Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO ENDONDONTIA II AULA 1 - MICROBIOLOGIA ENDODONTICA Fatores irritantes: Químicos, físicos ou micro organismos. Ex: Cárie (gera dor) PATOLOGIA PULPAR Principal causador das alterações pulpares é a doença cárie (microorganismos) Mais de 200 espécies na cavidade oral 50% dos patógenos não são cultiváveis. PROCESSO INFLAMATÓRIO PROCESSO INFECCIOSO Acontece com a necrose pulpar Espécies bacterianas: S. mutans, bactobacillos, actinomices M.O. envolvidos LESÕES: Endodonticas primárias Secundárias: m.o. não são daquela região Intra radiculares persistentes Extra-radiculares PRIMÁRIAS: Composição bacteriana de polpas necróticas de dentes humanos recém-extraídos. 276 bactérias isoladas _ 91%anaeróbicos estritos Infecção mista Gram – Anaeróbicos estritos SECUNDÁRIA OU PERSISTENTE: Não estavam presentes nas infecções primárias Durante tratamento Entre sessões Após a conclusão SECUNDÁRIA OU PERSISTENTE: Principais micro organismos da infecção endodôntica persistente: Enterococcus e Candida Albicans. Medicação intra canal sozinho não combate VIAS DE INFECÇÃO: Túbulos dentinários Exposição pulpar Periodonto - canais laterais, secundários e acessórios. - anacorese hematogênica : m.o. através de vasos sanguíneos. Lesões de furca sem comprometimento das cristas ósseas. REAÇÕES PULPARES AOS M.O.s Diminuição da permeabilidade dentinária Aumento da produção de dentina Reação inflamatória e imune MÉTODOS DE CONTROLE Isolamento e anti-sespsia do campo operatório Barreiras físicas: Dique de borracha, luvas Esterilização e desinfecção de instrumentos e equipamentos. OBJETIVO DA TERAPIA ENDODONTICA Deixar o m.o. enfraquecido (reduzido) para não agredir. Irrigação e medicação intra canal Hipoclorito de Sódio – Irrigação Hidróxido de cálcio – Medicação intra canal Ambos bactericidas FALHAS NA TERAPIA Permanência de m.o. no interior do sitema de canais radiculares Infecção Extra radicular: - variações anatômicas - limpeza e moldagem inadequada - obturação inadequada - iatrogenias - selamento coronários deficiente Principais m.o.: Estreptococcus Faecalis TRATAMENTO: Zona crítica apical – últimos 5 mm AULA 2 - DIAGNÓSTICO ENDODONTICO E RECURSOS SEMIOTECNICOS Definição: “A arte de identificar uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.” Semiologia e Patologia Experiencia Clinica Bom senso HISTÓRIA MEDICA E DENTAL Anamnese – para guiar o protocolo ou conduta farmacêutica ou cirúrgica do procedimento. Diabetes Pressão arterial Infarto do miocárdio recente Uso de válvula cardíaca Febre reumática Problemas cardíacos Anticoagulantes Acompanhamento médico HISTÓRIA DENTAL Qual problema trouxe aqui? (Saber identificar o dente) Quando começou? Dói quando? Consegue relacionar algo que faz a dor aumentar? *Atenção a dor referida (áreas da boca, do pescoço, temporal e pré-auricular ). É comum a dor referida manifestar-se em dentes adjacentes ou no quadrante oposto. É difícil a dor de origem odontogenica atravessar a linha média. As perguntas vão ajudar o clínico para estabelecer a localização, natureza, qualidade urgência do problema. DADOS OBJETIVOS: Condição periodontal do elemento dentário e adjacentes Condição pulpar (testes) Exames radiográficos RECURSOS SEMIOTECNICOS: Palpação e percussão Teste de mobilidade Transluminação Inspeção Radiografias INSPEÇÃO: Lábios: interna e externa Bochecha: os dois lados Língua: apalpar e avaliar higiene Garganta: Enquanto diz: Aaaaaah! Palato Abaixo da língua: Presença de caroços Extraoral: Nódulos, linfonodos, pescoço, abaixo da mandíbula e assimetria facial Cor da coroa Restaurações Exposição pulpar Presença de carie Dentes hígidos: trauma Dentes sem tratamento com pigmentação receberam trauma seguido de extravasamento de sangue que causou a pigmentação. OBS: Anomalias encontradas devem ser comunicadas ao paciente. PALPAÇÃO E PERCUSSÃO: Palpar com a ponta do dedo Observar se há