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Universidade Federal de Lavras Frequências Fundamentais de um Diapasão Engenharia de Controle e Automação – 22A Bruno Henrique de Bastos Silva – 201221150 Caroline Santos Pereira – 201221158 Heitor Salve Silveira – 201220562 Jéssica Junqueira Benetolo – 201221160 Vitor Trugilho Zardo – 201221151 Lavras – MG Janeiro – 2014 Referencial Teórico Ondas estacionárias são configurações de ondas onde uma onda sonora, onda luminosa ou onda em uma corda sofre interferência de seu reflexo gerando um padrão conhecido com onda estacionária. Esse padrão apresenta algumas características exclusivas, como uma equação característica, (equação 01), e pontos denominados “nós” e “antinós”. Equação 01 – Equação de uma onda estacionária Um nó é um ponto da onda onde não ocorre deslocamento, ou seja: y = 0. Já um antinó realiza deslocamento máximo, ou seja: y = 2A. As demais equações usadas em ondas transversais permanecem as mesmas para ondas estacionarias. Equação 02 – Equação da velocidade de uma onda. Equação 03 – Equação para constante elástica. Equação 04 – Equação de velocidade angular. Ao analisarmosas ondas estacionárias podemos estudá-las analisando seu comportamento em duas situações, a primeira, quando existem nós nas duas extremidades da “corda” ou quando existem um nó em uma extremidade e um antinó na outra. Os padrões formados por essas ondas são chamados de harmônicos. Quando a “corda” se encontra fixa nas duas extremidades são vistos harmônicos tanto pares quanto impares. Já quando a “corda” se encontra fixa em uma extremidade e livre na outra só são vistos os harmônicos de números ímpares. Figura 1 – Esquema de onda estacionária fixa nas duas extremidades e seus cinco primeiros harmônicos. O esquema apresentado na imagem faz referencia a uma corda fixa em duas extremidades. Onde seus harmônicos apresentam frequência e comprimento de onda regido pelas seguintes formula: Equação 05 – Equação do comprimento de onda do enésimo harmônico para corda fixa nos dois extremos. Equação 06 – Equação da frequência da onda do enésimo harmônico para corda fixa nos dois extremos. Outra possível configuração de uma onda estacionária é quando a corda está fixa em uma extremidade e livre na outra. O esquema está ilustrado na figura 02. Figura 2 – Esquema de onda estacionária fixa em uma extremidade e livre na outra. Essa configuração por sua vez também apresenta equações de comprimento de onda e frequência, apresentadas a seguir. Equação 07 – Equação do comprimento de onda do enésimo harmônico para corda fixa em um extremo. Equação 08 – Equação da frequência da onda do enésimo harmônico para corda fixa em um extremo. Equação 09 – Equação do erro do cálculo de comprimento de onda. Equação 10 -Equação do erro do cálculo da velocidade do som. Equação 11 -Equação do erro percentual para comparação de resultado prático com valor teórico. Objetivo O objetivo do experimento é determinar o nível de água em uma proveta para que seja gerado ressonância em um dos harmônicos para um diapasão de frequência 440 Hz. Material utilizado 1 béquer de plástico; 1 proveta de 500 ml; 1 diapasão; 1 trena; 1 martelo. Esquema de montagem Procedimentos A priori foi montado o experimento conforme o esquema de montagem, após isto aproximou-se o diapasão na parte superior da proveta e o perturbou com o martelo, observando atentamente o som que o mesmo emitia. Em seguida com o auxílio do béquer foi colocado uma porção de água na proveta, e repetiu-se o procedimento com o diapasão, notando se o som emitido seria maior que na observação anterior. Tal procedimento foi repetido várias vezes adicionando pequenas porções de água na proveta, até que o som emitido fosse maior do que em todas as observações feitas antes. E então foi medido e anotado a altura da coluna de ar. Sabendo que o nó de pressão não se localiza exatamente no fim da proveta foi necessário