beneficia só o exeqüente 
	- polêmica: anulável ou ineficaz**
	- negócio jurídico sempre ineficaz
**Implicações dessa diferenciação: 
	Anulação
	Ineficácia – jurisprudência MAJ.
	- beneficia todos os credores
	- negócio sem efeito só para o autor da ação pauliana
	- sentença com mandado de cancelamento do registro de imóveis
	- o bem permanece em nome do terceiro adquirente
	- eventual saldo em execução pertence ao devedor
	- eventual saldo pertence a terceiro
	- comprador não pode remir a execução
	- pode
( A conclusão a que chega FMB é a de que, sendo a fraude à execução ato mais grave, pois atentatório contra a dignidade da Justiça, apenado com a ineficácia do negócio fraudulento, mostrar-se-á desproporcional apenar com anulação a fraude contra credores, ato menos grave.
Obs: Falar de uma decisão do STJ na qual se considerou que a boa-fé do adquirente, quando se tratar de negócio oneroso, exclui a fraude à execução, se o erro sobre a insolvência for escusável.
	
RESPONSABILIDADE CIVIL E ABUSO DE DIREITO (Ato Ilícito por Equiparação)
1. Conceito: obrigação de uma pessoa reparar o prejuízo causado a outrem por ato próprio, ato de terceiro ou por fato da coisa/animal. Não é ínsito ao conceito o elemento culpa.
2. Responsabilidade Subjetiva e Objetiva:
Subjetiva: deriva de dolo ou culpa. É a regra no CC.
Objetiva: basta o nexo causal: 2 sp:
- própria ou pura: baseada na teoria do risco, dispensa qualquer discussão sobre culpa;
- imprópria ou impura: a lei presume a culpa, invertendo-se o ônus da prova. Ex: culpa do dono do animal; CDC 
3. Responsabilidade Contratual e Extracontratual: ambas exigem culpa do agente, dano e nexo causal.
	
	Contratual
	Extracontratual
	Fundamento
	- art. 389 CC
	- art. 186 CC
	Ônus da Prova
	- presume-se a culpa do devedor inadimplente (inversão do ônus probatório)
	- o ônus da prova é da própria vítima
	Capacidade (menor ou incapaz)
	- só tem resp. (e direta) se contrato celebrado mediante rep./assistência (art. 180). Se sem rep./assist, não responde. 
	- responde subsidiariamente se representante não tiver obrigação de indenizar (928 CC) 
	Intensidade do dolo ou culpa
	- há ctos que só serão indenizáveis se o dano for causado por dolo ou culpa grave (392 CC)
	- indenização devida ainda que a culpa seja levíssima
4. Responsabilidade Civil e Penal
	
	Civil
	Penal
	Conseqüência
	- patrimonial
	- pessoal (visa aplicar pena ao autor)
	Pessoalidade
	- transmissível a herdeiros
	- intransmissível
	Prejuízo
	- tem que ter prejuízo
	- independe de prejuízo 
Obs: falar da independência entre as duas responsabilidades, mas citando também os casos excepcionais de dependência: 
- absolvição por negativa de existência do fato
- absolvição por negativa de autoria
- absolvição por excludente de ilicitude, exceto E.N. Defensivo e L.D. de Terceiro
Caso haja sentença penal com trânsito em julgado, não poderá ser alegada no juízo cível executivo qualquer excludente de ilicitude.
5. Requisitos da Responsabilidade Civil: 
ação ou omissão ( aqui entra a teoria do abuso de direito* 
culpa ou dolo
relação de causalidade
dano experimentado pela vítima 
6. Teoria do Abuso de Direito* (artigo 187 CC): É o ato lícito no antecedente e ilícito no conseqüente. DISPENSA CULPA. No geral, a obrigação de indenizar aparece em 4 situações:
- responsabilidade por ato próprio
- responsabilidade por ato de terceiro
- responsabilidade por danos causados pela coisa/animal
a) Nessas 3 hipóteses a obrigação de indenizar surge em virtude da quebra de dever: 
- contratual
- legal
- social: violação do dever social é abuso de direito, pois o agente não viola os limites objetivos da lei, pelo contrário, os obedece, mas desvia-se dos fins sociais. 
b) Teorias: 
- Subjetiva: quando há intenção de prejudicar terceiro ou quando não há nenhum interesse
 - Objetiva: o direito pode ser exercido de várias maneiras, mas o agente opta pela que é mais prejudicial à vítima
OBS: A pessoa pode ser responsabilizada mesmo que o dano não decorra de afronta direta à lei. 
c) Exemplos: imóvel com lanças, direito de vizinhança, art. 330 CC.
DANOS MORAIS E MATERIAIS
1. Dano Moral (Reparação): 
a) Introdução: 
- o CC/16 não tinha artigo específico.
- jurisprudência passou a admitir indenização por dano moral a partir da década de 80.
- previsão na CF/88, após no CDC, art. 6¤, e art. 186 do CC/02. 
- motivos da necessidade de indenizar dano moral: caráter educativo, amenizar sofrimento, o direito passou a dar critérios de mensuração. 
b) Conceito: lesões sofridas pelas pessoas físicas ou jurídicas, em certos aspectos de sua personalidade, em razão de investidas injustas de outrem. Representa uma lesão a seus valores. O dano moral genuíno não tem qualquer reflexo patrimonial. 
c) Dano Moral de Repercussão Patrimonial: averiguada pelo lucro cessante suportado pela vítima. É o caso da súmula 49 do STF (morte de filho menor em acidente). Na verdade é lucro cessante (dano patrimonial). 
d) Critérios para fixar indenização: 
- há 2 sistemas para aferir o quantum: sistema aberto e sistema tarifado(CF não fixou qualquer limite, tanto que a jurisp. não tem se atido aos limites fixados na lei de imprensa)
- critérios propriamente ditos: 
circunstâncias do caso
gravidade do dano
gravidade da culpa 
culpa concorrente da vítima
sofrimento da vítima
- o objetivo é a compensação, não a reparação: compensação + sancionamento. Há uma tendência jurisprudencial em reduzir o valor do dano moral qdo o patrimonial for muito alto e vice-versa. 
e) Ação de Indenização:
- movida pela vítima ou sucessores (TJSP – parentes próximos sem laços de afeição não podem pedir)
- transmissibilidade: 
não: dano moral é direito de personalidade
sim: porque o direito de ação tem caráter patrimonial, além do que CC, art. 943 (o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança)
- pessoa jurídica: só quanto à honra objetiva. Subjetiva não porque não tem sentimento próprio
- STJ tem admitido pedido genérico. Outros sustentam que deve ser certo
- prazo: 
imprescritível
prescritível: em 3 anos (reparação de dano)
- a prova da dor é dispensada, presumindo-a. Porém, em se tratando de inadimplemento contratual já se decidiu pela necessidade de comprovação da sensação negativa alegada pelo lesado.