aumento de volume Palpar submandibular Percussão com cabo do espelho Som metálico (seco/oco): Dente anquilosado (sem amortecimento) Em caso de edema e inflamação: paciente relata dor Sensação de dente crescido: Inflamação no Ligamento Periodontal (dor na mastigação) Exame positivo: paciente sente dor Inflamação na região perirradicular: dor na apalpação TESTE DE MOBILIDADE: Avaliar tecidos de sustentação Aplicar forças em direção V-L (alternando o sentido) Realizar sondagem periodontal no dente suspeito *Classificação de mobilidade perio: Grau 1: até 1mm no sentido V-L Grau 2: mais de 1mm Grau 3: mobilidade em sentido vertical RADIOGRAFIAS – PERIAPICAL E INTERPROXIMAL Câmara pulpar Presença de cáries Qualidade das restaurações Qualidade das obturações Avaliar endodonto Corpos estranhos Instrumentos fraturados Fraturas radiculares Reabsorções (ext e int) Nódulos pulpares Lesões radiolúcidas AVALIAÇÕES SITÊMICAS: Lamina dura Presença de desmineralização óssea Aspecto da câmara pulpar e canais radiculares Preciso de outros exames radiográficos? OBS: Cuidados para não serem confundidos: Forame mentoniano Forame nasopalatino Rizogênese incompleta CONDIÇÔES PATOLÓGICAS: Displasia cemento-óssea ( mais comum em mulheres) Osteoesclerose periapical Osteite condensante Displasia cementiforme RASTREAMENTO: Quando há presença de fístula – sempre rastrear Dicas!!! Preferencialmente cone de guta M ou FM Cortar a ponta do cone Passar anestésico tópico na ponta do cone Sem lesão: Fratura do dente TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (CONE BEAM) Quando requisitada uma reconstrução em múltiplos planos Permite enxergar todas as estruturas, principalmente tecidos mineralizados Indicado para região dentomaxilo facial Dispõem de uma mínima distorção e dose significativamente menor que a tomografia computadorizada tradicional Quando usar: Identificação de potenciais canais acessórios em dentes com suspeita de morfologia complexa com base em exames de imagens convencionais. Identificação de anomalias do sistema de canais radiculares e determinação da curvatura Diagnostico de patologias periapicais em pacientes que apresentam sinais e sintomas Avaliação intra ou pós operatória de compliacações de tratamento Diagnóstico e gestão de trauma dentoalveolar Localização e diferenciação de reabsorção radicular Planejamento pré cirurgia para determinação e localização exata do ápice da raiz e avaliar a proximidade com estruturas anatômicas TESTE ELÉTRICO DE SENSIBILIDADE: Aparelho produz uma corrente elétrica de alta frequência e baixa voltagem. A unidade de medida é fornecida em minianperagem ou microvoltagem TÉRMICO: Frio: Fluoretano (23◦) Gás carbônico (neve carbônica – 78◦) Calor: Pouco utilizado Disco de borracha em rotação Guta percha aquecida RESPOSTA INCORRETA DO TESTE: Calcificações Rizogênese incompleta Dentes traumatizados ***Laser Doppler: Rizogênese incompleta*** TRANSLUMINAÇÃO: Intenso feixe de luz, geralmente através da fibra ótica Fraturas coronárias Perfurações Carie TESTE DE CAVIDADE: Invasivo: Acessar com broca esférica fina sem anestesiar o paciente Se o paciente sentir dor é porque o dente está vital Realizar isolamento relativo Utilizar broca esférica diamantada #1011 ou #1012 pequena Fugir de áreas estéticas (oclusal ou lingual Ir devagar e observar reações do paciente TESTE DE ANESTESIA: Indicado para dor difusa ou reflexa Paciente não sabe determinar o dente EXPLORAÇÃO CIRURGICA: Último caso Suspeita de fratura Patologias de origem não endodôntica TUMEFAÇÃO E ABCESSOS: Geralmente ligados a problemas endodônticos ou periodontais INVESTIGAÇÃO: Rânula merguhante ≠ abcesso Neuralgia do trigêmeo ≠ Odontologia ***Neuralgia do trigêmeo: Distúrbio do SNC que afeta o trigêmeo. Dor muito forte (choque). Dor de origem neuropática. Bruxismo: Pacientes estressados e dor de pericementite Sinusite: Dói vários dentes e não só 1. Testes inconclusivos