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Problema 3: A peste Branca OBJETIVO 1: Definir infecção oportunista Infecção oportunista é uma infecção que acomete pessoas com o sistema imunológico comprometido. Esse comprometimento permite que agentes infecciosos causem uma infecção,uma vez que o sistema imunológico é responsável pela defesa inespecífica e específica do organismo. Inúmeras doenças, tratamentos medicamentosos e até determinadas condições de vida podem afetar o sistema imunológico e possibilitar o surgimento de uma infecção oportunista como, por exemplo, a leucemia, a AIDS, a doença de Hodgkin, o sarampo, a quimioterapia, pacientes em preparação para transplante, idosos e pessoas com problemas de desnutrição. Alguns dos agentes infecciosos de doenças oportunistas podem já estar presentes no organismo e quando ocorre a imunodepressão eles causam a infecção. Outros podem ser adquiridos por meio do contato com pessoas ou animais doentes. A Tuberculose (TB) é um exemplo de infecção oportunista. OBJETIVO 2: Caracterizar os diferentes tipos de TB A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma micobactéria, o bacilo de Koch (BK, Mycobacterium tuberculosis) que se transmite principalmente por via aérea de uma pessoa doente para um indivíduo sadio e constitui um sério problema de saúde pública em escala mundial. Essa doença pode ser dividida em diversos tipos de acordo com a interação entre o M. tuberculosis e as células do hospedeiro, a virulência da cepa, a resistência específica e não específica do hospedeiro e a região afetada pelo bacilo. ➔ Tuberculose Ativa: É o tipo de TB no qual o agente infeccioso encontra-se ativo no organismo, causando uma infecção pulmonar ou extrapulmonar. Os indivíduos com TB ativa representam cerca de 5% dos infectados por M. tuberculosis e desenvolvem a doença nos dois primeiros anos após a infecção. Nessa situação, o hospedeiro apresenta sintomas e pode transmitir a doença por meio de gotículas contendo bacilos. ➔ Tuberculose Latente (TBL): Representa o tipo de tuberculose em que, após a exposição ao BK, os indivíduos desenvolvem uma resposta imune celular inicialmente efetiva e a infecção torna-se latente. No entanto, a qualquer momento, sobretudo nos dois primeiros anos após a infecção, ou na presença de situações em que o sistema imune possa estar comprometido, a infecção pode evoluir da condição latente para a condição ativa. A American Toracic Society define como portador de TBL aquele indivíduo que apresenta um resultado de teste tuberculínico (TT) positivo, análise bacteriológica negativa (se realizada) e nenhuma evidência clínica ou radiográfica de TB ativa. Os indivíduos com TBL são considerados não infecciosos, não têm sintomas, não transmitem a micobactéria e representam cerca de 95% dos expostos ao BK. ➔ Tuberculose Primária: A infecção primária inicia quando gotículas contendo bacilos provenientes de doentes infecciosos são inaladas pelo indivíduo sadio. Geralmente menos de 10% dessas gotículas atingem os alvéolos ou bronquíolos e são englobadas inespecificamente pelos macrófagos alveolares e se multiplicam no interior dos mesmos. O sistema imunológico de um indivíduo infectado normalmente destrói as micobactérias ou as isola no local da infecção. No entanto, algumas vezes, as bactérias não são destruídas, mas permanecem inativas no interior dos macrófagos durante muitos anos. Já em indivíduos que apresentam baixa imunidade às bactérias não são eficientemente controladas e podem provocar infecção pulmonar aguda, que pode conduzir a uma destruição maciça do tecido pulmonar, disseminação da bactéria para outras partes do corpo e à morte. A lesão tecidual ocorre devido à proliferação da bactéria que mata e lisa os macrófagos infectados. Apesar de os macrófagos alveolares iniciarem o processo de fagocitose, macrófagos circulantes e linfócitos são atraídos para os focos de infecção devido à liberação de bactérias pelos macrófagos lisados, restos celulares e mediadores químicos do próprio organismo. Com isso, é gerada no local da infecção primária uma reação de hipersensibilidade retardada que resulta na formação de agregados de macrófagos e linfócitos ativados, assim como células epitelióides e células gigantes (células Langhans). Isso provoca