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1 
 
Diagnóstico por Imagem 
 
1. Radiografia 
Precipitação dos sais de prata do filme 
- Preto = pouca absorção → radiotransparente 
- Branco = grande absorção → radiopaco 
 
a) Interpretação radiográfica - Radiopacidades 
 
 
b) Técnicas Radiográficas 
- Identificação: raça, sexo, nome do animal, porte, etc. 
- Contenção: pode ser física ou química. 
- Projeção radiográfica: é o jeito que a imagem será projetada no filme radiográfico. Ex. 
Craniocaudal. 
São necessárias duas projeções, que devem ser perpendiculares entre si. O nome da projeção 
é determinado por onde o raio entra e por onde sai. 
- Projeção Oblíqua: utilizada para individualizar a estrutura. 
 
c) Nomenclatura radiográfica 
Região Pélvica e Torácica: 
• Ventrodorsal (VD) 
• Dorsoventral (DV) 
2 
 
Membros: 
• Lateromedial (LM) 
• Mediolateral (ML) 
• Craniocaudal ou Caudocranial 
 
Mãos: 
• Dorsopalmar 
Pés: 
• Dorsoplantar 
Crânio: 
• Rostrocaudal 
Outras: 
• Oblíquas (dorsolateral-palmaromedial oblíquas) 
• Especiais (palmaroproximal-palmarodistal) 
• Flexionadas Flexionadas 
 
d) Anatomia Radiográfica 
 
 
 
3 
 
Esqueleto Apendicular 
- Membro Torácico: 
SEGMENTOS SUBDIVISÕES OSSOS 
Cintura escapular ----------------------------- Escápula 
Braço ----------------------------- Úmero 
Antebraço ----------------------------- Rádio e Ulna 
Mão Carpo Ossos do carpo 
Metacarpo Ossos do Metacarpo e ossos sesamóides proximais 
Dedos Falanges (proximal, média e distal) e ossos sesamóides 
distais 
 
- Membro Pélvico: 
SEGMENTOS SUBDIVISÕES OSSOS 
Cintura pélvica ------------------------------ Coxal (ílio, ísquio, pube) 
Coxa ------------------------------ Fêmur e Patela 
Perna ------------------------------ Tíbia e Fíbula 
Pé Tarso Ossos do Tarso 
Metatarso Ossos do Metatarso e ossos sesamóides proximais 
Dedos Falanges (proximal, média e distal) e ossos sesamóides distais 
 
Esqueleto Axial 
 
4 
 
e) Arquitetura dos ossos longos 
 
• Corpo ou diáfise; 
• 02 extremidades: epífises proximal e distal; 
• Metáfise; 
• Cartilagem epifisal ou Disco epifisário 
 
 
 
2. Estudo Radiográfico do Sistema Ósseo 
 
Animais jovens: 
• Visibilização de linha de crescimento e de centro de ossificação secundário. 
 
 
Centro de ossificação secundário 
5 
 
• Linhas de crescimento abertas, articulações não completamente formadas, ossos com 
formato arredondados e aumento da distancia entre os ossos que compõem a 
articulação. 
 
 
Animais adultos 
• Linhas de crescimento fechadas, não se vê a linha de crescimento, ou é mais 
radiopaca. 
 
 
a) Resposta óssea a injúria 
 
Proliferação Periostal: Aumento da radiopacidade. As proliferações podem ser: 
• Lisa / homogênea: indica lesão menos agressiva 
• Laminar / regular: indica começo de processo infeccioso 
• Amorfa / heterogênea / irregular: indica lesão mais grave (osteomielite, neoplasia) 
• Explosão solar: indica lesão mais grave (osteomielite, neoplasia). 
6 
 
 
 
 
Osteólise: degeneração óssea 
 
 
Esclerose: sinal radiográfico com aumento da radiopacidade óssea adjacente ou circundando 
uma área de osteólise. O organismo de defende aumentando a deposição mineral e deixando 
as trabéculas ósseas mais próximas. 
Para diferenciar osteomielite de neoplasia, somente fazendo biópsia. 
O processo neoplásico maligno (osteosarcoma) tem predileções por certas regiões: 
• Região metafisária proximal do úmero; 
• Região metafisária distal de rádio e ulna. 
Em se tratando de neoplasias malignas, precisa fazer pesquisa de metástase através de RX de 
tórax. O primeiro órgão a ter metástase geralmente é o pulmão. 
 