2. Dano Material (Ressarcimento): 
a) Conceito: é o prejuízo econômico suportado pela vítima. Abrange o dano emergente e o lucro cessante. Não se indeniza dano futuro/hipotético – lembrar que a perda de uma chance não se enquadra em lucro cessante, mas em dano emergente porque a chance perdida (não a concretização da chance em si) já integrava o patrimônio do lesado.
b) Dano em Ricochete ou Reflexo: caracterizado pelo prejuízo repercutido numa pessoa pelo dano sofrido por outra. 
c) Liquidação do Dano Material: 
- indenização integral: mede-se pela extensão do dano. Em princípio, o grau de culpa não repercute no valor da indenização devida, com exceção do P.U. do art. 944 CC. O fato de o dano ter sido ressarcido em razão de contrato de seguro não reduz o valor da indenização, que deve ser integral, salvo qdo seguro obrigatório de veículos. (Súm. 246 STJ)
- Correção Monetária (art. 389 CC: da data do ato ilícito ou do desembolso quando ação regressiva pela seguradora. Pode ser usado o SM na pensão alimentícia) + Juros Moratórios (art. 398 CC: a contar do evento danoso. Só juros simples) + Honorários Advocatícios (art. 20 CPC. Se improcedente, arbitrados sobre o valor da causa, com correção desde o ajuizamento)
- indenização em caso de homicídio (art. 948 CC):
morte de chefe da família: pensão até falecido completar 65 anos ou por 5 anos se quando do óbito já tinha 65 anos (2/3 da renda) – há aqui o direito de acrescer
morte da esposa “do lar”: 1 SM. Se exercia profissão, 2/3 de sua renda.
filho: . STF: 1/3 do SM no período entre 14 e 25 anos. Se já tinha 25 anos quando morreu, paga-se por 5 anos. 
 . STJ: salário integral até 25 anos e ½ após, até 65 anos. 
- indenização em caso de lesão corporal (art. 949 CC): há aqueles que entendem que o dano estético é uma terceira sp, que não está inclusa no dano moral.
- indenização por incapacidade laborativa (art. 950 CC): 
se a pessoa estava desempregada ( 1 SM. Pensão vitalícia. 
se aposentada mas realizava atividade doméstica: pensão se tiver que contratar empregada.
menor inválido, incapaz para qualquer trabalho.
só se limita ao tempo de vida provável do devedor qdo o beneficiário não é a própria vítima.
- indenização em caso de turbação ou esbulho (art. 952 CC)
- indenização no caso de ofensa à liberdade pessoal (art. 954 CC): indenização por erro judiciário. 
Estado responde, e tem regressiva se provado dolo/culpa do agente público
Pedida na revisão criminal ou ação ordinária 
 
Responsabilidade civil do Estado por dano decorrente da morosidade na prestação jurisdicional 
- Foi-se o tempo em que soberania significava irresponsabilidade (soberania x irresponsabilidade)
- Jurisprudência, porém ainda é muito reticente. Acredita-se que o posicionamento dos Tribunais será revisto, em razão da ótica constitucional dada ao tema pela EC n° 45/04.
- a prestação jurisdicional intempestiva equivale em muitos casos à negativa do direito tutelado
- anormal funcionamento: mau funcionamento ou falta de funcionamento ou funcionamento defeituoso
a) singular: atingido um processo isoladamente, sendo que há aqui:
demora excessiva na prolação de uma decisão
indevida paralisação da demanda
extravio dos autos
b) estrutural: falta de pessoal auxiliar, prolongada ausência de Juiz, falta de equipamentos e excesso de processos. 
- estamos em sede de responsabilidade subjetiva, pois se trata de uma omissão do Estado
- nos casos de dolo, culpa ou desídia, o Estado responderá pelo dano podendo posteriormente acionar regressivamente o agente causador do dano.
- posicionamento jurisprudencial dominante, destoando do entendimento doutrinário, entende que não há falar em responsabilidade civil do Estado pela morosidade na prestação jurisdicional. Argumentos contrários à responsabilização: 
de nada adianta o trabalho insano de Juízes e funcionários se a estrutura em que se assentam não é adequada ao serviço que devem prestar.
qualquer processo acarreta estado de ansiedade nos litigantes, tornando-os intranqüilos, sendo que qualquer processo pode ter um curso relativamente extenso.
se as normas processuais não são adequadas ao bom desenvolvimento da função jurisdicional, o poder judiciário não pode ser responsabilizado pelo anacronismo da legislação processual vigente.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
1. Conceito: é o contrato pelo qual o devedor transfere ao credor a propriedade resolúvel de coisa (móvel infungível, imóvel, direito real, direito sobre coisa abstrata), com escopo de garantia de dívida, mantendo-se, porém, na posse do bem, readquirindo automaticamente o domínio após integral pagamento. 
- o credor torna-se proprietário do bem independentemente de tradição (verifica-se aqui o constituto possessório – tradição ficta). 
2. Natureza Jurídica: direito real de garantia (sobre coisa própria - FMB), juntamente com o penhor, hipoteca e anticrese (sobre coisa alheia). 
3. Bens: móvel infungível, imóvel, direito real, direito sobre coisa abstrata. Cf Súmula 28 STJ pode ter por objeto bem que já era do devedor.
4. Modo de Constituição: solene (por escrito) 
- se bem móvel: inscrição do contrato no Registro de Título e Documentos
- se automóvel: inscrição na repartição competente para licenciamento
- se imóvel: escritura pública e registro no CRI. 
5. Direitos do Fiduciante/Mutuário:
- posse direta: obrigado como depositário (controvérsia)
- dar baixa no Registro após pagamento
- ação de consignação em pagamento
6. Obrigações do Fiduciante/Mutuário:
- pagamento
- conservar o bem
- permitir que o credor fiscalize o estado da coisa
- não alienar o bem
- entregar o bem no caso de inadimplemento
7. Ação de Busca e Apreensão: ação autônoma, de caráter reivindicatório. 
- para proceder à busca e apreensão, mister configurar mora por meio da notificação pelo Cartório ou protesto do título (Súm. 72 STJ).
- concedida liminar o bem é apreendido em poder do devedor ou de terceiro (dir. seqüela).
