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PLANO DE ENSINO CURSO: Pedagogia SÉRIE: 1o Período DISCIPLINA: Política e Organização da Educação Básica CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 horas CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas Profa. Sueli Helena de Camargo Palmen Sueli.palmen@docente.unip.br EMENTA A disciplina abordará o estudo da Política Educacional no Brasil e as tendências contemporâneas: trajetória histórica e redefinições do papel do Estado. Concepções de Estado e sociedade; as relações entre as políticas sociais e a política educacional. Estratégias da política educacional no Brasil e o desempenho educacional: os determinantes de acesso e permanência. O financiamento do ensino: autonomia da escola, fontes de recursos e a vinculação dos recursos financeiros para a educação. A cultura da avaliação (SAEB, ENADE, SARESP, ENEM) e a descentralização; o ajuste do currículo da educação básica. Legislação brasileira: princípios e fins da educação. Sistema de ensino e organização curricular. OBJETIVOS (1) Relacionar as principais questões políticas com o contexto atual, possibilitando o exercício da ação consciente e responsável. (2) Refletir sobre a importância dos valores na práxis social e estabelecer relações entre a política pública, planejamento educacional, a democracia e o exercício da cidadania. (3) Propiciar o exercício da reflexão sobre Estado e governo e os instrumentos para a compreensão das políticas públicas em educação. (4) Possibilitar o exercício da reflexão crítica, através da análise e discussão de textos acadêmicos. Ler, a partir da perspectiva do direito, da legislação e da educação, textos de diferentes âmbitos do conhecimento. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I - Política Educacional no Brasil e tendências contemporâneas: trajetória histórica e redefinições do papel do Estado •Concepções de Estado e sociedade; Políticas públicas: as políticas sociais e a política educacional. 1.Crise do Estado do Bem-Estar-Social e redefinições do papel do Estado; Políticas internacionais, a educação e os reajustes do mundo capitalista. 2.A reestruturação produtiva, a delimitação do campo educacional, a função social da escola e a lógica do mercado. UNIDADE II – Legislação Educacional: princípios e fins da educação 1.Hierarquia das leis. 2.Planos e políticas públicas de educação: trajetória histórica. A Lei 9394/96 (LDB) no contexto das políticas públicas. 3.Princípios e objetivos da educação escolar. UNIDADE III – Sistema de ensino e organização curricular 1.Conceituação de sistema de ensino. 2.Organização do sistema de ensino no âmbito federal, estadual e municipal: composição, incumbências e organogramas (LDB, art. 8º a 20º). 3.Níveis da educação escolar brasileira: evolução nas LDBs. 4.Organização curricular: regras comuns (LDB, art. 21-28), eixos curriculares, avaliação da aprendizagem: critérios. UNIDADE IV - Estratégias da política educacional no Brasil 1.Política pública e financiamento do ensino: autonomia da escola, fontes de recursos e a vinculação dos recursos financeiros para a educação. 2.Estratégias da política educacional brasileira: a cultura da avaliação (SAEB, ENADE, SARESP, ENEM); a descentralização (FUNDEF/FUNDEB); o ajuste do currículo da educação básica. 3.Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024. ESTRATÉGIA DE TRABALHO Aulas expositivas com utilização de recursos tais como: filmes, retroprojeção, resumos na lousa e outros, seguidas de debates. Leitura e discussão de textos, de artigos de jornais e de revistas (fichamento, resenhas críticas e resumos). Pesquisas em publicações: livros, jornais e revistas para o enriquecimento dos conteúdos estudados. Pesquisa e análise de situações reais do cotidiano escolar, relação escola e comunidade, participação dos pais na escola e dados educacionais. AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados de acordo com as normas regimentais e critérios específicos da disciplina. O processo formal de avaliação do aprendizado compreende duas avaliações bimestrais denominadas NP1 e NP2. Cada uma delas deve conter 10 questões objetivas valendo 0,6 cada, totalizando 6,0 pontos e uma questão discursiva com resposta de cunho dissertativo-argumentativo valendo até 4,0 pontos. Os conteúdos para cada avaliação correspondem aqueles especificados no cronograma de aulas. Serão respeitados os critérios de aprovação definidos pela Universidade e explicitados no manual acadêmico. NP1 – 03/04 NP 2 – 29/05 SUBSTITUTIVA - EXAME – 19/6 BIBLIOGRAFIA * BÁSICA DOURADO, Luiz Fernando; PARO, Vitor Henrique (org.). Políticas Públicas e Educação Básica. São Paulo: Xamã, 2001. LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2009. VIEIRA, Sofia Lerche; ALBUQUERQUE, Maria Gláucia Menezes. Política e planejamento educacional. 2ª ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2001. *COMPLEMENTAR – envio por e-mail. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES SEMANAIS 1ª semana Recepção aos alunos, apresentação dos objetivos da disciplina, do conteúdo programático, da bibliografia básica e complementar. Introdução à disciplina: organização do Estado brasileiro e os três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Leitura de apoio ao professor: PINHO, Rodrigo César Rebello. Da organização do estado, dos poderes, e histórico das constituições. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012. Capítulos 1, 9, 10, 12, 13, 17 (somente o que interessar). Disponível em: https://pt.slideshare.net/rodrigomorais7503/da-organizacao-do-estado-rodrigo-cesar-rebello-pinho/ 2ª semana Concepções de Estado e sociedade; Políticas públicas: as políticas sociais e a política educacional. VIEIRA, Sofia Lerche; ALBUQUERQUE, Maria Gláucia Menezes. Políticas internacionais e educação: uma agenda para debate. In: ______. Política e planejamento educacional. 2ª ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2001, p. 19-28. Leitura Complementar (as indicações de leitura complementar são para o professor, para auxiliar na discussão) HÖFLING, Eloísa de Mattos. Estado e Políticas (públicas) sociais. Caderno Cedes, v.21, n.55, Campinas, nov, 2001. 3ª semana Crise do Estado do Bem-Estar-Social e redefinições do papel do Estado; Políticas internacionais, a educação e os reajustes do mundo capitalista. VIEIRA, Sofia Lerche; ALBUQUERQUE, Maria Gláucia Menezes. Políticas internacionais e educação: uma agenda para debate. In: ______. Política e planejamento educacional. 2ª ed. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2001, p. 43- 56 e 61-70. Leitura Complementar SOBRAL, Fernanda A. da Fonseca. Educação para a competitividade ou para a cidadania social? São Paulo em Perspectiva. Revista da Fundação SEADE. Vol 14, n.1, jan-mar/2000, p. 3-11. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102- 88392000000100002&script=sci_arttext Acesso em: 08/02/2016 4ª semana A reestruturação produtiva, a delimitação do campo educacional, a função social da escola e a lógica do mercado. ANTUNES, R. Reestruturação produtiva e mudanças no mundo do trabalho numa ordem neoliberal. In: DOURADO, Luiz Fernando; PARO, Vitor Henrique (org.). Políticas Públicas e Educação Básica. São Paulo: Xamã, 2001, p.13-27. 5ª semana - Hierarquia das leis BITTENCOURT, Priscila de Oliveira Stuque; CLEMENTINO, José Carlos. Hierarquia das leis. Disponível em: http://fgh.escoladenegocios.info/revistaalumni/artigos/edEspecialMaio2012/Hierarquia_das_Leis.pdf Leitura Complementar: Conselho Nacional de Educação – Apresentação; Histórico; Missão; Compromisso; Atribuições. http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/apresentacao _______________________________________________________________ 6ª semana - Planos e políticas públicas de educação: trajetória histórica. A Lei 9394/96(LDB) no contexto das políticas públicas. Princípios e objetivos da educação escolar. LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2009. Elementos para uma análise crítico-compreensiva das políticas educacionais: aspectos sociopolíticos e históricos p127-145. Leitura Complementar SAVIANI. Política Educacional Brasileira: limites e perspectivas. Revista de Educação PUC – Campinas, Campinas, n. 24, p. 7-16, 2008. Disponível em: file:///C:/Users/Itautec/Downloads/108-242-1-SM.pdf Acesso em: 02/02/2016. _______________________________________________________________ 7ª semana - A Lei 9394/96 (LDB) no contexto das políticas públicas. SOUZA, Donaldo Bello de; FARIA, Lia Ciomar Macedo de. Reforma do Estado, descentralização e municipalização do ensino no Brasil: A gestão política dos sistemas públicos de ensino pós-LDB 9.394/96. Revista Ensaio, v. 12, n.45. Rio de Janeiro, Out/Dez, 2004. http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v12n45/v12n45a02.pdf 8ª semana Aplicação de avaliação NP1. _______________________________________________________________ 9ª semana Devolutiva da avaliação NP1. Conceituação de sistema de ensino. DIAS, J.A. Sistema escolar brasileiro. In: MENESES, João Gualberto (et.al.). Educação Básica: políticas, legislação e gestão – Leituras. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004, p.127- 136. Leituras Complementares: Leituras das ações, planos e programas das políticas públicas educacionais brasileiras: http://portal.mec.gov.br _______________________________________________________________ 10ª semana - Organização do sistema de ensino no âmbito federal, estadual e municipal/ Níveis da educação Modalidades de Ensino: 1 - Educação a Distância; 2 - Educação Básica do Campo; 3 - Educação Especial; 4 – Educação Escolar Indígena; 5 – Educação Escolar Quilombola; 6 – Educação de Jovens e Adultos; 7 – Educação Profissional e Tecnológica LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2009, níveis e modalidades de ensino, p. 251-267. Leituras Complementares PARÉ, Marilene L.; OLIVEIRA, Luana P.; VELLOSO, Alessandra D’Aqui. A educação para Quilombolas: Experiências de São Miguel dos Pretos em Restinga Seca (RS) e da Comunidade Kalunga do Engenho II (GO). Cad. Cedes, Campinas, vol. 27, n. 72, p. 215-232, maio/ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v27n72/a07v2772.pdf SILVEIRA, Deijanete Pereira da. A Educação do Campo como Disciplina no Curso de Pedagogia e sua importância. 2010. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2128405 _______________________________________________________________ 11ª semana Organização curricular: regras comuns (LDB, art. 21-28), eixos curriculares, avaliação da aprendizagem: critérios LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2009. Organização e gestão, objetivos e trabalho dos professores, p. 293-311. 12ª semana Política pública e financiamento do ensino: autonomia da escola, fontes de recursos e a vinculação dos recursos financeiros para a educação. OLIVEIRA, Romualdo Portela. O Financiamento da educação. In: ______. Gestão, Financiamento e Direito à Educação. 