7 
 
Reação periostal em paliçada: é a proliferação em toda a extensão de todos os ossos longos. 
Começa na extremidade distal para a proximal (Osteopatia Hipertrófica). 
 
Essa reação acontece secundariamente a qualquer formação em cavidade torácica ou 
abdominal. Necessário pedir RX de tórax e US abdominal. 
Esse paciente geralmente é mais velho, se apresenta mais caquético, membros edemaciados e 
com sensibilidade a palpação. 
 
b) Fraturas 
Fratura: dissolução de continuidade óssea com ou sem deslocamento dos fragmentos, 
acompanhada de vários graus de lesão em tecidos moles. As fraturas podem ser completas ou 
incompletas. 
• Incompleta (em galho verde): curvaturas, imaturas, deformam o osso. Comum em 
animais jovens. 
 
 
• Completa: alcança as duas corticais ósseas. As fraturas completas podem ser 
classificadas por: 
 
 
8 
 
1) Tipo (eixo anatômico) 
• Transversa 
• Oblíqua 
• Espiral 
• Cominutiva 
• Avulsão 
• Impactação 
 
 
 
 
 
9 
 
2) Aberta ou exposta / fechada ou não exposta 
Fratura aberta ou exposta: tecidos ao redor lesionados a ponto de serem risco de infecção. 
 
3) Única / dupla / múltipla (cominutiva ou não) 
Fratura cominutiva: quando as linhas de fratura se comunicam. 
 
 
4) Com comprometimento articular ou não 
Fraturas que comprometem a epífise geralmente tem comprometimento articular. Pode 
evoluir para degeneração articular. 
 
5) Deslocamento ósseo 
 
 
 
 
 
10 
 
c) Classificação de Salter Harris 
 
 
 
I. Na linha de crescimento. 
II. Na linha de crescimento com comprometimento da região metafisária. 
III. Na linha de crescimento com comprometimento da região metafisária + epífise. 
IV. Na linha de crescimento com comprometimento da região metafisária + epífise e 
diáfise. 
V. Por compactação 
 
Exemplo de descrição: 
Fratura de rádio: completa, simples, transversa em terço distal de rádio e ulna, com perda do 
eixo anatômico e deslocamento lateral e proximal do fragmento (coto) distal em relação ao 
proximal. 
Obs.: neste caso não conseguimos identificar o membro acometido (D?E?) 
 
 
11 
 
d) Consolidação óssea – Avaliação de atividade óssea 
 
• Presente 
− União óssea 
− Em consolidação 
Formação do calo ósseo: proliferação de células endosteal e periosteal em todo o tecido 
ósseo, lembrando que só há formação de calo ósseo se unir o endósteo com o periósteo. 
 
 
O tempo normal de consolidação é de 6 a 8 semanas. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
• União retardada 
Persistência da linha radioluscente de fratura, pequena área de proliferação periostal. 
 
 
 
• Limitada ou Ausente 
− Má união: consolidação no eixo incorreto. 
 
 
− Não união: extremidades lisas, escleróticas arredondadas e sem evidência de 
união na linha de fratura. Pode se formar uma pseudo-articulação. 
 
Aspectos radiográficos: 
1- Linha de fratura evidente 
2 - reação osteoproliferativa improdutiva 
3 - esclerose em canal medular 
4 - arredondamento das extremidades ósseas 
13 
 
 
 
 
 
Osteopenia por desuso: Diminuição da radiopacidade óssea em região distal à fratura 
 
 
14 
 
• Infecção 
Osteomielite: processo inflamatório infeccioso da medula óssea e adjacente. 
 