- não existe mais o limite mínimo de pagamento de 40% da dívida para a purga da mora pelo devedor. 
8. Cláusula Comissória: 
- faculta ao credor, no caso de inadimplemento, ficar com a propriedade da coisa que lhe foi alienada ( é nula, já que o credor tem que vender a coisa a terceiro. Trata-se, portanto, de exceção ao princípio da perpetuidade do direito de propriedade. No CDC, art. 53. 
- o devedor pode, porém, caso o credor concorde, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida após o vencimento desta.
9. Execução do contrato: em vez de busca e apreensão o credorpode, a seu alvedrio, ingressar com execução, podendo, assim, a penhora recair sobre qualquer bem. 
10. Prisão do Depositário Infiel: ( lembrar que o examinador é contra a prisão de dep. Infiel*.
- falar da dívida na época da Roma Antiga: a pessoa respondia com o próprio corpo/liberdade/vida, até que foi editada a Lex Poetelia Papiria, em 326 a.C.
- essa mudança, porém, gerou a necessidade de criação de um instituto que resguardasse os bens dos atos de má-fé dos devedores - fraude contra credores (fraudis creditorum);
- garantia contra prisão civil por dívida foi veiculada pela 1¤ vez na CF/34. 
- a prisão na CF/88 e no Pacto de São José da Costa Rica 
- a prisão de dep. infiel no STF (há 6 Min. que já se posicionaram contra).
a) Argumentos contrários à prisão do depositário infiel:
*Posição do examinador: o valor liberdade, como direito de ir e vir, situa-se em plano de importância infinitamente superior ao do desenvolvimento econômico com que se vem justificando, na alienação fiduciária em garantia, a equiparação do devedor fiduciante ao depositário para fins de prisão civil". O espírito utilitarista não pode, por si mesmo, isoladamente, justificar a ação do legislador, sobretudo quando a liberdade é com ele posta em xeque. 
- o Decreto-lei nº 911/69 nem foi objeto de discussão no Congresso Nacional. Trata-se de Decreto-lei editado por uma junta militar que foi levada a isso, certamente, pelos que tinham interesse econômico na questão.
- o Decreto-lei nº 911/69, possibilita converter pedido de busca e apreensão, infrutífera, em ação de depósito. Esse Decreto, ao "equiparar" o devedor da alienação fiduciária ao devedor do contrato de depósito, promoveu uma verdadeira aberratio legis. Veja:
a máxima res perit domino não se aplica ao proprietário credor fiduciário. Isso quer dizer que pra mover busca e apreensão é dono, agora pra sofrer os efeitos da perda não. Assim, no plano pragmático, o devedor fiduciante é dono porque ele arca com a perda do bem. 
Fiduciante não recebe a coisa para guardar (depósito). 
- a permissão constitucional em trato pertine tão-somente àqueles casos em que há um verdadeiro contrato de depósito, no qual não há uso. Se houver uso, é comodato, locação...
- o legislador não pode, mediante ficções ou equiparações, ampliar arbitrariamente o texto constitucional, além da opção constituinte nele traduzida.
- o Pacto de São José da Costa Rica proíbe a prisão do depositário infiel e ingressou na legislação como lei ordinária. A CF, por sua vez, autoriza o leg. infraconstitucional criar hipóteses legais de prisão do dep. infiel e inadimplemento de obrig. alim. O direito de prender, porém, nasce com a hipótese de criação (e não apenas autorização). O Pacto incidiu sobre a hipótese de criação (lei ordinária), revogando-a e não sobre a hipótese de autorização (norma constitucional). 
- ora, se temos um CDC, não justifica o privilégio exacerbado dado às instituições financeiras.
b) Argumentos favoráveis à prisão civil do depositário infiel:
- o depósito é uma criação legal. Não existia no mundo natural algo como o depósito. Não havia no mundo hiperurâneo das idéias um modelo de depósito a ser respeitado quando da aceitação, pelo direito privado, desse instituto jurídico. A lei o criou. Tendo a lei o criado, pode também a mesma lei modificá-lo.
- sendo de eficácia contida a norma, o conceito constitucional de depositário infiel tem a elasticidade que lhe quiser conferir o legislador ordinário.
- a CF alude à possibilidade de prisão civil do depositário infiel, sem explicitar, contudo, qualquer adjetivação ao depósito.
- uma escolha política de nosso poder originário: garantia dos bens financiados e necessários ao desenvolvimento comercial e industrial do País.
CONTRATOS MERCANTIS
( Princípios Básicos Contratuais: 
Consensualismo: exceções ( ctos reais, solenes;
Relatividade: subjetiva e objetiva (não abrange bens estranhos ao objeto do contrato). Exceções: seguro, estipulação de terceiros e no CDC a reclamação do consumidor, que pode ser contra fabricante do produto viciado e não propriamente contra o comerciante com quem efetivamente contratou. 
( Teoria da Aparência: teoria por meio da qual uma situação aparente pode gerar obrigações para terceiros quando o contratante, de boa-fé, tinha razões efetivas para tomá-la por real. 
( Desconstituição do Vínculo Contratual: 
Invalidação (causas de extinção anteriores à constituição do contrato): 
Nulidade
Anulabilidade
Dissolução (causas de extinção posteriores à constituição do contrato): 
Resolução: inexecução do contrato
Dolosa/culposa: aqui é que pode ocorrer a rescisão contratual.
Fortuito/insolvência. Ver no google o q é caso fortuito interno
Resilição: por vontade: 
Distrato
Denúncia (unilateral)
( Tipos de Contratos Mercantis: 
A) Contratos de Colaboração: aqueles em que há uma obrigação particular assumida por um dos contratantes de criar ou ampliar o mercado em relação aos produtos ou serviços do outro. Há somente subordinação empresarial e não pessoal. Há 2 sp: 
Colaboração por aproximação: o colaborador não adquire produto do fornecedor para revendê-lo, mas apenas identifica quem possa estar interessado em fazê-lo. São:
 
Comissão: cto em que um empresário (comissário) se obriga a realizar negócios mercantis por conta de outro (comitente), mas em nome próprio, assumindo, portanto, perante terceiros, responsabilidade pessoal pelos atos praticados. Entretanto, como as negociações atendem o interesse do comitente, em caso de inadimplemento, este arcará com as conseqüências. 
Obs: - O comissário tem direito inclusive de responsabilizar o comitente – já que efetuou o negócio para atender interesse dele (comitente) – na hipótese de insolvência do terceiro contratante, salvo estipulação da CL del credere, a qual transfere o risco do negócio ao comissário.
