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Programa de Educação 
Continuada a Distância 
Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
Curso de Curso de 
Técnicas Posturais Técnicas Posturais 
 
 
 
 
 
Aluno: Aluno: 
 
 
 
EAD - Educação a Distância EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
Técnicas Posturais 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
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MÓDULO I 
 
1 – ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL E PELVE 
1.1 - A COLUNA VERTEBRAL 
1.1.1 - Principais ossos, articulações e acidentes anatômicos; 
1.1.2 – Os movimentos da coluna e sua flexibilidade (mobilidade); 
1.1.3 – Curvaturas fisiológicas e seus eixos; 
1.1.4 – Ligamentos; 
1.2 – MÚSCULOS: 
1.2.1 – O que são cadeias musculares; 
1.2.2 – “Power House” - O Centro de Forças; 
1.2.3 – Origem e Inserção; 
1.2.4 – Tonicidade; 
1.2.5 – Músculos Mono e Poliarticulares; 
1.2.6 – Músculos agonistas, antagonistas e sinérgicos; 
1.2.7 – Músculos Fásicos e Músculos Tônicos; 
1.2.8 – Testes de Força e Encurtamento; 
1.3 – AS FÁSCIAS: 
1.4 – DISCO INTERVERTEBRAL 
1.4.1 – Composição; 
1.4.2 – As Flexões Anteriores da Coluna e suas Conseqüências; 
1.5 – RESPIRAÇÃO 
1.5.1 - O Diafragma; 
1.5.2 – Músculos da Inspiração e Expiração; 
1.5.3 – Lordose Diafragmática; 
1.5.4 - Mecanismo da Respiração; 
1.6 – A ESTÁTICA 
1.6.1 – Centros de Gravidade; 
2 - AVALIAÇÃO POSTURAL 
2.1 – O QUE É POSTURA 
2.2 – A BOA POSTURA 
2.3 – FICHA DE AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
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2.4 – MÉTODOS E MATERIAIS 
2.5 – O QUE É UMA POSTURA ERRADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 – ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL E PELVE 
 
1.1 – A COLUNA VERTEBRAL: 
A coluna vertebral é um empilhamento de ossos constituídos de vértebras 
ligadas entre si por um “bolo” cartilaginoso (o disco intervertebral), formando uma 
nova articulação. Atrás, o arco posterior forma um canal para a medula, protegendo-
a e também apresentando três apófises aonde vão se juntar aos ligamentos e 
músculos. O conjunto é solidificado por muitos ligamentos fortes que vão limitar sua 
flexibilidade e assegurar sua coesão. 
O sistema muscular implantado exclusivamente sobre o arco posterior é 
importante e muito complexo. A camada profunda é composta por vários músculos 
que vão formar um grupo importante no desenvolvimento de um trabalho postural. 
Toda essa construção oferece à coluna mobilidade e força, mas também 
causam certa fragilidade, devido a todos os seus componentes. 
Ela deverá assegurar três funções principais, que deverão se combinar de 
uma maneira permanente: 
• Flexibilidade: para participar do movimento; 
• Apoio: por assegurar a verticalidade e o equilíbrio; 
• Proteção medular: para boa transmissão do sistema nervoso, a fim de 
organizar o funcionamento o mais justo possível. 
A coluna vertebral também o lugar de passagem de todas as linhas de 
força, ela a reduz ou as retransmitem da melhor maneira possível entre o alto e o 
baixo, à direita e a esquerda. Ela serve de apoio aos músculos dos membros, para 
completar sua eficácia. Ela deve ser capaz de se deformar para participar e 
conceder mais amplitude aos movimentos, depois se torna rígida novamente fixando 
as articulações a fim de assegurar sua função de proteção e de ponto de apoio, 
repartindo da melhor maneira as pressões no nível das vértebras, entre os corpos 
(protegendo os discos) à frente e as articulações atrás. 
Quando todo esse “sistema” não funciona adequadamente ocorrem dores 
e lesões. Veremos separadamente todos os sistemas (ósseo, muscular, disco 
intervertebral e ligamentos) para que possamos entender o mecanismo das lesões e 
 
 
 
 
 
 
 
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das técnicas posturais. 
 
1.1.1 - Principais ossos, articulações e acidentes anatômicos: 
A coluna vertebral forma uma haste móvel que constitui, em parte, o 
esqueleto do tronco. Para fins de trabalho postural, é importante considerar o seu 
conjunto com a pelve. Ela apresenta trinta e três ossos denominados vértebras que 
possuem características diferentes de acordo com a região da coluna onde se 
localizam. Com essas diferenças, há uma subdivisão da coluna em regiões, cada 
uma com as suas particularidades, formando as curvaturas fisiológicas que a coluna 
vertebral possui. Podemos classificar essas curvaturas assim (incluindo o número de 
ossos que cada região possui): 
• Região cervical: formada por sete vértebras, a sua curvatura fisiológica 
denomina-se lordose (côncava para trás); 
• Região dorsal ou torácica: formada por doze vértebras sendo a 
maior das curvaturas denominando-se cifose (côncava para frente). Tem ligação 
com as costelas, que se conectam na frente com o osso chamado esterno por 
cartilagens (algumas não se ligam sendo denominadas costelas flutuantes), 
formando a Caixa Torácica, que por sua vez tem papel fundamental na respiração e 
sofre alterações nos desvios posturais; 
• Região lombar: é formada por quatro ou cinco vértebras, sendo as 
maiores em tamanho e largura. A sua curvatura denomina-se lordose (côncava para 
trás); 
• Região sacra: formada por cinco vértebras, são todas fundidas entre si 
formando um único osso; 
• Região coccígea: formada por cinco vértebras também fundidas. 
Algumas pessoas possuem variações anatômicas não possuindo todas as cinco 
vértebras coccígeas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As regiões da coluna e as suas curvaturas. Fonte: Internet – www.sogab.com.br. 
 
De uma vista anterior, as vértebras são cada vez mais volumosas à 
medida que descemos pela coluna. Contam-se as vértebras de cima para baixo e 
são nomeadas por suas iniciais. Por exemplo: 
- C.7: sétima vértebra cervical, 
- T.3: terceira vértebra torácica, 
- L.2: segunda vértebra lombar, 
- S.1: primeira vértebra sacral. 
 
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Número de vértebras de cada região. Fonte: Internet – www.wikipédia.com. br. 
 
As vértebras são mais ou menos visíveis, atenuadas ou acentuadas 
segundo a morfologia das partes moles: gordura e músculos, por exemplo; assim, 
uma pessoa com glúteos maiores pode parecer mais arqueada que uma pessoa 
com glúteos menores, enquantoa radiografia de ambas as pessoas pode ter o 
ângulo de lordose lombar idênticos. 
Cada vértebra apresenta duas partes principais: a anterior, que é maciça e 
chamada de corpo vertebral, e a parte posterior denominada de arco vertebral 
posterior. O corpo é mais ou menos cilíndrico e o arco posterior compreende dois 
pedículos que são implantados atrás do corpo. Duas lâminas se juntam para trás 
simetricamente prolongando-se em uma projeção óssea única denominada processo 
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espinhoso ou espinha. Em cada junção pedículo-laminar produz-se um 
espessamento mais ou menos vertical: os processos articulares. Cada uma possui 
nas suas extremidades (superior e inferior) uma superfície articular cartilaginosa e, 
deste processo articular sai uma projeção lateral chamada processo transverso. O 
arco posterior e a parte de trás do corpo vertebral delimitam o forame vertebral. O 
empilhamento dos forames vertebrais forma uma espécie de tubo ósseo chamado 
canal vertebral por onde passa a medula espinhal. Numa visão de perfil ocorre que a 
cada espaço intervertebral, os pedículos de duas vértebras “empilhadas” formam o 
forame intervertebral, por onde passa cada nervo que sai da medula de uma 
maneira simétrica de cada lado da coluna vertebral. Esses nervos saem da medula 
espinhal e vão dar movimento e sensibilidade aos membros e tronco. 
Os acidentes anatômicos (nome das regiões de cada osso, como 
acabamos de relacionar) são importantes, pois são os principais locais de origem e 
inserção muscular e fixação de ligamentos. 
Veremos separadamente as particularidades das vértebras de cada região 
da coluna vertebral, pois são bem diferentes entre si e isto é que determina as 
diferenças de cada região. 
A coluna cervical forma o esqueleto do pescoço. Subdivide-se em duas 
regiões: a coluna cervical suboccipital (parte atípica), formada pelas duas primeiras 
vértebras, C.1 chamada de Atlas, que se encontra exatamente sob o crânio; e C.2 
chamada de Áxis. Ambas têm um funcionamento específico. A coluna cervical, parte 
típica, formada por C.3 a C.7, possui as mesmas características. 
O corpo da vértebra cervical é pequeno, a espessura dos discos 
intervertebrais é de um terço da espessura do corpo vertebral. Estas duas 
características permitem uma grande mobilidade. A forma retangular dos corpos 
limita um pouco as inclinações laterais. Elas têm como particularidade que as suas 
faces superiores salientam-se dos lados, chamando-se “lábios" (ou uncus) e as 
faces inferiores são incisadas de tal forma que se correspondem. 
Essa forma óssea permite ao mesmo tempo em que a mobilidade, uma 
grande estabilidade. Sendo assim, os corpos estão “calçados” lateralmente. As faces 
superiores destas vértebras são um pouco convexas e inclinadas para frente. As 
faces inferiores são um pouco côncavas e inclinadas para trás. As espinhas têm 
 
