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Organização do Estado: Federação e Divisão de Poderes

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CONSTITUCIONAL II
Organização do estado:
Federação: e a divisão do poder dentro de um território (descentralização do poder em federal, estadual e municipal)
Modelo americano vs modelo brasileiro:
	Confederação: cada colônia se reconhece como soberania e independente, primeira forma de organização após a independência dos estados unidos. Consideraram modelo falho e criaram a confederação a partir de pequenos artigos. (livro o federalista) 
	
Federação e o fenômeno americano após a independência americana, a primeira forma de organização encontrada para as 13 colônias foi a confederação, por estados independentes e soberanos se organizam com base em tratado de direito internacional. Ocorre que esta forma de organização não foi adequada para resolução de problemas de segurança, comercio e infraestrutura, pois não haviam instrumentos que pudessem abrigar condutas dos participantes.
 Em virtude do enfraquecimento do modelo, busca-se uma nova alternativa de organização influenciada pelo escrito mais tardes chamadas de “o federalista” recebeu o nome de federação, nesta forma de organização, os estados membros perdem soberania, entregando ao ente central e conservam a autonomia política
Autonomia – 
Governo: poder político escolhido pelo povo
Organização: normas que organizam aquele ente (lei orgânica, constituição federal, constituição estadual)
Administração: órgão pelo qual o federativo se manifesta.
Autonomia: representa a tríplice capacidade: governo, organização e administração. 
O governo: consiste na existência de representantes do povo eleito democraticamente para cargos de poder.
Organização: mediante elaboração de leis estruturais definidora de órgãos e agentes estatais.
Administração: através de agentes e órgãos que permitem o contato direto com o administrador
No brasil a federação surgiu com a república tendo sua primeira previsão na constituição de 1891. Este modelo substituiu a forma anterior adotado no brasil que era de estado unitário. Esta constituição foi a que mais se aproximou do modelo americano no qual os estados membros têm a maior autonomia.
No entanto, o brasil diferente dos estados unidos em que a federação surgiu por um processo de agregação (os estados soberanos perderam o poder para o ente central) no brasil o processo foi de desagregação, pois o ente central perdeu poder perdeu poderem para os estados membros. Com isso no direito brasileiro, o ente central permaneceu com uma gama maior de poderes dentro da estrutura constitucional.
Característica da federação:
*Indissolubilidade
*Base na constituição 
*entes com autonomia
Na federação, os entes que acompanham não podem dela sair, pois o vínculo federativo é indissolúvel. A própria constituição, possui mecanismo a fim de manter a integridade territorial e proteger a federação, como e o caso da intervenção federal.
 A federação tem como base normativa o texto de uma constituição, uma vez que compreende a parte orgânica do estado.
estrutura da federação brasileira
*entes federativos Art.: 18 CF – princípio da predominância de interesses
*união (nacional)
*estados (regional)
*municípios (locais)
*distrito federal (local e regional)
 Na divisão de competências, o constituinte estabeleceu o critério da predominância de interesse. Assim quando o interesse for nacional, caberá a união, quando regional ao estado, quando local ao município e especialmente local e regional ao distrito federal.
Entes federativo
A união contem em sua estrutura os três poderes: executivo, legislativo e judiciário. O executivo chefiado pelo presidente, auxiliado pelos ministros de estado. O legislativo formado pelo congresso nacional (bicameral) composto pela câmara dos deputados e senado federal. O poder judiciário composto pelos tribunais superiores, justiça eleitoral, do trabalho, federal e militar.
A estrutura estadual compreende os poderes executivo, legislativo e judiciário. O executivo chefiado pelo governador assessorado pelo secretário. O legislativo unicamente composto pelos deputados estaduais (unicameral). O judiciário composto pelo tribunal de justiça formado por juízes de direito em 1ª estancia e desembargadores em 2ª estancia
Continuação
União Art.: 20 a 24 CF
Estados Art.: 25 a 28 CF
Munícipio Art.: 29 a 31
Os municípios são entes federativos que possuem autonomia política. Possuem uma composição singular pois apresentam apenas os poderes legislativo e executivo. O executivo pelo prefeito assessorado por secretários municipais enquanto o legislativo e exercido por vereadores.
Distrito federal Art.: 32
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição
 (Local destinado a administração federal) tem característica de estado e de município. Não tem prefeito, não tem legislativo, não tem autonomia. O Art.: 32 misturou estado com município
O distrito federal é um ente federativo que possui características próprias. É um ente hibrido pois possui características de estado e de município. Em sua estrutura figuram os três poderes o poder executivo e exercido pelo governador auxiliado pelo secretário. O poder legislativo é exercido por deputados distritais. E possui também um poder judiciário formado pelo tribunal de justiça do distrito federal.
Territórios Art.: 33 CF.
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
    § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
    § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da Uni
    § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador, nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instâncias, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Território não é um ente federativo a nomeação dos governadores serão destinados pelo presidente, após aprovação do senado as pessoas dos territórios votam para presidente, para prefeito porem não votam para governador, pois o mesmo e destinado pelo presidente. Os territórios foram criados por não ter capacidade de desenvolvimento então o governo federal assumiu para poder desenvolver. Fernando de Noronha ocupação territorial para poder ampliar o território do pais além do mar territorial tem a zona exclusiva de exploração marítima 
Não são entes federativos. Constituem uma área do território brasileiro de especial interesse da união na qual é indicado um governador de territórios para sua gestão pelo presidente da república. Não existe na atual estrutura federal brasileira, mas podem ser criados na forma do Art.: 18 da CF. 