 - CL del credere: por ela, pode o comissário responder perante o comitente pelo cumprimento das obrigações assumidas pelo terceiro com quem contratou, solidariamente com este. Mesmo aqui, porém, correm por conta do comitente outros riscos, como evicção. 
 
 - Diferença com mandato: mandatário não se responsabiliza pelas obrigações assumidas pelo terceiro. 
Representação comercial: contrato pelo qual o representante comercial se obriga a obter pedidos de compra e venda de mercadorias fabricadas ou comercializadas pela outra parte. Ele, porém, não tem poderes para concluir, por si só, a negociação. A CL de exclusividade pode ser pactuada, mas não é da essência do contrato. 
Distribuição-Aproximação: cto em que um dos empresários (distribuidor) se obriga a promover, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a realização de certos negócios, por conta de outro empresário (proponente), em zona determinada, tendo sob sua posse as mercadorias a serem vendidas. Se não tem a referida posse o contrato será de agência. 
Colaboração por intermediação: o colaborador celebra com o fornecedor um contrato de compra e venda, ou seja, adquire os produtos para revender. São:
Franquia: licenciamento de uso de marca + serviço de organização empresarial. É um cto pelo qual um comerciante licencia o uso de sua marca a outro (franquiado) e presta-lhe serviços de organização empresarial (engineering, management e marketing), com ou sem venda de produtos. Falar da COF, ou seja, circular de oferta da franquia, a qual rege as relações entre as partes e deve ser entregue ao franquiado, pelo menos 10 dias antes, sob pena de anulabilidade. 
Concessão: cto em que um empresário se obriga a comercializar, com ou sem exclusividade, com ou sem CL de territorialidade, os produtos fabricados por outro empresário. A lei só fala da concessão comercial referente ao comércio de veículos automotores. 
Distribuição-Intermediação: cto atípico, celebrado entre distribuidorasde combustível e postos de gasolina, em que o distribuidor compra para revender. É atípico. 
 
B) Contratos Bancários Impróprios: 
Alienação Fiduciária em Garantia: aquele em que o mutuário-fiduciante, como garantia do empréstimo contraído junto ao mutante-fiduciário, a este aliena bem de sua propriedade, transferindo esta, porém de forma resolúvel, já que, ao final, caso pagas todas as prestações, a propriedade novamente se consolida na pessoa do mutuário. 
Obs: - pode ter por objeto bem q pertence ao devedor
 - mora: se móvel, busca e apreensão para venda a terceiros. Se imóvel, os direitos do credor se consolidam em seu nome junto ao Registro de Imóveis. 
 - purgar mora: possível caso já pago 40%
	 - não é negócio exclusivo de instituição financeira
Faturização: cto pelo qual uma instituição financeira (faturizadora) se obriga a cobrar os devedores de um empresário (faturizado), prestando a este os serviços de administração de crédito. Há, portanto, obrigação de gerir os CRs do faturizado, assumindo os riscos do inadimplemento e garantindo o efetivo pagamento. Tem 2 sp:
Conventional factoring: o banco adianta o pg.
Maturity factoring: o banco paga na data do vencimento, mas assume os riscos do inadimplemento. 
Arrendamento Mercantil ou leasing (vide monografia) 
Cartão de Crédito: por esse cto uma instituição financeira se obriga perante uma pessoa física ou jurídica a pagar o crédito concedido a ela por um terceiro, empresário credenciado por aquela (fornecedor). 
C) Contrato de Seguro: cto em que uma parte (sociedade seguradora) se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo da outra parte contra riscos determinados. Tem-se aqui a característica da mutualidade: o prejuízo efetivamente sofrido pelo segurado não é suportado individualmente, mas é distribuído entre diversos segurados (socialização dos riscos). 
 
- Sistema Nacional de Seguros Privados: 
a) CNSP (traça política geral, caract. gerais dos contratos, aplica sanções - LS, art. 32) 
b) SUSEP (fiscalização das seguradoras – LS, art. 36, promove a política de seguros, faz intervenção extrajudicial), menos as referentes à saúde (ANS)
c) IRB – Brasil Resseguros S/A
d) Sociedades Seguradoras: (exploram atividade securitária, com autorização do governo – LS, art. 113)
e) Corretores: aproximam segurados das seguradoras
- Natureza Jurídica: não se trata mais de um contrato aleatório (possibilidade de ocorrência do evento danoso), como era no CC/16. Hoje, o pg é apenas um dos aspectos da obrigação que a seguradora contrai: a de garantir o segurado contra riscos, adotando providências de gerenciamento empresarial, mantendo-se em condições econômicas, financeiras e patrimoniais para fazê-lo. 
- Espécies: 
Seguro de Dano: tem por objeto os interesses relacionados ao patrimônio, obrigações, saúde e integridade física. É de natureza indenizatória, pelo que vedado o sobre-seguro (contratar pelo valor integral mais de um seguro sobre o mesmo interesse) ou segurá-lo em importância superior ao seu valor. Não confundir com co-seguro (diversas seguradoras se responsabilizam por uma parte da indenização) e seguro cumulativo (segurados, cada qual motivado por interesse próprio, celebram contratos de seguro referentes ao mesmo bem), lícitos. Há uma modalidade de seguro de dano obrigatória: DPVAT (danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não - $ pago direta/ ao terceiro). Aqui, mesmo havendo morte, o seguro é de danos, pois a liquidação do dano está vinculada à responsabilidade civil do proprietário do veículo. 
Seguro de Pessoa: o pg não tem cunho indenizatório. Cuida-se tão-somente de obrigação pecuniária decorrente de contrato de garantia contra riscos. O valor pago é chamado de capital. Não é vedado o sobre-seguro. O recebimento pelo beneficiário não tem a natureza de sucessão, ou seja, é o próprio beneficiário o titular do direito de crédito. 
Obs: suicídio: vide súmulas 61 do STJ e 105 do STF e CC, art. 798. 
Seguro-Saúde: há 2 sp: 
Plano contratado com operadora de plano de assistência à saúde que presta, diretamente ou por terceiros, serviços médico-hospitalares ou odontológicos. 
Seguro em que a operadora não presta serviços desta natureza aos seus consumidores, mas, como seguradora, oferece-lhes a garantia contra riscos associados à saúde. 
D) Capitalização: cto pelo qual uma S/A, especificamente autorizada pelo governo federal, se compromete, mediante contribuições periódicas do outro contratante a pagar-lhe importância mínima ao término do prazo determinado. Apenas será tido como cto aleatório se pactuada a CL de premiação ou antecipação por sorteio, a qual torna o negócio mais atraente. 