 
 
 
 
 
 
comprimentos variados; C.2 e C.7 são longas e as outras bem mais curtas, 
favorecendo o movimento de extensão. 
O processo transverso, (um acidente ósseo das vértebras), nasce de 
duas raízes: uma ao lado do corpo e a outra no pedículo. São largas e limitam pelo 
seu encontro as inclinações laterais. Essas duas raízes delimitam um orifício – o 
forame transversário - e, depois, juntam-se, por fora, formando um pequeno sulco 
por onde passa o nervo espinhal. Os processos transversos cervicais estão 
“furados”, dando passagem (com exceção de C.7), a uma artéria muito importante: a 
artéria vertebral, que irriga em parte o encéfalo. Teremos a importância de um bom 
alinhamento da coluna cervical, pois além do risco de um pinçamento nervoso (de 
raízes nervosas saídas dos forames), há o risco de compressão da artéria, podendo 
haver acidentes vasculares. 
Como processos articulares têm as facetas superiores que se volta para 
cima e para trás, e as facetas inferiores, para baixo e para frente. Posicionam-se em 
um ângulo de 45 graus e, por isso, a inclinação lateral sempre se combina a certa 
rotação: de fato, se olhamos a vértebra de cima, veremos que, do lado da inclinacão, 
a superfície articular se desloca para baixo e um pouco para trás. No lado oposto à 
inclinação, desloca-se para cima e um pouco para frente. A conjunção dos dois 
movimentos produz uma rotação para o lado da inclinação. Resumindo: a mobilidade 
da coluna cervical (parte típica) é importante para a flexão, extensão e rotação, e é 
muito menos importante para a inclinação lateral. 
 
 
Facetas articulares das vértebras. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
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A vértebra e seus acidentes anatômicos. Fonte: Internet - www.sogab.com.br. 
 
 
Canal Medular (acidente anatômico por onde passa a medula espinhal). Fonte: Internet – 
www.fm.usp.br. 
 
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A coluna suboccipital (ou atípica) é a parte mais alta da coluna cervical, 
região na qual são produzidos os movimentos independentes da cabeça, como os 
movimentos de “sim” ou “não” leves. C.1 ou atlas e C.2 ou áxis, têm as suas 
particularidades. O Atlas não tem a forma de uma vértebra, mas sim, de um anel 
ósseo, reforçado por dois maciços colaterais. A parte dianteira constitui o arco 
anterior (pois o Atlas não tem corpo) e a parte traseira constitui o arco posterior. 
Lateralmente as massas laterais encontram-se o processo transverso por onde 
passa a artéria vertebral. 
O anel está dividido em dois, pelo ligamento transverso do Atlas, que se 
fixa no interior das massas laterais. A parte anterior envolve o pivô da vértebra áxis. 
A parte posterior constitui o forame vertebral, por onde passa a medula espinhal. As 
partes de cima e de baixo das massas laterais constituem as superfícies articulares 
pela qual o Atlas se une, em cima, com o occipital e, em baixo, com o áxis. 
O osso occipital faz parte dessa articulação entre Atlas e áxis e fica 
situado na parte de trás da base do crânio, possuindo um forame, que é a 
continuação do canal vertebral, por onde a medula penetra no crânio. De cada lado 
deste forame há uma superfície ovalar, convexa e recoberta por cartilagem, que 
corresponde a uma das massas laterais do Atlas: os côndilos do occipital. Em cima 
de cada massa lateral também há uma superfície ovalar, porém côncava, recoberta 
por cartilagem. Esse conjunto forma um bloco, uma esfera maciça que se articula 
com uma esfera côncava. Isso permite movimentos em todos os sentidos, mas que 
na realidade estão limitados. Assim, os principais movimentos se fazem em flexão e 
extensão (como “sim, sim”) estando fortemente impedidos pelos ligamentos. 
OBS: O Atlas é mantido sob o occipital por uma cápsula bastante frouxa, 
com ligamentos nos quatro pólos: um anterior, um posterior e dois colaterais. Além 
disso, outros ligamentos unem o áxis ao occipital e mantêm, indiretamente, o Atlas 
entre o áxis e o occipital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Basedo osso occipital com a primeira vértebra cervical (C1). Fonte: Internet: 
www.fm.usp.br. 
 
O áxis é a segunda vértebra cervical. Tem uma forma típica de uma 
vértebra cervical e possui duas particularidades ósseas na parte de cima, 
permitindo-lhe articular-se com o Atlas. De cada lado do corpo vertebral há uma 
superfície ovalar convexa que corresponde à parte inferior de uma massa lateral do 
Atlas. Em cima do corpo do áxis há um processo em forma de pivô: é o processo 
odontóide ou “dente” do áxis, que, como um eixo, aloja-se na parte anterior do anel 
do Atlas. Assim, não há disco intervertebral entre C.1 e C.2, mas sim duas 
articulações clássicas. Essas superfícies são convexas tanto no Atlas quanto no 
áxis, não se encaixando, sendo uma dobradiça de mobilidade permanente. 
Existem duas articulações entre o Atlas e o processo odontóide; a primeira 
está entre o Atlas e a face anterior do processo odontóide; e a segunda, entre o 
ligamento transverso do Atlas (que possui uma superfície articular anterior) e a face 
posterior do processo odontóide. 
 
 
 
 
 
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A coluna cervical. Note as duas primeiras vértebras diferentes, atlas e áxis, com o 
processo odontóide. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
 
Vértebra Atlas (C1), E – Forame Transverso, F - Tubérculo Anterior, G – Tubérculo 
Posterior, H – Processo Transverso. 
 
 
 
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Vértebra atlas (C1), vista posterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
 
Vértebra áxis (C2), vista anterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
 
Vértebra áxis (C2), vista posterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
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Articulação atlas e áxis (C1-C2). Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
Os ligamentos que unem o áxis e o atlas são atlantoaxial anterior e 
posterior; e o áxis ao occipital são o occipitoaxial e o occipitodontóide ou “suspensor 
do dente”. 
A coluna torácica é formada por doze vértebras onde a espessura do 
disco é aproximadamente um sexto do corpo, ou seja, fino, o que limita em muito, a 
sua mobilidade. O corpo vertebral é cilíndrico, de corte circular. Nas faces laterais 
dos corpos vertebrais encontram-se superfícies articulares onde se articulam as 
costelas, estando: 
• Uma em cima e outra em baixo, de T.2 a T.9; 
• Uma no meio e outra embaixo na vértebra T.1; 
• E apenas uma nas vértebras T.11 e T.12. 
A superfície dos processos articulares é arredondada e plana; as 
superiores se voltam para trás (um pouco para cima e lateralmente); as inferiores se 
voltam para frente (um pouco para baixo e medialmente). 
São essas vértebras inferiores que permitem os movimentos de flexão, 
extensão e inclinação lateral. As vértebras torácicas (muitas vezes chamadas de 
dorsais) possuem facetas articulares que estão situadas sobre acurva de um mesmo 
círculo, cujo centro seria do corpo vertebral, o que permite e favorece as rotações. 
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As lâminas das vértebras são achatadas e retangulares, mais altas do que 
largas e sobrepõem-se como se fossem as telhas de um telhado. Seus processos 
espinhosos são alongados, muito oblíquos para baixo, com exceção de T.11 e T.12, 
limitando a hiperextensão de coluna, pois se encontram posteriormente. Os 
processos transversos têm comprimentos desiguais, sendo mais longos nas 
torácicas altas do que nas baixas. Em sua face anterior está uma superfície que 
corresponde a uma costela (novamente, exceto em T.11 e T.12). 
Em relação a sua mobilidade, na coluna torácica todos os movimentos são 
possíveis, mas um pouco limitados pela caixa torácica, que se fixa nas vértebras. 
Isso se vê principalmente nas vértebras de T.1 a T.7 (região situada entre as 
escápulas), cujas costelas estão unidas quase diretamente na frente ao esterno, por 
meio de uma cartilagem. As vértebras de T.8 a T.10 sustentam as ‘’costelas falsas’’, 
que são mais livres na frente. Sua ligação com o esterno se realiza através de uma 
cartilagem mais comprida, que, por sua vez, está unida à cartilagem da sétima 
costela. E, por final, as vértebras T.11 e T.12 sustentam as costelas “flutuantes”, não 
unidas com o esterno. Essa região se parece muito a uma dobradiça com grande 
mobilidade. 
Veja abaixo a diferença anatômica da vértebra torácica. 
 