lesões granulomatosas, denominadas tubérculos, características da TB. Esta resposta, mediada por diversos produtos bacterianos, não apenas destrói os macrófagos, mas também provoca necrose sólida no centro do tubérculo. Os bacilos podem permanecer vivos, mas sua proliferação é inibida neste ambiente de necrose, devido à baixa concentração de oxigênio e pH ácido. Neste ponto, algumas lesões podem ser curadas por fibrose e calcificação, enquanto outras continuam a evoluir. Na maioria dos casos de TB, contudo, a infecção aguda não ocorre e a doença permanece localizada e, habitualmente, sem manifestações. A infecção inicial, porém, hiper sensibiliza o indivíduo contra a micobactéria e os seus produtos e altera a resposta do indivíduo para posteriores exposições ao M. tuberculosis. Para a maioria dos indivíduos, esta imunidade é protetora e dura a vida toda. ➔ Tuberculose Secundária: Alguns pacientes desenvolvem a TB secundária devido a uma re-infecção proveniente de fontes exógenas ou por reativação de micobactérias que tenham permanecido protegidas no interior dos macrófagos pulmonares durante algum tempo. Fatores como ,por exemplo, envelhecimento, má alimentação, estresse e desordens hormonais podem ser importantes fatores para predisporem os indivíduos à re-infecção por redução na efetividade do sistema imunológico permitindo a reativação de infecções latentes. As infecções pulmonares secundárias muitas vezes progridem para infecções crônicas que tem como resultado a destruição dos tecidos pulmonares, seguido de parcial cicatrização e calcificação nos sítios da infecção, o que frequentemente resulta em uma gradual propagação das lesões por todo pulmão. Os tecidos destruídos podem ser visualizados através de raios-X. Bactérias podem ser isoladas de escarros somente em pacientes com uma extensa destruição tissular. ➔ Tuberculose Pulmonar: Indivíduos com esse tipo de tuberculose têm seus pulmões acometidos pelo M. tuberculosis e constituem a principal forma de infecção da doença. A TB pulmonar pode ser primária ou secundária e seus sintomas clássicos são: tosse persistente por 3 semanas ou mais, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. ➔ Tuberculose Extrapulmonar: A tuberculose também pode acometer outros órgãos além dos pulmões e os três acometimentos extrapulmonares mais frequentes em nosso meio são o pleural, o linfonodal e o urogenital, além da importância do acometimento do sistema nervoso central (SNC). Essas manifestações não desempenham um papel importante na disseminação da enfermidade e, geralmente, são negativas à baciloscopia. Seu diagnóstico, em regra, depende de abordagem cirúrgica com cultivo tecidual ou de outro material biológico. Esse tipo de TB contribui com cerca de 10-20% dos casos, podendo atingir cifras bem maiores, de até 60%, naqueles com imunodeficiência acentuada e sua manifestação clínica dependerá do local comprometido. *A Tuberculose Pleural é a mais frequente manifestação de tuberculose extrapulmonar e é resultante da presença do bacilo ou de antígenos do M. tuberculosis no espaço pleural. Esses bacilos ou antígenos podem entrar no espaço pleural após ruptura de foco caseoso pulmonar na região subpleural, por contigüidade (proximidade) da lesão pulmonar, por ruptura de gânglio mediastinal ou por via hematogênica/linfática. A apresentação clínica pode variar, podendo ser tanto em forma de doença aguda como crônica. A forma aguda pode simular uma pneumonia bacteriana,com tosse não produtiva, dor torácica ventilatório-dependente, dispnéia e febre alta. A forma crônica, de evolução lenta, manifesta-se com tosse não produtiva, febre vespertina, sudorese noturna, adinamia (falta de forças), anorexia e perda de peso. E a confirmação diagnóstica depende do estudo do líquido e dos folhetos pleurais por diferentes atitudes diagnósticas. *A Tuberculose Ganglionar/Linfonodal é o tipo de tuberculose que acomete o gânglios linfáticos (linfonodos) e pode ser dividida em periférica, mediastinal e intra-abdominal. É a segunda manifestação extrapulmonar mais frequente em nosso meio, apesar de ser considerada como a mais importante em outros locais. Esse tipo de TB, em países com alta prevalência (com mais número de casos) de TB, é quase sempre ocasionada pelo Mycobacterium tuberculosis, enquanto, em