CONSIDERAÇÕES FINAIS: NormalidadesX anormalidades Conhecer recursos para a obtenção do diagnóstico Saber interpretar os achados e encontrados Não se precipitar e nem negligenciar AULA 3 – ETIOPATOGENIAS DAS ALTERAÇÕES PULPARES E PERIAPICAIS Polpa = tecido conjuntivo frouxo Odontoblastos = matriz orgânica da dentina + transporte de ions de cálcio Zona odontoblástica = capilares sanguíneos + rede nervosa terminal + células dendríticas + fibras colágenas Zona acelular= fibras nervosas amielínicas +capilares sanguíneos +processos fibroblásticos Zona celular = Fibroblastos + Células indiferenciadas + células de defesa Zona central = células do tecido conjuntivo + vasos + nervos Esclerose dentinária = Diminuição da permeabilidade dentinária, obliterando os túbulos dentinários, ficando mais radiopaco nas radiografias. Dentina terciária reacional = Secretada por odontoblastos primários → barreira aos agentes agressores. Morte dos odontoblastos primários se diferenciam em dentina terciária reparadora. Dentina terciária reparadora (por células indiferenciadas) = Morte de odontoblastos → diferenciação celular Inflamação pulpar = Agressão ultrapassa o limiar de tolerância fisiolégica da polpa. Mecanismos de defesa tecidual Ruptura da homeostasia Mobilidade de substancias e células “A inflamação é a reação local dos tecidos à agressão caracterizada por uma série de alterações que visam limitar os efeitos da agressão.” Calor, rubor, tumor e dor → continua → perda de função INFLAMAÇÃO Inflamação aguda Injuria por infecção bacteriana, toxinas ou trauma. Alterações vasculares Recrutamento de neutrófilos Liberação de mediadores químicos para sinalização (Calor, rubor, edema e dor) Vasodilatação ↑ permeabilidade vascular → Diapedese ( passagem de células sanguíneas, em especial os leucócitos, através das paredes dos capilares) Degradação de mastócitos Neutrófilos fazem a fagocitose de m.o. agressores Exsudato purulento Exsudato purulento Resolução: Remoção do estimulo agressor Remoção de células e mediadores da inflamação aguda Reposição das células danificadas Retorno das funções normais Inflamação crônica Injuria por infecção de baixa virulência, longa duração e agressão persistente. Após 24-48 horas... Angiogênese Infiltrado mononuclear Fibroblastos Agente persistente Longa duração Ausência ( cronifica a lesão) ou pouca evidencia dos sinais cardinais Caracterizada por presença de macrófagos e linfócitos tipo B e T REVISÃO Polpa Tecido conjuntivo frouxo Dentina → permeabilidade Não sofre passivamente Processo inflamatório Duração → Agudo ou crônico Quais os agentes capazes de provocar alterações pulpares??? Agentes agressores: Físicos: Traumas dento-alveolares Fratura de esmalte e dentina → Exposição pulpar Concussão, subluxação, luxação lateral, extrusão, intrusão, avulsão... Físicos: Mecânicos Atrição = Bruxismo ( distúrbio parafuncional, multifatorial, desgaste → exposição dentinária) Comment by Caetano: Abrasão = Força excessiva na escovação, dentifrícios abrasivos, dentifrícios com menor concentração de fluoretos) “O desgaste da superfície dental é irreversível e, se excessiva, pode atingir níveis patológicos que afetam a polpa dentaria e modificam a forma, função e estética dental.” Erosão = Alimentação, medicamentos, álcool, refluxo gástrico... “Ocorre em sinergismo entre a atrição, abrasão e erosão” Procedimentos odontológicos Doença periodontal Raspagem e alisamento.... ( perda de inserção, remoção de cemento, superfície radicular exposta → infiltração bacteriana) Procedimentos restauradores = Calor, dessecação, irritação química ( condicionamento acido, monômeros não polimerizados, contração de polimerização), citotoxidade Quimicos Materiais restauradores Clareamento dental Biológicos CÁRIE DENTAL → PROCESSO DINÂMICO ↓ PELÍCULA ADQUIRIDA ↓ ADESÃO ↓ ACÚMULO BACTERIANO ↓ PRODUÇÃO DE ÁCIDOS ↓ DESMINERALIZAÇÃO Carie dental = Pequenos defeitos no