Criação de estado: Art.: 18, 52 cf
Plebiscito – população diretamente interessada
Lei complementar (congresso nacional)
Forma:
Incorporação: ab = B maior
Divisão: A = se tornou BC 
Desmembramento
Anexação: um pedaço de A para b = B maior
Fusão: A e B = C
A criação de estado depende de dois requisitos. O primeiro deles é a aprovação mediante plebiscito junto a população diretamente interessado da criação do estado. Mesmo assim o estado só será criado se o congresso nacional aprovar lei complementar criando o novo estado.
Criação dos municípios Art.: 18 §4 CF. ADCT faz a transição de uma constituição para a outra. regras de eficácia exaurida surtiu efeito e morreu
Podem ser divididos da mesma forma dos estados
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
    § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual “estabelecendo parâmetro para a criação”, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
A criação de municípios obedece a procedimentos semelhantes a criação dos estados. Uma questão diferente consiste na necessidade de existência de lei complementar federal que estabeleça os requisitos necessários para a criação dos municípios. Esta lei ainda não existe o que permitiu a criação de diversos municípios em situação de inconstitucionalidade no período de 1988 a 2006. Para sanar esse vicio foi aprovada a emenda constitucional 57 de 2008 que inseriu o Art.: 96 no ADCT. Além disso terá que ser realizada consulta popular mediante plebiscito a fim de saber da população diretamente interessada se deseja a criação do novo município. Também deverá ser feita estudo de viabilidade econômica a fim de verificar se o novo município possuirá recursos necessários para prestar regularmente seus serviços. E por último deverá ser aprovado lei estadual criando o município com suas características e confrontações
- Lei complementar federal (essa e a diferença da criação de estado)
- Plebiscito
- Estudo de viabilidade municipal
- Lei estadual
Art.: 96 ADCT: EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 57, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008
	 
	Acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para convalidar os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 96:
"Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação."
Princípio da predominância de interesse
União – nacional
Estado – regional
Distrito federal – regional / local
Município - local
Formas de competência congresso e composto das duas casas
Exclusiva: (só ele) Art.: 49CF – e aquela que compete apenas a um ente federativo sendo vedada a delegação. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
Privativa: (a ele porem pode ser transmitido a outro) Art.: 22CF - trata-se de competência que afeta(pertence) apenas a um ente federativo, mas que pode ser delegada mediante procedimento legal - Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Concorrente: Art.: 24 e 30§2 CF- a competência concorrente estabelece que a união criará regras gerais cabendo aos estados DF e municípios a suplementação destas matérias de acordo com o seu âmbito de atuação. A constituição prevê que na inercia da união em criar regras gerais poderão os estados legislar sobre o tema de forma plena, sendo que se a união legislar posteriormente e houver incompatibilidade entre a regra federal e a estadual haverá perda de eficácia da regra estadual. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
Residual – a constituição garante aos estados membros competência residual ou seja o que não competir a união expressamente e estiver dentro do interesse estadual poderá por ele ser tratado em legislação tudo que não estiver enumerado p outro então e minha Art.: 25 CF. 
Prova*** Exclusiva e privativo 
exclusivo: somente ele
privativo: pode ser delegado
Aula 3
Competência constitucional:
1) União 
- Exclusiva (Art.: 49 CF) só ele pode legislar
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Senadores, em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VIII - fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.
- Privativa (Art.: 22 CF) ele pode legislar porem pode também delegar
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;                        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)          (Produção
de efeito)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
- Concorrente (Art.: 24 CF) vários podem legislar 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;                          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
2) estado
- Residual (Art.: 25§1 CF)
 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
 § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.                         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.                         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.                            (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.                         (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
*concorrente (Art.: 24 CF)
3) municípios
- Exclusiva (Art.: 30 I CF)
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
- Concorrente (Art.: 30 II CF)
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
4) distrito federal
- Residual (Art.: 25§1 CF)
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, a empresa estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canalizado.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
*concorrente (Art.: 24 CF)
- Exclusiva (Art.: 30I CF)
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
- Concorrente (Art.: 30 II CF)
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos
de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
No direito brasileiro o distrito federal tem a dupla competência 
Obs.: a constituição elencou de forma expressa a competência para a união federal e os municípios deixando para os estados a competência reservada ou residual assim o que não couber a entes de forma expressa e estiver dentro do âmbito de interesse dos estados por estes poderão ser tratados. Ao distrito federal caberão competência relacionadas aos estados e aos municípios sendo o único na estrutura federal com esta característica 
Intervenção federal Art.: 34 CF
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
        I -  Manter a integridade nacional;
        II -  Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
        III -  pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
        IV -  Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