 
Vértebra torácica. Fonte: Internet – www.wikipédia.com. br. 
 
 
 
 
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A vértebra torácica com seus acidentes anatômicos. Fonte: Internet - www.sogab.com.br. 
 
A coluna lombar tem um disco espesso, de um terço do corpo, o que 
constitui um fator de mobilidade. Os corpos são volumosos, de corte ovalar e 
côncavos para trás. Os processos transversos são longos (chamados de 
“costiformes”) e nas suas extremidades encontram-se um tubérculo. Os processos 
articulares ultrapassam o comprimento do corpo da vértebra em cima e embaixo, 
com uma parte central reduzida: o istmo. Em cima, eles têm a forma de uma 
cavidade cilíndrica voltada medialmente e um pouco para trás; em baixo, a forma de 
um cilindro maciço voltado lateralmente e um pouco para frente. As superfícies 
articulares são verticais e bastante sagitais (ou seja, as lombares superiores são 
cada vez mais frontais indo para as lombares inferiores, e totalmente frontais na 
junção lombossacral). As espinhas das vértebras são curtas e maciças, permitindo 
uma boa amplitude de extensão. 
Resumindo: a coluna lombar permite boa amplitude em flexo-extensão, em 
inclinação lateral e pouca mobilidade em rotação. 
 
 
 
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Diferença anatômica da vértebra lombar. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
A junção lombossacral tem uma característica particular: a base do 
sacro está inclinada para frente, havendo grandes variações de ângulos de um 
indivíduo para outro, e isto é mais marcado na postura ereta, onde a articulação está 
submetida a um grande esforço de abertura pelo peso corporal sobreposto. O corpo 
de L.5 e o disco L.5/S.1 são um pouco menos altos atrás do que na frente. Este 
conjunto está disposto em forma de curva, sendo côncava para trás. As superfícies 
dos processos articulares estão em plano quase frontal. Esta junção está reforçada 
fortemente por pelos ligamentos iliolombar e sacrolombar. 
 
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A região lombossacra e seu posicionamento. Fonte: Internet – www.wikipédia.com. br 
 
A pelve ou cintura pélvica é um anel ósseo formado principalmente por 
três elementos: o sacro atrás, e os dois ossos ilíacos (bem como o cóccix). 
“Se acrescentarmos os músculos que ocupam a base doanel (músculos 
do assoalho pélvico), o conjunto tem realmente a forma de uma bacia, que suporta o 
tronco e o peso da parte superior do corpo. Também é o lugar pelos quais os 
fêmures se articulam com o tronco; a pelve é deste modo, um elemento de 
transmissão de pressões devidas ao peso do corpo e contrapressões vindas do solo 
através dos membros inferiores”. 
 
 
 
 
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Pelve vista anterior Pelve vista superior. Fonte: Atlas de 
anatomia SOBOTTA. 
 
O ilíaco é um osso plano cujas duas partes (superior e inferior) estão em 
torção uma sobre a outra. No indivíduo adulto é constituído pela fusão de três ossos 
primitivos: ílio, ísquio e púbis. Eles unem-se através de uma cartilagem em forma de 
Y, centrada no acetábulo. Descrevemos-lhe duas faces (medial e lateral) e quatro 
bordas (superior, inferior, anterior e posterior). 
A articulação que está entre os dois púbis se chama sínfise púbica. Entre 
as duas superfícies existe uma fibrocartilagem em forma de cunha, aderida às 
facetas articulares. O conjunto está recoberto por um manguito fibroso, reforçado por 
quatro ligamentos. É uma articulação pouco móvel, só permitindo pequenos 
movimentos de deslizamento. Distende-se na hora do parto, aumentando o espaço 
pélvico. 
A forma e as proporções da pelve variam de uma pessoa para outra 
(independentemente de patologias). A pelve do homem é diferente da pelve da 
mulher. A pelve masculina é mais estreita e a feminina é mais larga. Os estreitos 
superiores e inferior são mais amplos. Essas diferenças estão relacionadas com o 
papel que desempenha a pelve da mulher na gestação e no parto. 
O sacro é um osso mediano e posterior da pelve, situado entre os dois 
ilíacos. Tem forma triangular e é formado pela fusão de cinco vértebras, porém 
individualizáveis. A sua face pélvica é côncava e no centro podemos ver a forma dos 
corpos vertebrais, separados por linhas transversas, que representam os discos. A 
parte mais alta salienta-se para dentro da pelve: é o promontório sacro. 
Lateralmente, há os forames sacrais pélvicos, que se prolongam para fora por meio 
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de sulcos. Deles emergem os ramos anteriores dos nervos sacrais. A face superior 
apresenta no centro o platô sacral (ou base do sacro), sobre o qual repousa o disco 
L5/S1 e a quinta vértebra lombar. Atrás do platô encontra-se o canal sacral que é 
continuação do canal vertebral e, lateralmente, temos as asas do sacro. 
A face dorsal do sacro é convexa da linha mediana para fora, 
bilateralmente, encontram-se a crista mediana do sacro (fusão das espinhas); em 
seguida, o sulco sacral (fusão das lâminas); depois, a crista intermediária do sacro 
(fusão dos processos articulares). Mais lateralmente, os forames sacrais dorsais, de 
onde emergem os ramos posteriores dos nervos sacrais; e, para finalizar, a crista 
lateral do sacro (fusão dos processos transversos). 
A face lateral em um pouco triangular. Nela há uma superfície articular em 
forma de “meia-lua”, um pouco côncava: a faceta auricular ou aurículo do sacro. 
 
 
Osso sacro, vista anterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
 
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Osso sacro, vista posterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
 
Osso sacro, vista lateral. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
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O cóccix é um pequeno osso triangular, resultado da fusão de três a cinco 
vértebras, porém não reconhecíveis. O cóccix se articula com o sacro por meio de 
uma superfície ovalada, sendo mantido por uma cápsula e por ligamentos (esta 
articulação encontra-se normalmente soldada). 
 
 
Osso cóccix, vista anterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
 
Osso cóccix, vista posterior. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
A articulação sacro-ilíaco põe em contato a face auricular do ilíaco com a 
faceta auricular do sacro. A faceta auricular do sacro é ligeiramente côncava, ao 
passo que a face auricular do ilíaco é ligeiramente convexa, sobretudo nas suas 
partes inferiores. 
 
1.1.2 – Os movimentos da coluna e sua flexibilidade (mobilidade): 
Graças à mobilidade da coluna vertebral, o tronco pode realizar 
movimentos nos três planos: 
• Para frente e para trás (frontal): flexão e extensão; 
• De lado (sagital): inclinação lateral; 
• Girando sobre si próprio (lateral): rotação. 
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OBS: Como visto anteriormente, esses movimentos não têm a mesma 
amplitude em todos os níveis vertebrais, dependendo de diversos fatores que variam 
segundo o nível: a forma das vértebras; a altura dos discos em relação à altura dos 
corpos (quanto mais os discos são espessos, maior é a mobilidade); a presença das 
costelas (na região torácica, limitando a mobilidade). 
Todos esses movimentos podem combinar-se, por exemplo: rotação, 
extensão e inclinação lateral do pescoço. 
Na criança, a flexibilidade é geralmente grande, podendo-se fazer 
manutenção disto durante a vida. Ë útil manter a mobilidade durante a vida, mas 
devem-se evitar alongamentos excessivos, pois a amplitude máxima é realizada por 
um movimento que coloca a coluna em grande instabilidade. 
Existem zonas de hipermobilidade da coluna (zonas de articulação em 
dobradiça), onde se passa de um tipo de vértebra a outro: 
• Articulação em dobradiça C.1- occipital: (cabeça – atlas primeira 
dobradiça vertebral), mobilidade em flexo-extensão; 
• Articulação C.1- C.2: quer dizer atlas – áxis, hipermobilidade em 
rotação; 
• Articulação em dobradiça cérvico-dorsal: hipermóvel em flexão. 
Passa-se sobre um nível de uma região pouco móvel em flexão (a região dorsal) 
para uma região hipermóvel, ou seja, a cervical; 
• Articulação em dobradiço dorso-lombar: hipermóvel em flexão (é 
freqüente neste local que a coluna começa a se curvar para frente); em inclinação 
lateral e em rotação, em nível de T.11 – T.12 (atenção, durante os movimentos de 
rotação forçada ou de rotação rápida, o disco neste nível possui o risco de ser hiper-
solicitado. É a primeira dobradiça rotatória a partir da região baixa da coluna); 
• Articulação em dobradiça sacro-lombar: hipermóvel em extensão 
(sendo esta que “forçará”, portanto, as curvaturas). 
Entre estas áreas articulares em dobradiça, há outras regiões da coluna 
que também possuem particularidades da mobilidade: 
 
 
 
 
 
 
 
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• A região cervical é hipermóvel em quase todos os planos e vemos que 
a rigidez de pescoço ou o limite de movimentos nesta região é freqüentemente de 
origem muscular; 
• A região torácica é propíciapara flexão anterior, limitada principalmente 
na sua parte alta pela presença das costelas que limitam toda a amplitude de 
movimentos; 
• A região lombar é, sobretudo, usada para a realização da flexão 
posterior, ou seja, extensão. 
A coluna cervical superior tem como função o equilíbrio vertical da cabeça 
durante os movimentos do corpo. Para preenchê-la, ela deve permanecer livre. A 
coluna cervical inferior tem como função os deslocamentos da cabeça e a orientação 
do olhar que comanda todos os nossos gestos. 
A região lombar tem como função a sustentação do peso. 
Todas as compensações de movimento entre as colunas lombar e cervical 
ocorrem na região dorsal, sejam elas estáticas ou dinâmicas. 
 
