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Fundamentos da tecnicas projetivas

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FUNDAMENTOS DAS TÉCNICAS PROJETIVAS
Heloísa Sousa
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Histórico
1939 – L.K. Frank publica um artigo no Journal of Psychology: Os métodos projetivos para o estudo da personalidade
Primeira vez que o termo “métodos projetivos” foi empregado
Para explicar o parentesco entre três provas psicológicas: teste de associação de palavras de Jung, teste das manchas de tinta do Rorschach e o T.A.T. de Murray
As técnicas formam um protótipo de investigação global e dinâmica da personalidade
*
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Histórico
1904 – Jung elabora uma prova psicológica em que as associações do sujeito são interpretadas como reveladoras de suas tendências e seus conflitos futuros
Os testes de manchas de tinta já eram conhecidos há alguns anos, não eram muito usados. Época de preocupação com inteligência
Rorschach: a interpretação das manchas de tinta como prova de personalidade, e não de imaginação. É a organização individual da personalidade que estrutura a percepção das manchas.
*
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A era dos desenhos
Entre 1920 e 1930, os psicanalistas substituem as técnicas de fala pelas técnicas de desenho em crianças
Associação livre substituída pelas técnicas de desenho
A pedagogia prega o desenho e o relato livre como forma de expandir a personalidade da criança
Desenhos como produtos simbólicos semelhantes aos dos sonhos
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Histórico
1935: Murray cria o primeiro teste inspirado na técnica de relato livre: teste de apercepção temática (T.A.T.)
1949: Koch publica o teste da árvore e Manchover o desenho da pessoa
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*
Técnicas projetivas: Conceitos 
Normas qualitativas
Elementos não podem ser medidos em separado. 
Constância de características avaliadas no teste como um todo: relativa certeza de um diagnóstico
O termo “Teste”
Padronização e escalonagem deixam a desejar.
Sensibilidade, fidedignidade e validade: dificilmente estimáveis.
Agudeza clínica
 
*
*
*
Técnicas projetivas: Conceitos
Material apresenta ambiguidade
Influência da teoria da Gestalt
Influência da psicanálise
Projeção
Técnicas projetivas: descarga sobre o material apresentado ao sujeito
O interior é trazido a superfície
*
*
*
Projeção segundo Freud
“Uma percepção interna é reprimida e, substituindo-a, seu conteúdo, após sofrer certa deformação, chega a consciência sob a forma de uma percepção vinda do exterior”
Expulsão de um desejo intolerável e de sua rejeição para fora da pessoa. 
Ampliação do conceito
“Eu o amo”. Mas o caráter homossexual deste amor torna-o intolerável à consciência.
O sentimento de amor é transformado em seu contrário: “Eu não o amo, eu o odeio”. 
“Eu o odeio” torna-se “Ele me odeia, o que justifica o ódio que eu sinto por ele”
*
*
*
A natureza das Técnicas Projetivas
Tarefa relativamente não-estruturada
permite uma variedade quase ilimitada de respostas possíveis (Anastasi,1977).
Ao captarmos o estímulo pouco estruturado, sentimos necessidade de completá-los e o fazemos com algo que é nosso
algo que está intimamente ligado às nossas crenças, nossas experiências que são projetadas naquele estímulo.
Incômodo da dificuldade de interpretá-lo.
Testes projetivos => tarefas mais agradáveis e menos ansiogênicas.
*
*
*
A natureza das Técnicas Projetivas
O que pode ser projetado através do desenho?
A percepção real ou imaginária
Forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo
Conflitos e sentimentos inconscientes
Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras, mesmo que conscientes;
Autoimagem idealizada ou realista
A sexualidade
*
*
*
Forma global de avaliar a personalidade e não há mensuração de traços isolados. 
Eficientes em revelar aspectos inconscientes, latentes e ocultos da personalidade.
Tais técnicas nasceram da situação clínica e continuaram a ser instrumento para o clínico.