        V -  Reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
            a)  suspender o pagamento da dívida fundada (precatória) por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
            b)  deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei;
        VI -  Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
        VII -  assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
            a)  forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
            b)  direitos da pessoa humana;
            c)  autonomia municipal;
            d)  prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
            e)  aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
Toda a regra que cause gravame tem que ser interpretada restritivamente ex: lei que diz que não pode usar blusa vermelha então não tem nada a haver usar blusa preta
Obs.; a intervenção federal e um procedimento formal de competência do presidente da república, excepcional e temporário que possui por finalidade manter a integridade da federação. A intervenção que poderá ser total ou parcial afeta a autonomia do estado transmitindo para o ente federal o comando no território estadual as hipóteses de intervenção estão taxativamente elencadas no texto constitucional não cabendo inclusive interpretação extensiva (Art.: 34, combinado com 84)
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
X - decretar e executar a intervenção federal;
*Procedimento formal
*excepcional
*temporário
*afeta a autonomia do ente federativo
*taxativamente
União 	estados e distrito federal (Art.: 34CF)
		Municípios localizados em território federal (Art.: 35CF)
Estados 	municípios não localizados em território federal (Art.: 35 CF)
Formas
-Espontânea (Art.: 34.I, II, III)
-Provocada por solicitação (Art.: 34, IV C/C e Art.: 36, I, primeira parte)
		Por requisição (Art.: 34 IV C/C e Art.: 36, I, segunda parte)
				**(Art.: 36 VI segunda parte CF e Art.: 36, II C/C)
				(Art.: 36 VI primeira parte CF e Art.: 36, III C/C)
				(Art.: 36, VII e Art.: 36, III)
Obs. a intervenção poderá ser iniciada de três formas:
Espontaneamente pelo presidente da república ao analisar o preenchimento dos requisitos constitucionais
Quando o presidente e provocado por solicitação do poder legislativo ou executivo do estado que esteja sofrendo coação ou impedido de atuar, hipótese em que o presidente avaliando o caso poderá ou não decretar intervenção 
Quando o presidente for provocado através de requisição pois nesta hipótese deverá decretar intervenção por não possuir competência constitucional para avaliar os motivos 
Intervenção espécies:
Espontânea
Provocada	por solicitação
		Por requisição
Art.: 34 CF IV Art.: 36 2ª parte
Art.: 36 CF IV 1ª parte C/C art. 36 III
Art.: 34 CF VI 2ª parte / Art.: 36 2ª parte- ação de cumprimento de lei federal 
Art.: 34 VII CF / 36º III do C/C
Quando o presidente for provocado por requisição o presidente fica vinculado e não pode negar tem que decretar a intervenção.
Qualquer pessoa pode provocar o procurador geral da república que por sua vez
RESUMO DA INTERNET
Intervenção é uma medida através da qual quebra-se excepcional e temporariamente a autonomia de determinado ente federativo, nas hipóteses taxativamente previstas na Constituição Federal.
Trata-se de mecanismo utilizado para assegurar a permanência do pacto federativo, ou seja, para impedir a tentativa de secessão (princípio da indissociabilidade do pacto federativo).
A intervenção é uma exceção, pois em regra todos os entes federativos são dotados de autonomia. “A organização político-administrativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição” (art. 18 da CF).
Intervenções:
* Intervenção da União: nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios localizados em território federal.
* Intervenção dos Estados: nos Municípios localizados nos seus territórios.
Intervenção Federal nos Estados e no Distrito Federal
Conceito:
Processo através do qual a União quebra excepcional e temporariamente a autonomia dos Estados ou do Distrito Federal por descumprimento das regras localizadas no artigo 34 da Constituição Federal
Hipóteses de intervenção federal:
Rol taxativo
* Para manter a integridade nacional (art. 34, I da CF).
* Para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra (art. 34, II da CF).
* Para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública (art. 34, III da CF).
* Para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação (art. 34, IV da CF).
* Para reorganizar as funções da unidade da Federação que (art. 34, V da CF):
* Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos consecutivos, salvo motivo de força maior.
* Deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei.
* Para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI da CF).
* Para assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (art. 34, VII da CF):
- Forma republicana, sistema representativo e regime democrático (art. 34, VII, “a” da CF).
- Direitos da pessoa humana
(art. 34, VII, “b” da CF).
- Autonomia municipal (art. 34, VII, “c” da CF).
- Prestação de contas da administração pública, direta e indireta (art. 34, VII, “d” da CF).
- Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (art. 34, VII, “e” da CF).
Espécies:
- Intervenção espontânea: O Presidente da República decreta a intervenção federal de ofício.
-> Defesa da unidade nacional (art. 34, I e II da CF).
-> Defesa da ordem pública (art. 34, III da CF).
-> Defesa das finanças públicas (art. 34, V da CF).
- Intervenção provocada: O Presidente da República depende da provocação de terceiros para decretar a intervenção federal. Intervenção provocada por solicitação: Defesa dos Poderes Executivo ou Legislativo locais.Se a coação recair sobre o Poder Legislativo ou Executivo, a decretação da intervenção federal pelo Presidente da República dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou Executivo coacto ou impedido (art. 34, IV e art 36, I, 1a parte da CF).
- Intervenção provocada por requisição:
* Requisição do STF: Se a coação recair sobre o Poder Judiciário, impedindo seu livre exercício nas unidades da federação (art. 34, IV e art. 36, II 2a parte da CF).
* Requisição do STF, STJ ou TSE: No caso de desobediência à ordem ou decisão judicial (art. 34, VI da CF).
* O STF pode requisitar não só nas hipóteses de descumprimento de suas próprias decisões como também nas hipóteses de descumprimento de decisões da Justiça Federal, Estadual, do Trabalho ou da Justiça Militar.