 
 
e) Afecções Ósseas 
 
� Fechamento precoce do disco epifisário 
Comum em animais jovens, ocorre o fechamento da linha de crescimento, significa que 
parou de crescer e o membro vai ficar mais curto. 
Rádio e Ulna → a ulna para de crescer, mas o rádio continua e vai encurvando. 
 
15 
 
O tratamento para animais em crescimento é a Osteotomia da ulna. 
 
 
� Hiperparatireoidismo secundário nutricional 
O hiperparatireoidismo nutricional secundário (HNS) é uma doença metabólica quetem 
sido observada em animais domésticos, sendo considerada uma consequência das dietas 
pobres em cálcio ou ricas em fósforo resultando em desequilíbrio de cálcio-fósforo. 
É predominante em animais jovens. 
 
Sinais Clínicos: 
• Dor 
• Dificuldade de locomoção 
• Animal subdesenvolvido 
16 
 
Aspectos Radiográficos: 
• Diminuição generalizada da radiopacidade óssea 
• Radiopacidade óssea semelhante à dos tecidos moles 
• Adelgaçamento das corticais 
• Desvio de eixo anatômico da coluna vertebral 
• Estreitamento pélvico 
• Fraturas patológicas 
 
� Hiperparatireoidismo secundário renal 
O hiperparatireodismo secundário renal é uma complicação praticamente inevitável 
secundária a insuficiência renal crônica (IRC). A maior retenção de fosfato frente à inabilidade 
dos rins em excretar este íon leva a ativação da glândula paratireoide, com eventual 
hipertrofia e elevadas concentrações de PTH. Ocorre em animais (cães e gatos) adultos/idosos 
ou jovens com DR congênita, é mais comum em cães. 
Causada por deficiência de cálcio. 
Atinge ossos do crânio e face (lamina dura, alvéolo dentário). 
 
 
 
Sinais Clínicos: Sinais clínicos e sintomas associados à DRC. 
 
17 
 
Aspectos Radiográficos: 
• Diminuição da radiopacidade óssea – lâmina dura ao redor dos dentes/alvéolo 
dentário. 
• Diminuição generalizada da radiopacidade óssea. 
• Mineralização de parede gástrica. 
 
� Raquitismo 
É uma alteração metabólica óssea caracterizada por osteopenia onde há diminuição da 
mineralização da matriz orgânica óssea. Sua etiologia esta relacionada com o produto cálcio e 
fósforo o qual tem de ser normais para ocorrer a mineralização, e também com a deficiência 
da vitamina D. 
Sinais Clínicos: 
• Animal subdesenvolvido 
• Pode ter fraturas 
Aspectos Radiográficos: 
• Alargamento de linha fisária 
• Alargamento da metáfise 
• Falha na ossificação da fise 
• Afeta todas as linhas fisárias 
• Pode resultar em severas deformidades ósseas 
• Pode ter diminuição generalizada da radiopacidade óssea 
 
 
 
 
 
18 
 
� Osteodistrofia hipertrófica (ODH) 
A osteodistrofia hipertrófica é um distúrbio ósseo idiopático que causa destruição das 
trabéculas metafisárias nos ossos longos de cães jovens com crescimento rápido. Os fatores 
etiológicos propostos incluem suplementação excessiva de cálcio na dieta, deficiência de 
vitamina C, hipernutrição e microrganismos infecciosos (vírus da cinomose). 
Sinais Clínicos: 
• Claudicação 
• Comprometimento bilateral e simétrico (principalmente membros torácicos). 
Podem ocorrer 
• Febre 
• Diarréia 
• Hiperqueratose dos coxins 
• Leucocitose 
• Anemia 
• Pneumonia 
 
Aspectos Radiográficos: na região metafisária, adjacente à linha de crescimento, tem áreas de 
osteólise, como se fosse outra linha de crescimento. Pode ter esclerose na região metafisária e 
proliferação periostal adjacente. 
• Área de osteólise com proliferação periostal e esclerose na região metafisária, 
adjacente à linha de crescimento. 
 