esmalte... Microorganismos Polpa exposta ao meio bucal Germ free = Polpa normal e Formação de barreira Convencional = Inflamação e necrose pulpar Canal Radicular Microbiota complexa Anaerobios estritos EXPOSIÇÃO PULPAR ↓ IRREVERSIBILIDADE ↓ NECROSE PULPAR ↓ COLONIZAÇÃO RADICULAR ↓ ALTERAÇÕES PERIAPICAIS ↓ Oxigenio Disponibilidade de nutrientes Interações microbianas ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS DA POLPA Aguda Pulpite reversível Pulpite irreversível Necrose pulpar Crônica Pulpite crônica hiperplásica Pulpite crônica ulcerada OBS: Características clinicas diferem dos achados histológicos. Aguda – Crônica Características biofísicas Permanência da dor AGUDA: Pulpite Aguda Reversível Conceito: “Leve alteração inflamatória da polpa em que a reparação tecidual advém com a remoção do agente desencadeador do processo.” Características: Evolução: Rápida Dor: Assintomática/Provocada, curta duração, localizada ( dor ao gelado e quente) Dente afetado: Cárie, restauração recente, tratamento periodontal Mucosa: Normal Tratamento: Identificação do agente agressor Remoção da causa Pulpite Aguda Irreversível Conceito: “Desenvolvimento de um nível de inflamação no qual a polpa sofreu um dano além da possibilidade de recuperação” Características: Evolução: Rápida Dor: Provocada → Longa duração Espontânea → Intensa, contínua, pulsátil, difusa Dente afetado: Cárie ou restauração intensa Mucosa: Normal Tratamento: Biopulpectomia: Tratamento de canal radicular de dente com vitalidade pulpar. CRÔNICA Pulpite crônica ulcerada Similar a hiperplásica Tecido de granulação limitado a câmara pulpar Fica baixa/ ulcerada Tratamento: Biopulpectomia Irritação de baixa intensidade Longa duração Pulpite crônica hiperplásica Pólipo pulpar = fenômeno produtivo e proliferativo (crescimento para fora do dente) Pacientes jovens Irritação de baixa intensidade Longa duração Tratamento: Pulpotomia (remoção da polpa coronária) Necrose pulpa Necrose por liquefação: Infecção bacteriana, Destruição tecidual por enzimas bacterianas. Necrose por coagulação: Rompimento de feixe vasculonervoso, Isquemia tecidual Necrose gangrenosa: Necrose de coagulação → Invasão bacteriana → liquefação. Características: Trocas térmicas: assintomático Dente afetado: Alteração de cor, cárie ou restauração extensa Tratamento: Necropulpectomia (Remoção da polpa necrosada) ALTERAÇÕES DO PERIÁPICE Região periapical também denominada de periápice (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar). Capacidade quase limitada de defesa pela presença da rica vascularização Patologias Periapicais Após a necrose total da polpa ... Aguda Periodontite apical aguda Abcesso periapical agudo Crônica Abcesso periapical crônico Granuloma periapical Cisto periapical Intensidade da agressão: Número de bactérias Grau de virulência X Resistência do hospedeiro Periodontite apical aguda Fatores etiológicos: Dente vital Trauma oclusal Trauma acidental Forças ortodônticas Dente sem vitalidade (Necrose pulpar) Infecção endodôntica Instrumentação endodôntica Soluções e materiais endodônticos Conceito: “Resposta inflamatória aguda limitada ao ligamento periodontal e osso vizinho caracterizada por discreta extrusão dentária e sensibilidade a percussão” Outas nomenclaturas: Periodontite apical Inicial Periodontite apical aguda não supurativa Pericementite apical aguda Características: Dor: Provocada (percussão), suportável, localizada Dente afetado: Extrusão discreta, mobilidade levemente acentudada, Sensibilidade a percussão Mucosa: Normal/ Sensível a palpação Radiográficas: Espessamento do espaço do ligamento periodontal e integridade da lâmina dura Tratamento: Remoção do agente agressor: Instrumentação endodôntica, materiais endodônticos, soluções endodônticas, forças ortodônticas, trauma oclusal, trauma acidental,infecção endodôntica ( necropulpectomia) Dente vital Periodontite apical aguda → Remoção da causa → ReparoDente sem vitalidade Necrose pulpar → periodontite apical aguda → Abscesso periapical agudo → abscesso Fênix Abcesso Periapical Agudo Necrose pulpa ou infecção mista Outas nomenclaturas: Periodontite apical aguda supurativa Abscesso dentoalveolar agudo Abscesso perirradicular agudo Conceito: “Se a resposta inflamatória não consegue eliminar ou reduzir a ação do agente agressor, há uma exacerbação caracterizada por uma inflamação purulenta.” Classificação: Critérios anatômicos: Inta-oral Intra- ósseo Subperiósteo Sub-mucoso Extra-oral Subcutâneo Critérios clínicos: Estágio de evolução: Inicial, Em evolução e Evoluído ( drenagem). Características: Evolução: Rápida Dor: Espontânea, Intensa, Pulsátil, Contínua, Localizada. “Pode não apresentar evidencias de envolvimento sistêmico, tais como linfodenite regional, febre e mal- estar.” Dente afetado: Necrose pulpar, destruição coronária ampla, extrusão dental, mobilidade acentuada, sensibilidade a percussão. Mucosa/pele: Avermelhada ou amarelada, sensibilidade a palpação apical, aumento de volume (assimetria facial) Radiográficas: Espessamento apical, integridade da lâmina dura Fênix: Associado a lesão pré-existente Tratamento: Necropulpectomia ( remoção da polpa necrosada) Abscesso periapical crônico Conceito: “Processo crônico com foco de supuração localizado próximo a região perirradicular de um canal radicular de polpa necrosada.” Outas nomenclaturas: Abscesso perirradicular crônico Periodontite apical supurativa Abscesso periapical com fistula Necrose pulpar Microorganismos Baixa virulência Longa duração Características: Evolução: lenta Dor: Assintomático Dente afetado: Carie ou restauração extensa, Fratura radicular, envolvimento endoperiodontal, infecções secundárias. Mucosa: Fístula ativa ou inativa Percussão/Palpação: Ausente/ligeira sensibilidade Radiografica: Reabsorção óssea difusa/ circunscrita, Lâmina dura interrompida. Tratamento: Endodontia Exodontia Granuloma Periapical Outras nomenclaturas: Periodontite apical crônica Conceito: “Primeira tentativa do organismo no sentido de cicatrização e cura do processo patológico.” Características: Evolução: Lenta Dor: Assintomático Dente afetado: Necrose pulpar, escurecimento coronário, cárie profunda/restauração extensa, mobilidade normal, percussão normal. Mucosa: Normal/ sensível a palpação. Radiográfica: Limites precisos, rompimento da lâmina dura. Tratamento: Dente viável: Necropulpectomia Dente inviável: Exodontia Evolução: Reparo Cicatrizes fibrosas Agudização (abscesso fênix) Cisto periapical Desenvolvimento cístico Teoria da deficiência nutricional Resposta inflamatória Restos epiteliais de malassez Cisto periapical Outras nomenclaturas: Cisto radicular Cisto periodontal apical Conceito: “Capsula de tecido conjuntivo fibroso revestida por epitélio com um lumen contendo liquido e restos celulares.” Características: Evolução: lenta Dor: Assintomático Dente afetado: Necrose pulpar, Escurecimento coronário. Cárie profunda/ restauração extensa, mobilidade normal, percussão normal. Mucosa: Normal/ Sensível a palpação. Aumento de volume → Expansão óssea. Radiográficos: Imagem radiolúcida, Circular ou oval, limites preciso, rompimento da lamina dura. Posição: Cisto Periapical, Cisto radicular lateral ou Cisto residual. Tratamento: Necropulpectomia Cirurgia perirradicular Evolução: Reparo Cicatrizes fibrosas Agudização (Abscesso fênix) AULA 4 – TÓPICOS BÁSICOS EM ENDODONTIA Procedimentos fundamentais para o início da pratica endodôntica: Anestesia em endodontia – todos os dentes devem ser anestesiados Objetivo: Propiciar o conhecimento das técnicas anestésicas, principalmente as utilizadas no decorrer de um adequado tratamento endodôntico. Antes do grampo anestesiar a papila. Não encharcar o algodão com anestésico tópico. Estresse influencia na anestesia. Maxila: Anestesia terminal infiltrativa. Com uma agulha curta, penetrar na