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A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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Sistema de Ensino 
a distância
licenciatura em educação física
A Dança enquanto conteúdo da educação física escolar
ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O TRABALHO COM ALUNOS
 
COM DEFICIÊNCIA
 
NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Suzano
2017
A Dança enquanto conteúdo da educação física escolar
ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O TRABALHO COM ALUNOS
 
COM DEFICIÊNCIA
 
NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Trabalho 
Produção Textual Interdisciplinar em Grupo 
apresentado à Universidade Pitágoras 
Unopar
, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
s disciplinas de 
 
Metodologia do Ensino da Atividade Rítmica e Dança; Educação Física Escolar e Saúde; Metodologia do Ensino da Ginástica Escolar; Educação Física Adaptada e Primeiros Socorros
Orientador: Prof. Túlio Moura; Prof.ª Patrícia 
Proscêncio
; Prof.ª 
Eloise
 
Werle
 de Almeida; Prof.ª Alessandra 
Begiatto
 Porto; Prof.ª Luana 
Conti
. 
 
SUZANO
2017
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2.DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
2.1.1 A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR...4
2.1.2 ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE ED. FÍSICA............6
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. ..9
4. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 10
5. ANEXOS................................................................................................................11
6. CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENTREVISTA.......................................................13
 
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho aborda compreensão da dança enquanto um relevante conteúdo da educação física escolar, a importância do domínio de conhecimentos específicos sobre a prática pedagógica com alunos portadores de necessidades especiais nas aulas de educação física e refletir sobre a realidade do professor no trabalho com os mesmos.
 Portanto, caracterizamos enquanto pesquisa qualitativa, consultar literaturas que tratam sobre os assuntos supracitados, podendo assim explorar, sistematizar e produzir novas conclusões acerca destes conteúdos que são importantes, porém pouco discutidos no universo escolar. 
 Nos últimos anos a Educação Física tem sido marcada por uma significativa evolução, as propostas pedagógicas demonstram um grande crescimento acerca do ensino, mesmo com influência das velhas tendências. È importante ressaltar que na prática as abordagens utilizadas na escola, estão presentes com misturas entre tendências que não são seguidas à risca, tendo em vista que a ação de cada professor é determinada conforme a necessidade dos alunos, visando a melhor forma de ensino-aprendizagem. 
DESENVOLVIMENTO
2.1.1 - A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO D A EDUCAÇÃO FÍSICA 
ESCOLAR 
 