 
 
19 
 
� Panosteíte 
A panosteíte (inflamação de todas as partes do osso) é uma enfermidade autolimitante de 
etiologia desconhecida, que acomete os ossos longos como úmero, rádio, ulna, fêmur e tíbia. 
Pode estar correlacionada com fatores hereditários, doenças virais, bacterianas, vasculares, 
metabólicas e endócrinas. Os animais acometidos geralmente apresentam claudicação de um 
ou mais membros (simultaneamente ou sequencialmente) e dor à palpação. 
Sinais Clínicos: 
• Claudicação 
− 1º Membros torácicos 
− 2º Membros pélvicos 
− Claudicação alternada entre membros 
 
Aspectos Radiográficos: 
• Aumento da radiopacidade do canal medular 
• Aumento da opacidade adjacente aos forames nutrícios 
• Dificulta a diferenciação entre cortical e medular 
 
 
� Osteopatia hipertrófica 
A Osteopatia Hipertrófica é uma patologia caracterizada por uma neoformação óssea 
decorrente da resposta periosteal nos ossos longos e nas extremidades, secundária a doenças 
intratorácicas como tumores primários ou metastáticos; doenças pielogranulomatosas e 
neoplasias primárias em órgãos pélvicos. Pode afetar várias espécies e não possui 
predisposição racial e nem relação com o biótipo; porém, é comumente encontrada em 
animais idosos. 
20 
 
Esse paciente geralmente é mais velho, se apresenta mais caquético, membros edemaciados e 
com sensibilidade a palpação. 
Sinais Clínicos: 
• Aumento da temperatura e edema nos membros acometidos, 
• Relutância ao movimento e claudicação; 
• Contudo, alguns sinais podem estar ligados à doença primária. 
• Apatia 
• Relutância em se movimentar 
• Aumento de tamanho das extremidades distais dos membros 
• Dor à palpação das extremidades 
• Edema 
 
Aspectos Radiográficos: 
• Proliferação periostal 
− Região diafisária dos ossos longos 
− Início: falanges, metacarpos e metatarsos 
 
Reação periostal em paliçada: é a proliferação em toda a extensão de todos os ossos longos. 
Começa na extremidade distal para a proximal. 
 
Essa reação acontece secundariamente a qualquer formação em cavidade torácica ou 
abdominal. Necessário pedir RX de tórax e US abdominal. 
21 
 
 
 
Fatores de risco: 
• Neoplasia primária 
− Sarcoma esofageano 
− Rabdomiossarcoma vesical 
− Adenocarcinoma hepático ou prostático 
− Mesoteliomas torácicos e abdominais 
• Neoplasia metastática 
• Afecções torácicas não neoplásicas 
− Pneumonia 
− Dirofilariose 
− Cardiopatias congênitas ou adquiridas 
− Corpos estranhos 
− Infestação do esôfago por Spirocerca Lupi 
− Atelectasia pulmonar 
 
� Osteomielite 
A osteomielite é uma infecção óssea que provoca a inflamação do tecido ósseo, tais como a 
medula. Normalmente resultado de bactérias, a osteomielite é ocasionalmente causada por 
outros microrganismos, como os fungos. 
Sinais Clínicos: 
• Claudicação 
• Pontos drenantes/feridas persistentes 
• Trauma prévio, fratura ou cirurgia 
 
• Bacterianas 
− Febre, edema local e leucocitose 
− Staphylococcus spp é o mais comum 
22 
 
• Fúngicas 
− Pode acompanhar linfadenopatia, efusão pericárdica, febre e leucocitose 
− Coccidiose, histoplasmose, blastomicose e criptococose 
 
Aspectos Radiográficos: 
Aguda 
• Estágios iniciais: Edema de tecidos moles 
• Proliferação periosteal 
• Osteólise 
• Linha radiotransparente entre o córtex e a proliferação 
Crônica 
• Margens escleróticas ao redor da osteólise 
• Proliferação periostal 
• Sequestro ósseo 
• Edema de tecidos moles adjacentes 
 
 
 
 
 