prega mucosa vestibular no sentido ao longo eixo do dente depositando a anestesia o mais próximo possível do ápice do dente a ser anestesiado. Nervo Alveolar Superior Posterio: Com a agulha curta aplicada no nível da prega correspondente ao dente. Quando se deseja trabalhar com mais de um dente realiza-se bloqueio regional infiltrando-se solução anestésica ao nível da tuberosidade. Anesteia infiltrativa do nervo palatino maior: Penetrar com a agulha curta na fossa pterigo palatina situada distalmente ao último molar a cerca de 10 mm do bordo ósseo alveolar, aprofundar cerca de 5 mm e injetar o anestésico. Mandíbula Bloqueio regional do mentoniano: Essa técnica é realizada através de injeção ao nível da prega bucal com agulha curta, Deve-se penetrar com a agulha entre os pré molares e paralelamente ao osso. Bloqueio Regional Mandibular: Posicionar o dedo indicador na incisura coronoidea, traçar uma linha imaginária paralela ao plano oclusal dos dentes molares mandibulares em média 6 a 10 mm acima deste plano. Posicionar agulha introduzindo em média 5 até 8mm e depositar o anestésico, à seguir, deve se modificar a posição da agulha sem removê-la dos tecidos, apenas introduzindo mais a agulha e posicionando –a sobre os pre molares do lado oposto, Ao sentir um ligeiro toque no osso, deve-se recuar alguns milímetros e injeta-se o restante do anestésico. Isolamento absoluto em endodontia Isolar somente o dente a ser tratado, se não possuircoroa o suficiente, isolar o vizinho também. Dente que não pode ser isolado, não pode ser tratado. Vantagens: Campo operatório livre de umidade Pouca ou nenhuma contaminação por saliva Proteção e afastamento dos tecidos moles Redução no risco de acidentes durante o procedimento Controle de infecção cruzada Conforto para o paciente Cuidados prévios: Profilaxia Remoção de cárie Avaliar restaurações existentes Verificar o espaço interproximal Eliminar arestas cortantes Anestesia Seleção do grampo Dificuldades: Destruição por cárie ou fratura de paredes. Dentes preparados para prótese Dentes com coroas expulsivas Dentes mal posicionados no arco Dentes suporte de prótese fixa Aparelhos ortodônticos Dentes traumatizados Dentes com grande comprometimento periodontal Radiologia em endodontia Indicações: Diagnostico Tratamento Proservação Documentação Colocação do filme: Odente deve estar no centro do filme Envolver pelo menos 3 mm de osso apical Evitar distorções Comprimento de trabalho de dente birradicular – 1 de cada raiz por técnica de Clark Radiografia como documento: Faz parte do registro do paciente Mostra a condição do paciente antes do tratamento Permite acompanhamento do tratamento e evolução Mostra o resultado final Técnicas radiográficas empregadas para diagnóstico: Periapical Convencional Clark Le Master Interproximal (bite-wing) Método de Clark O Objeto mais afastado do cilindro posicionador (objeto lingual) desloca se no sentido do deslocamento do cilindro posicionador. Indicações: Dissociações de raízes e canais Localização de dentes inclusos Localização de corpos estranhos Localização de processos patológicos Técnica de Le Master Técnica indicada para maxila quando ocorrer sobreposição das imagens do processo zigomático da maxila e das raízes dos molares superiores. A técnica consiste na colocação de um rolete de algodão preso com fita crepe na metade inferior do filme; isso diminui a angulação vertical eliminando-se a sobreposição de imagens. Fatores determinantes: Imagem radiotransparente central em relação à raiz; Imagem proporcional ao diâmetro mesio distal; Imagem visível em toda extensão da raiz; Uma linha radiotransparente longitudinal; Imagem de um ápice. AULA 4 – MEDICAÇÃO INTRACANAL Tratamento endodôntico em sessão única ou múltiplas sessões? Sessão única Vantagens: Permite a obturação do canal no momento em que o clínico está mais familiarizado com a anatomia do canal; Reduz o tempo clínico; Permite