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Aula 1

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Aula 1, a importância do inglês na atualidade e o papel do professor de língua estrangeira.
Objetivos:
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar a importância da língua inglesa em um mundo globalizado como veículo de comunicação profissional, acadêmica e interpessoal;
2. conhecer um panorama da história da língua inglesa;
3. reconhecer o papel do professor de inglês no processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa;
4. definir o que é uma aprendizagem eficiente e contextualizada de uma língua estrangeira.
Introdução
Sob uma perspectiva diacrônica, várias foram as propostas, as motivações e as necessidades envolvendo o ensino de línguas estrangeiras. Por isso, diversos métodos e abordagens do ensino de línguas alternaram-se ao longo dos tempos na busca do modo mais eficiente de se efetivar a aprendizagem de idiomas.
Globalização e Comunicação
"Quem não conhece línguas estrangeiras nada sabe de sua própria língua."
(GOETHE, Johann W. )
"Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat..."
(PAGOGINHO, Zeca; BALEIRO, Zeca. Samba do Approach. In: PAGOGINHO, Zeca. A arte de Zeca Pagodinho. Rio de Janeiro: Universal Music, 2005. Faixa 14. CD.
Touchscreen, checkup, check in, e-mail, mouse, software, paintball, playstation, Whatsapp, Twitter, Facebook, feedback, milkshake, sundae, piercing, tattoo, peeling. Hamburguer, zapear, deletar, ketchup, futebol… 
Sim, estamos falando português! Todas essas palavras nos são familiares e nos mostram que a língua inglesa está mais próxima de nós do que imaginamos.
Em um mundo cujas fronteiras estão cada vez menores e diluídas, no qual as trocas comerciais e de informações se dão com um único clique de mouse (veja o inglês aí de novo!), é necessária uma língua franca que permita a comunicação entre os povos.
Língua franca
Houaiss: qualquer língua de que se servem falantes que não têm uma língua em comum para possibilitar sua comunicação nas relações comerciais ou diplomáticas; língua geral.
Língua franca
Caldas Aulete: (mesmo que língua auxiliar ― de comunicação) língua usada como meio de comunicação entre falantes de línguas diferentes; língua franca; língua internacional. [Ex.: o latim na antiguidade, o inglês atualmente.]
O intercâmbio também é intenso do ponto de vista profissional/acadêmico, científico e cultural nos dias de hoje, daí a importância do ensino de uma Língua Estrangeira Moderna (LEM).
Para saber mais, clique no PDF abaixo.
 Atualmente, em um contexto de globalização, o objetivo do ensino do inglês visa contribuir para a ampliação do horizonte cultural do aprendiz, pois: 
Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s) de encarar a realidade, os alunos passam a refletir, também, muito mais sobre a sua própria cultura e ampliam a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior profundidade, tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo a sua formação. 
De idêntica maneira, tanto através da ampliação da competência sociolinguística quanto da competência comunicativa, é possível ter acesso, de forma rápida, fácil e eficaz, a informações bastante diversificadas. A tecnologia moderna propicia entrar em contato com os mais variados pontos do mundo, assim como conhecer os fatos praticamente no mesmo instante em que eles se produzem. A televisão a cabo e a Internet são alguns exemplos de como os avanços tecnológicos nos aproximam e nos integram do/no mundo. (PCN ― Ensino Médio, 2000)
O Inglês no Mundo
O inglês está difundido em todos os continentes, seja como língua nativa, oficial ou segunda língua. 
Podemos estimar em mais de 1 bilhão o número de falantes do idioma em todo o mundo, sendo que falantes não nativos, pessoas que aprendem o inglês como uma língua estrangeira, representam cerca de 3/4 desse número (FERRO, 2010).
Fatos históricos explicam o porquê de o inglês ser a língua de comunicação do mundo na modernidade.