- Intervenção provocada por provimento de representação:
* Provimento do STF de representação do PGR: No caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis e no caso de recusa à execução de lei federal (art. 36, III da CF). A iniciativa do Procurador-Geral da República nada mais é do que a legitimação para a propositura da Ação de executoriedade de lei federal e Ação de inconstitucionalidade interventiva.
Decreto interventivo:
Compete ao Presidente da República a decretação e execução da intervenção federal (art. 84, X da CF).
Nas hipóteses de intervenções espontâneas, o Presidente da República ouvirá o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (art. 90, I e II da CF).
O Decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo, as condições de execução e, se couber, nomeará o interventor, afastando as autoridades envolvidas. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, §4º da CF).
-> Controle político: O decreto de intervenção será submetido ao Congresso Nacional no prazo de 24 horas (art. 36, §1º da CF). Se este estiver em recesso, far-se-á convocação extraordinária neste mesmo prazo (art. 36, §2º da CF). O Congresso Nacional poderá (art. 49, IV da CF):
* Aprovar a intervenção federal.
* Rejeitar a intervenção federal: Se o Congresso Nacional a suspender, o Presidente da República deverá cessá-lo imediatamente sob pena de cometer crime de responsabilidade (art. 85, II da CF).
-> Dispensa do controle político: Nas hipóteses do artigo 34, incisos VI e VII da Constituição Federal. O decreto se limitará a suspender a execução do ato impugnado. Se essa medida não for suficiente para o restabelecimento da normalidade, o Presidente decretará a intervenção federal e submeterá ao controle político (art. 36, §3º da CF).
Intervenção Federal nos Municípios existentes nos territórios federais
Hipótese: Tem cabimento nas mesmas hipóteses de intervenção estadual (art. 35 da CF).
OBS: o procurador geral da república poderá vislumbrando por descumprimento de lei federal ou dos princípios constitucionais sensíveis (Art.: 34, VII CF) solicitar ao supremo que determine ao presidente da república que decrete a intervenção federal o que será avaliado pela corte suprema e sendo a decisão positiva vinculará o presidente da república
Intervenção procedimento (CF Art.: 36 § 1º)
Provocado ou Espontâneo presidente da república (CF Art.: 84, X) decreto (amplitude, prazo, condição de execução, interventor (se couber)) 24 H congresso nacional, câmara, senado Decisão aprova ou rejeita (CF Art.: 49, VI)
 CF Art.: 36 § 3º dispensa de apreciação pelo congresso CF Art.: 34, VI e VII
A intervenção será emitida por decreto do presidente
O art. 18 da Constituição Federal estabelece que a organização político-administrativa da República é formada por entes federativos autônomos. No entanto, a Constituição também prevê a supressão temporária dessa autonomia em casos excepcionais, por meio da intervenção, instituto típico do Estado federal por meio do qual a atuação autônoma dos entes federativos é temporariamente afastada em nome da proteção da própria Federação.
São duas as modalidades de intervenção. Na intervenção federal, a União intervém nos Estados e no Distrito Federal, ou ainda em Municípios localizados em Territórios federais. Na intervenção estadual, os Estados intervêm em seus Municípios.
Hipóteses de intervenção federal
As hipóteses de intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal estão relacionadas no art. 34 da Constituição, reproduzido abaixo. Por se tratar de situação excepcional, essas hipóteses, assim como as demais, são numerus clausus (taxativas), devendo ser interpretadas restritivamente.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I – Manter a integridade nacional;
II – Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV – Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V – Reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI – Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Tipos de intervenção federal
A intervenção federal será espontânea quando o Presidente da República age de ofício. As hipóteses em que fará isso estão nos incisos I, II, III e V do art. 34.
A intervenção federal também poderá ser provocada por solicitação. É a hipótese do inciso IV do art. 34. Nesse tipo de intervenção, ocorre uma coação ou impedimento sobre o poder legislativa ou executivo, impedindo o seu livre exercício na unidade da federação.
Neste caso, a decretação da intervenção federal pelo Presidente da República depende da solicitação do poder coacto ou impedido, conforme art. 36, I, primeira parte. O Presidente, no entanto, não está obrigado a proceder com a intervenção, ou seja, ele possui discricionariedade para decidir conforme a conveniência e oportunidade do ato.
Outro tipo de intervenção federal é a provocada por requisição. Ela pode ocorrer quando houver coação sofrida pelo poder judiciário ou por desobediência de ordem ou decisão judicial. No primeiro caso (coação), a intervenção federal dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal. Na segunda hipótese (desobediência), a requisição poderá ser do STF, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral.
Interessante a jurisprudência do STF quanto ao não pagamento de precatórios. Embora constitua desobediência a uma ordem judicial, para ensejar a intervenção, segundo a Corte, deve primeiramente haver recursos disponíveis
para o pagamento e, além disso, o não pagamento deve ocorrer de forma voluntária e intencional.
No caso da intervenção provocada por requisição, ao contrário da por solicitação, o Presidente da República não tem discricionariedade, estando vinculado ao pedido. Logo, deve decretar a intervenção federal sob pena de crime de responsabilidade.