a imediata utilizaçãodo canal para a retenção da restauração; Elimina a possibilidade de contaminação ou recontaminação do canal entre as consultas. Fatores críticos: Sintomatologia pós operatória Sucesso a longo prazo ? Sessões múltiplas Quando indicar? Razões biológicas: Rizogênese incompleta Exsudato persistente Abscessos periapicais Sintomatologia dolorosa Trauma/Reabsorções inflamatórias Razoes técnicas: Falta de tempo Medicação intra-canal Objetivos: Promover a eliminação de m.o. que sobreviveram ao preparo químico-mecânico; Impedir a proliferação de m.o. que sobreviveram ao preparo químico-mecânico; Atuar como barreira físico-quimica; Reduzir a inflamação perirradicular; Solubilizar matéria orgânica; Neutralizar produtos tóxicos; Controlar exsudação persistente; Estimular a reparação por tecido mineralizado; Controlar reabsorção dentinária externa inflamatória. Medicamentos utilizados: Paramonoclorofenol Tricresol formalina ou formocresol Associação corticosteroide-antibiótico Clorexidina gel % Hidróxido de cálcio e associações Paramonoclorofenol Caracteristicas: Propriedade anti-sépticas ↑ poder antimicrobiano Associações (Cânfora/Furacin/Água ) Baixa tensão superficial Elevada penetrabilidade e ação à distancia. Desvantagens: Potente agente citotóxico Ação rápida Não neutraliza produtos tóxicos Coagula proteínas Sabor e odor desagradável Liberam radicais livres Não atuam na LPS bacteriana Tricresol Formalina ou Formocresol – Mesma composição química, com concentrações diferentesde formalina. Características: Composto àbase de formaldeídos e cresol Ligações químicas com proteínas dos micro organismos Ação bactericida Atua por contato direto e à distancia Irritante aos tecidos vivos Tem sido sugerido que podem neutralizar o conteúdo toxico do canal radicular e assim quando utilizados antes/durante o preparo químico mecânico reduzem o risco de flare-ups (agudização que surge entre as sessões), porém não consta no “Acepted Dental Remedies” dada. Citotoxico, mutagênicos e carcinogêncico. Reações adversas: Formaldeido marcado: ligamento periodontal, osso, dentina e urina; Minutos após: fígado, rins, pulmões, musculatura esquelética, e fluido cerebral espinhal. Efeitos tóxicos Embriotoxicos e teratogênicos “Embora seja observado uma taxa de sucesso clinico e radiográfico de até 90%, o mesmo não ocorre histologicamente.” Associações corticosteroide – Antibióticos Corticosteroides: Hidrocortisona ou Prednisolona Antibioticos: Sulfato de Neomicina (anaeróbicos facultativos) Polimixina B (Anaeróbios estritos) Caracteristicas: Hidróxido de cálcio Caracteristicas: Pó branco Alcalino Pouco solúvel em agua Base forte Calcinação Carbonato de cálcio A dissociação iônica do Ca(OH)² em ions cálcio e ions hidroxila determina as propriedades biológicas e bacteriológicas desta substancia. Veículos: Veiculação para interior do Sistema de canais radiculares; Dissociação iônica do Ca(OH)²; Classificação de veículos Atividade microbiana: Inerte Biologicamente ativos Caracteristicas físico químicas: Hidrossolúveis (Aquoso/viscoso) Oleosos Atividade microbiana: Inertes: Agua destilada Soro fisiológico Soluções anestésicas Glicerina Polietilenoglicol Propilenoglicol Biologicamente ativos: PMCC Clorexidina Iodeto de potássio iodetado Cresatina Tricresol formalina Características físico químicas: Hidrossolúveis: Aquosos: Água destilada Soro fisiológico Soluções anestésicas Viscosos: Glicerina Clorexidina Polietilenoglicol Propilenoglicol Oleosos: Ácidos graxos Óleo de oliva Silicone Canfora Atividades biológicas Ação anti inflamatória Ação higroscópica (Hid. De Ca hipertônico) Formação de pontes de proteinato de cálcio Inibição da fosfolipase – inibição da síntese de Prostaglandina (Desnaturação e ↑ de pH) Ação antimicrobiana (contato direto) Perda da integridade da membrana citoplasmática Inativação enzimática (pH) Dano ao DNA ( íons hidroxila) Neutralização