ALIMENTOS
1. Conceito: prestações periódicas, em dinheiro ou espécie, pagas por uma pessoa a outra para satisfação das necessidades da vida. 
2. Fontes/Espécies:
Alimentos Legais ou de Direito de Família: devido entre cônjuges, companheiro(a), ascendentes, descendentes e irmãos. Excluídos os colaterais de 3 º e 4 º graus. Podem pedir o nascituro e o cônjuge q viva na mesma casa mas sem vida em comum. Únicos regidos por normas cogentes e que ensejam prisão civil. 
Alimentos Convencionais: v.g., doação periódica, extinta com a morte do doador (art. 545)
Alimentos Testamentários: emanam da vontade do testador, podendo ocorrer até mesmo um sublegado (pessoa é nomeada legatária e herdará desde que preste alimentos a outrem, determinado pelo testador).
Alimentos Ressarcitórios: emanam da prática de um ato ilícito
3. Conteúdo (1920, CC):
Sustento
Educação
Vestuário
Cura
Casa
4. Limite: até os 24 anos de idade, se estudante
5. Classificação:
- qto ao objeto da prestação: (falar do art. 1694, par. 2º) 
Naturais ou necessários: essenciais à sobrevivência
Civis ou côngruos: manutenção da condição social
- qto à forma de pagamento:
Próprios: em espécie
Impróprios: em dinheiro
6. Local do pagamento: em regra as obrigações são quesíveis (credor vai buscar pagamento no domicílio do credor), mas em matéria de alimentos, elas são portáveis, ou seja, o devedor vai até o domicílio do credor para pagá-lo.
7. Alimentos Provisórios, Provisionais e Definitivos:
Alimentos Definitivos: fixados em sentença transitada em julgado
Alimentos Provisórios: fixados liminarmente, antes da citação do devedor, na ação de alimentos de rito especial (sumário), constante da Lei n. 5.478/68). Mister prova pré-constituída. Prisão até 60 dias
Alimentos Provisionais: fixados em sede de cautelar de alimentos para fim de manutenção da parte ou da causa, nos termos do art. 852 do CPC. A parte até tem direito à ação de alimentos, mas pelo rito ordinário, pois não tem prova pré-constituída do parentesco. Prisão de até 3 meses. São cabíveis em 2 hipóteses:
Cabe cautelar de alimentos provisionais nas ações de separação judicial e anulação de casamento, independentemente de culpa do cônjuge, para manutenção da parte e da causa. 
Cabe cautelar de alimentos provisionais nas ações de alimentos após o despacho da inicial, para manutenção da parte. 
8. Características:
Atualidade: não são devidos, nos alimentos legais (D.Família), os alim. pretéritos, tanto q na ação de alimentos só são devidos a contar da citação. Antes da ação não. 
Divisibilidade: se houver + de 1 devedor, reparte-se a obrig. proporcionalmente. O devedor acionado pode acionar os demais, mas é um litisconsórcio facultativo. 
Irrenunciabilidade: do direito a alimentos.
Incessibilidade: não pode ser cedido. FMB entende q é, mas só qto às parcelas atrasadas, q têm, portanto, caráter indenizatório. 
Incompensabilidade: não pode ser compensado com crédito do devedor para com o alimentado. FMB entende q é, mas só qto às parcelas atrasadas, q têm, portanto, caráter indenizatório. O CC nãodiferencia (art. 1707)
Impenhorabilidade: para FMB é possível qto aos alimentos atrasados (art. 649, II, CC)
Irrepetibilidade: porém, se houver má-fé, cabível ação in rem verso
OBS: art. 588 do CPC, par. 2º ( irrepetíveis, portanto, apenas os que não excederem a 60 SM e, ainda assim, se encontrar-se em estado de necessidade, o que leva FMB a crer que a irrepetibilidade existe apenas para os alimentos naturais. 
Impossibilidade de transação: as parcelas em atraso podem porque têm caráter indisponível 
Imprescritibilidade: apenas quanto ao direito de pleitear alimentos, não quanto às prestações já fixadas judicialmente, as quais prescrevem no prazo de 2 anos. Na ação de conhecimento, o autor tem direito às prestações a partir da concessão da liminar ou da sentença. Não esquecer das causas susp/interrup. a prescrição. 
Transmissibilidade: a obrig. transmite-se aos herdeiros do devedor, segundo o quinhão de cada um. 
9. Ações Revisional e de Exoneração: a depender de fato novo, superveniente. Não precisará, porém, ajuizar as referidas ações se:
 Novo casamento, UE ou concubinato
 Comportamento indigno
 Maioridade civil
10. Alimentos e Coisa Julgada: sent. de alimentos se submete à CJ Material, mas com CL rebus sic stantibus. As ações supra são baseadas em uma nova causa de pedir, diferenciando-se, assim, da ação de alimentos. 
11. Alimentos e ação ordinária: MP sempre participa. 
- rito ordinário: não tem prova documental de sua leg. ativa
- rito sumário (L 5478/68): tem. Independe de adv. Se autor não aparece na aud., arquivamento do pedido. Se réu não aparece, revelia e procedência da ação. 
12. Alimentos e execução: há 3 ritos possíveis
734 CPC: execução por desconto em fl. de pg.
733 CPC: pena de prisão (na verdade não é pena, apenas meio de coerção). Não pode ser decretada de ofício. Cabível agravo instrumento cujo efeito suspensivo pode ser dado pelo Relator. Não cabe HC, a não ser q a dec. seja teratológica, mas mesmo se cabível, mister agravar para não precluir. Pelo mesmo débito não é possível decretar a prisão 2 vezes. 
732 CPC: penhora. É para os débitos em atraso, mas nada impede q seja usado para os atuais, hipótese em que, se recair sobre dinheiro a penhora, embora haja embargos à execução o exeq. poderá levantar mensalmente o valor da prestação, tratando-se, assim, da única hipótese em que os embargos não suspendem a execução. 
PENAL
ERRO DE TIPO
1. Conceito de fato típico
2. Elementos do fato típico:
a) conduta dolosa ou culposa
b) resultado
c) nexo causal
d) tipicidade
3. Conceito de Erro de Tipo ( aquele que incide sobre um dado da realidade descrito como:
- elementar: essencial
- circunstância : essencial
- componente irrelevante da figura típica: acidental
4. Espécies:
a) Essencial:
Sobre elementar (situação de fato ou relação jurídica) de tipo incriminador:
- sempre exclui o dolo.
- se inevitável tb exclui a culpa; se evitável, o crime é culposo se prevista a modalidade culposa.