O último tipo de intervenção federal é a provocada dependente de provimento de representação. Ela ocorrerá na hipótese do art. 34, VII, ou seja, quando houver ofensa aos princípios constitucionais sensíveis relacionados em suas alíneas.
A intervenção federal, neste caso, dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República, denominada representação interventiva. O objeto da representação será tanto a lei ou ato normativo que viole esses princípios constitucionais, como também a omissão ou incapacidade de autoridades locais para assegurar seu cumprimento.
Decretação e execução da intervenção federal
A decretação e execução da intervenção federal, seja ela espontânea ou provocada, é de competência privativa do Presidente da República, conforme art. 84, X, da Constituição.
Previamente, deverão ser ouvidos o Conselho da República e oConselho de Defesa Nacional, órgãos consultivos que emitirão perecer sobre o ato, porém sem valor vinculativo.
A intervenção é formalizada pelo decreto presidencial de intervenção, que especificará sua amplitude, prazo, condições de execução e, quando couber, o interventor nomeado.
Em caso de nomeação de um interventor, as autoridades envolvidas serão afastadas. Quando cessados os motivos da intervenção, elas voltarão a seus cargos, salvo impedimento legal. É o que determina o art. 36, §4º.
Controle político da intervenção federal
Congresso Nacional
Conforme art. 36, §§ 1º e 2º, o Congresso Nacional realizará controle político do decreto de intervenção no prazo de 24 horas. Caso esteja em recesso parlamentar, deverá ser convocada sessão extraordinária no mesmo prazo.
Esse controle político do Congresso deverá aprovar ou rejeitar a intervenção federal por meio de um decreto legislativo. Caso seja rejeitada, o decreto presidencial interventivo é suspenso, devendo o Presidente cessar imediatamente o ato, sob pena de crime de responsabilidade.
O controle pelo Congresso será dispensado em 2 hipóteses. Primeiro, na intervenção para prover execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI). E também na hipótese de afronta aos princípios sensíveis do art. 34, VII. Nelas, caso o decreto que suspende a execução de ato impugnado for suficiente para restabelecer a normalidade, está dispensado o controle político, conforme § 3º do art. 36.
Se não for suficiente, o Presidente da República decretará a intervenção, devendo o Congresso Nacional se pronunciar sobre o ato no prazo estabelecido.
Intervenção estadual
Quanto à intervenção estadual nos Municípios, as hipóteses estão relacionadas no art. 35 da Constituição, reproduzido a seguir. Lembrando que são elas as mesmas hipóteses de intervenção federal da União nos Municípios localizados em Territórios federais.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
A decretação da intervenção estadual é de competência privativa do Governador do Estado, que o fará por meio de um decreto de intervenção especificando, assim como no decreto interventivo federal, a amplitude, o prazo, as condições e, quando couber, o interventor.
Da mesma forma, nomeado o interventor, as autoridade envolvidas serão afastadas até que os motivos da intervenção se cessem, quando retornam ao seus cargos, salvo impedimento legal.
Na intervenção estadual, também há controle político do ato, realizado pelo poder legislativo. Dessa forma, o decreto do Governador é submetido à apreciação da Assembleia Legislativa em 24 horas, que, se em recesso, será convocada extraordinariamente no mesmo prazo.
Esse controle estará dispensado quando o decreto se limitar a suspender a execução do ato impugnado, e se esta medida bastar para o restabelecimento da normalidade.
Finalmente, ressalta-se que o STF, por meio da Súmula 637, determinou que não cabe Recurso Extraordinário à Corte contra acórdão do Tribunal de Justiça que deferir pedido de intervenção estadual em Município.
Questão (FESMIP/BA – MPE/BA – Promotor de Justiça): Quanto à intervenção federal
a) A União não tem legitimidade para intervir em Município situado em Estado-membro.
b) A União não tem legitimidade para intervir em Estado-membro.
c) A União possui legitimidade para intervir em qualquer Município.
d) Para intervir em um Município, a União tem que intervir no Estado-membro.
e) Para intervir em um Município, a União depende de prévia autorização do Supremo Tribunal Federal.
Resposta: Letra A.
Comentário: A União tem legitimidade para intervir em qualquer Estado e em qualquer Município localizado em Território federal. Porém, não tem legitimidade para intervir nos demais Municípios, localizados em Estados-membros.
 
Questão (IBFC – TJ/PR – Titular de Serviços de Notas e de Registros):  Sobre a intervenção é correto afirmar
a) A União poderá intervir nos Estados e no Distrito Federal para assegurar a observância dos direitos da pessoa humana
b) Os Estados e o Distrito Federal podem intervir na União para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública
c) O Estado intervirá nos seus Municípios quando forem prestadas as contas na forma da lei
d) Cessada a intervenção, em nenhum caso as autoridades afastadas retornarão aos seus cargos
Resposta: Letra A.
Comentário: Conforme art. 34, VII, “b”. Não existe hipótese de intervenção dos Estados na União, logo a letra B é incorreta. O Estado intervirá nos seus Municípios quando NÃO forem prestadas as contas na forma da lei, logo errada a C. Finalmente, conforme art. 36, § 4º, cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas só não retornação a seus cargos se houver impedimento legal, logo errada a letra D.