Conceituação e importância
*
A natureza das Técnicas Projetivas
*
*
A situação das técnicas projetivas: características
Situação de liberdade de expressão e de tempo
Introdução de material prévio: associações livres devem ser provocadas
Inquérito posterior
Não há boas e más respostas predeterminadas
Número limitado de sessões
O tempo de aplicação não é limitado
O material é ambíguo
As instruções subordinam o sujeito à sua própria vontade
*
*
*
Psicanálise x Técnicas projetivas
Revela indiretamente seu desejo ao psicólogo, através da elaboração do material apresentado
Transferência: 
o testando está mais livre 
Envolve-se rápido, sente-se mais seguro com o desligamento.
Transferência estabelecida de forma duradoura
O testando geralmente fica sentado
*
*
*
Classificação dos instrumentos
Expressão x Projeção
O desenho livre, o relato livre e o jogo dramático expressam a personalidade. 
Não se pode classificar como teste: não supõem situação padronizada 
Técnicas expressivas: inteiramente livre nas instruções no material proposto
Técnicas projetivas: as respostas são livres, mas o material é definido e padronizado
Testes psicométricos: só uma resposta é correta e o material requer precisão rigorosa (técnicas de adaptação)
*
*
*
O desenho livre
Forma de expressão dos conflitos.
Limites a serem considerados na análise do desenho:
Os aspectos a serem analisados não devem ser vistos isoladamente
A análise: feita por meio de outros desenhos, da história do sujeito e do que o sujeito fala acerca do mesmo.
Interpretações: hipóteses e não certezas
*
*
*
 Validade e Precisão nas Técnicas Projetivas
Interpretação muitas vezes incerta. 
Verificação objetiva dificultada
*
*
*
Validade e Precisão nas Técnicas Projetivas
a) Simulação
menos suscetíveis à simulação 
Objetivo disfarçado.
b) Variáveis da Situação e do Examinador
inadequadamente padronizadas: aplicação e avaliação. 
diferenças sutis: instruções orais e relações sujeito-examinador
c) Normas:
Dados normativos: podem não existir
*
*
*
Validade e Precisão nas Técnicas Projetivas
d) Precisão:
relativamente não-padronizado 
inadequações dos dados normativos
precisão do avaliador: importante
e) Validade:
estudos publicados deixam de apresentar conclusões decisivas
Tarefa relativamente não-estruturada: inúmeras
possibilidades de respostas. 
falta de objetividade na avaliação.
habilidade e experiência clínica do examinador.
*
*
*
Validade e Precisão nas Técnicas Projetivas
e) Validade: dificuldades 
reduz o número de examinadores qualificados
resultados obtidos por diferentes examinadores podem não ser comparáveis
interpretação dos resultados: tão projetiva quanto os estímulos do teste
envolvem normas de subgrupo, subjetivas ou objetivas.
*
*
*
Técnicas Projetivas: contexto atual
Dificuldades inerentes aos testes
Anastasi (1977): Hipótese Projetiva => respostas do sujeito a estímulos ambíguos apresentados refletem atributos significativos e relativamente constantes de personalidade. 
Grande corpo em expansão de dados de pesquisa: outros fatores afetam as respostas
Precisão de reteste: mudanças temporais marcantes => erro casual considerável. 
Influência de fatores: suscetibilidade de respostas à estados temporários.
*
*
*
Técnicas Projetivas: contexto atual
Instrumentos projetivos: instrumentos clínicos.
Auxílios suplementares qualitativos à entrevista
Valor como instrumento clínico: proporcional à habilidade do terapeuta
*
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*
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*
Normas qualitativas
Elementos não podem ser medidos em separado. 
Constância de características avaliadas no teste como um todo: relativa certeza de um diagnóstico
O termo “Teste”
Pelo sentido psicométrico: padronização e escalonagem deixam a desejar.
Sensibilidade, fidedignidade e validade: dificilmente estimáveis.
Tem em comum técnica própria, proporcionando agudeza clínica que compensa o menor rigor estatístico.
