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NUTRIÇÃO EDUARDO GARCIA DE SOUZA FERNANDA APARECIDA LEMES FRANCELISE PELEGRINI FRANCISMARA BELENKI DE JESUS ISADORA PEIXOTO ALVES DO NASCIMENTO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: ARROZ INTEGRAL Apucarana 2018 EDUARDO GARCIA DE SOUZA FERNANDA APARECIDA LEMES FRANCELISE PELEGRINI FRANCISMARA BELENKI DE JESUS ISADORA PEIXOTO ALVES DO NASCIMENTO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: ARROZ INTEGRAL Trabalho apresentado a disciplina de Técnica Dietética do 3º Semestre do Curso de Nutrição da Faculdade de Apucarana/FAP. Docente: Profª. Natália Brandão. Apucarana 2018 SUMÁRIO 1 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... 2 . OBJETIVOS.................................................................................................. 2.1 Objetivo geral.............................................................................................. 2.2 Objetivos específicos................................................................................. 3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................ 3.1 Materiais.................................................................................................... 3.2 Métodos..................................................................................................... 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 5. CONCLUSÃO................................................................................................ REFERÊNCIAS............................................................................................. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O nome cereal deriva de Ceres, a deusa grega da agricultura e da colheita, de origem vegetal, constituídos de grãos e fazem parte do hábito alimentar de vários indivíduos. (PHILIPPI, 2006, p. 47). Os cereais são grãos originários de plantas gramíneas encontrados em formas de espigas e os principais cereais cultivados são o trigo, o arroz, a cevada, o milho, a aveia, entre outros. Pela sua facilidade de cultura, conservação, transporte e rendimento são utilizados em grande escala, e também, por serem de baixo custo e alto valor nutritivo. Estes, por sua vez, são submetidos a vários processos para chegar na mesa do consumidor, algumas espécies passam por processo simples, (suas cascas se separam facilmente do grão), já outras é necessário passar por processo descascar, debulhar, trilhar (bater). Sua composição é em maior parte de amido e proteínas, cerca de 70% de amido e 10% proteínas, conforme processado esses valores vão decrescendo. São excelentes fontes de carboidrato e energia (cada grama de carboidrato fornece 4kcal), e ainda, proteína e vitaminas. Já os integrais, além desses nutrientes, são ricos em fibras e minerais. (PHILIPPI, 2006, p. 47) Um dos cereais mais consumidos é o arroz, pois é a cultura vegetal mais consumida no mundo, sendo que mais da metade da população mundial depende dela para a sua subsistência. (TEICHMAN, 2000, p. 338) Grão da Oryza sativa, constitui-se em alimento básico da alimentação da população e pode ser encontrado em várias formas e cores, com grãos longos, médios e curtos. (PHILIPPI, 2006, p. 48). Sua classificação mais comum é encontrada como: polido, integral, parboilizado, instantâneo, arbório e arroz selvagem, todos esses possuem a forma de processamento diferenciada. Sendo assim, os grãos possuem estruturas distintas como casca, película, edosperma e germe e apresentam também valores nutritivos diferentes. O arroz integral, vem ganhando destaque por sua forma menos processada, onde somente sua casca é removida, é um grão escuro, de sabor acentuado e não absorve muita água ficando assim soltinho, conforme se observa abaixo: É o grão do qual se remove apenas a casca. O arroz integral permanece com o farelo, fina película em que se concentra a maior parte dos nutrientes, localizada entre a casca e o grão de arroz. É mais nutritivo do que o polido, pois a presença do farelo atua como uma barreira a penetração da água. Isso justifica o prolongado tempo de cocção. ((PHILIPPI, 2006, p. 49). No arroz integral há presença do aleurona (camada