O poderio econômico da Inglaterra nos séculos XVIII, XIX e XX, alavancado pela Revolução Industrial, aliado à expansão do colonialismo britânico, foram os responsáveis pela disseminação do inglês.
A área de abrangência territorial do Império Britânico chegou a alcançar 20% das terras do mundo, valendo ao Império a máxima: “The empire where the sun never sets.”.
A maior parte dos países que hoje têm o inglês como língua oficial foi um dia colônia da Inglaterra. O Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte), os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália são as quatro maiores nações anglófonas do planeta (FERRO, 2010 e SCHÜTZ, 2013).
Posteriormente, a difusão maciça do idioma deveu-se à hegemonia política, econômica e tecnológica exercida pelos Estados Unidos a partir da Segunda Guerra Mundial e à consequente influência cultural dos EUA.
Isso fez com que o francês deixasse de ser a língua dos meios diplomáticos e solidificou a língua inglesa como a língua padrão das comunicações internacionais.
O inglês, então, tornou-se a língua predominante no mundo dos negócios e da ciência: mais de 80% dos trabalhos científicos e a metade dos jornais do mundo são publicados nessa língua (FERRO, 2010 e SCHÜTZ, 2013).
Acesse o PDF e conheça mais países e territórios onde o inglês é a língua oficial e predominante.
 
Países e territórios onde o inglês é a língua oficial ou predominante
	Nome em inglês
	Nome em português
	Internet
	Antigua and Barbuda Australia 
Bahamas 
Barbados
Belize 
Botswana Canada
Fiji
Gambia Ghana Grenada Guyana India
Ireland / Eire Jamaica
Kenya
Kiribati
Liberia
Malawi
Malta
Marshall Islands Mauritius Micronesia Namibia
New Zealand Nigeria Pakistan
Palau
Panama
Papua New
Guinea
Philippines
Rwanda
Saint Kitts and Nevis Saint Lucia
Saint Vincent and the Grenadines Seychelles
Sierra Leone Singapore South Africa Swaziland Tanzania
Trinidad and Tobago United Kingdom
United States Vanuatu
Zambia
Zimbabwe
	Antígua e Barbuda Austrália
Bahamas
Barbados
Belize
Botswana
 Canadá
Ilhas Fiji
Gâmbia
Gana
Granada
Guiana
Índia
Irlanda
Jamaica
Quênia
Kiribati
Libéria
Malaui
Malta
Ilhas Marshall
Ilhas Maurício Micronésia
Namíbia
Nova Zelândia Nigéria
Paquistão
Ilhas Palau
Panamá
Papua Nova
Guiné
Filipinas
Ruanda
Saint Kitts e Nevis
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas Seychelles
Serra Leoa Singapura
África do Sul Suazilândia Tanzânia
Trinidade e Tobago Reino Unido
Estados Unidos da América Vanuatu
Zâmbia
Zimbábue
	.ag
.au
.bs.
.bb
.bz
.bw
.ca
.fj
.gm
.gh
.gd
.gy
.in
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.mh
.mu
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.na
.nz
.ng
.pk
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.pa
.pg
.ph
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.vu
.zm
.zw
Um Pouco da História do Inglês
A língua inglesa é uma mistura de várias línguas de diferentes povos.
A história da Inglaterra se inicia com os celtas, os quais já habitavam a Europa na Idade do Bronze e ocuparam as regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra por oito séculos (700 a.C. a 100 d.C.), quando foram assimilados pelo Império Romano.
Em 55-54 a.C. e 44 d.C., deram-se as invasões romanas e a anexação da principal ilha britânica ao Império Romano, com a consequente influência do latim na cultura celta-bretã. Com a retirada das legiões romanas da Britânia, em 410 d.C., os celtas ficam à mercê de tribos inimigas do Norte (escoceses e pictos) e buscam ajuda com as tribos germânicas (jutos, anglos, saxões e frísios) em 449 d.C. Entretanto, o que seria ajuda torna-se dominação. Os celtas-bretões são massacrados e refugiam-se ao oeste das ilhas. Os dialetos germânicos falados por anglos e saxões é que originam a língua inglesa. A palavra England, por exemplo, deriva de Angle-land (terra dos anglos).