2ª ed. São Paulo: Xamã, 2002, p. 89-118. Leitura Complementar BRASIL. Emenda Constitucional 53/06. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm Acesso em 09/02/2016 _______________________________________________________________ 13ª semana Estratégias da política educacional brasileira: a cultura da avaliação (SAEB, ENADE, SARESP, ENEM); a descentralização (FUNDEF/FUNDEB); o ajuste do currículo da educação básica. SILVA, Isabelle Fiorelli. O sistema nacional de avaliação: características, dispositivos legais e resultados. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 21, n. 47, p. 427-448, set./dez. 2010. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1602/1602.pdf Acesso em 06/02/2016 Leitura complementar: http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-apresentacao 14ª semana - Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024. BRASIL, Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm Acesso em: 02/02/2016. _______________________________________________________________ 15ª semana - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2009. Os programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, p181-188. Leitura complementar: Portal do FNDE: http://www.fnde.gov.br/ _______________________________________________________________ 16ª semana - Aplicação de avaliação NP2. 17ª semana - Devolutiva da avaliação NP2. 18ª semana Aplicação de avaliação Substitutiva. 19ª semana Aplicação de Exame. 20ª semana Período de Revisão e Notas e Faltas. No Primeiro Período (2013/1), o curso de Pedagogia, por intermédio de seu Núcleo Docente Estruturante (NDE) elegeu a disciplina Política e Organização da Educação Básica para ancorar (subsidiar) as atividades práticas supervisionadas (APS). A partir da análise do Plano de Ensino da disciplina Política e Organização da Educação Básica, verificou-se que este componente curricular permite ao docente o desenvolvimento de projetos com os alunos para estudo e análise das políticas educacionais criadas e em fase de implementação no país desde a promulgação da Constituição Federal de 1988. Os alunos deverão realizar uma pesquisa sobre: “ AS AVALIAÇÕES, AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A QUALIDADE DO ENSINO” - Visitar uma escola pública – fazer uma entrevista ( ver roteiro); ou - Pesquisar uma aspecto da política educacional (estabelecer previamente com a profa.) - Orientações seguirão por e-mail e indicação de site. APS – ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Introdução à disciplina: organização do Estado brasileiro e os três poderes: legislativo, executivo e judiciário. 1ª aula GERAL : Organização e estrutura do Estado sob três aspectos REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO O Brasil adotou a Federação como forma de organização do Estado. Ela é acolhida por países com características políticas bem diversas, mas onde se verificou a necessidade de preservar, ao mesmo tempo, a unidade nacional e as autonomias regionais. A forma federal de organização do Estado é adotada, entre outros países, além do Brasil, pelos Estados Unidos da América, Canadá, México, Argentina, Alemanha, Suíça, Austrália, Índia, Rússia e África do Sul. A Federação é uma aliança de Estados para a formação de um Estado único, em que as unidades federadas preservam autonomia política, enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal. CARACTERÍSTICAS DO ESTADO FEDERAL 1ª) a união faz nascer um novo Estado; 2ª) a base jurídica da Federação é uma Constituição e não um tratado; 3ª) não existe o direito de secessão; 4ª) só o Estado Federal tem soberania, pois as unidades federadas preservam apenas parcela de autonomia política; 5ª) repartição de competências entre a União e as unidades federadas fixada pela própria Constituição; 6ª) renda própria para cada esfera de competência; 7ª) poder político compartilhado pela União e pelas unidades federadas; 8ª) o indivíduo é cidadão do Estado Federal e não da unidade em que nasceu ou reside. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO A divisão depoderes: Poder Legislativo Responsável por elaborar as leis. Além dessa função, compete também ao poder legislativo fiscalizar o Poder Executivo e julgá-lo se necessário, além de julgar também os seus próprios membros. O Poder Legislativo deve ser composto pelos legisladores, ou seja, os homens que elaboram as leis que regulam o Estado e que devem ser obedecidas pelos cidadãos e pelas organizações públicas ou empresas. Poder Executivo Tem a função de executar as leis já existentes e de implementar novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo. Em um país presidencialista como o Brasil, o poder executivo é representado, a nível nacional, pelo Presidente. Poder Judiciário É composto por ministros, desembargadores e juízes, os quais tem a função de julgar, de acordo com as leis criadas pelo Poder Legislativo e de acordo com as regras constitucionais do país. O relacionamento dos três poderes Para que os três poderes possam funcionar bem, eles precisam estar sempre se fiscalizando mutualmente, para que cada um garanta que os outros estão funcionando corretamente. Dessa forma o poder não fica concentrado nas mãos de uma pessoa só, e se torna mais difícil para o Estado tomar decisões que não sejam para o bem da população.
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