23 
 
� Neoplasia óssea 
 
Neoplasia Benigna: 
• Menos comum 
• Cistos ósseos (Cães e gatos jovens) 
• Sem manifestações clínicas 
• Crescimento lento 
 
Neoplasia Maligna 
• Mais comum 
• Raças grandes e gigantes 
• Animais adultos e velhos 
• Claudicação aguda ou progressiva do membro afetado 
• Tipos mais comuns: 
− Osteossarcoma (90%) 
− Fibrossarcoma 
− Condrossarcoma 
− Hemangiossarcoma 
− Histiocitoma malígno 
− Linfossarcoma 
− Mieloma múltiplo 
 
Sítios de predileção: 
• Úmero proximal 
• Rádio distal 
• Ulna distal e proximal 
• Fêmur distal e proximal 
• Tíbia distal e proximal 
**Longe do cotovelo / perto do joelho 
 
Sinais Clínicos: 
• Dor 
• Claudicação 
• Fraturas espontâneas podem ser observadas durante o desenvolvimento da doença 
**Sempre pesquisar metástase, principalmente em pulmões. 
24 
 
Aspectos Radiográficos: 
• Lesão solitária focal 
• Metáfise e raramente diáfise e epífise• Osteólise - agressiva 
• Proliferação óssea – reação periostal ativa e agressiva (explosão solar) 
• Margem pouco definida entre o osso normal e anormal 
• Fraturas patológicas 
 
 
A Neoplasia e a Osteomielite têm alguns aspectos radiográficos iguais, a melhor forma de 
diferenciar é fazendo a biópsia. 
Neoplasia Óssea Osteomielite 
• Osteólise 
• Proliferação Periostal 
• Esclerose 
• Aumento de tamanho de partes moles 
 
• Células que se proliferam; 
• Comum em animais mais velhos; 
• Usualmente não envolve a 
articulação; 
 
• Pode ser bacteriana ou fúngica; 
• Historia relacionada ou não a 
trauma/contaminação; 
• Pode comprometer a articulação. 
Tratamento: amputação + Quimioterapia Tratamento: Antibioticoterapia 
 
 
 
 
25 
 
3. Estudo radiográfico das articulações 
As articulações são formadas principalmente, por: 
• Cápsula articular 
• Espaço articular 
• Cartilagem articular 
• Osso subcondral 
 
 
 
As principais doenças articulares são: 
- Traumáticas: 
• Fraturas e luxações 
- Congênitas: 
• Luxação de patela 
• Malformações 
- Degenerativas (DAD): 
26 
 
Desenvolvimento: 
• Displasia coxofemoral 
• Displasia de cotovelo 
• NACF (Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur) 
• OCD (Osteocondrite Dissecante) 
Inflamatórias/Infecciosas: 
• Artrites (infecciosa / não infecciosa) 
Neoplásicas: 
• Neoplasia Articular 
 
a) Doença Articular Degenerativa (DAD) 
As doenças articulares tendem a evoluir para Doença Articular Degenerativa (DAD): 
É uma alteração que atinge exclusivamente as articulações sinoviais e caracteriza-se por 
fibrilação, fissuração na cartilagem, microfraturas, cistos e esclerose no osso subcondral com 
formação de osteófitos nas bordas articulares. Além disso, a DAD está associada a dor, rigidez 
da articulação, deformidade e progressiva perda da função articular. 
Doença articular degenerativa, osteoartrose, osteoartrite, são sinônimos usados para 
classificar a alteração não infecciosa e progressiva que acontece na cartilagem das articulações 
sinoviais ou diartroses. 
Esta alteração é caracterizada por inflamação e espessamento da cápsula fibrosa e membrana 
sinovial, degeneração da cartilagem articular e produção de osteófitos periarticulares. 
Pode ser classificada como primária, associada a distúrbios de envelhecimento orgânico 
natural, sem causas definidas; ou como secundária, em resposta a anormalidades que causam 
instabilidade articular, como fraturas ósseas (LAHM et al., 2004), luxações de patela (CALDEIRA 
et al., 2002) e ruptura de ligamento cruzado cranial (ODA, 2008), sendo uni ou bilateral e de 
intensidade variável. 
No exame radiográfico as características da DAD são esclerose do osso subcondral, formação 
de cistos subcondrais, estreitamento do espaço articular e formação de osteófitos intra-
articulares ou periarticulares, que se apresentam como saliências ósseas originadas nas 
margens da superfície articular; contudo, a realização de uma radiografia simples é capaz de 
estabelecer a gravidade e extensão da doença (LIPOWITZ, 1998), além de ser um meio de 
diagnóstico barato e não invasivo. 
 