O advento do Cristianismo nas ilhas (em 432 d.C., St. Patrick inicia a missão de levar o cristianismoà população celta da Irlanda. Em 597 d.C., sob o comando do Papa Gregório, a Igreja envia missionários para converter os anglo-saxões ao cristianismo) propicia o início da influência do latim sobre a língua germânica dos anglo-saxões. Tal influência ocorre de duas formas: com a introdução de vocabulário novo referente à religião e a adaptação do vocabulário anglo-saxão.
Ao final do século VIII, têm início os ataques dos vikings (originários da Escandinávia) contra a Inglaterra. Os vikings que se estabeleceram na Inglaterra eram, em sua maioria, provenientes da região hoje pertencente à Dinamarca e falavam Old Norse, ancestral do dinamarquês. Eis mais uma influência linguística para o inglês.
No século XI, mais precisamente em 1066, os normandos (originários do norte da França) invadem as ilhas. O duque normando William, o Conquistador, derrota o rei anglo-saxão, Harold, na Batalha de Hastings. Tal fato acarretou uma drástica reorganização política da Inglaterra, vindo a alterar os rumos da língua inglesa, marcando o início de uma nova era. É a vez de o dialeto francês, o Norman French, contribuir para a formação da língua inglesa.
Saiba Mais
Historicamente, o inglês divide-se em três períodos: Old English (500 - 1100 d.C., a partir da segunda metade do século V, quando ocorreram as invasões germânicas.), Middle English (1100 - 1500 d.C., com a invasão dos normandos em 1066) e Modern English (a partir de 1500 d.C., com o advento da imprensa em 1475, a criação de um sistema postal em 1516 e a literatura de William Shakespeare - 1564-1616). (SCHÜTZ, 2013)
O Papel do Professor de Língua Estrangeira Moderna no Processo de Ensino-aprendizagem
You taught me language, and my profit on ’t
Is I know how to curse. The red plague rid you
For learning me your language!
(Você me ensinou a sua língua, e meu proveito nisso 
É que sei amaldiçoar. Maldito seja
Por me ensinar a sua língua!)
(SHAKESPEARE, William. The Tempest. Act I, Scene II)
 
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."
(Nelson Mandela)
O aprendizado de uma língua estrangeira moderna colabora para a formação e o desenvolvimento psicológico, social, cultural e afetivo do aluno, ampliando a visão de mundo desse aluno ao ter acesso a novos conhecimentos (informação científica, tecnológica e cultural) e permitindo o aprofundamento intelectual dele. 
Ao estabelecer relações com outras áreas de conhecimento, o aluno terá condições de compreender e contribuir de maneira ativa e integrada para a sociedade em que vive (TOTIS, 1991).
Para além de um instrumento de comunicação ou propulsor de novas perspectivas profissionais em um mundo globalizado, destaca-se que a aprendizagem de uma língua estrangeira leva à compreensão da própria língua materna, facilitando o entendimento de seus mecanismos. 
Ao estabelecer paralelos, seja por semelhanças ou por diferenças da língua estrangeira com a língua materna, o aluno desenvolve certos processos cognitivos que servem de subsídio para um melhor desempenho em outras áreas de conhecimento (TOTIS, 1991).
Cabe ao professor de inglês, portanto, a tarefa de conscientizar os alunos da relevância do ensino da língua inglesa, uma vez que o aluno será confrontado com uma ferramenta de comunicação e estará exposto à descoberta e à valorização do outro, numa relação como ser social, podendo também compreender a diferença de costumes entre os povos, adquirir uma consciência crítica sobre a própria cultura e valorizá-la (TOTIS, 1991). 