1.1.3 – Curvaturas fisiológicas e seus eixos: 
Numa vista posterior, a coluna normal é vertical, mas lateralmente, ela 
apresenta curvaturas fisiológica anterior e posterior, que aumentam sua resistência à 
compressão axial. No nascimento, a coluna vertebral apresenta uma curva única, de 
convexidade posterior. Quando a criança eleva a cabeça a partir da posição prona e 
desenvolve a capacidade de sentar, a coluna cervical torna-se convexa 
anteriormente. Conforme a evolução, a criança consegue permanecer na postura 
ereta e caminhar, as vértebras lombares desenvolvem uma convexidade anterior, 
devido à tensão muscular do músculo chamado psoas. Mais ou menos, aos 10 anos 
de idade as curvas fisiológicas já estão iguais às encontradas no adulto, com três 
curvaturas: cervical (concavidade posterior - lordose), torácica (convexidade 
posterior - cifose) e lombar (concavidade posterior - lordose). O centro de gravidade 
da cabeça e segmentos subseqüentes recai sobre o lado côncavo de todas as 
curvas. O plano inclinado do sacro na posição ereta está a aproximadamente 30 
graus na horizontal. 
 
 
 
 
 
 
 
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A curvatura lombar é a disposição particular dos ossos da região lombar, 
que faz com que a coluna seja côncava nesta região, sendo denominada de lordose 
lombar. É necessário distinguir a curvatura óssea que faz com que as vértebras 
estejam efetivamente em lordose (não se confundindo com anteversão da pelve), e a 
visão exterior desta região, que nem sempre está em correspondência com esta 
linha óssea. Um indivíduo que possua abdômen e glúteos avantajados apresentará 
maior curvatura. 
A curvatura está ligada a diversos fatores como: 
• Construção dos ossos em curvatura; 
• Proporções corporais; 
• Posição da bacia; 
• Trações musculares; 
• Psicológico. 
Entretanto, os próprios ossos são construídos e dispostos em curva; no 
quadril verificamos que o sacro possui um posicionamento “deslocado 
anteriormente” como qualquer pessoa que se desloca anteriormente sobre um 
balcão. É o que chamamos de nutação sacra, onde a parte superior do sacro (platô 
do sacro), não é horizontal, mas oblíqua. Posteriormente posicionado sobre este 
platô do sacro, encontramos o primeiro disco intervertebral e a primeira vértebra 
(partindo-se de baixo para cima), ou seja, L.5. Essas duas peças são mais espessas 
anteriormente do que posteriormente. Então temos que o início da linha vertical da 
coluna é uma curvatura vertendo para trás. 
Posteriormente, mais alta, a curvatura inverte sua curva progressivamente 
sobre todo o nível lombar, sobre toda a sua extensão, algumas vezes mais alto. 
Cada pessoa possui sua maneira de inverter a curvatura ligada a numerosos fatores, 
sendo um deles o posicionamento do centro de gravidade no polígono de 
sustentação. Tende-se a se posicionar um pouco à frente da lordose, a vértebra 
situada ao nível do centro da gravidade, a fim de que esta se projete acima do 
polígono de sustentação. Assim, para uma mesma altura, uma pessoa com 
membros inferiores curtos e troncos longo possuíra o centro de gravidade situado ao 
 
 
 
 
 
 
 
nível das vértebras mais altas do que na pessoa com tronco curto e membros 
inferiores longos, moldando a sua lordose de uma maneira diferente. 
Como já comentado, a curvatura se altera em função da posição da bacia. 
Uma anteversão da bacia (báscula sobre os fêmures para frente) causa uma lordose 
lombar, ao passo que uma retroversão (báscula da bacia para trás) leva ao 
desaparecimento da lordose lombar. 
 
 
Anteversão de pelve (quadril para frente) Retroversão de pelve (quadril para trás) 
 
Na posição ereta, a anteversão é freqüentemente causada por um 
encurtamento dos ligamentos ou músculos anteriores do quadril. Estes são flexores, 
que levam ao surgimento de uma lordose acima (ou um flexo do joelho abaixo, ou 
dos dois juntos). 
OBS: Este é o tipo que deve ser corrigido, pois não é uma curvatura 
adquirida. Aqui o problema não é lombar, e sim nos músculos do quadril. 
No entanto, devemos lembrar que a lordose é uma das três curvas 
fisiológicas da coluna vertebral, que é moldada com ondulações curvas que 
possuem um interesse primordial de amortecimento das pressões verticais. Sendo 
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assim, a lordose é uma necessidade, se a mesma tem uma posição adotada e não é 
uma conseqüência de encurtamentos. Para se manter nesta posição, precisa de 
suporte importante feito pelo sistema osteo-ligamentar. 
Na coluna torácica (ou dorsal), há um jogo das vértebras indissociável 
das costelas. A mobilidade intervertebral é muito reduzida no alto da região pela 
presença das sete primeiras costelas, ligadas anteriormente ao esterno. Esta 
limitação diminui em seqüência, permitindo à região dorsal baixa permanecer 
hipermóvel, onde as últimas costelas flutuantes. 
Quanto à mobilidade das costelas, elas colocam em jogo suas articulações 
com as vértebras posteriormente, e a junção anteriormente com as cartilagens 
costais, e estas em junção com o esterno. 
A região cervical é freqüentemente descrita “lordosada” como a região 
lombar. 
Há uma fisiologia entre as duas colunas; a superior e a inferior, que se 
completam com perfeição nos movimentos ativos. Anteflexão, que começa em cima, 
inicia-se por uma extensão occipital que faz o queixo entrar e depois enrola a coluna 
inferior em extensão. A póstero-flexão, que começa embaixo, desenrola a coluna 
cervical inferior em flexão, depois termina por uma flexão occipital que báscula a 
cabeça para trás. 
Os movimentos das duas colunas são sempre capazes de dissociarem-se: 
uma anteflexão ou uma póstero-flexão da coluna cervical inferior pode, para garantir 
a horizontalidade do olhar, associar-se a uma flexão ou a uma extensão occipitais. 
A coluna cervical deve permanecer livre e, nos gestos da vida diária, todo 
conjunto cervical deve manter sua mobilidade. Por isso, pode manter uma posição 
fixa apenas por curtos instantes. 
Todas as compensações das posições da cabeça e da coluna cervical, 
sejam elas estáticas ou dinâmicas, ocorrem na região da coluna dorsal em sistema 
descendente, ou seja, em uma anteflexão, a porção dorsal alta deve entrar em 
extensão para que a horizontalidade do olhar. 
É importante estarmos salientando os valores de referência dos ângulos 
normais da coluna, pois a partir destes é que podemos identificar o tamanho de um 
desvio postural. São eles: 
 
 
 
 
 
 
 
• Cifose dorsal: 19 a 33 graus;• Lordose lombar: 25 até 42 graus; 
• Ferguson (curvatura lombossacra): 45 até 61 graus. 
 
 
Ângulo de Ferguson (lombossacro). Fonte: Internet – www.wgate.com.br. 
 