Sobre circunstância: jamais exclui o dolo. Só exclui a circunstância, a qual não terá incidência.
Sobre elementar (situação de fato) de tipo permissivo ou descriminante putativa por erro de tipo*: 
- sempre exclui o dolo.
- se inevitável tb exclui a culpa; se evitável, o crime é culposo se prevista a modalidade culposa. Neste caso há culpa imprópria (culpa no momento inicial da formação do erro, porém a ação subseqüente é dolosa. Assim, se a vítima sobreviver, haverá tentativa de crime culposo. Mas tal posição não é pacífica: há quem entenda que não há exclusão do dolo e, portanto, não resta afetada a tipicidade, mas sim a culpabilidade, pelo que, se inevitável, a culpabilidade é excluída; se evitável, o crime é doloso, mas por política criminal aplica-se a pena do crime culposo). 
Obs: aproveitar e falar aqui dos tipos de descriminantes putativas:
- Descriminante putativa por erro de proibição: o sujeito pensa que a norma permite, quando, na verdade, proíbe a conduta realizada. Mesmas conseqüências do erro de proibição, ou seja: 
Inevitável: excluída a culpabilidade por ausência de potencial consciência da ilicitude
Evitável: pena reduzida de 1/6 a 1/3
- Descriminante putativa por erro de tipo*: o agente se equivoca quanto à realidade, supondo agir sob o manto de excludente de ilicitude. Mesmas conseqüências do erro de tipo propriamente dito. 
b) Acidental:
Erro sobre objeto ou coisa: responde pelo mesmo crime, pois seu erro não o impediu de saber que cometia um ilícito contra a propriedade. Se a coisa for elemento do tipo, aí sim o erro será essencial.
Erro sobre a pessoa: leva-se em conta as características da vítima virtual. O agente confunde-se qto à pessoa a ser atingida. 
Erro na execução do crime (aberratio ictus):
- com unidade simples: presume-se que atingiu a pessoa que queria. 
- com unidade complexa: . concurso formal;
 . se desígnios autônomos/dolo eventual: C.F.Imperfeito. Aqui, na verdade, não houve erro porque ele assumiu o risco de atingir todos.
Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis):
- com unidade simples: responde só pelo resultado efetivamente produzido e se prevista a modalidade culposa.
- com unidade complexa: concurso formal ( Obs: se o resultado previsto como culposo for menos grave ou se o crime não tiver modalidade culposa, não se aplica a regra da aberratio criminis, prevista no art. 74 CP. Ex: tentativa de homicídio (vítima não alvejada) e crime de dano (não há dano culposo sem contar que é menos grave que a tentativa de homicídio) – caso do agente que atira na vítima, não a acerta, atingindo a vidraça da casa do sujeito passivo. Responde por tentativa de homicídio.
Erro sobre o nexo causal, dolo geral, erro sucessivo ou aberratio causae.
5. Diferença entre erro de tipo (o delito existe, mas o autor não o sabe em virtude do erro) e delito putativo por erro de tipo (aqui o delito não existe efetivamente e o agente acha que o está praticando). Aproveitar e falar dos 3 tipos de delito putativo:
- delito putativo por erro de tipo
- delito putativo por erro de proibição
- delito putativo por obra do agente provocador (crime impossível) 
IMPUTABILIDADE PENAL E EMBRIAGUEZ
1. Falar sobre a culpabilidade e seus 3 elementos: 
- imputabilidade: possibilidade de responsabilizar penalmente o autor da infração. Possui 4 excludentes:
Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26 CP)
Menoridade (art. 27 do CP)
Embriaguez acidental total – caso fortuito ou força maior (art. 28 CP)
Dependência química ou sob efeito de substância psicotrópica (art. 45, caput, da Lei 11.343/2006). 
- potencial consciência da ilicitude: sua excludente é o erro de proibição, que se inevitável isenta de pena (exclui culpabilidade), se evitável reduz a pena. 
- exigibilidade de conduta diversa: pressupõe, para ser punido, que o agente tenha agido em circunstâncias normais. Possui 2 excludentes legais, embora haja quem defenda que há excludentes supralegais*:
Obediência Hierárquica
Coação Moral Irresistível
OBS: 1. Ressaltar que com a adoção, pelo CP, da Teoria Finalista da Ação (Hans Welzel), a culpabilidade perdeu o dolo e culpa para o tipo/conduta, tendo se esvaziado e restado como seu conteúdo apenas a reprovação da conduta do agente, caracterizando-se, assim, pelos 3 elementos supra. 
 *2. Excludentes supralegais de Exigibilidade de Conduta Diversa (ECD): 
- TJSP (4@ Cam. Criminal) não admite porque:
Inaplicável analogia in bonam partem em matéria de dirimentes
Não se admite extensão além dos casos taxativamente enumerados
No CP/69 havia ENecessidade exculpante e o CP/84 não o previu
- STJadmite porque:
a ECD constitui verdadeiro princípio geral do direito
se as circunstâncias são anormais, deve-se suspeitar da presença de anormalidade também no ato volitivo
violaria o princípio da culpabilidade caso não adotadas 
2. Imputabilidade: 
- elemento intelectivo: entender o caráter ilícito do fato
- elemento volitivo: comportar-se de acordo com este entendimento
3. Causas que excluem a imputabilidade:
Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26 CP)
Menoridade (art. 27 do CP)
Embriaguez acidental total – caso fortuito ou força maior (art. 28 CP)
Dependência química ou sob efeito de substância psicotrópica (art. 45, caput, da Lei 11.343/2006).
4. Critérios de aferição da inimputabilidade:
- biológico: saber se o autor é portador de alguma das causas de inimputabilidade previstas em lei (causa). Requisito meramente causal.
- psicológico: importa apenas se o autor, na época do crime, tinha entendimento e vontade. Requisito meramente consequencial. Não valora/considera a causa da incapacidade. 
- biopsicológico: combina os 2 anteriores. Portanto, seus requisitos são: 
	
Causal
Cronológico
Conseqüencial 
5. Embriaguez: 
Conceito: é uma intoxicação aguda e passageira provocada pelo álcool ou por substâncias de efeitos análogos, que apresenta a seguinte seqüência: excitação, depressão e sono.
Sp de substâncias psicotrópicas (psicolépticos, psicoanalépticos e psicodislépticos)
Fases (excitação, depressão e sono)
Espécies de embriaguez:
Embriaguez não acidental: - dolosa ou culposa
 - completa ou incompleta	
		Conseqüência: actio libera in causa. Não esquecer de falar aqui da responsabilidade objetiva na embriaguez não acidental.