 Dança na escola é educação através da arte. A dança tem suma importância para alcançar os objetivos da Educação, um deles é o desenvolvimento dos aspectos afetivo e social, portanto esta prática propicia ao aluno grandes mudanças internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na forma de se expressar e pensar. 
 Buscando elevar o padrão cultural dos educandos, pontuamos a necessidade de um resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da tematização das origens culturais, no intuito de despertar a identidade social dos alunos, melhorando o processo de construção da cidadania. Quando conhecemos e compreendemos os sentidos e significados da dança, é possível reconhecer o desenvolvimento histórico, social e cultural de diferentes civilizações. 
 A dança hoje é tratada como um componente folclórico, descontextualizada no currículo escolar, raramente é tratada como um conteúdo que possui um conhecimento próprio, capaz de apreender a expressão corporal como linguagem. Ela também consegue levar o aluno a conhecer outras culturas, crenças, estilos de vida diferentes, ainda enquanto processo educacional poderá contribuir para aprimorar as habilidades físicas bem como o potencial de cada ser humano. 
 Há a possibilidade dos alunos encontrarem uma nova forma de se expressar, se comunicar, descobrindo uma nova linguagem corporal, permite despertar o interesse em pesquisas, assim conseguindo ampliar até o seu conhecimento teórico. E isso leva a formação de cidadãos críticos, participativos, responsáveis e transformados. 
 A dança, dentro da Educação Física, com o conhecimento produzido historicamente pelo ser humano traz consigo sentidos e simbologias de determinadas culturas, denotando grande relevância no que diz respeito a formação do ser humano, sobretudo por sua característica de expressão e comunicação. Os professores de Educação Física nas escolas municipais e estaduais demonstram compreender essa contribuição que se desenvolve no aluno através do conteúdo dança, porém, esse conhecimento fica distante de suas aulas por motivos financeiros, falta de qualificação ou até por não ter afinidade com o conteúdo, porém, os alunos deixam de vivenciar a dança enquanto fonte educacional. 
 Os professores de Educação Física, ainda influenciados, sobretudo pela concepção esportiva, continuam restringindo os conteúdos das aulas aos esportes mais tradicionais, como, por exemplo, basquete, vôlei e futebol. Em muitos casos também, estes conteúdos são distribuídos sem nenhuma sistematização e são apresentados de forma desordenada ou aleatória, ou seja, estes são organizados ou sequenciados sem critérios mais consistentes. Não bastasse este fato, é muito comum que estes conteúdos esportivos sejam transmitidos superficialmente. O que acaba ocasionando a falta de aprofundamento dos conteúdos propostos para a Educação Física na escola. 
 O processo de ensino-aprendizagem possibilita que os sujeitos professor e alunos se encontrem, troquem e socializem conhecimentos, experiências, afetos, histórias, sonhos e utopias. 
 Na verdade, alunos e professores vivem numa eterna troca, num processo de interação, onde um aprende com o outro. E nessa troca não existe um único detentor do conhecimento, mas seres inacabados que aprendem e ensinam mutuamente.
2.1.2 ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46 , como a maior parte da população. 
 As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estarem sujeitos a maior incidência de doenças, mas apresentam personalidadese características diferentes e únicas. 
 É importante ressaltar que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que possa ser feito para evitá -la, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança. 
 As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. O importante é de saber que uma criança com síndrome de Down pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ela é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade. 
 São muitos os questionamentos a cerca de como adequar abordagens em aulas de Educação Física às necessidades de alunos com Síndrome de Down . 
 Alguns estudiosos ligados à área da deficiência mental enfatizam que as pesquisas existentes referentes à essa Síndrome, são ainda insuficientes para esclarecer e orientar atitudes educacionais para o desenvolvimento dos portadores. Esta constatação aponta para a realidade de uma sociedade que ainda segrega, em parte pelo desconhecimento.
 Verificou-se ainda que a existência de preconceitos historicamente 
construídos e a precariedade de informações ou conhecimentos referentes a potencialidades das pessoas com Síndrome de Down constituem fatores que dificultam sua participação na sociedade. 
 A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo de deficiência. Quanto ao que se refere à Inclusão Escolar dessas crianças independente de qual seja, é dever do professor fazer todo o possível para que todos os alunos aprendam e se desenvolvam. 
 A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e sim apenas como uma consciência sobre as diferenças individuais de cada criança. Para isso, é preciso procurar utilizar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor. 
 A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do movimento, para que ela possa compreender aprender e desenvolver suas habilidades, percebendo o meio ambiente e as adaptações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais. 
 A criança com Síndrome de Down, apesar de ter várias de suas características físicas e psicológicas limitadas, tem uma comprovada capacidade de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações faz com que haja progresso dentro do contexto educacional. A criança com Síndrome de Down tem uma maior facilidade de aprendizado, quando há repetições de atividades antes de modificá-las. As imitações também facilitam, pois além de serem divertidas para as crianças elas acabam por copiarem os movimentos. 
 Elogiar a criança durante uma brincadeira que foi executada de forma correta, evita que a mesma fique frustrada, por exemplo, durante uma atividade que precise ser utilizado os dedos como ato de pinçar, devido a suas limitações. Ao não conseguir fazer o movimento a criança com Síndrome de Down, pode lançar o brinquedo e ao chegar nesse estágio fica difícil retirá-la do mesmo, porém a música, a dança e movimentos corporais podem ajudar a acalmá-la. Talvez seja necessário evitar brinquedos e atividades que não sejam compatíveis com as limitações. A segurança das crianças e o acompanhamento de perto das atividades realizadas, garantem o primeiro estágio de desenvolvimento, a avaliação do professor, quanto às maiores dificuldades da criança é o que irá facilitar quanto aos métodos e atividades a serem desenvolvidas. 
 É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para crianças com Síndrome de Down, seja considerado todo o seu contexto sociocultural, suas deficiências corporais, enfim, suas potencialidades. Para que seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania. 
 Portanto o professor de E ducação Física pode buscar atividades que sejam compatíveis para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de Doown, junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que apresente maiores problemas. 
 Algumas problemáticas são encontradas nas crianças com Síndrome de Down, segue alguns cuidados que se deve tomar ao aplicar algumas atividades: 
 Instabilidade atlanto-axial (IAA) – É o aumento da distância entre duas vértebras da coluna cervical (C1 e C2), localizada na parte superior do pescoço, que deve ter uma distância entre 1 a 4 mm , para ser considerada dentro da normalidade, acima de 5 mm, o mesmo deverá ter maiores cuidados pois suas funções básicas não serão exercidas com eficiência, na qual será a proteção medular. Neste caso o docente deverá estar atento aos possíveis sintomas como: torcicolos frequentes, postura anormal da cabeça, dor localizada, em casos mais graves deterioração motora progressiva, que pode levar o aluno a ter dificuldades para andar e posteriormente se tornar dependente para todas as atividades. 
 Atividades contra - indicadas seriam: alguns estilos de natação, como borboleta e peito; ginástica artística, por causa dos rolamentos, saltos de aparelhos e quaisquer outros exercícios que coloquem sobre pressão a cabeça e/ou pescoço. Devendo ressaltar que o indivíduo de IAA, deverá fazer atividades físicas tendo como exceção somente as atividades acima citadas. 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 . É preciso que se criem políticas públicas educacionais que viabilize recursos materiais e humanos para o tratamento com as práticas de movimento no âmbito educacional, assim como, essas qualificações precisam articular -se de forma mais reflexiva na elaboração de planejamentos com o tratamento da dança, para que este conteúdo possa efetivamente participar na construção formativa do ser humano na disciplina de Educação Física. O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma prática que contextualize a realidade do aluno.
 Com relação a alunos com Síndrome de Down, cabe ao professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas. 
 A partir daí entende-se que a Educação Física Escolar desempenha um papel fundamental de inclusão social, quando articulada a sua prática pedagógica está a construção e adaptação de diferentes estratégias aserem utilizadas, para que ocorram relações afetivas entre alunos ditos “normais” e com Síndrome de Down. 
 Neste caso, o professor de Educação Física, precisa aprimorar seus conhecimentos, para que as aulas sejam dinâmicas, criativas e motivadoras, lembrando-se de sempre aplicar as devidas precauções, superando problemas e dificuldades.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BOCCARDI, D. Programa de intervenção motora lúdica inclusiva: Análise motora e 
social de casos específicos de Deficiência Mental, Síndrome do X-Frágil, Síndrome 
de Down e criança típica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de 
Educação Física, 2003. BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Brasília: Congresso Nacional. (19 89). LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 5ª edição, Brasília: câmara, 2010. 
FLÓREZ, J. Patología cerebral y aprendizaje en el síndrome de Down. In: FLÓREZ, 
J. TRONCOSO, M.V. (Orgs). Síndrome de Down y Educación. Santander, Espanha: 
Masson, p. 37-60, 1997. 
GORLA, Síndrome de Down - crescimento, maturação e atividade física, 1a. edição.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e 
prática da pesquisa. 14. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. 
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São 
Paulo: Cortez, 1996. 
NADER, S. Preparando o caminho da inclusão: dissolvendo mitos e preconceitos em 
relação às pessoas com Síndrome de Down. Rev. Bras. Ed. Esp.2003, v.9, p 57-78.
 