 
*
A diferença entre as técnicas projetivas e os testes psicométricos é que seu material apresenta ambiguidadeao sujeito pela liberdade que é lhe dada para responder
Influência da teoria da Gestalt: análise de figuras ambíguas e ilusões ótico-geométricas
Influência da psicanálise: associações livres são determinadas pela história do cliente e seus conflitos
Projeção
Técnicas projetivas favorecem a descarga sobre o material apresentado ao sujeito, de tudo aquilo que se recusa a ser, que vivencia em si mesmo como mau, ou como pontos vulneráveis.
O que está escondido fica iluminado; o latente se torna manifesto; o interior é trazido a superfície
*
Projeção segundo Freud
“Uma percepção interna é reprimida e, substituindo-a, seu conteúdo, após sofrer certa deformação, chega a consciência sob a forma de uma percepção vinda do exterior”
Expulsão de um desejo intolerável de e sua rejeição para fora da pessoa. Há projeção daquilo que não se quer ser.
Ampliação do conceito:Desconhecimento (não mais expulsão) por parte do sujeito de desejo e emoções não aceitos por ele como seus, dos quais é parcialmente inconsciente e cuja existência atribui à realidade externa.
a)”Eu (um homem) o amo (ele, um homem)”. Mas o caráter homossexual deste amor torna-o intolerável à consciência.
b) O sentimento de amor é transformado em seu contrário: “Eu não o amo, eu o odeio”. A consciência do sujeito não suporta mais experimentar um sentimento hostil.
c) “Eu o odeio” torna-se “Ele me odeia, o que justifica o ódio que eu sinto por ele”
*
A principal característica distintiva das técnicas projetivas está na apresentação de uma tarefa relativamente não-estruturada, ou seja, uma tarefa que permite uma variedade quase ilimitada de respostas possíveis (Anastasi,1977).
Os estímulos geralmente vagos e ambíguos somados às instruções breves e gerais permitem o livre jogo da imaginação da pessoa. 
Esclarecer aos alunos que a hipótese implícita é que a maneira de perceber e interpretar
o material do teste ou ?estruturar? a situação reflete aspectos fundamentais do
funcionamento psicológico do sujeito e que o instrumento permite uma variedade
quase ilimitada de respostas que permitem o livre jogo da imaginação da pessoa.
Em outras palavras, espera-se que os materiais do teste sirvam como uma espécie de
tela, na qual o sujeito ?projeta? suas agressões, seus conflitos, seus medos, suas
necessidades e seus processos característicos de pensamento (Anastasi,1977).
Pode-se clarificar melhor o efeito da projeção fazendo um desenho no quadro de um
triângulo inacabado ou fazendo-os lembrar das imagens que as crianças conseguem ver
nos agrupamentos das nuvens quando olham para o céu.
Então, explicamos e/ou relembramos o quanto nos sentimos incomodados com
situações ?inacabadas? ou pouco ?estruturadas? e, por isso, tendemos a ?fechá-las?
(fazer a gestalt).
O efeito ocorre porque ao captarmos o estímulo pouco estruturado através dos órgãos
do sentido (visual), sentimos necessidade de completá-los e o fazemos com algo que é
nosso, ou seja, algo que está intimamente ligado às nossas crenças, nossas experiências
que são projetadas ali naquele estímulo.
Fazemos assim devido ao incômodo da dificuldade de interpretá-lo. Ao proceder desta
maneira, ao estruturar um estímulo pouco estruturado, promovemos uma distorção do
mesmo, posto que ?jogamos? ali algo que é nosso. A partir de então interpretamos o 
estímulo já modificado. Tal evento esclarece a razão de os testes projetivos se
constituírem como tarefas mais agradáveis e menos ansiogênicas.
Neste ponto podemos lançar o seguinte questionamento: O que pode ser projetado
através do desenho?