 
Questão (FCC – DPE/MT – Defensor Público): De acordo com as normas da Constituição Federal sobre intervenção federal,
a) nas hipóteses constitucionais em que a medida se limitar a suspender a execução de ato normativo, fica dispensada sua apreciação pelo Congresso Nacional.
b) não cabe intervenção da União em Municípios.
c) a medida não pode ser decretada sem a requisição do Tribunal competente.
d) a medida não pode determinar o afastamento de autoridades estaduais de suas funções.
e) a medida pode ser decretada por prazo indeterminado.
Resposta: Letra A.
Comentário: Conforme art. 36, § 3º, da Constituição. Cabe intervenção da União em Municípios situados em Territórios federais (errada a B). Somente é exigida a requisição do Tribunal competente na hipótese de desobediência a ordem ou decisão judiciária, conforme art. 36, II (errada a letra C). O art. 36, § 4º, prevê a volta das autoridades afastadas a seus cargos, logo é possível o afastamento dessas autoridades (errada letra D). Conforme art. 36, § 1º, o decreto de intervenção deve especificar o prazo da intervenção, não podendo ser este indeterminado (errada letra E).
 
Questão (CAIP/IMES – Câmara Municipal de Atibaia/SP – Advogado): Sobre a intervenção é correto asseverar que:
a) instituto típico da estrutura do Estado Federal, a intervenção é regra de exceção que suprime temporariamente e, nos termos da lei constitucional, a autonomia dos entes federados.
b) a União possui discricionariedade
para convencer-se da conveniência e oportunidade para intervir a qualquer tempo nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios.
c) intervenção federal: duas modalidades são previstas pela legislação e pela doutrina: a) espontânea, e, nesse modelo o Presidente da República age de ofício e b) provocada por solicitação e, nessa modalidade há coação ou impedimento que recaem sobre da a atuação livre dos poderes Legislativo ou do Executivo nas unidades federadas.
d) a intervenção é regra de anormalidade. Consubstanciada em um rol exemplificativo suas normas devem ser interpretadas restritivamente.
Resposta: Letra A.
Comentário: Definição precisa do instituto da intervenção. A União somente tem discricionariedade para decretar a intervenção nas hipóteses de intervenção espontânea e intervenção provocada por solicitação, estando vinculada em caso de intervenção provocada por requisição e dependente de representação, o que faz a afirmação da letra B errada. A letra C está incorreta porque além das modalidades descritas, há também as intervenções provocada por requisição e dependente de provimento de representação. Finalmente, a letra D está errada pois o rol de hipóteses de intervenção é taxativo, não exemplificativo.
 
Questão (FCC – TRT-9 – Analista Judiciário): O decreto de intervenção em Município é de competência do
a) Presidente da República e do Governador do Estado em cujo território esteja localizado, dependendo da hipótese.
b) Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Justiça do Estado em cujo território esteja localizado, dependendo da hipótese.
c) Tribunal de Justiça do Estado.
d) Presidente da Assembleia Legislativa, após aprovação da proposta por dois terços dos votos dos parlamentares.
e) Governador do Estado.
Resposta: Letra E.
Comentário: O decreto de intervenção em Municípios é ato do poder executivo estadual e deve ser assinado pelo Governador do Estado em que se ele se encontra.
 
Questão (CESPE – AL/ES – Procurador): No que concerne à intervenção federal e à intervenção dos estados nos municípios, assinale a opção correta.
a) Quando a intervenção do estado-membro no município tiver por fundamento a não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, é dispensada a apreciação do decreto pela assembleia legislativa.
b) O STF pode exercer o controle de constitucionalidade do decreto de intervenção editado pelo governador do estado no âmbito de recurso extraordinário, por ser o recurso extraordinário instrumento cabível quando há o deferimento pelo tribunal de justiça do pedido de intervenção estadual em município.
c) O presidente da República pode decretar de ofício a intervenção federal, nas hipóteses previstas na CF em rol exemplificativo.
d) Quando o STF julga procedente a ação direta de inconstitucionalidade interventiva, o presidente da República tem a obrigação de decretar a intervenção no ente federado, não lhe restando margem de discricionariedade.
e) Considerando a natureza política do ato, o decreto de intervenção editado pelo presidente da República não pode ser objeto de controle de constitucionalidade.
Resposta: Letra D.
Comentário: A hipótese da questão constitui intervenção dependente de provimento de representação, na qual o Presidente se encontra vinculado a este provimento, ou seja, caso julgado constitucional, tem a obrigação de decretar a intervenção. A letra A está errada pois, conforme art. 36, § 3º, a apreciação é dispensada somente em caso de provimento de representação pelo Tribunal de Justiça nas hipóteses do art. 35, IV, e somente se o decreto se limitar a suspender o ato impugnado e a medida bastar para restabelecimento da normalidade. A letra B está incorreta porque, conforme Súmula 637/STF, “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município”. A letra C está errada pois o rol constitucional com as hipóteses de intervenção é taxativo, não exemplificativo. A letra E está errada pois o decreto, embora ato político, também se submete a controle constitucional se, por exemplo, decretar intervenção fora das hipóteses da Constituição, ofendendo diretamente o princípio federativo.
 
Questão (IESES – TJ/MS – Titular de Serviços de Notas e de Registros): No que se refere ao decreto de intervenção, é INCORRETO afirmar:
a) A decretação da intervenção dependerá no caso de desobediência à ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral.
b) Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
c) O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de cento e vinte dias.
d) Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
Resposta: Letra C.