locais de menor prevalência, outras micobactérias não tuberculosas podem estar envolvidas. No Brasil, a tuberculose ganglionar é predominantemente ocasionada pelo M. tuberculosis; porém, culturas com a identificação da espécie devem ser realizadas. Além disso, essa TB é bem frequente em pacientes com HIV. *A Tuberculose Geniturinária compromete o funcionamento renal e ocorre em virtude de disseminação hematogênica dos bacilos e frequentemente se associa com lesões genitais. A TB geniturinária é raramente encontrada em crianças e costuma desenvolver-se após 5-20 anos, por provável reativação endógena. Inicia-se na cortical renal, podendo gerar destruição parenquimatosa com cavitação e disseminação pelo sistema condutor (ureter, bexiga e uretra), podendo contaminar o aparelho genital, especialmente no homem. Clinicamente, manifesta-se como infecção urinária de evolução crônica com sintomas de febre, disúria, e hematúria que pode ser apenas microscópica e se associa à piúria asséptica. *A Tuberculose do SNC é uma importante manifestação da TB extrapulmonar. Sua incidência é proporcional à prevalência da enfermidade em geral, sendo nos países com maior prevalência uma enfermidade dos jovens, especialmente crianças. Estima-se uma incidência em torno de 10% de todos os pacientes com tuberculose. No Brasil, devido à vacinação com BCG de praticamente todas as crianças ao nascer, a incidência de meningoencefalite tuberculosa é baixa, representando aproximadamente 1% das formas extrapulmonares. Pode acometer qualquer faixa etária, especialmente nos pacientes HIV positivos, mas o faz, preferencialmente, em crianças menores de 6 anos de idade. Sua patogenia é decorrente da disseminação hematogênica de processo primário pulmonar, gerando pequenos focos granulomatosos na superfície do encéfalo (nódulos de Rich), mais comumente nas meninges e, raramente, na medula espinhal. Após um período de latência variável, esses focos rompem no espaço meníngeo e provocam infecção generalizada. A patogenia de lesões intracerebrais respeita o mesmo mecanismo. A menor imunidade facilita a eclosão da enfermidade. OBJETIVO 3: Conceituar Endemia, Epidemia, Surto Epidêmico e Pandemia ➔ Endemia: É a ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém sua incidência constante, permitidas as flutuações de valores, tais como as variações sazonais. ➔ Epidemia :A epidemia é uma doença que se propaga durante um certo período de tempo numa determinada zona geográfica e que afeta muitas pessoas em simultaneamente. Ela pode ser um surto de agravação de uma doença endêmica, ou seja, de uma doença que existe com frequência, em determinado lugar e que rapidamente ataca um grande número de pessoas, virando uma epidemia. ➔ Surto Epidêmico: Ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado ➔ Pandemia: é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. OBJETIVO 4: Entender o que é uma doença de notificação compulsória Notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, podendo ser imediata ou semanal. Dada a natureza específica de cada doença ou agravo à saúde, o processo da notificação é dinâmico e variável em função das mudanças no perfil epidemiológico, dos resultados obtidos com as ações de controle e da disponibilidade de novos conhecimentos científicos e tecnológicos.Historicamente, o Sistema de Informações de Doenças de Notificação Compulsória (SDNC) tem sido o principal instrumento da Vigilância Epidemiológica. Assim, é importante que seja preservado e constantemente aprimorado, incorporando-se os avanços científicos e tecnológicos de cada período, pois, em parte, dele dependem a eficiência e a efetividade da VE. As doenças sujeitas ao Regulamento Sanitário Internacional (hoje restrito a três enfermidades: cólera, peste e febre amarela) previsivelmente fazem parte de todas as listas dos países membros da OMS. A seleção de outras doenças e agravos tem obedecido a uma série de critérios e os mais utilizados têm sido os seguintes: magnitude, potencial de disseminação, transcendência (severidade, relevância social e econômica), vulnerabilidade e compromissos internacionais. As doenças que vêm compondo o SDNC têm sido aquelas que podem colocar em risco a saúde das coletividades e, tradicionalmente, vem-se restringindo às