Como resposta cabe deixar claro que as respostas apresentam:
- A percepção real ou imaginária do sujeito em relação a si mesmo e às pessoas
significativas do seu ambiente;
- Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo;
- Conflitos e sentimentos inconscientes;
- Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras, mesmo que
conscientes;
- Auto-imagem idealizada ou realista de si mesmo;
- A sexualidade, etc...
Segundo Anastasi (1977), as técnicas projetivas caracterizam-se também por uma forma
global de avaliar a personalidade, e não há mensuração de traços isolados. As técnicas
projetivas são consideradas eficientes em revelar aspectos inconscientes, latentes e
ocultos da personalidade.
Tais técnicas nasceram da situação clínica e continuaram a ser, fundamentalmente,
instrumento para o clínico.
1.2. Conceituação e importância
A partir deste ponto, deve-se discutir a história, a origem e os fundamentos teóricos dos
testes projetivos, localizando sua utilização em um contexto histórico-social, desde o
surgimento do termo em 1939, com intuito de aprofundar os estudos da personalidade,
a partir das técnicas desenvolvidas por Jung (1904), Rorschach (1920) e Murray (1935).
Vale a pena apresentar aos alunos as pranchas do Rorschach e/ou do Teste de
Apercepção Temática (TAT). O primeiro se constitui de 10 figuras simétricas obtidas
aleatoriamente a partir das quais os pacientes são solicitados a emitirem o que
percebem. O segundo, composto de 19 pranchas com motivos figurativos e uma
prancha em branco.
Torna-se importante ressaltar a utilização das técnicas projetivas para fins de
psicodiagnóstico, levando em consideração o valor da hipótese projetiva no processo de
avaliação psicológica.
Aula prática:
 Apresentação dos testes que serão utilizados na disciplina;
 Orientação quanto a apresentação dos instrumentos;
 Orientação quanto a utilização do material;
 Exemplo de uma aplicação prática, enfatizando a postura do psicólogo, a
neutralidade, etc...
 Enfatizar a postura ética que envolve a aplicação dos instrumentos projetivos.
O próximo passo é apresentar as vantagens e desvantagens da utilização das técnicas
projetivas.
Seria interessante levantar um questionamento sobre o uso das técnicas e a
aplicabilidade das mesmas, sobre as dificuldades e os medos gerados no profissional ao
utilizar-se de uma técnica cujas respostas podem ser variadas.
Tal discussão pode ser iniciada através da seguinte pergunta: Se considerarmos que
nos testes projetivos as respostas são tão variadas, quais as vantagens na utilização
deste método?
Deve-se, aqui, possibilitar ao aluno a percepção da importância do embasamento
científico e do conhecimento do referencial teórico para compreensão adequada dos
resultados, das limitações dos instrumentos. Assim como ressaltar que os testes
utilizados pelo profissional de psicologia devem ter sido aprovados pelo Conselho
Federal de Psicologia, através de estudos que comprovem sua validação e normatização
na população brasileira. Ressaltar as implicações éticas e sociais da utilização do método
projetivo.
Indicar o site do conselho e satepsi para consultas sobre os testes aprovados par uso no
Brasil.
Terminar a aula levantando a importância da seleção e manuseio adequados dos
instrumentos de avaliação psicológica conforme as necessidades específicas.
Importante destacar que os aspectos a serem analisados não devem ser vistos
isoladamente, e sim em conjunto, e não devem seguir uma receita, o que nos faria
correr o risco de uma interpretação equivocada.
*
Situação de liberdade
Introdução de material prévio
Inquérito posterior
Não há boas e más respostas predeterminadas: a primeira ideia
Número limitado de sessões
O tempo de aplicação não é limitado
Liberdade de expressão e de tempo: tratamento psicanalítico e à aplicação de testes projetivos
As associações livres devem ser provocadas
O material é ambíguo: manchas de tinta, gravuras vagas, desenhos esboçados e palavras evocadas
As instruções subordinam o sujeito à sua própria vontade
Há necessidade de inquérito para saber o que levou o indivíduo a apresentar as respostas
*
Revela indiretamente seu desejo ao psicólogo, através da elaboração do material apresentado
Transferência: 
o testando está mais livre do que o cliente em análise. 
