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Resenha crítica caso Foxconn

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Rio das Ostras, 31 de outubro de 2017.
Resenha crítica do caso “Foxconn Technology Group”
	A empresa FOXCONN era a maior empresa do setor de EMS e a de mais rápido crescimento. FOXCONN tinha sido um nome de fantasia da Hon Hai antes de passar a ser uma subsidiária da empresa no ano 2000. Prestava serviços de projeto conjunto, desenvolvimento conjunto, fabricação, montagem e pós-vendas a parceiros a montante e estavas comprometida com o fornecimento da solução de menor “custo total”5. A FOXCONN e suas subsidiárias não só fabricavam produtos para a Apple, a Nintendo, a HP e a Motorola, como também produziam telefones celulares e peças para a NOKIA, consoles PlayStation 2 para a SONY e peças de computadores para a DELL.
	Sua principal vantagem competitiva no mercado era o preço. O motivo pelo qual a empresa podia se dar ao luxo de oferecer preços competitivamente baixos era o baixo custo da mão de obra na China. Os funcionários recebiam pouco para sua subsistência, sua jornada de trabalho era exaustiva, exerciam atividades repetitivas e monótonas e não tinham perspectiva de melhoria de vida. Eram trabalhadores que possuíam baixo nível de escolaridade e eram imigrantes.
	A FOXCONN percebia seus funcionários como meras máquinas produtivas, visando apenas à lucratividade da empresa. Sua visão era tão limitada que não visualizava os trabalhadores como colaboradores, tão pouco, desenvolvia nele conhecimentos e habilidades essenciais para a empresa. Aproveitava a situação deles, os quais possuíam baixo nível de escolaridade e necessidade financeira, para extrair, ao máximo, horas e horas de trabalho exaustivo e fazer ameaças. A empresa não possuía uma liderança sobre seus funcionários e, sim, um autoritarismo exacerbado.
	A consequência disso foram os suicídios ocorridos na FOXCONN. Porém, houve quem defendesse a empresa, enfatizando que a verdadeira causa dos suicídios era um problema social mais amplo e não algo limitado a ela.
Reagindo aos suicídios e pressionada pela Apple, a FOXCONN demonstrou disposição para fazer todo o possível para interromper a tragédia e adotou uma série de práticas corretivas. Como prevenção direta contra mais saltos, a empresa pediu que seus empregados assinassem um compromisso de “não-suicídio” e instalou 1,5 milhão de metros quadrados de redes de segurança.
Ora, a visão da empresa era tão limitada que ela acreditou que uma assinatura e redes de segurança fossem suficientes para impedir que os suicídios continuassem ocorrendo e que minimizaria as notícias e as repercussões na mídia. Não percebia a necessidade de uma mudança estrutural e cultural para melhoria da qualidade laboral de seus funcionários, como também, para desenvolvimento de uma empresa mais sustentável.
Como consequência de toda a repercussão dos suicídios ocorridos, a FOXCONN passou dificuldades também no mercado acionário e, em 2010, o preço da ação de Hon Hai caiu 24% e despencou 5,7% no pregão de Taipei em junho de 2010, contribuindo para piora de sua imagem no mercado e seu desenvolvimento financeiro.
Trabalho realizado por Fabiana da Silva Souza.

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