 
27 
 
Aspectos Radiográficos: 
A doença articular é visível na radiografia, pois apresenta alteração no espaço articular, entre 
outras: 
• Aumento de tamanho da articulação 
• Alteração do espaço articular 
• Diminuição/aumento da radiopacidade subcondral 
• Cisto ósseo subcondral 
• Reação osteoproliferativa - osteofitos/enteseofitos 
• Mineralização de tecidos moles (peri) articulares 
• Corpos mineralizados 
• Incongruência articular 
• Malformação articular 
 
 
 
 
28 
 
b) Proliferação Óssea 
A proliferação óssea na articulação ocorre na junção osteocondral. 
• Osteófitos (bico de papagaio): reação osteoproliferativa que ocorre na junção 
osteocondral. Indica instabilidade articular 
 
 
• Enteseófito: reação osteoproliferativa nas áreas de inserção de cápsula articular, 
ligamentos e tendões. Componente de tecidos moles associado, mais periarticular. 
 
Aspectos de degeneração: Osteólise 
 
29 
 
c) Afecções Articulares 
 
� Luxação: 
Perda da relação articular podendo haver a saída da extremidade de um osso para fora da 
cavidade articular. São lesões que também envolvem as articulações, mas diferentemente das 
entorses, envolvem a ruptura ou dano grave a algum ligamento ou cápsula sinoveal. Numa 
luxação os ossos de uma articulação perdem temporária ou permanentemente, a sua relação. 
• Congênita: a tendência é que seja medial. 
• Traumática: pode ser medial ou lateral. 
• Intermitente: depende do grau, o diagnóstico é mais clínico, pois no momento do RX 
pode estar normal. 
 
 
 
Sinais Clínicos: 
• Claudicação intermitente ou constante; 
• postura retraída, 
• dificuldade para andar ou saltar, 
• ocasionalmente o cão mantém a pata traseira virada lateralmente ao andar. 
 
 
30 
 
Aspectos Radiográficos: 
• Perda da relação articular. 
 
 
� Ruptura de Ligamento cruzado Cranial 
Pode acontecer em virtude de traumas ou até mesmo fadiga progressiva das estruturas do 
joelho. A manifestação mais comum é claudicação súbita, que pode ser subsequente a um 
trauma e pode vir acompanhada ou não de vocalização (grito). 
Pode-se definir se houve lesão total ou parcial pela característica desta claudicação, 
permanente ou intermitente. Pode-se observar também inchaço do joelho. Animais com 
sobrepeso, que pulam muito, raças grandes ou que já tenham sofrido lesão em um dos joelhos 
estão na lista de maior risco (no último caso, por conta da sobrecarga, é maior a chance de se 
romper o contralateral). 
O diagnóstico muitas vezes é clínico, porque nem sempre aparece no raio X. 
 
31 
 
� Displasia Coxofemoral 
A displasia coxofemoral (DCF) é uma alteração do desenvolvimento que afeta a cabeça, colo 
femoral e acetábulo. Sua transmissão é hereditária, recessiva, intermitente e poligênica. 
Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio ambiente, associados à hereditariedade, pioram 
a condição da displasia. É mais comum em raças grandes. 
Características: 
• Rasamento acetabular; 
• Incongruência articular; 
• Alteração morfológica da cabeça e colo femorais 
Mais de 75% da cabeça femoral deve estar dentro do acetábulo. 
 
Além da displasia coxofemoral, o animal pode ter DAD secundária. 
 