Envolve-se rápido, intensamente, mas por pouco tempo, sente-se mais seguro como desligamento.
Transferência estabelecida de forma duradoura pode atrapalhar
O testando geralmente fica sentado
*
Expressão x Projeção
O desenho livre, o relato livre e o jogo dramático improvisado expressam a personalidade. Não se pode classificar como teste já que não supõem uma situação padronizada 
Técnicas expressivas: o sujeito fica inteiramente livre nas instruções no material proposto
Técnicas projetivas: as respostas são livres, mas o material é definido e padronizado
Testes psicométricos: só uma resposta é correta e o material requer precisão rigorosa (técnicas de adaptação)
*
d) Precisão:
relativamente não-padronizado de avaliação e das inadequações dos dados normativos, a precisão do avaliador torna-se uma consideração importante nos testes projetivos.
e) Validade:
Quase todos os estudos publicados sobre validação de técnicas projetivas deixam de apresentar conclusões decisivas por causa de deficiências de processo, seja nos controles experimentais, seja na análise estatística ou em ambas.
Segundo Anastasi (1977), a principal característica distintiva das técnicas projetivas está
na apresentação de uma tarefa relativamente não-estruturada que geram inúmeras
possibilidades de respostas. Tal situação já pode ser considerada pelo jovem psicólogo
como um problema ou dificuldade para sua atuação.
Igualmente séria é a falta de objetividade na avaliação. Mesmo quando se tenham
desenvolvido sistemas objetivos de avaliação, os passos finais, na avaliação e integração
dos dados brutos, dependem da habilidade e da experiência clínica do examinador. Essa
situação tem várias implicações. Em primeiro lugar, reduz o número de examinadores
qualificados para empregar a técnica e, assim, limita a amplitude de sua aplicação
efetiva. Significa, também, que os resultados obtidos por diferentes examinadores
podem não ser comparáveis, fato que dificulta a pesquisa com o instrumento. Contudo,
a implicação mais inquietadora talvez seja o fato de a interpretação dos resultados ser,
para o examinador, tão projetiva quanto os estímulos do teste são para o sujeito. Em
outras palavras, a interpretação final das respostas ao teste projetivo pode revelar mais
coisas a respeito da orientação teórica, das hipóteses prediletas e das características de
personalidade do examinador do que a respeito da dinâmica da personalidade do
sujeito (Anastasi,1977).
A autora chama a atenção para o fato de muitas vezes, a interpretação e realização em
teste projetivo envolvem normas de subgrupo, subjetivas ou objetivas. Assim, o clínico
pode ter uma imagem subjetiva e geral do que constitui um esquizofrênico ?típico? ou
uma realização neurótica em determinado teste. Ou, então, os dados publicados podem
apresentar normas qualitativas ou quantitativas que delineiam a realização
característica de diferentes grupos diagnósticos. Em qualquer dos casos, as normas do
subgrupo podem levar a interpretações falsas, a não ser que os subgrupos sejam
igualados quanto a outros aspectos.
1.4. Considerações sobre as Técnicas Projetivas no contexto Atual
Deve-se apresentar aos alunos as dificuldades inerentes ao contexto dos testes
projetivos na atualidade.
Quase todos os estudos publicados sobre validação de técnicas projetivas deixam de
apresentar conclusões decisivas, por causa de deficiências de processo, seja nos
controles experimentais, seja na análise estatística, seja em ambas as coisas. Poucos
projetos de pesquisa foram planejados a fim de evitar todos os principais perigos na
validação de testes projetivos.
Para Anastasi (1977), no que se refere à Hipótese Projetiva, uma suposição fundamental
de todas as teorias projetivas é que as respostas do sujeito a estímulos ambíguos
apresentados refletem atributos significativos e relativamente constantes de
personalidade. Todavia, existe um grande corpo em expansão de dados de pesquisa,
indicando que muitos outros fatores afetam as respostas de teste projetivo do sujeito.