Embriaguez acidental (caso fortuito ou força maior): 
Conseqüência: - completa: exclui a imputabilidade (absolvição própria)
				 - incompleta: diminuição de pena
Patológica: doença mental ( exclui imputabilidade se total a embriaguez
Preordenada: agravante genérica
COMENTÁRIOS SOBRE A LEI MARIA DA PENHA
(Lei 11.340, de 07.08.2006)
	
	
	1 – Origem da Lei: 
- princípio constitucional da dignidade humana
- a Lei 11.340/06 leva o nome de uma guerreira, Maria da Penha, farmacêutica aposentada, vítima em 1983, aos 38 anos de idade, de um disparo perpetrado, na época, por seu marido, Marco Antonio Heredia Viveros, enquanto dormia. Como seqüela da violência, ficou paraplégica. Apesar das dificuldades, Maria da Penha nunca desistiu de ver seu marido condenado pelo crime e, durante 23 anos, lutou de todas as formas para que a justiça prevalecesse.
2 - Violência Doméstica e Violência Familiar. 
- Há que se interpretar, separadamente, a violência doméstica da violência familiar; 
- artigo 5º, inciso I: a lei cuida da violência doméstica “com ou sem vínculo familiar”, vale dizer, das pessoas que convivem sob o mesmo teto, independentemente da existência de um vínculo de parentesco entre o agressor e a vítima. Exemplo: empregada doméstica, que venha a ser vítima de violência cometida pelo seu patrão, prevalecendo das relações domésticas. Estamos diante, evidentemente, de um caso de violência doméstica, mas não de violência familiar.
 inciso II, nós temos a violência familiar*, como “comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados. 
 inciso III: união estável* - há a previsão da relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente da coabitação. 
 Parágrafo único: abre margem ao reconhecimento da violência doméstica nas relações homossexuais femininas, pois a vítima deve ser sempre uma mulher.
- a violência doméstica e familiar contra a mulher como violação dos direitos humanos (só em 1993, na conferência de Viena sobre os Direitos Humanos foi erigida à categoria de D.H.). 
3 - Constitucionalidade da Lei.
- esta lei tratou da violência doméstica e familiar de gênero, vale dizer contra a mulher e não da violência doméstica e familiar como gênero, vale dizer contra a mulher, homem, criança ou idoso de ambos os sexos, etc. 
- com base nesta “discriminação” ao sexo masculino, se tem sustentado a infringência ao artigo 5, inciso I, da CF
- dizer que esta desigualdade legal seria inconstitucional não parece ser o entendimento mais adequado. A experiência tem demonstrado que a vítima em caso de violência doméstica e familiar, em grande parte dos casos, senão a sua totalidade, é a mulher. 
- no Brasil uma mulher é vítima deste tipo de violência a cada 15 (quinze) segundos. 
- existe, efetivamente, uma desigualdade material, cabendo à lei estabelecer uma diferenciação de modo a tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade. 
4 - Disposições Preliminares – Normas programáticas e regra de interpretação. 
- regra de interpretação, é a prevista no artigo 4º: a lei deverá ser interpretada em benefício da mulher, que está em situação de desigualdade, em razão de ter sofrido uma violência.
5 - Formas de violência doméstica e familiar contra a mulher. (art. 7º):
- violência física
- violência psicológica: causa uma diminuição da auto-estima
- violência sexual: crime toda conjunção carnal coativa, não importando se o autor e a vítima sejam casados ou não.
- violência patrimonial 
- violência moral: calúnia, difamação ou injúria.
6 - Assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar.
- normas programáticas (artigo 8º): 
a. integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação;
b. promoção de estudos e pesquisas, estatísticas;
c. o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família
d. atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;
e. campanhas educativas de prevenção
...
7 - Dos Procedimentos – Disposições Gerais.
- aplicação subsidiária dos CPP e CPC e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso, que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.
- os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderão ser criados, nos exatos termos da lei, o que não pode ser confundido com deverão. Há entendimento de que têm competência limitada para o julgamento das medidas protetivas de urgência, sob pena de esvaziarmos a competência das varas da família, já que, na sua maioria, os casos de separação judicial envolvem situação de violência doméstica e familiar, contando com agressões físicas ou verbais em seu contexto.
- renúncia à representação (art. 16): na realidade temos um erro terminológico, eis que não se trata de renúncia à representação, mas de retratação da representação anteriormente oferecida.
- vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa (artigo 17)
- Art. 41.  (APPCR ou APPI?): o artigo 44 alterou o § 9º, do artigo 129, do Código Penal reduzindo a pena mínima que era de 06 (seis) meses e passou a ser de 03 (três) meses, em flagrante equívoco, já que a intenção do legislador era agravar a situação de violência doméstica e familiar. Contudo, foi elevada a pena máxima para três anos, de modo que a lesão corporal, em situação de violência doméstica, assim entendida como gênero e não de gênero, deixando de ser infração de menor potencial ofensivo, já que a reprimenda superou o limite de dois anos, previsto no artigo 61 da Lei 9.099/95.
Surgem disto várias questões. Como a lesão corporal dolosa leve depende de representação, em razão do disposto no artigo88 da Lei 9.099/95, como teria ficado este crime, se praticado em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher, já que o art. 41 da lei diz que aos crimes nela previstos não se aplica a Lei 9.099/95?
( Alguns já sustentam que: 
. em razão do dispositivo em questão, a lesão corporal de natureza leve, com contornos de violência doméstica e familiar contra a mulher, passaria a ser processada por ação penal pública incondicionada, vale dizer não dependendo mais de representação.
. não se aplica a transação penal, a suspensão do processo, a possibilidade de composição dos danos civis, o rito sumaríssimo, vale dizer institutos previstos na Lei 9.099/95.
( Outros: 
. o artigo 41 deve ser interpretado em conjunto com os artigos 4º, 16 e 17 da Lei em estudo, de modo a restringir o alcance do primeiro dispositivo. Quando o artigo 41 afirma que não se aplica a Lei 9.099/95, deve ser entendido que não se aplica esta legislação somente em relação as restrições previstas nos artigos 16 ou 17, vale dizer que a retratação da representação somente será possível em audiência especialmente designada para esta finalidade, bem como não será possível a aplicação de pena de prestação pecuniária ou exclusivamente de multa.
. o que dependia de representação, continuará a depender, até porque esta vem em favor da mulher e não contra ela, já que evitará que a mesma veja seu companheiro processado, mesmo contra sua vontade, como acontecia no passado.