1.1.4 – Ligamentos: 
Um ligamento é uma banda de tecido fibroso que se une aos dois ossos 
adjacentes. Normalmente é um espessamento da cápsula, mas também pode estar 
dentro ou fora desta. 
Como a cápsula articular, os ligamentos têm um papel mecânico 
importante de manter a articulação; trata-se de um papel passivo, pois não tem 
como os músculos, a possibilidade de se contraírem. Por esta razão, são 
inextensíveis; porém são colocados sob tensão por determinadas posições da 
articulação e relaxados por outras. 
Os ligamentos são muito ricos em receptores nervosos sensitivos, que 
percebem a velocidade, o movimento, a posição da articulação e eventuais 
estiramentos e dores. Eles transmitem permanentemente tais informações ao 
cérebro, que responde com ordens motoras aos músculos. É isto que chamamos de 
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sensibilidade proprioceptiva. Apesar desse dispositivo, um movimento excessivo 
da articulação pode produzir um estiramento ligamentar, que ocasiona distensão ou 
ruptura (como nos casos de entorse). 
Os principais ligamentos que devemos conhecer estão sendo citados nos 
tópicos de anatomia. 
 
 
Ligamento flavo. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
Ligamento Longitudinal Posterior e Ligamentos Inter e Supra-espinhal. Fonte: Internet – 
www.fm.usp.br. 
 
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1.2 – MÚSCULOS: 
O que denominamos músculo é constituído na realidade por dois 
elementos: o sistema aponeurótico, que reúne os segmentos e os elementos 
contráteis que permitem a esse sistema fibro-elástico exercer tensão sobre tais 
segmentos, para movê-los ou controlar seus movimentos. 
A noção de cadeias musculares, ponto fundamental para nossos estudos 
sobre técnicas posturais, abalou os princípios da atividade muscular. 
Alguns pesquisadores tentam explicar a estática por meio de cadeias 
musculares tônicas, mas essa idéia deve ser abandonada. O tônus postural é uma 
organização segmentar ascendente. É praticamente inexistente no nascimento e 
instala-se de forma progressiva de acordo com as necessidades ao lado da lombar 
na estática. No entanto, o tônus postural é uma função adquirida. Não existe cadeia 
muscular tônica. Cada espécie poderia dizer que cada indivíduo tem sua 
organização. De acordo com as necessidades da estática, cada segmento equilibra-
se sobre o segmento inferior. 
 
1.2.1 – O que são cadeias musculares: 
Todos os nossos músculos são indiretamente ligados uns aos outros por 
forma de cadeias musculares que vão ser a passagem das linhas de força que 
percorrem o nosso corpo, fazendo-o reagir de uma extremidade à outra. Toda 
atividade dentro de uma parte do corpo terá repercussões no todo. É por isso que 
temos que ter uma atenção especial nas extremidades, que são a expressão das 
compensações corporais. Desse modo, a modificação da posição delas permitirá 
buscar uma maior tensão e de assegurar as múltiplas variantes aos exercícios. 
Nossos grupos musculares são pluriarticulares, na maior parte, e 
acavalam-se uns nos outros, constituindo assim cadeias musculares. Como 
exemplo, podemos falar assim: numa fila de pessoas de mãos dadas, se uma delas 
tropeça, seu desequilíbrio se transmitirá às outras. Da mesma forma, qualquer 
tração efetuada em uma extremidade de uma cadeia muscular se traduz 
imediatamente por uma compensação em um ponto qualquer da cadeia. Colocando 
isso no nível do nosso corpo, colocamos como exemplo os músculos espinhais; uma 
tentativa de alongamento da nuca traduz-se por uma agravação da lordose lombar 
 
 
 
 
 
 
 
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ou por uma diminuição da cifose torácica. Da mesma forma, uma correção da 
lordose lombar “achata” a nuca e acarreta uma flexão do quadril. 
Resumindo, são músculos que exercem a mesma função, tendo muita 
influência nas alterações posturais. Podem ser estáticas ou dinâmicas e dividem-se 
em grupos: 
• Cadeia Mestra Anterior: é subdividida em quatro cadeias menores – a 
inspiratória, antero-interna do ombro, anterior do braço e antero-interna do quadril. É 
composta pelos seguintes músculos: escalenos, intercostais, diafragma e seus 
pilares, psoas, adutores pubianos (pectíneo, adutor curto, adutor longo, reto interno 
e pequena porção do adutor magno), músculos anteriores da perna, peitoral menor, 
subescapular e coracobraquial. 
Obs.: A retração desses músculos causa projeção da cabeça para frente, 
dorso curvo, enrolamento dos ombros para frente, joelhos em valgo, pés planos, 
tórax elevado, rotação interna do braço e hiperlordose lombar. Também ocorre o 
desabamento do arco plantar. 
• Cadeia Mestra Posterior: também subdividida em quatro cadeias 
menores – póstero superior, póstero inferior, superior do ombro e superior lateral do 
quadril. Os músculos que a compõem são: músculos da planta dos pés, bíceps, 
ísquios tibiais, pélvico-trocanterianos, glúteos, espinhais, fáscia lata, tibiais anteriores 
e posterior. 
Obs.: A retração desses músculos causa dorso plano, projeta o tronco 
para frente, nuca ou região lombar escavada, genu varo, pés cavos, retração 
muscular do posterior da coxa e retificação das curvaturas da coluna. 
No entanto, os praticantes do RPG consideram outra cadeia mais ampla, 
que engloba todos os músculos que passam pelas três curvaturas principais da 
coluna. Trata-se da Cadeia Cérvico-tóraco-abdominopélvica. No pescoço, ela 
começa pela aponeurose profunda ou pré-vertebral, as aponeuroses intra e peri-
faringianas que se tornam mais abaixo as bainhas vasculares e viscerais, a 
aponeurose média. Todas essas formações ligam-se à base do crânio. Na caixa 
torácica, a aponeurose pré-vertebral prolonga-se pelo reforço posterior da fáscia 
endocárdica. Por meio de todo esse conjunto aponeurótico, fascial e ligamentar, o 
 
 
 
 
 
 
 
diafragma encontra-se de certa forma suspenso a base do crânio e à coluna 
cervicodorsal até T4. Os autores comparam o corpo humano a uma marionete cuja 
fáscia são os fios que a fazem moverem-se. Nada representa melhor essa imagem 
do que a cadeia cérvico-tóraco-abdominopélvica. Ela seria a cadeia central de 
suspensão na qual se ligam os quatro membros. 
 
1.2.2 – “Power House” - O Centro de Forças: 
Power House, ou Cilindro Tridimensional, é um termo muito utilizado na 
técnica Pilates, que será abordado no último capítulo. É a parte mais importante do 
corpo, sendo a área entre a base da sua caixa torácica e a linha que vai de um 
quadril ao outro. 
Fortalecer este Cilindro é o objetivo maior do Pilates. 
 
Fonte: CD curso de Pilates na Bola do IBRATE escola. 
 
 
 
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Composto por quatro músculos. São eles: 
• Transverso do abdômen: tem a função de estabilizar as vértebras 
lombares. É um músculo involuntário; 
• Períneo: músculo do assoalho pélvico, fazendo sustentação visceral, 
causando uma pressão positiva. É neurologicamente coligado ao transverso do 
abdômen. Suas ações são diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior a 
pressão intra-abdominal, maior a estabilização lombar; 
• Multífidos: tratam-se de músculos bem internos da coluna com função 
estabilizadora. Fazem a flexão lateral da coluna e rotação lateral do tronco, também 
sendo auxiliar na extensão; 
• Diafragma: tem a forma de cúpula. Na inspiração, ele aplaina para 
expansão da caixa torácica (quando a respiração é mais anatômica possível, ou 
seja, sem protusão abdominal). Como ele tem inserções nas vértebras lombares, 
também possui a função de estabilização da coluna. 
Alguns outros músculos são importantes para ajudar a power house. São 
eles: 
• Paravertebrais: são motores primários da extensão; 
• Intertransversários: situado entre os processos transversos 
(promovendo a flexão lateral), e entre os processos espinhosos (auxiliar na 
extensão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo da Power House: Períneo. Fonte: Atlas de Anatomia Humana SOBOTTA. 
 
 
 
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Músculos da Power House Fonte: Atlas de Anatomia SOBOTTA. 
 
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Músculo da Power House: Multífidos. Fonte: Atlas de Anatomia Humana SOBOTTA. 
 
 
 
 
 
 
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1.2.3 – Origem e Inserção: 
Estes termos referem-se aos locais onde os músculos nascem e onde eles 
se fixam. Estes pontos de fixação em ossos e/ou estruturas anatômicas é que vão 
determinar a ação do músculo, ou seja, a sua função no corpo, pois estas fixações 
são os pontos fixos de alavanca para a realização de certa ação muscular. 
Fica difícil determinar exatamente qual é a verdadeira origem e qual é a 
inserção, pois isto não interfere na sua ação. A determinação destes pontos também 
é importante para a realização das provas de comprimento e força musculares. 
Exemplo: Músculo Reto Abdominal: 
Origem: Crista e sínfise púbicas. 
Inserção: Cartilagens costais da quinta, sexta e sétima costelas e 
processo xifóide do osso esterno. 
Direção das fibras: Vertical. 
Ação: Flexiona a coluna vertebral aproximando o tórax da pelve, e vice-
versa (sendo um exemplo que tanto a origem pode ser a inserção, como o contrário 
também é verdadeiro). 
 