adicionar a correção para a posição exata. Mediu-se o diâmetro do tubo para se encontrar o raio, após isto foi adicionado metade do valor do raio no valor L da coluna de água para que o nó de pressão fique em seu local exato. Por fim, com toda a parte experimental concluída foram feitos os cálculos do comprimento de onda e da velocidade do som, comparando com os valores que são considerados teóricos, obtendo seus devidos erros percentuais. Resultados e Discussões Dados teóricos: frequência do diapasão – 440 Hz Velocidade do som – 340 m/s Figura 3 – Comprimento L do tudo de ar. Utilizando a equação 2, calculou-se o valor teórico do comprimento de onda: A partir deste resultado utilizando a equação 7 encontrou-se comprimento teórico de L para o qual haveria ressonância. Esse valor de L foi calculado e indicaria o valor aproximado para o qual ocorreria ressonância. Tendo como base essa medida, foi-se colocando água e observando até que ocorresse a ressonância e então anotou-se o seguinte valor de L0 = (18,05 ± 0,05) cm. Utilizando o valor medido de L0 calculou-se o comprimento de onda a partir da equação 7 e com ele a velocidade do som a partir da equação 2 O erro do comprimento de onda é calculado através da equação 9 O erro da velocidade do som é calculado a partir da equação 10 A partir desse valor é calculado o erro relativo percentual para a velocidade do som através da equação 11 = 6,56% Como o erro percentual foi maior do que 5% conclui-se que houve um desvio maior do que o desejado nas medidas efetuadas. Entretanto sabe-se que o nó de pressão não se encontra exatamente no fim do tubo, mas sim a 0,5 vezes o seu raio acima do mesmo. Figura 4 – Posição real do nó de pressão. Para encontrar o valor da velocidade do som mais próximo do real calculou-se o novo comprimento L1 considerando a posição real do nó de pressão e refez-se todos os cálculos. Foi medido o diâmetro do tubo e a parir dele calculado o raio para então calcular o comprimento L1. D = (4,85 ± 0,05) cm R = D/2 e ΔR = ΔD/2 R = 4,85/2 e ΔR = 0,05/2 R = (2,42 ± 0,02) cm L1 = L0 + (0,5)R e ΔL1 = ΔL0 + (0,5ΔR) L1 = 18,05 + (0,5 * 2,42) e ΔL1 = 0,05 + (0,5 * 0,02) L1 = (19,26 ± 0,06) cm Utilizando o valor de L1 calculou-se λ1 a partir da equação 7 Então, calculou-se a velocidade do som através da equação 2 Com esse novo valor da velocidade do som calculou-se o erro relativo percentual. = 0,29% Ao realizar o experimento sem a informação de que o nó de pressão não se situa exatamente no fim do tubo os valores obtidos experimentalmente ficam muito longe do desejado, acarretando um grande erro. A partir deste novo erro percentual concluiu-se que considerando a posição real do nó de pressão o desvio das medidas efetuadas ficou muito próximo de zero, ou seja, o experimento foi realizado da maneira mais correta possível, dadas as condições do ambiente em que foi trabalhado. Todo o experimento foi realizado considerando o primeiro harmônico. Surgiu então, a questão de qual seria o valor de L para o terceiro e quinto harmônicos. As contas para esses casos são mostradas a seguir utilizando as equações 8 e 7: Para n = 3 temos: Para n = 5 temos: Como demonstrado na figura 3, o L representa a quantidade de ar presente dentro do tubo. Com o tubo (proveta) utilizado no experimentoseria inviável tentar alcançar a ressonância nos terceiro e quinto harmônicos, pois o tamanho da proveta era incompatível com o tamanho da coluna de ar que seria necessária deixar para que ocorresse ressonância. Bibliografia Física 2 (Mecânica dos Fluidos – Calor – Movimento Ondulatório) – SEARS.ZEMANSKY.YOUNG – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A – 2ª Edição Física para Cientistas e Engenheiros Volume 1 – TIPLER, Paul A. MOSCA Gene – 6ªEdição Só Física Ondulatória e acústica. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php> Acesso em: 20.dez.2013.
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