� Necrose Asséptica da Cabeça Femoral (NACF) 
É caracterizada por uma necrose asséptica não Inflamatória da cabeça do fêmur que ocorre 
antes do fechamento da epífise da cabeça femoral. Acomete pacientes jovens (três a 11 
meses) e de raças toy e de pequeno porte. 
O quadro clínico típico inicia-se com uma dor no quadril e claudicação pélvica progressiva, que 
resultam em incapacidade parcial ou completa de suportar o próprio peso sobre o membro 
afetado. 
 
Nos achados radiográficos o espaço articular pode estar alargado e pode haver vários focos de 
redução da densidade óssea na cabeça e no colo femorais. A cabeça femoral se achata onde 
ela contacta a borda acetabular dorsal e, então distorce ainda mais em graus variados. Os 
32 
 
osteófitos bem como a subluxação e fratura da cabeça e colo femorais podem ser vistos 
ocasionalmente, ocorre também osteoartrite secundária na articulação. 
• Osteólise da região epifisária da cabeça femoral. 
• Fratura da cabeça femoral. 
• Dor, atrofia do membro. 
 
 
 
� Displasia de Cotovelo 
A displasia de cotovelo (DC) é um desenvolvimento anormal da articulação úmero-rádio-ulnar 
que afeta principalmente cães de grande porte durante a fase de crescimento,sendo uma das 
causas mais comuns de claudicação em cães jovens. 
A DC pode ser resultante de pelo menos quatro anormalidades principais: 
• Não-união do processo ancôneo (NUPA), 
• Fragmentação do processo coronóide medial da ulna (FPCM) 
• Fechamento precoce do disco epifisário 
• osteocondrite dissecante (OCD), 
 
Observa se quase sempre que os sinais clínicos desses animais, são a claudicação intermitente, 
a dor e uma alteração de postura. A genética, o manejo e a nutrição são fatores 
predisponentes. 
 
Não união do processo ancôneo: 
• Núcleo de ossificação secundário 
• Idade de fusão à ulna: antes de 20 semanas 
33 
 
• Não fusão = Incongruência úmero-rádio-ulnar 
 
 
� Osteocondrose (OC) e Osteocondrite Dissecante (OCD) 
 
Osteocondrose (OC): é definida como uma condição patológica na cartilagem de crescimento 
consequente a um distúrbio de ossificação endocondral, que resulta em área focal de 
espessamento de cartilagem e que geralmente afeta sítios nos quais a cartilagem é exposta a 
pressão ou tensão. 
 
Osteocondrite dissecante (OCD): é a manifestação clínica de uma condição generalizada de 
OC. Caracteriza-se pela instalação do processo inflamatório devido à formação de retalho de 
cartilagem, que pode estar na superfície articular ou livre no espaço sinovial. A OCD da 
articulção escapulo-umeral é considerada uma das mais frequentes manifestações da OC. Só é 
considerada dissecante quando houver o retalho cartilaginoso. 
 
Articulações mais acometidas: 
• Escápulo-umeral (cabeça umeral) 
• Úmero-rádio-ulnar (côndilo umeral) 
• Fêmoro-tíbio-patelar (côndilos femorais) 
 
O principal sinal clínico observado em cães é a claudicação, que se apresenta difusa e com 
intensidade variada, sendo a OC a causa mais comum de claudicação em cães jovens, podendo 
estar presente atrofia muscular em casos mais crônicos e também necrose articular. 
34 
 
Aspectos Radiográficos: 
Leve achatamento da superfície articular e esclerose subcondral são os achados mais comuns 
A presença de retalho cartilaginoso ou de fragmento de cartilagem solto na articulação, 
apenas é visto em radiografias simples quando o retalho ou o flap de cartilagem encontram-se 
calcificados, se não houver calcificação desta não se pode diferenciar lesões de OC e de OCD 
Quando os achados radiográficos são inconclusivos, é indicada a realização da artroscopia. 
• 50% é bilateral; 
• Observa-se falha óssea subcondral; 
• Retalho cartilaginoso não mineralizado – não se vê. 
• Retalho cartilaginoso mineralizado – é visível

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