1.2.4 – Tonicidade: 
É uma propriedade do músculo. Toda a fisiologia do tônus é inconsciente 
e escapa totalmente do controle voluntário. 
O tônus antigravitacional é o bem mais conhecido. Trata-se do tônus que 
poderíamos denominar de proprioceptivos. Na realidade encontra-se sob a 
dependência dos proprioceptores: fusos e reflexos miotáticos, labirínticos e sistema 
vestibular, articulares, musculares, etc. A ele devemos à manutenção da posição 
ereta; a suspensão dos segmentos pendulares; as reações de adaptação estática e 
adaptação às mudanças de posição e às reações inconscientes de equilíbrio. É com 
esse tônus antigravitacional que se relacionam todos os músculos que classificamos 
na categoria tônica. 
 
1.2.5 – Músculos Mono e Poliarticulares: 
De acordo com o fato de cruzar entre suas inserções superior e inferior 
uma ou várias articulações, o músculo é dito mono ou poliarticular. 
 
 
 
 
 
 
 
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Os músculos monoarticulares cruzam apenas uma articulação. Uma 
inserção fixa e uma inserção móvel constitui os extensores, os flexores, os adutores, 
os abdutores ou os rotadores de acordo com o sentido para o qual o segmento 
móvel é levado. 
Os músculos poliarticulares cruzam várias articulações. A situação 
poliarticular desses músculos tem duas razões mecânicas: são músculos da 
dinâmica encarregados de movimentos de grandes amplitudes. Tanto para o 
encurtamento contrátil quanto para o alongamento elástico é indispensável que 
sejam constituídos de fibras longas. Essa necessidade de um comprimento 
correspondendo a uma amplitude de movimento faz com que sua inserção superior 
deva ser distante. A segunda razão é o fato de que essa inserção distanciada, em 
geral sobre um osso volumoso ou um osso saliente, dê as fibras um ângulo de ação 
que uma inserção sobre a diáfise não permitiria. Essas são as únicas causas para a 
situação poliarticular. 
Uma segunda organização muscular persegue o mesmo objetivo: a dos 
vastos. A amplitude articular muito grande para comprimento das fibras é garantida 
por dois músculos paralelos que se sucedem. O vasto externo começa o movimento, 
o interno o termina. 
Na região dos músculos tônicos, a necessidade poliarticular é outra. São 
músculos de freio, de manutenção estática. Não é seu poder contráctil que domina, 
mas sua elasticidade. Tal qual um reto anterior, são constituídos por aponeuroses, 
entre as quais se intercalam curtas fibras musculares. Devem-se poder alongar-se 
passivamente nos movimentos dinâmicos (inervação recíproca). 
 
1.2.6 – Músculos agonistas, antagonistas e sinérgicos: 
Dois músculos são ditos agonistas quando concorrem para uma mesma 
função. São ditas antagonistas quando são de funções opostas. 
Esta afirmação é simples, mas o sistema muscular é mais complexo do 
que isto: se a contração do flexor fizesse a flexão e a do extensor fizesse a da pura 
extensão e etc. Esses movimentos seriam sempre realizados em suas amplitudes 
máximas e em um único plano, sendo assim inúteis na vida diária. Os gestos 
funcionais são feitos por sutilezas articulares; ou seja, X graus de flexão aliam-se à X 
 
 
 
 
 
 
 
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graus de abdução, etc. Ao lado do sistema puramente motor, encontra-se um 
sistema regulador que freia, limita, orienta, controla; resumindo, harmoniza o 
movimento. Esse sistema é denominado sinergia muscular. 
Na região de cada eixo articular, dois movimentos são possíveis em 
direções diametralmente opostas: a flexão ou a extensão, a abdução ou a adução, a 
rotação interna ou externa. Existem assim, dois grupos musculares em oposição 
aparente. É desse antagonismo que se origina a regulação do movimento. Um grupo 
realiza o movimento, o antagonismo o controla: seja para frear sua violência, seja 
para limitar a velocidade, seja regular a amplitude, seja para conferir grande 
precisão. No entanto, esse controle não se limita ao sistema antagonista. Esse 
sistema intervém por intermédio de músculos laterais para dirigir o movimento, ou 
por músculos antifuncionais para limitar a ação. 
Não existem músculos antagonistas, mas sim complementares. 
“Dois músculos são sinérgicos quando, inicialmente de funções diferentes, 
aliam-se para um objetivo comum.”O músculo sinérgico de um outro raramente é seu agonista. Não há 
músculo de função única. Todos apresentam em seu vetor de tração uma 
obliqüidade que faz com que seja um flexor e rotador interno, e outro flexor e rotador 
externo. 
 “Na fisiologia muscular, não existe ação muscular isolada, existem apenas 
sinergias.” 
 
1.2.7 – Músculos Fásicos e Músculos Tônicos: 
Cada músculo tem uma função própria diferente de seu aparente agonista 
e é única. O braquial é tônico e suspende o antebraço em leve flexão nas posições 
de “braço solto”. O bíceps é supinador e flexor do antebraço. Não existe agonismo 
entre esses dois músculos. Um entra em contração reflexa por estiramento quando a 
articulação se abre, e o outro por estímulo direto para fechá-la. 
A fisiologia muscular utiliza dois tipos de unidades motoras totalmente 
diversas. As unidades fásicas ou dinâmicas são constituídas por fibras longas; já as 
unidades motoras tônicas são constituídas por fibras curtas. 
 
 
 
 
 
 
 
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Ranvier foi quem classificou as fibras musculares em fásicas rosas ou 
pálidas e em fibras tônicas vermelhas ou escuras. Diferenciou-se em três tipos de 
fibras musculares: 
• Fibras FF (Fast Fatigable): são fibras pálidas de contração rápida, de 
tensão tetânica de valor elevado, de velocidade de condução rápida, tendo pouca 
resistência à fadiga; 
• Fibras S (Slow): são fibras vermelhas de contração lenta, de tensão 
tetânica de baixo valor, de velocidade de contração lenta, apresentando grande 
resistência à fadiga; 
• Fibras FR (Fast Resistent): muito mais rara, é um tipo intermediário. 
Suas fibras são mais rápidas que as fibras S, mais resistentes que as fibras FF. 
É importante saber da fisiologia muscular que há uma função dinâmica, a 
das unidades motoras fásicas, e há uma função estática, das unidades motoras 
tônicas. Cada músculo tem uma função dominante; essa função dominante é a que 
deve ser considerada em uma abordagem fisiológica. 
Certos músculos podem ser considerados inteiramente dinâmicos, sendo 
os grandes músculos do movimento, em geral, dos membros. Suas poucas unidades 
tônicas preparam o músculo para uma contração rápida, pelo seu tensionamento 
permanente. Já outros músculos são praticamente tônicos por completo, sendo os 
antigravitacionais que lutam contra a gravidade (mais importantes o desenvolvimento 
de encurtamentos nos desvios posturais); são músculos de fibras musculares curtas. 
E, por fim, a terceira categoria engloba os músculos do tronco e da cintura. Para 
níveis de estudo, esses são enquadrados nos músculos dinâmicos. 
 
1.2.8 – Testes de Força e Encurtamento: 
As provas de comprimento muscular são realizadas com o objetivo de 
determinar se a amplitude de comprimento muscular está normal, limitada ou 
excessiva. Os músculos que apresentam comprimento excessivo são geralmente 
fracos e permitem encurtamento adaptativo dos músculos opositores; já os músculos 
que são curtos demais são geralmente fortes e mantêm os músculos opositores em 
posição alongada. Esta prova consiste de movimentos que aumentam a distância 
 
 
 
 
 
 
 
entre origem e inserção, alongando os músculos em direções opostas às ações 
musculares. 
O teste acurado geralmente requer que o osso de origem do músculo fique 
em posição fixa enquanto o osso de inserção se move em direção do músculo em 
alongamento. As provas de comprimento empregam em movimentos de testagem, 
usando movimentos passivos ou ativo-assistidos para determinar quanto o músculo 
pode ser alongado. 
Exemplo: Teste de comprimento dos flexores do quadril – São eles 
iliopsoas e reto femural. Movimento: com o joelho direito fletido em direção ao tórax, 
deixe a coxa esquerda cair em direção à mesa com o joelho esquerdo fletido sobre a 
ponta da mesa. Se a pessoa estiver com os músculos normais, a coluna lombar 
ficará achatada em decúbito dorsal. Caso a lombar fique em postura lordótica, 
ocorrerá algum encurtamento dos flexores de quadril. 
 