PATRÍCIA, D.C. APODOCA, R, L. O que são adaptações curriculares. 
SOARES, Síndrome de Down - Exercícios de alfabetização e discalculia, 2a. edição.
5. ANEXOS
ENTREVISTA:
Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? 
R1: sim 
R2: sim 
 Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos? 
R1: A Educação Fisica auxilia no processo de desenvolvimento motor e sensorial dos alunos,auxiliando-os a serem independentes fisicamente. 
R2: Auxilia o desenvolvimento motor do aluno. 
Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência. 
R1:Não 
R2:Sim 
Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência? 
R1: Não tive nenhum aluno com deficiência nas minhas aulas 
R2: Adaptar as atividades físicas sem inferiorizar o aluno,tornando apto a prática como so demais alunos. 
Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência? 
R1: Acredito que a pratica é a melhor resposta para essa pergunta, porém tenho base e preparação teórica para lidar com alunos deficientes a qual me torna capaz de ser um bom educador para eles. 
R2: sim. 
Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física? 
R1/R2:feridas e hemorragias, corpos estranhos, picadas de animais, engasgos e queimaduras. Para alunos da educação infantil, lesões na boca, principalmente nos dentes, e na cabeça e no pescoço, são as mais comuns.
 
 Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? 
R1 : geralmente os primeiros socorros são prestados pelo educador condutor da aula
R2: os professores ou supervisores 
A escola dispõe de um kit de materiais para este fim? 
R1: infelizmente muitas escolas não possuem kit de emergência 
R2: NAO 
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros? 
R1/R2: sim 
6. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ENTREVISTAS 
 Fundamentadas entrevistas, constatamos que o Professor de Educação Física é peça principal no trabalho de desenvolvimento cognitivo, motor, adequação, vivência social e afetiva dos alunos portadores de necessidades especiais. Dentro do universo escolar, ele é o responsável pela qualidade de interação, aquisição dos conceitos pelos alunos e a transferência destes conceitos, bem como para a funcionalidade da vida no cotidiano. 
 Embora todos os professores descrevam que a educação inclusiva é possível nas aulas de Educação Física, contudo não são todos que estão preparados para atuar com alunos deficientes. 
 É importante ressaltar, que as escolas ainda são precárias frente ao espaço físico, pois todos os docentes alegam que as mesmas não conseguem atender, por exemplo, um cadeirante. É citado também como dificuldade atender os alunos e fazer com que eles apreendam as atividades. Desse modo, um segundo professor específico para cada deficiência iria auxiliar e muito o professor regente nas aulas. 
 Todos os alunos têm direito de ter aula de educação física, então, as mesmas precisam ser elaboradas a fim de atender á todos, contribuindo para sua vida social e particular.

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