Comentário: O prazo para apreciação do decreto é de 24 horas, conforme art. 36, § 1º, da Constituição. Demais alternativas corretas conforme art. 34, IV c/c art. 36, I (letra A), art. 36, § 4º (letra B) e art. 36, § 2º (letra D).
 
Questã0 (TJ/PR – Assessor Jurídico): Acerca da intervenção, assinale a alternativa correta.
a) Quando o Presidente da República faz intervenção de ofício, há intervenção provocada.
b) Há intervenção espontânea pelo Poder Legislativo quando houver situação de ofensa ao livre exercício dos poderes.
c) Cabe ao Procurador Geral de Justiça dos Estados-Membros solicitar ao STF a intervenção para proteção dos princípios constitucionais sensíveis.
d) Na solicitação pelo Poder Legislativo, o Presidente da República não estará obrigado a intervir, possuindo discricionariedade.
Resposta: Letra D.
Comentário: A letra D refere-se à intervenção provocada por solicitação, em que o Presidente da República possui discricionariedade para proceder com a intervenção conforme conveniência e oportunidade. A letra A está errada pois a intervenção de ofício, ou espontânea, ocorrer sem provocação. A letra B está errada porque a ofensa ao livre exercício de poderes é hipótese de intervenção provocada, não espontânea. Por fim, errada a letra C pois, na hipótese, a competência para representação no STF é do Procurador-Geral da República, conforme art. 36, III, da Constituição.
 
Questão (EJEF – TJ/MG – Juiz): Constitui hipótese para a intervenção da União nos Estados:
a) a prevenção de invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.
b) o não-pagamento injustificado, por dois anos, da dívida fundada.
c) o provimento, pelo Tribunal de Justiça, de representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Federal.
d) a retenção, além do prazo legal, de receitas tributárias constitucionalmente destinadas aos Municípios.
Resposta: Letra D.
Comentário: Conforme art. 34, V, “b”. Quanto à letra A, esta está errada porque a hipótese do art. 34, I, é REPELIR, não prevenir invasão estrangeira. Também errada a B pois a hipótese do art. 34, V, “a”, estipula o não pagamento (ou suspensão) da dívida fundada por MAIS de 2 anos. Finalmente, a letra C está incorreta pois a referida hipótese é de intervenção estadual, não federal. 
 
Questão (FCC – PGM de Teresina/PI – Procurador Municipal): A intervenção do Estado nos seus Municípios poderá ocorrer
a) para assegurar a observância dos princípios constitucionais de direitos da pessoa humana.
b) com o fim de manter a integridade nacional.
c) quando o Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para promover a execução de lei, de ordem ou da decisão judicial.
d) para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.
e) para garantir a autonomia
Municipal.
Resposta: Letra C.
Comentário: Conforme art. 35, inciso IV, da Constituição. As demais hipóteses são de intervenção federal, conforme art. 34, VII, “a” (letra A), I (letra B), III (letra D) e VII, “c” (letra E).
Quando a constituição falar aprovado pelo congresso, terá que ser submetido as duas casas senado e câmara.
Se uma das casas rejeitar será arquivado
A pauta será suspensa para que seja votado o pedido da intervenção
O congresso pode aprovar e pode também suspender a intervenção
O presidente da república decretará a intervenção espontaneamente ou após ser provocado devendo o congresso nacional ser convocado para deliberar em 24 horas. O congresso poderá aprovar ou rejeitar o decreto interventivo. Somente nas hipóteses do Art.: 34 § 6 e 7, o congresso não necessitará aprovar o tema desde que o ato do presidente se limite em suspender os efeitos do ato estadual e isto seja suficiente 
Intervenção estadual: (CF Art.: 35)
Hipótese (CF Art.: 35)
O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
I - Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. (lei estadual)
Será provocada por requisição
Espécies – espontânea (CF Art.: 35. I, II, III) – provocado por requisição (CF Art.: 35, IV) – PGJaçãogovernador
Procedimento (CF Art.: 36 §1º) – governador decretoassembleia legislativa aprova ou rejeita—amplitude, condição, prazo, integridade (se couber)
Dispensa da apreciação da assembleia legislativa (CF Art.: 36, §3º / C/C Art.: 35, IV)
OBS: na intervenção estadual são observados os mesos princípios estabelecidos para a intervenção federal. Tem por finalidade suprimir a autonomia de município só podendo ser decretado nas hipóteses expressamente elencadas no Art.: 35 da CF.
 No estado a constituição utilizou o princípio da simetria reproduzindo no ente estadual a estrutura federal. Assim existem hipóteses em que o governador atua espontaneamente e outras em que será provocado. Na hipótese de provocação por requisição o procurador geral de justiça (chefe do ministério público estadual) moverá ação perante o ministério de justiça do estado (Art.: 35 §4) e caso deferida fica o governador obrigado a decretar a intervenção.
 O procedimento de intervenção é semelhante ao federal pois após o decreto interventivo deverá o governador submeter o decreto em 24 horas à assembleia legislativa que irá aprovar ou rejeitar o estipulado.