Aprender uma língua estrangeira promove a alteridade e a autocrítica, situando o sujeito falante no mundo e em seu momento histórico. Mais do que nos permitir o acesso a outros universos culturais, é pelo uso da língua que construímos nossas visões de mundo.[1: natureza ou condição do que é outro, do que é distinto.]
Entretanto, por muito tempo, a proficiência em uma língua estrangeira resumia-se ao domínio das estruturas gramaticais dessa língua, na memorização de regras e na prioridade da modalidade escrita em um ambiente descontextualizado e desvinculado da realidade.
Sendo assim, qual o estímulo e o propósito de se estudar uma língua estrangeira?
Clique no PDF para saber mais.
 Conforme bem resaltam os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira Moderna do Ensino Médio (2000) 
Ao figurarem inseridas numa grande área – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias –, as Línguas Estrangeiras Modernas assumem a sua função intrínseca que [...] esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida. 
É essencial, pois, entender-se a presença das Línguas Estrangeiras Modernas inseridas numa área, e não mais como uma disciplina isolada no currículo. As relações que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e de acesso ao conhecimento justificam essa junção. [...] 
Numa perspectiva interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo ensino-aprendizagem de Línguas Estrangeiras adquire nova configuração [...] 
Sendo assim, o foco do ensino de uma língua estrangeira deve basear-se em uma aprendizagem eficiente e contextualizada, que traga algo de relevante para o aluno, explore o potencial dele e o ajude a produzir significado(s).
No contexto escolar (seja ensino fundamental, médio, superior e pós lato sensu ou stricto sensu) e até mesmo no dia a dia, a habilidade mais requisitada é a da leitura. 
A todo instante, somos bombardeados por signos verbais, por textos os mais variados. Ao longo de nossa vida acadêmica, somos submetidos à leitura de textos científicos literatura especializada em uma (ou mais) língua(s) estrangeira(s). 
No cotidiano profissional, são inúmeros os e-mails e documentos a serem lidos. E se forem em outro idioma?
A leitura é um processo de comunicação complexo no qual a mente do leitor interage com o texto numa dada situação ou contexto. Durante esse processo, o leitor constrói uma representação significativa do texto por meio da interação do conhecimento conceitual e linguístico que ele, leitor, detém com as pistas existentes nesse texto.
Tais pistas auxiliam o leitor a colher amostras, confirmar, corrigir e rejeitar predições feitas em relação à mensagem. A leitura, então, envolve a formulação de perguntas apropriadas a fim de que se encontrem respostas relevantes (TOTIS, 1991). 
E é aí que entra o professor de língua estrangeira. Ele deve ser o facilitador desse processo, orientando os alunos no desenvolvimento das estratégias de leitura, de forma a que os alunos se tornem independentes.
Destaca-se que, numa aula de leitura, a finalidade da leitura deve retratar a realidade, estar contextualizada. Do contrário, deparamos com uma situação artificial, que em nada colabora para a aprendizagem e a construção de significados. 
Para tanto, o professor de leitura em inglês deve se utilizar de materiais autênticos ou minimamente adaptados, de modo a fazer com que o aluno seja capaz de correlacionar diferentes áreas do saber e utilizar o conhecimento de mundo quando da realização da tarefa de ler. 
Então, concluímos que o ato de ler envolve o desenvolvimento e o reconhecimento de habilidades de linguagem (vocabulário, estrutura, discurso), bem como o de habilidades linguísticas (estratégias de leitura) (TOTIS, 1991).
Nesta aula, você:
Compreendeu o status de destaque da língua inglesa nos dias de hoje;
conheceu as origens da língua inglesa;
reconheceu o papel do professor de inglês no processo de uma aprendizagem eficiente e contextualizada de uma língua estrangeira.
Na próxima aula, você vai estudar:
Conceituação de abordagem, método, procedimento, técnica, objetivo e conteúdo programático;
apresentaçãodos diversos métodos e abordagens do ensino de inglês em uma visão cronológica.