doenças transmissíveis. A idéia transmitida ao se falar do sistema de notificação compulsória é de que com este instrumento coletam-se dados "universais" de cada doença. OBJETIVO 5: Compreender as modificações do perfil do paciente e do agente etiológico A TB se constitui em uma doença infecciosa milenar, com relatos de médicos na Grécia, na Roma antiga e no antigo Egito. Ao longo dos anos, observa-se que houve mudanças significativas no perfil dos pacientes e do agente etiológico da doença. somente em 1882 a bactéria responsável pela doença, o M. tuberculosis, foi isolada pelo cientista alemão Robert Koch; em sua homenagem, o bacilo da tuberculose ficou conhecido como BK. A TB disseminou-se como epidemia na Europa basicamente a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial. Nesse momento histórico, os pacientes da TB eram principalmente trabalhadores urbanos (homens,mulheres e crianças), uma vez que estes eram submetidos a condições precárias e subumanas de trabalho e higiene e viviam em aglomerados urbanos com pouca ventilação. Nos últimos anos do século XVIII e no século XIX, a TB era considerada uma "doença romântica", idealizada nas obras literárias e artísticas e identificada como uma doença de poetas e intelectuais. Ainda no século XIX, com a Revolução Microbiológica e as descobertas a respeito da tuberculose, a taxa de pessoas infectadas com o BK no continente europeu foi reduzido. No século XX, as principais modificações no perfil dos pacientes ocorrem por conta do primeiro sucesso genuíno de vacinação contra a tuberculose, desenvolvida a partir de linhagens atenuadas da tuberculose bovina, e criado por Albert Calmette e Camille Guerin em 1906, a vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guerin); e do surgimento e disseminação da AIDS a partir de 1981. A combinação de medicamentos promoveu uma queda acentuada dos índices de mortalidade da doença no início do século. No entanto, a partir da década de 80, houve uma explosão de novos casos da tuberculose decorrente dos casos de HIV. Atualmente, além dos indivíduos imunodeprimidos, nos países desenvolvidos,as pessoas idosas, as minorias étnicas e a população de imigrantes são os mais atingidos. Nos países em desenvolvimento, determinantes sociais de grandes centros urbanos, como pobreza, baixa escolaridade, situações de confinamento, pessoas vivendo em situação de rua, abuso de drogas e indivíduos marginalizados, com difícil acesso aos serviços de saúde, formam um grande grupo de indivíduos vulneráveis entre os quais a tuberculose circula, contribuindo para perpetuar a doença e a miséria. No Brasil, a TB representa um problema social desde a colonização, sendo a principal causa de morte no Rio de Janeiro no século XIX. Apesar das baixas nos casos de TB no final do século XX, essa doença ainda é um problema de saúde pública. O controle da tuberculose é considerado prioridade para o Governo Federal desde 2003, porém ainda existem inúmeros desafios a ser enfrentados como a pobreza, a subnutrição, a condição do sobrevida da população carcerária do país e a alta contaminação da população indígena por TB. Da mesma forma que o perfil dos pacientes foi modificado ao longo dos anos, o perfil do agente etiológico da TB também sofreu modificações, sobretudo por meio de mutações e do desenvolvimento de resistência a alguns medicamentos. Desde cedo, com a ocorrência de cepas resistentes ao uso isolado de determinado medicamento, constatou-se a necessidade de uso combinado de drogas. OBJETIVO 6: Compreender a evolução do tratamento Por quase 3 milênios, desde as primeiras referências sobre tratamento da tuberculose (civilizações hindu e persa) passando por Hipócrates, as escolas de Cós e Cnide na Grécia, depois Alexandria, Galeno em Roma, Salermo, Montpellier, a Renascença até a primeira metade do século XX, recomendou-se repouso e alimentação. Climas amenos foram recomendados, crescendo nos últimos cem anos do período considerado, a mística do ar das montanhas. No final aumentaram as indicações de helioterapia, que já vinham sendo feitas, sobretudo para as formas ósseas. Após esses tipos de tratamentos, passaram a usar principalmente a sangria. No século XIX, destaca-se a iniciativa do médico Hermann Brechmer que construiu em Gorbersdorf uma instituição