 
 
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Teste de comprimento muscular dos flexores do quadril (curto e normal). Fonte: Internet – 
www.fm.usp.br. 
 
Já as provas de força muscular são realizadas para determinar se a força 
muscular está normal, fraco ou muito forte. Esta prova é realizada fazendo-se uma 
resistência no paciente resistindo o movimento natural do músculo que se deseja 
testar. No entanto, não é tão simples quanto o de comprimento muscular, tendo 
vários pontos a serem considerados. 
O teste manual é um instrumento importante para diagnóstico, prognóstico 
e distúrbios musculoesqueléticos, requer a melhor diferenciação possível das ações 
musculares, pois poucos músculos podem ser isolados pelo fato de realizarem mais 
de uma função e de mais de um músculo exercer a mesma função que outros, 
podendo ocorrer uma substituição, ou seja, quando um grupo muscular tenta 
compensar a falta de função de um músculo fraco ou paralisado (músculos que 
normalmente atuam juntos em movimentos podem atuar em substituição). Para 
anular a substituição, existe a posição correta para o posicionamento do músculo 
para anular a ação do outro. 
Outro fato que interfere é a multiarticularidade, ou seja, se um músculo 
passa por uma ou mais articulações. 
Outro ponto importante é a graduação da força. Nas provas musculares 
manuais, a graduação baseia-se em um sistema onde a habilidade para manter a 
parte testada em determinada posição contra a gravidade estabelece um grau 
chamado de regular ou o equivalente numérico (dependendo dos símbolos de 
graduação sendo usados). Para tais graduações de força o examinador deve levar 
em conta a idade do paciente a ser avaliado. 
Exemplo: Teste de Força do Músculo Quadríceps Femoral – Este grupo 
muscular situa-se na parte anterior da coxa e tem por função principal a extensão da 
coxa. Seu teste consiste em posicionar o paciente sentado sobre o lado da mesa e 
segurando-se nas suas bordas. O examinador fixa a coxa firmemente fazendo força 
para baixo. Solicita-se ao paciente que realize a extensão do joelho, enquanto o 
examinador resistente ao movimento fazendo força contra a perna na região distal 
da perna, próxima ao tornozelo, na direção de flexão do joelho. Se o paciente 
 
 
 
 
 
 
 
inclinar o tronco para trás, é uma evidência clara de tentativa de compensação. Se 
rodar a coxa medialmente, é uma tentativa de substituição pelo músculo tensor da 
fáscia lata. A fraqueza deste músculo interfere na função de subir escadas ou 
ladeiras, bem como sair e entrar na posição sentada. A sua contratura causa uma 
extensão de joelho; já o seu encurtamento gera uma restrição da flexão do joelho. 
 
 
Outros exemplos de teste de comprimento muscular. Fonte: Internet – www.fm.usp.br. 
 
1.3 – AS FÁSCIAS: 
As fáscias designam anatomicamente uma membrana de tecido conjuntivo 
fibroso de proteção: a um órgão (fáscia periesofagiana, fáscia peri e intrafaringiana) 
ou de um conjunto orgânico (fáscia endocárdica, fáscia parietalis), designa também 
tecidos conjuntivos de nutrição (fáscia superficialis, fáscia própria). 
Esta palavra foi inventada pelos osteopatas que, na realidade, foram os 
primeiros a ter noção de globalidade. A palavra fáscia nosingular não representa 
uma entidade fisiológica, mas um conjunto membranoso muito extenso no qual tudo 
se encontra ligado, em continuidade. 
Este conjunto tissular é muito importante, pois nele se apóiam todas as 
técnicas modernas de terapia manual. 
A fáscia é um conjunto de tecido conjuntivo, que representa praticamente 
70% dos tecidos humanos. Seja qual for o nome que leve, ele sempre possui a 
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mesma base, por exemplo, entre um osso e uma aponeurose, não há diferença. 
Como todos os tecidos, o conjuntivo é formado por células conjuntivas: os blastos. 
São osteoblastos nos ossos, controblastos na cartilagem, fibroblastos no tecido 
fibroso, etc. Essas células em forma de estrela comunicam-se todas por 
prolongamentos protoplásmicos, não havendo nenhuma atividade metabólica. Sua 
fisiologia é unicamente a de secretar duas proteínas de constituição: o colágeno e 
elastina. 
A fáscia superficialis é um exemplo de fáscia nutridora tratando-se de um 
imenso tecido conjuntivo frouxo que forra a pele praticamente ao longo de toda a 
sua superfície, e desaparece em certas regiões: na base do crânio e na região da 
nuca, na região esternocostal, na região sacra e glútea, nas patelas e cotovelos. 
Uma de suas principais funções da fáscia superficialis é a de nutrir o epitélio 
cutâneo, explicando por que todas as regiões que acabamos de ver desprovidas 
desse conjuntivo são regiões de maior incidência de escaras. 
 
1.4 – DISCO INTERVERTEBRAL: 
Entre duas vértebras existe o disco intervertebral, que é uma espécie de 
amortecedor da coluna. Separando as vértebras, estes discos amortecem a carga 
que exercemos sobre a coluna com cada passo que damos, também permitindo que 
façamos os mais diversos movimentos. 
Juntamente com a vértebra, o disco forma a unidade vertebral possuindo 
várias funções: amortecem impactos; dá flexibilidade à coluna; manter a vértebra de 
cima separada da de baixo; serve como esponja. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade Vertebral, Disco normal. Fonte: Internet – Google – Disco Intervertebral. 
 
1.4.1 – Composição: 
Esse disco é formado por um núcleo pulposo arredondado, de 
consistência gelatinosa semilíquida composta por mucopolissacarídeos. Este núcleo 
pulposo tem uma enorme capacidade de reter água. No adulto jovem, aliás, ele é 
composto 88% de água. O núcleo produz uma pressão que mantém as vértebras 
distantes umas das outras e o anel fibroso mantém o núcleo na posição central. Este 
núcleo é rodeado por uma parte periférica, o anel fibroso, uma placa de 
fibrocartilagem disposta em camadas concêntricas ao redor do núcleo. Trata-se de 
um amortecedor fibrohidráulico, autodistribuidor de tensões. 
O problema, contudo, é que o disco vai perdendo a capacidade de 
absorver e reter líquido de acordo com a pressão que ele sofre durante a vida e, ano 
após ano, com o avançar da idade. O desgaste do disco se inicia aos 25 anos de 
idade. 
O disco precisa de um sistema de compressão e descompressão para 
nutri-lo; funciona como uma espoja e sua nutrição se dá por osmose. Resumindo: ao 
dormirmos (onde não há pressão), o líquido nutritivo é absorvido do meio externo 
para dentro do núcleo (o disco enche de água) num processo de hidratação. Com o 
passar do dia, havendo pressão sobre o disco, o líquido extravasa do interior para o 
exterior num processo de desidratação. Esta é a razão pela qual levantamos pela 
manhã uns centímetros mais altos do que deitamos à noite (disco bem nutrido = 
aumento do diâmetro). Este aumento de diâmetro noturno em um disco desidratado 
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(com fissuras) que perdeu a elasticidade, aliado à falta de movimentos, também 
explica porque, às vezes acordamos com dor nas costas. 
 
 
O disco intervertebral e suas composições. Fonte: Internet – www.wikipédia.com. br. 
 
Os discos são unidos aos corpos vertebrais por uma fina cartilagem. Eles 
são também mantidos pelos ligamentos vertebrais comuns: o ligamento 
longitudinal posterior (LLP), fixando-se aos discos; e o ligamento longitudinal 
anterior (LLA), fixando-se aos corpos vertebrais. 
 
1.4.2 – As Flexões Anteriores da Coluna e suas Conseqüências: 
Um movimento de flexão anterior da coluna vista de perfil ao nível de duas 
vértebras lombares: 
- O disco é pinçado anteriormente e alongado posteriormente; 
- Os ligamentos situados posteriormente ao núcleo (eixo do movimento de 
flexão) são colocados em tensão. 
O primeiro a estar tensionado é o ligamento supra-espinhal; 
posteriormente vêm os ligamentos interespinhais e interapofisários. Estes ligamentos 
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não são suficientes para frear estas inclinações quando estas são de grande 
amplitude ou de longa duração. Um trabalho muscular também se faz necessário 
para frear estes movimentos. 
 
 
Flexão anterior da coluna vertebral. Fonte: Internet – www.corpoemforma.com.br. 
 
