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INTRODUÇÃO A Experiência de Hawthorne aconteceu na fábrica da Western Eletric Company à partir de 1927 e foi comandada por Elton Mayo. Seu objetivo era determinar qual a relação existente entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produtividade). A experiência se deu em 4 fases: 1ª fase - estudou-se dois grupos de trabalho em condições iguais; 2ª fase – introdução de variáveis; 3ª fase – programa de entrevistas, buscando conhecer o trabalhador; 4ª fase - Separação de um pequeno grupo experimental para avaliação de sua interferência no comportamento do grupo maior. A experiência de Hawthorne durou até 1932 e abalou sensivelmente a Teoria Clássica até então dominante. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO A Experiência de Hawthorne A experiência de Hawthorne foi realizada em 1927, pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos (National Research Council), em uma fábrica da Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro de Hawthorne e sua finalidade era determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários medida através da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo e colaboradores, e estendeu-se à fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal. Foi realizada em quatro fases: 1ª Fase - Foram estudados dois grupos de trabalho, que operando em condições idênticas, tiveram sua produção constantemente avaliada. Um grupo teve suas condições ambientais mantidas e outro teve sua iluminação intensificada. Nesta fase não foram identificadas variações significativas de produção. Objetivo: conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. Grupo de controle: submetido à uma intensidade constante de iluminação. Grupo experimental: submetido à uma intensidade variável de iluminação. Resultados: Não havia relação entre o grau de iluminosidade e o rendimento dos operários. Identificou-se que a eficiência dos operários é afetada por fatores psicológicos. Inicialmente visto como um fator negativo à eficiência, tentou-se isolar o efeito psicológico da experiência. 2ª Fase - Introdução de novas variáveis (horários de descanso, lanches, reduções no período de trabalho, sistema de pagamento) buscando identificar qual a que mais se relacionava com a produtividade. • Etapas da experiência: 1 Estabelecer a capacidade de produção em condições normais 2.400 unid. 2 Isolamento do grupo experimental na sala de provas. ---- 3 Separação do pagamento por tarefas do grupo experimental. Aumento 4 Intervalos de 5 minutos na manhã e na tarde. Aumento TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 5 Aumento dos intervalos de descanso para 10 minutos. Aumento 6 Três intervalos de 5 minutos pela manhã e o mesmo pela tarde. Manteve-se 7 Retorno a dois intervalos de 10 minutos (manhã + tarde). Aumento 8 Saída do trabalho às 16:30 hs. e não mais às 17:00 hs. Aumento 9 Saída do trabalho às 16:00 horas. Manteve-se 10 Retorno à saída às 17:00 horas. Aumento 11 Semana de 5 dias com sábado livre. Aumento 12 Retorno às condições do 3o. período. Aumento Resultados / Conclusões: Os operários do grupo de observação gostavam de trabalhar na sala de provas, pois não tinha a pressão da supervisão. Trabalhava-se com liberdade; Não havia medo de punição; Houve um desenvolvimento social entre os indivíduos, formando uma equipe; Houve o desenvolvimento de objetivos comuns. 3ª Fase - A partir da diferença de produtividade, do grupo de controle e do grupo de observação, na segunda fase da experiência, e com base nos resultados encontrados, os pesquisadores resolveram alterar o foco das condições físicas do trabalho para enfatizar as relações humanas no trabalho. • Deu-se início à terceira fase da experiência, com o Programa de Entrevistas com os funcionários. • Objetivo: conhecer as atitudes e sentimentos dos funcionários, ouvir suas sugestões. • Resultado: identificou-se a organização informal, onde os operários se unem, havendo uma lealdade entre si. 4ª Fase - Teve como finalidade estudar a ‘organização informal’ dos operários. • Colocou-se o grupo experimental trabalhando em uma sala isolada, mas com as mesmas condições de trabalho do grupo de controle. • Foi colocado um observador (e não supervisor) dentro da sala e um entrevistador fora da sala que entrevistava o grupo experimental. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO • Verificou-se que os operários apresentavam uma uniformidade de sentimentos e solidariedade entre si. As conclusões obtidas por Mayo na experiência em Hawthorne delineou os princípios básicos da Escola das Relações Humanas. 1. O nível de produção é resultado da integração social, e não somente pela capacidade física do empregado, ou de sua capacidade em realizar movimentos eficientes em tempos pré-determinados. 2. Comportamento social dos operários. Os operários não agem como indivíduos, mas como membros de grupos. 3. Recompensas e sanções sociais. Operários que tinham baixo índice de produtividade perderam o respeito dos colegas. A Teoria das Relações Humanas, não considerava o princípio de homo economicus. Para ela, as pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento do grupo. 4. Grupos informais. Nova visão da empresa como uma organização social informal, contrário à visão formal da abordagem clássica. 5. Relações humanas. As relações humanas são desenvolvidas com base no contato entre as pessoas. Os indivíduos querem ajustar-se às demais pessoas do grupo. 6. Importância do conteúdo do cargo. Mayo reparou em seus estudos que a divisão do trabalho e sua especialização não eram seguidos por todos os operários. Alguns trocavam de função entre si para evitar a monotonia do trabalho. 7. Ênfase nos aspectos emocionais. A Teoria das Relações Humanas estudou também os comportamentos ‘irracionais’ e não planejados dos indivíduos. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO CONCLUSÃO Com base em sua experiências em Hawthorne e, a partir de suas conclusões, Mayo e a Teoria das Relações Humanas contribuíram para a Administração nos tópicos: – A eficiência humana é resultado de sua interação social e não dos métodos de trabalho impostos. – A cooperação humana é resultado da moral do indivíduo. – Os métodos de trabalho impostos enfatizam a eficiência da produção e não a cooperação humana. Assim, há um conflito social na civilização industrializada: incompatibilidade entre os objetivos da empresa e os individuais. – A solução é uma administração humanizada, com chefes democráticos e simpáticos com todos os operários. Bibliografia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Hawthorne; http://teoriarelacoeshumanas.blogspot.com.br/2012/11/a-experiencia-de- hawthorne.html; http://www.posgrad.net/2008/03/experincia-de-hawthorne.html
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