que reveste o endosperma) fazendo que seja distinto do arroz polido, por isso seu preparo exige maior quantidade de tempo em cocção; Por meio da ação de equipamentos de rolamento, remove-se a aleurona para a produção de farelo de arroz e do grão polido, que se conserva mais tempo do que o arroz integral” (DOMENE, 2011, p. 85.) Além dessas características é importante observar a recomendação do consumo de grãos integrais, os quais podem ser de três ou mais porções por dia, uma vez que o consumo dos mesmos está relacionado a prevenção de doenças cardiovasculares e de doenças crônicas, “[...] A introdução de cereais integrais ganhou força a partir da década de 1990, embora ainda enfrente alguma resistência por parte dos consumidores historicamente habituados com cereais refinados[...] (DOMENE, 2011, p. 88) Da mesma forma, vale ressaltar que no ato da compra desse cereal deve se notar a integridade dos grãos, sem sinais de desenvolvimento de fungos e sem umidade visível na embalagem, e ainda, seu prazo de validade, pois sua deterioração se dá com mais facilidade pela quantidade de nutrientes. Outra etapa de suma importância é o pré-preparo através da seleção dos grãos é possível fazer o descarte de palhas, cascas, sujidades, grãos defeituosos e quebrados. Já para o preparo é necessário a higienização dos grãos em água corrente, eliminando defensivos e partículas de amido, não é necessário deixar de molho. Na preparação o arroz deve ser refogado em gordura quente, pois o amido ao receber o recobrimento graxo, se separam permitindo sob a ação do calor que o grão se gelatinize, aumentando o grão em até 3 vezes seu tamanho, a gelatinização se inicia próximo a 60 a 80ºC, deixando assim os grãos soltos. (Arroz com menor absorção de agua= 1 volume do arroz/ 1,5 volume de água; arroz com maior absorção de agua = 1 volume de arroz/ 2 volumes de água). Uma característica marcante do arroz integral é sua resistência ao corte, exigindo maior mastigação para romper com as estruturas celulóticas. Pode-se também utilizar a pressão para o cozimento, diminuindo assim o tempo de preparo. Assim, salienta-se que abertura do utensilio deve ser feita após 15 a 20 min com total eliminação do vapor, para um melhor cozimento. O grão de arroz se submetido ao excesso de água e a cocção prolongada se torna em forma de papa. A escolha do tipo de grão de arroz considera não apenas seu valor nutritivo, mas também a harmonização de sua aparência textura e sabor com ao cardápio, o que influi na aceitação da refeição por parte do consumidor final. (DOMENE, 2011, p.89) No Brasil destaca-se o consumo do arroz, juntamente com o feijão, é uma das misturas queridas do brasileiro, a combinação dessas duas partes proporciona aminoácidos essenciais o arroz é deficiente de lisina, já o feijão entre outras leguminosas é pobre em metionina, essas combinações formam uma mistura proteica de grande valor biológico. (PHILIPI, 2006, p. 51) É importante também ter a noção de quantidade no momento do preparo, pois evita desperdícios e em casos de estabelecimentos prejuízos financeiros. 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Preparar o arroz integral seguindo as técnicas de pesagem; Comparar os volumes e medidas com o pré-preparo, preparo e cocção do arroz integral; 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar os diversos utensílios, recipientes e instrumentos utilizados para a preparação; Avaliar os pesos e medidas de acordo com fator de correção, peso bruto, medida caseira e quantidade total; Comparar o resultado obtido na mensuração dos ingredientes envolvidos como rendimento total e fator térmico; Estabelecer as questões sensoriais do alimento, como cor, aroma, sabor e textura. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. MATERIAIS Alimentos: Arroz integral (0,050 Kg); Sal (0,0015 Kg); Cebola (0,002 Kg); Óleo (0,003L); Água (0,125L); Utensílios: 1 copo medidor; 1 colher de sopa; 1 colher medidora; 1 chaleira pequena; 1 faca; 1 pote pequeno retangular; 1 pote médio quadrado; 1 panela pequena redonda; 1 prato pequeno; 1 tampa para a panela; 1 tábua para corte; 3.2. MÉTODOS Foram pesados os ingredientes arroz, sal, cebola e foi medido em litros óleo e água. Após o arroz ser pesado e lavado, foi pesado novamente o arroz, tendo um resultado de 0,55 kg de arroz lavado. A água foi coloca a uma temperatura 100ºC para a sua infusão. Depois de todo esse processo de pré-preparo, a cebola foi refogada com o óleo, arroz e sal, após ser refogado foi introduzido 0,125 L de água em infusão para o cozimento do arroz. O início da cocção do arroz foi a 21h:45m, após 4 minutos de cozimento foi acrescentado 0,50L de água deixando cozinhar por mais 5 minutos e acrescentando mais 0,50L de água, conforme a água ia secando foi adicionado mais água em um total de 0,100 L, não tendo mais tempo para o cozimento foi apagado e retirado do fogo a 22h:09m, logo em seguida foi retirado da panela, colocado no prato e foi para a degustação da turma. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1 – Ficha Técnica de Preparação INGREDIENTES UND PC FCt FCp PB MEDIDA CASEIRA (QT) QUANTIDADE TOTAL Arroz Integral Kg 0,050 50g 1 xicara de chá 0,050 Cebola Kg 0,002 1,29 6g 46g 2 colheres de café 0,002 Sal Kg 0,0015 15g 1 colher de café 0,003 Óleo L 0,003 3ml 1 colher de café 0,0015 Água L 0,125 125ml 4 xicaras de chá 0,325 Rendimento total (Kg/L) Porção (Kg/L) Fator térmico (Ft) 0,138 kg 0,075 kg 2,76 A aparência da amostra foi avaliada insatisfatória. Verificou-se mal cozimento e a cor bege, tipo de arroz integral após a cocção. Na análise gustativa, após a mastigação foi julgada muito duro, o que não facilita na digestibilidade. Tanto o sabor como o aroma foram definidos característicos de arroz integral cozido. Os atributos sensoriais descritos estão sintetizados na tabela 2 abaixo: Tabela 2 – Comentário sensorial e composição nutricional da porção de arroz integral. COR Uniforme, cor bege AROMA Característico SABOR Característico TEXTURA Duro COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (Per capita) CHO (g) 17,08 Ca - Na 226 mg Vit. A - VET PTN (g) 1,92 P - K 32 mg 83 kcal LIP (g) 0,67 Fe - Vit. C - INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 75g 4 colheres de sopa QUANTIDADE POR PORÇÃO % VD (*) Valor energético 83 kcal = 347 kJ 4% Carboidrato 17g 6% Proteína 2g 3% Gordura totais 6g 11% Gordura saturadas 0g - Gordura trans. 0g - Fibra Alimentar 1,3g 5% Sódio 226mg 9% (*) Valores diários de referência com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. DISCUSSÃO Observou-se que para o preparo do arroz integral foi necessário utilizar um tempo maior de cozimento e uma maior quantidade de água para que seu resultado satisfizesse o paladar. Porém, devido a falta de tempo, o arroz apresentou-se com uma maior rigidez ao degustar, seu tempero estava ao ponto, seu aroma estava agradável, e sua aparência estava solto, porém com excesso de água por não ter terminado o momento. Notou-se, ainda, que o arroz integral tem uma película contendo mais fibras e celulose, por isso a água não chega tão rápido no grão como no arroz polido, foi usado calor úmido e ocorreu gelatinização do amido, logo isso faz com que aumente a digestibilidade. 6. CONCLUSÃO Conclui-se que os cereais são altamente consumidos pela sua facilidade de cultura, conservação e rendimento, bem como por apresentar baixo custo e alto valor nutritivo acarretando, assim, grande escala de comercialização. Na preparação em questão – arroz integral – verificou-se que este proporciona maior valor nutricional, pois tem uma fina película em que se concentra os nutrientes e atua como barreira a penetração de água. Justificando seu maior tempo de cocção. Sendo assim, embora necessite de maior tempo de cocção que o arroz polido o calor úmido utilizado faz com que aconteça a gelatinização do amido fazendo que haja uma maior digestibilidade do alimento. REFERÊNCIAS DOMENE, S.M.A. Técnica Dietética: Teoria e Aplicações. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2011. ORNELLAS,L.H. Técnica Dietética: Seleção e Preparo de Alimentos. 7 ed. São Paulo, Atheneu Editora, 2001. PHILIPPI, S. T. Nutrição e Técnica Dietética. 2ª ed. rev. e atual. Barueri, São Paulo: Manole, 2006. TEICHMAN, Ione. Tecnologia Culinária. Caxias do Sul, Educs, 2000.
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