Com o passar do tempo, os ligamentos distendidos não fornecem uma 
estabilização suficiente e não informam a tempo que a coluna esta em tensão. Com 
este local fragilizado pode-se apresentar uma solicitação mais viva da flexão anterior 
em carga. Há também a possibilidade de estiramento do ligamento longitudinal 
posterior (LLP). Isto é mais grave devido à posição onde este ligamento se encontra, 
ou seja, no canal raquidiano, anteriormente à medula espinhal. Ao mínimo edema 
conseqüente a um estiramento de ligamento, rapidamente as conseqüências levam 
às dores, ou seja, a lombalgia. O edema pode igualmente comprimir as raízes 
nervosas em sua saída do canal, a compressão mais freqüente é a do nervo ciático, 
nervo que sai de orifícios de conjugação L4/L5, L5/S1 e dos três primeiros orifícios 
sacros. Pode mesmo ocorrer à migração de uma parte do núcleo para fora do disco, 
no canal raquidiano: é a hérnia de disco (que é de fato, uma hérnia do núcleo). 
Com a flexão do tronco, há uma pressão muito maior do núcleo do disco 
deslocando-o para trás do que a pressão que é exercida no núcleo para frente 
quando a coluna é movimentada em extensão. 
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Hérnia de disco, vista pela ressonância. Fonte: Internet – Google – hérnia de disco. 
 
1.5 - RESPIRAÇÃO 
 
1.5.1 - O Diafragma: 
O diafragma é um músculo ímpar e assimétrico que separa o tórax do 
abdômen, compreendendo duas partes, sendo uma muscular e uma periférica, 
graças a qual o músculo insere-se ao longo do contorno do tórax e sobre a coluna; 
outra tendinosa e central denominada “centro tendíneo”. Trata-se do motor do 
movimento torácico; não se trata de um músculo, mas sim um conjunto músculo-
tendíneo constituído por oito músculos, todos digástricos; é um conjunto 
membranoso e muscular porque deve adaptar-se aos movimentos do tronco e as 
deformidades torácicas. É o diafragma que se adapta ao tórax e não ao contrário. 
Sua fisiologia está intimamente ligada aos movimentos das costelas. 
Formando umaabóbada de concavidade inferior, o diafragma é na 
realidade constituído na periferia por finos músculos digástricos justapostos cujos 
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tendões centrais, imbricados, formam o centro tendíneo. A parte muscular, por sua 
vez, divide-se em uma ação vertebral, uma porção costal e uma porção esternal. 
Falar de origem e inserção do músculo diafragma torna-se delicado, pois 
este possui vários locais de inserção. No entanto, é primordial ter este entendimento 
devido à ação biomecânica através da anatomia funcional. Por isso deve-se prestar 
uma particular atenção às inserções aponeuróticas dos músculos, porque o sistema 
fibroso aponeurótico possibilita a ação seqüencial dos músculos contribuindo para a 
formação de cadeias musculares que tornam inoperante toda a ginástica analítica ou 
segmentar. 
Portanto, de uma forma resumida temos como origem e inserção as 
porções: 
• Porção vertebral: parte interna ou pilares do diafragma, constituída por 
2 grossos feixes de fibras de comprimentos desiguais. O pilar direito insere-se sobre 
os discos intervertebrais L.1-L. 2 e L.2-L.3, descendo, às vezes sobre o disco L.3-
L.4. O pilar esquerdo insere-se sobre o disco L.!-L. 2 e freqüentemente prolonga-se 
até o disco L.2-L.3; 
• Porção costal: é toda região lateral do diafragma. Origina-se na face 
interna das últimas costelas e sobre as arcadas aponeuróticas que unem os ápices 
da 10ª, 11ª e 12ª costelas (Arcadas de Senac). Essas inserções confundem-se com 
as do transverso do abdômen, especialmente ao nível da 10ª, 11ª e 12ª costelas. As 
fibras musculares terminam-se sobre os bordos laterais dos folíolos lateral e anterior 
do centro tendíneo. 
• Porção esternal: é constituída por um ou dois feixes musculares 
distintos provenientes da face posterior do processo xifóide, terminando-se sobre a 
porção média do folíolo anterior; 
• Centro tendíneo: lâmina fibrosa formada pelo cruzamento dos tendões 
medianos dos músculos digástricos periféricos, o centro tendíneo ocupa a porção 
central do diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo da respiração e movimentos da cúpula do diafragma. Fonte: Internet – 
Google. 
 
 
Vista inferior do diafragma, com seus orifícios. Fonte: Internet – www.wikipédia.com.br. 
 
 
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Posição do diafragma junto às vísceras. Fonte: Internet -www.alfa1.org. 
 
O diafragma possui orifícios importantes, que obturam totalmente a região 
inferior do tórax. Esses três orifícios juntam-se as estreitas zonas entre os pilares 
que permitem a passagem do tronco simpático, dos nervos esplâncnicos e da raiz 
interna das veias Ázigas. São eles: 
• Orifício aórtico: essa ranhura ósteo-fibrosa sobe até a 12ª dorsal e 
permite a passagem da aorta que adere à sua porção anterior; 
• Orifício esofágico: unicamente muscular, situa-se ao nível da 10ª 
dorsal. De forma elíptica, permite a passagem dos nervos pneumogástricos e do 
esôfago que a ele adere fortemente através das fibras musculares e conjuntivas; 
• Orifício da veia cava inferior: a veia cava atravessa o centro tendíneo 
na junção folíolo anterior com o folíolo direito, onde se adere. 
A posição do diafragma: em pé, em posição de repouso, a cúpula 
diafragmática direita projeta-se ao nível do 4º espaço intercostal, à esquerda no nível 
do 5º. No entanto, essa posição é variável. A fisiopatologia do diafragma dependerá, 
entre outras coisas, da forma do tórax e do volume das vísceras abdominais. 
A inervação do diafragma é assegurada essencialmente pelos nervos 
frênicos (C3, C4, C5) que são os motores do diafragma. Possuem um papel 
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54 
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igualmente importante na inervação sensitiva proprioceptiva. Possui uma 
vascularização muito rica; no nível arterial distinguimos: 
• Artéria mediastinal posterior, derivada da aorta torácica, no nível dos 
pilares; 
• Artéria frênica superior derivada da mamária interna; 
• Artéria frênica inferior derivada da aorta abdominal, cujas anastomoses 
com sua simétrica formam as arcadas perifoliares; 
• Ramos da artéria músculo-frênico e das quatro últimas intercostais. 
No plano venoso distinguimos um sistema venoso anexo ao sistema 
arterial que leva à veia cava inferior e veias mamárias internas. No plano linfático 
temos o diafragma como um grande cruzamento da circulação linfática; nesse nível 
a rede torácica anastomosa-se com a rede abdominal; numerosos coletores são 
implantados em torno da base do pericárdio, levando aos gânglios do mediastino. 
 
1.5.2 – Músculos da Inspiração e Expiração: 
Os músculos inspiratórios e expiratórios são acessórios, pois o motor 
primário é o diafragma. 
Os inspiratórios acessórios são numerosos e de implantação anatômica 
variada. Pela própria definição, entram em jogo apenas durante inspirações de 
grande amplitude (com exceção apenas de leve atividade possível dos intercostais e 
escalenos na respiração de média amplitude). São eles: esternocleidomastóideos; 
escalenos anterior, médio e posterior; trapézio superior e médio; subclávio; peitoral 
menor e maior; elevador da escápula; rombóides; serrátil anterior e posterior 
superior; grande dorsal; multifídios; semi-espinhal do tórax, do pescoço e da cabeça; 
rotadores lombares, torácicos e cervicais; dorsal longo; iliocostal; intercostais 
internos e médios; subcostais e supracostais. 
A expiração é um movimento passivo desencadeado a partir do cessar da 
contração dos músculos inspiratórios. Eles intervêm apenas durante esforços, no 
grito, na tosse etc., isto é, em atividades de grande dinâmica. Os músculos 
expiratórios são expiratórios acessórios. São eles: oblíquos internos e externos; 
 
 
 
 
 
 
 
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transverso do abdômen; reto do abdômen; piramidal do abdômen; quadrado lombar; 
serrátil posterior inferior; transverso do tórax e grande dorsal. 
 
1.5.3 – Lordose Diafragmática: 
Quando o centro tendíneo é fixado, as fibras posteriores do diafragma 
achatam-se e puxam os discos intervertebrais e bordos adjacentes às vértebras 
lombares. 
No nível lombar inferior, essa tração para cima é quase vertical; não há, 
então, acentuação da lordose. No entanto, no nível lombar superior (L1-L2) e dorsal 
inferior (T11-T12), as fibras do diafragma têm uma obliqüidade mais marcante para 
frente. Produzem então uma tração anterior bastante marcante e, essa tração é 
ainda bem mais eficiente porque, além das primeiras vértebras lombares receberem 
muitas inserções diafragmáticas, as últimas costelas são flutuantes, portanto, muito 
móveis. 
A região T11-T12-L1-L2 mais especialmente tracionada para frente pelo 
diafragma, ao qual devemos juntar o psoas e psoas menor, pode ser denominada 
lordose diafragmática. 
Essa região aparece também como a mais apta à flexão