 Na hipótese do Art.: 35 §4 a apreciação da assembleia legislativa pode ser dispensada desde que o decreto do governador se limite em suspender o ato do prefeito e baste para trazer normalidade institucional
*a atuação do poder judiciário na intervenção federal / estadual é limitada à apreciação da legalidade do procedimento de intervenção não cabendo ao poder judiciário (com exceção das hipóteses de decretação provocada por requisição) a avaliação dos requisitos da intervenção -ingressar no mérito dos requisitos da intervenção
Da mesma forma conforma o princípio da simetria o procurador geral da justiça provoca o judiciário estadual que se aprovado enviará para o governador
SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISE (CF Art.: 136 / 141)
Características:
*temporário 
*excepcional
*hipóteses taxativas
*restrições de direitos fundamentais
	Estado de defesa
	 X
	Estado de Sitio
Estado de defesa menos gravoso
E estado de sitio e o mais gravoso
19/03/2018
Estado de defesa (CF Art.: 136) MAIORIA ABSOLUTA, OU SEJA, METADE MAIS 1, MAIORIA RELATIVA OU MAIORIA SIMPLES (OS QUE ESTIVEREM PRESENTES)
HIPÓTESE										instabilidade social
Preserva a ordem pública e a paz social ameaçada por grave e eminente 
calamidade de grandes proporções da natureza
-Locais restritos e determinados
				Conselho da república (CF Art.: 89)
Procedimento—oitiva--	
				Conselho da defesa nacional (CF Art.: 91)
				Tempo - até 30 dias (prorrogado 1 vez por igual período) (CF Art.: 136, §2º)
Decreta (CF Art.: 84, IX)	areas atingidas 
				Medidas coercitivas (CF Art.: 136, §1º)
	§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - Restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
Envio ao congresso (24h) (CF, Art.: 136, §4º)
	CF, Art.: 49. IV
O estado de defesa e mais burocrático e só o presidente pode decretar a intervenção após escutar o conselho da república e o conselho da defesa nacional Art.: 89
A forma de prorrogar e a mesma de decretação- oitiva etc... | Quando não fala do corum de aprovação será sempre de maioria simples
Estado de sitio
HIPOTESES:
1)comoção de repercussão nacional / ocorrência de fatos que comprovem a insuficiência de medidas do estado de defesa
2)declaração de guerra / resposta a agressão armada estrangeira CF, Art.: 84, XIX
PROCEDIMENTOS:
			Conselho da república (CF Art.: 89)
Presidente oitiva
Conselho de defesa nacional (CF Art.: 91)
 Solicita autorização do congresso nacional (2 casa) (CF Art.: 137)
(CF Art.: 137, I) até 30 prorrogados por mais 30
Tempo			(CF Art.: 137, II) tempo necessário 
Decreta (CF Art.: 84, IX)	areas atingidas		CF Art.: 137, I CF, art 139
Medidas coercitivas
Executor de Medidas		CF Art.:137, II 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
CONTROLES:
-Poder legislativo
					CF, Art.: 136, §4º
	-Prévio				CF, Art.: 137, § único
	-Concomitantes			CF, Art.: 140
	-Posterior			CF, Art.: 141, § único
-Poder judiciário
	-Posterior			CF, Art.: 141
Pode ser decretado antes da autorização
Com o fim do estado de sitio o presidente tem que mandar relatório para o poder legislativo e havendo erro, o mesmo encaminhará para o judiciário para que seja cumprido a lei e abra processo contra o presidente ou para pessoas que descumpriram 
Se o legislativo verificar abuso ou algo errado poderá remeter ao judiciário para instauração de inquérito e processo previsto na lei
Obs.: o estado de sitio e o estado de defesa são tidos pela doutrina como situações de exceções constitucional uma vez que a própria constituição determina que direitos fundamentais possam ser restringidos. Em virtude disso a própria constituição apresenta controles que deverão ser executados pelo poder legislativos e poder judiciário com o fim de assegurar a regularidade da execução das medidas.
AULA 04
Forças armadas (CF Art.: 142)	
Características		permanente
Instituição nacional 
					Regular
	Hierarquia e disciplina
	Autoridade suprema do presidente
Espécies – marinha,
exército, aeronáutica
Funções
Defesa da pátria
Garantia dos poderes constitucionais
Garantia da lei e da ordem
Regras próprias
Não cabe habeas corpus por infração disciplinas
Organização em carreira
Não cabe greve e sindicalização
Não cabe filiação a partido político CF Art.: 14 §8
Serviço militar obrigatório CF Art.: 143
Escusa de consciência – adeptas de religião, que não pode pegar em armas, etc., vai prestar serviço alternativo
Mulheres e eclesiásticos (atividades religiosas) (facultativo), não serve em tempos normais, somente em tempo de guerra que será obrigatório
Obs.: nas forças armadas as características de maior relevância são a hierarquia e a disciplina. Assim o militar diferentemente do servidor civil tem um regime jurídico próprio para o exercício da sua atividade.
Segurança pública (CF Art.: 144)
Características
*Dever do estado
*Direito e responsabilidade
				Ordem publica
Funções preservar 		incolumidade das pessoas
				Patrimônio
Órgãos
	*polícia federal
				Polícia repressiva
*polícia civil
	*policia rodoviária federal
	*polícia ferroviária federal		polícias preventivas
	*polícia militar
	*bombeiro militar
Guarda municipal: não é órgão de segurança pública, somente serve para proteção dos bens, serviços e instalações
Obs.:

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