para doentes que eram bem alimentados e expostos ao ar fresco contínuo. Ela serviu de base para a construção dos sanatórios que preconizavam o regime de repouso e boa alimentação. Esta estratégia foi amplamente utilizada para cura e isolamento dos pacientes. Em 1882, na Itália, Carlo Forlanini desenvolve o pneumotórax que era a injeção intrapleural de gás ou ar filtrado visando comprimir o pulmão afetado deixando-o em repouso. Posteriormente, também se utilizou a toracoplastia que consistia na retirada de costelas visando o colapso permanente de áreas comprometidas do pulmão. Outras intervenções cirúrgicas, com retirada parcial ou total de um pulmão, também tiveram papel importante na busca da cura. A grande revolução no tratamento da tuberculose começa com a estreptomicina, descoberta em 1944 que teve seu poder terapêutico demonstrado em humanos. A ela se seguiram a utilização do ácido paraminossalissílico, a isoniazida, a pirazinamida, a ciclosserina , o etambutol e, em 1963, a principal droga hoje utilizada que é a rifampicina. No campo da prevenção, a vacina BCG (bacilo de Calmette-Guérin) que foi utilizada pela primeira vez em humanos em 1921 previne o desenvolvimento de TB fatal em crianças e jovens, mas sua eficácia de proteção contra a doença pulmonar em adultos é questionável. Atualmente a associação medicamentosa adequada, as doses corretas e o uso por tempo suficiente são os princípios básicos para o tratamento, evitando a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência aos fármacos e, assim, assegurando a cura do paciente. A esses princípios soma-se o Tratamento Diretamente Observado (TDO) como estratégia fundamental para o sucesso do tratamento. Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu comitê técnico assessor, reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Com base nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos Medicamentos antiTB, que mostrou aumento da resistência primária à isoniazida (de 4,4% para 6,0%), introduz o etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) do Esquema básico. A apresentação farmacológica desse esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol). Tratamentos com Esquema Básico em pacientes infectados por bacilos que apresentem mono ou polirresistência têm sido associados ao aumento do risco de recidiva, falência e ampliação do padrão de resistência, incluindo o desenvolvimento de multirresistência. Um esquema para multirresistência deve ser composto por, pelo menos, quatro fármacos com atividades efetivas que, preferencialmente, não tenham sido utilizados anteriormente. Quando a efetividade dos medicamentos é imprecisa ou o padrão de resistência é duvidoso, mais do que quatro medicamentos podem ser utilizados. http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731998 000100002 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-371320060 00900003 http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=234 https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1415-790X2005000200006&scri pt=sci_arttext&tlng= http://www.sopterj.com.br/profissionais/_revista/2012/n_01/02.pdf https://www.scielosp.org/article/rsp/1995.v29n4/279-282/pt/ http://rbfarma.org.br/files/rbf-2012-93-1-1.pdf http://dan.unb.br/images/doc/Serie273empdf.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132004000700003&script=sc i_arttext http://sopterj.com.br/profissionais/_revista/2012/n_01/05.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016. html http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-460X199 9000200002 http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose/situacao-epidemi ologica http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose/informacoes-tecn icas http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/fevereiro/24/Plano-N acional-Tuberculose.pdf file:///C:/Users/Seixas/Downloads/116-523-1-PB.pdf http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=93 9 https://medicoresponde.com.br/quais-sao-os-tipos-de-tuberculose/ https://hmsportugal.wordpress.com/2011/10/10/tuberculose/ http://sopterj.com.br/profissionais/_revista/2012/n_01/10.pdf file:///C:/Users/Seixas/Downloads/manual_recomendacoes_controle_tube rculose_brasil.pdf
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