. possível transação penal, desde que não seja “cesta básica” ou exclusivamente pecuniária; suspensão do processo. 
 
- aplicação analógica das medidas protetivas (cautelares): há a possibilidade de aplicar medidas protetivas em se tratando de violência doméstica e familiar contra a mulher, mas e se a violência doméstica for praticada contra um filho, por exemplo, um atentado violento ao pudor praticado pelo companheiro da mãe, tendo como vítima seu enteado, haverá ou não possibilidade de proteção desta lei? Sim, pois como vimos as medidas protetivas são cautelares de natureza processual civil, de modo que é plenamente possível a sua aplicação analógica, vale dizer nessa hipótese seria possível o afastamento do agressor do lar conjugal, formulado como medida protetiva, perante a autoridade policial.
Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica
1. Sociedade de Risco:
- modernidade simples (revolução industrial) x modernidade reflexiva (ruim e sem controle) 
- cria situações de risco que exige com que o Direito Penal se espraie por áreas jamais abarcadas, v. g, meio ambiente (delinqüência da globalização). É um novo DP, que se afasta dos conceitos tradicionais (v.g. resp. social)
- a ciência, tomada em todas as áreas da modernidade, passa a ser produto e produtora da realidade e de suas caóticas conseqüências
- dinamismo da sociedade industrial/ “o capitalismo é seu próprio coveiro" (Karl Marx)
- os 3 aspectos mais decisivos para definir/caracterizar a sociedade de risco:
 a) a mudança de potencial dos perigos atuais em relação aos de outras épocas (se caracteriza pela ameaça advinda de perigos artificiais: advindos da decisão humana)
 b) complexidade das relações de responsabilidade
 c) sensação de insegurança subjetiva
- assim, o Direito passou a ter a função de gerir e administrar a produção de riscos.
2. Da Responsabilidade na Área Ambiental: 
- em virtude desses novos riscos produzidos pelo crescimento econômico/tecnológico, necessário foi adotar novas técnicas de proteção de alguns bens jurídicos, dentre os quais, o meio ambiente, pelo que:
	a) erigiu-se o meio ambiente a bem jurídico constitucionalmente tutelado
	b) a criação de tipos penais ambientais
	c) a extensão da responsabilidade penal às pessoas jurídicas, uma das grandes responsáveis pela degradação do meio-ambiente. 
- tríplice penalização do poluidor (cível, criminal e administrativa) – art. 225, par. 3¤, CF/88
3. Pessoa Jurídica: 
A) Conceito e espécies. 
B) Falar também que muitas vezes seus integrantes utilizam o véu corporativo como forma de engendrar práticas ilícitas sem que sejam diretamente responsabilizados, dada a autonomia patrimonial do ente para com seus membros. 
C) Requisitos indispensáveis à caracterização da responsabilidade penal da pessoa jurídica ( que a infração tenha sido cometida: 
- por decisão de seu representante legal;
- por decisão de seu representante contratual 
- por decisão de seu órgão colegiado 
- no interesse ou benefício da entidade
Obs: A Lei 9.605/98 inaugura aqui a Teoria Francesa do Ricochete, pela qual se concretiza o princípio da co-autoria necessária entre a pessoa física e a pessoa jurídica, o que demonstra a adoção do sistema chamado de dupla imputação. Essa teoria distingue o fundamento da responsabilidade em razão da identificação ou não da autoria delituosa: 
Subjetiva: quando ocorrer condutas comissivas – por ação – pelas quais se pode identificar o agente (quem ordenou e quem executou) delituoso. aqui se aplica a teoria do domínio do fato. Em razão da co-autoria, a pessoa jurídica não terá direito de regresso. 
Objetiva: quando ocorrer em condutas omissivas culposas (negligência) ou omissivas materiais, quando não se consiga identificar o agente delituoso. 
D) Da Responsabilização Penal da Pessoa Jurídica – 2 correntes
- Negativa: não deve ser incriminada a pessoa jurídica
conceito clássico da culpabilidade: é a reprovabilidade da vontade. Somente o ser humano pode ter. A pessoa jurídica, por ser desprovida de consciência e vontade (elementos da conduta), seria incapaz, por si própria, de cometer um crime, necessitando sempre recorrer aos seus órgãos, integrados por pessoas físicas. 
princípio da personalidade da pena: a condenação da pessoa jurídica estender-se-ia a pessoas inocentes, como os sócios minoritários dissidentes.
impossibilidade de aplicação da pena privativa de liberdade.
impossibilidade da pessoa jurídica exercer um juízo de reprovabilidade de suas condutas: impossível seria a ressocialização do ente coletivo.
- Positiva: deve ser incriminada a pessoa jurídica
incriminação não baseada na culpa, na responsabilidade individual, subjetiva, mas deve ser entendida à luz de uma responsabilidade social. No caso em tela, e com base na jurisprudência do STJ já citada, vislumbra-se um terceiro tipo de responsabilidade, qual seja, a responsabilidade social. Há aqueles que entendem que o risco é integral 
o reconhecimento da responsabilidade penal da pessoa jurídica é imperativo exigido pelas transformações socioeconômicas e tecnológicas, por razões de ordem prática.
E) Da Responsabilidade Penal da PJDPúblico: há duas posições: 
1 - a Lei de Crimes Ambientais não distingue
2 - MAJ: não responde, sob a pena de desmoronamento dos princípios basilares do Estado Democrático de Direito. 
- o Estado não poderia sancionar a si próprio. A multa não teria eficácia, já que seria revertida ao próprio Estado.
F) Da Desconsideração da Personalidade Jurídica: 
- requisitos: desvio de poder, abuso de direito, fraude e prejuízos causados a terceiros.
EUTANÁSIA
1. Conceito/Significado: significa boa morte e é praticada por motivo piedoso, a fim de abreviar o sofrimento da vítima.
2. Homicídio privilegiado (art. 121, § 1.º, CP)
- falar dos 2 tipos (relevante valor moral e social)
- a eutanásia tem sido tipificada pela doutrina e jurisprudência majoritárias na hipótese do relevante valor moral (sentimentos relevantes do próprio agente).
3. Homicídio eutanásico ou eutanásia é o comportamento que dá lugar à antecipação ou ao não adiamento da morte de uma pessoa que sofre de uma lesão ou enfermidade incurável, geralmente mortal, a qual lhe causa graves sofrimentos ou afeta consideravelmente sua qualidade de vida.
4. Espécies:
a) Eutanásia ativa: realização de atos positivos com o fim de dar morte a alguém, eliminando ou aliviando

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