Para a amplitude com que foi medida a precisão de reteste, observaram-se,
freqüentemente, mudanças temporais marcantes, indicando a operação de um erro
casual considerável. Vários estudos experimentais, demonstrando a influência de
fatores como apetite, falta de sono, drogas, angústia e frustração nessas respostas,
forneceram uma prova mais direta com relação à suscetibilidade de respostas do teste
projetivo estados temporários.
Anastasi & Urbina (2000) chamam atenção para o fato de que a maioria dos
instrumentos projetivos passou a ser considerada mais como instrumentos clínicos.
Assim eles podem servir como auxílios suplementares qualitativos à entrevista nas mãos
de um terapeuta experiente. Seu valor como instrumento clínico é proporcional à
habilidade do terapeuta e, portanto, não pode ser avaliado independentemente do
terapeuta que os utiliza.
Aula prática:
Relação dos testes mais utilizados:
TESTES PROJETIVOS
T.A.T- TÉCNICA DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA
Autor: Henry A. Murray
Objetivo: Investigação da organização dinâmica da personalidade, focalizando as
motivações básicas do examinando.
Público - alvo: Adolescentes e adultos.
Tipo de Aplicação: Individual.
ROSENZWEIG
Autor: Saul Rosenzweig
Objetivo: Investigar as reações individuais à frustração.
Público ? alvo: Modelo para adultos: a partir dos 13 anos.
Modelo para crianças: a partir dos 7/8 anos.
Tipo de Aplicação: Individual ou Coletiva
BENDER
Autor: Lauretta Bender
Objetivo: investigação da maturação viso - motora ou perceptual. Indicadores de sinais
de comprometimento psiconeurólogico.
Público ? alvo: a partir de 4 anos de idade.
Tipo de aplicação: Individual.
HTP (Casa - Árvore ? Pessoa)
Autor: John N.Buck
Objetivo: A percepção real ou imaginária do sujeito em relação a si mesmo e às pessoas
significativas do seu ambiente. Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo.
Conflitos e sentimentos inconscientes. Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar
em palavras, mesmo que conscientes. A realização de desejos. Auto-imagem idealizada
ou realista de si mesmo. A sexualidade.
Público-alvo: crianças, adolescentes e adultos.
Tipo de Aplicação: coletiva ou individual.
PALOGRÁFICO
Autor: Salvador Escala Milá/A.Minicucci
Objetivo: recolher e analisar uma variedade de inferências sobre respostas não
estruturadas, estilos expressivos, estratégias ou modo de encarar uma situação, entre
outros, que demonstrem variáveis como desempenho, ritmo, produtividade, eficácia e
traços de personalidade.
Público-alvo: adolescentes e adultos (sem restrições).
Tipo de Aplicação: individual ou coletiva
ZULLIGER
Autor: Hanz Zulliger
Objetivo: avaliar os aspectos fundamentais do funcionamento psicológico determinando
a estrutura básica da personalidade, incluindo aspectos cognitivos e afetivos e
colocando em evidência os traços normais e patológicos do indivíduo.
Público-alvo: adolescentes e adultos.
Tipo de Aplicação: aplicação individual ou coletiva.
TESTE RORSCHACH
Autor: Hermann Rorschach
Objetivo: revela a organização básica da estrutura da personalidade, incluindo
características da afetividade, sensualidade, vida interior, recursos mentais, energia
psíquica e traços gerais e particulares do estado intelectual do indivíduo.
Público-alvo: adolescentes e adultos
Tipo de Aplicação: individualmente e sem limite de tempo.
 O professor pode solicitar que os alunos formem grupos;
 Cada grupo fará a leitura e a avaliação do manual de um dos testes
apresentados;
 Cada grupo discutir com a turma as avaliações e observações formuladas a partir
do instrumento.
*

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