de endotoxinas LPS – PAREDE CELULAR DE BACTÉRIA GRAM NEGATIVAS ↓ FATOR DE VIRULÊNCIA Indução de reparo por tecido mineralizado Ativação de enzimas envolvidas no reparo Trauma químico Outras propriedades Solvente de matéria orgânica Inibição da reabsorção radicular externa Propriedade anti-hemorragica Atividade física/química Ação de preenchimento Barreira física Barreira química Fatores influentes Anatomia Preparo químico mecânico Natureza do veiculo Consistência no momento do emprego Limitações Diferenças de permeabilidade ao longo da raiz Efeito de contato direto – luz do canal radicular Alteração de pH em dentina radicular profunda Pico de pH no 14◦ dia, com declínio até o 21◦ dia, estabilizando-se até o 35◦ dia. Mecanismo de pH: E. Faecallis, C. Albicans e A. radicidents A inativação dos medicamentos no ambiente químico do canal radicular com polpa necrótica é uma razão para a incompleta eliminação dos micro organismos. Susceptibilidade Fase de crescimento celular Organização em biofilmes complexos Mecanismos de resistência (bomba de prótons) PMCC + Hidróxido de cálcio + Glicerina Hidróxido de cálcio Efeito de preenchimento Alteração de pH Atividades biológicas – reparo Glicerina Veículo hidrossolúvel, viscoso e inerte PMCC Grande atividade antibacteriana Liberação lenta Baixa citotoxidade – associação Clorexidina 2% Aplicações clinicas: Efetiva contra micro organismos resistentes tais como E. faecallis e Candida Albicans Capacidade de difusão na dentina radicular, atingindo regiões profundas e a superfície radicular externa Deve ser aplicada no canal radicular por períodos curtos de tempo (máximo 7 dias) Ação antibacteriana: Gram positivos Gram negativos Aeróbios Anaeróbios facultativos Leveduras Vírus Substantividade: “Capacidade de adsorver-se aos tecidos dentais e mucosas com liberação gradual prolongada em níveis terapêuticos” Atividade antimicrobiana residual de 48 a 72 horas após a instrumentação – irrigação do canal com clorexidina liquida 2%. Após um contato de 7 dias com a dentina, o efeito residual manifestou-se por 21 dias. Clorexidina gel 2% + Hidróxido de cálcio Objetivo: Hidróxido de cálcio: Efeito de preenchimento Alteração do pH Atividades biológicas – reparo Clorexidina gel 2%: Atividade antimicrobiana Capacidade de difusão Baixa toxicidade “Aumentar as propriedades antimicrobianas do hidróxido de cálcio, mantendo as suas características biológicas e mecânicas de barreira física.” PREENCHIMENTO DO CANAL Técnicas de preenchimento: Porta-amalgama Instrumentos endodônticos Seringas Condensador de McSpadden Lentulo Remoção do medicamento intra canal A medicação residual pode bloquear a entrada dos canais laterais, reduzindo ou mesmo impedindo a penetração do material selador ou da guta- percha. A ação de instrumentos e irrigantes não foi efetiva na remoção completa de medicações intra canais Cuidados relevantes: Irrigação copiosa cm soro fisiológico Reinstrumentação completa Uso de EDTA 17% Selamento coronário “impedir que a saliva e microorganismos da cavidade oral ganhem acesso ao canal radicular, prevenindo assim o risco de infecção ou reinfecção, e evitar a passagem de medicamentos do interior do canal radicular para o meio bucal, preservando a efetividade da medicação intra canal...” Material selador: Estabilidade dimensional Boa adesividade Resistência mecânica Causas de falha: Preparo incorreto da cavidade de acesso Material mal adaptado às paredes da cavidade Resíduos entre as paredes cavitárias e a restauração Perda ou fratura do material selador e/ou da estrutura dentária Material de escolha: IRM Coltosol Ionômero de vidro Procedimentos clínicos: Indicações precisas para o uso de MICs Associação de medicações intracanais com o objetivo de ampliar o espectro antimicrobiano Tempo de permanência da MIC nos canais radiculares Reinstrumentaçãodos canais radiculares Biopulpectomia: Canal não totalmente instrumentado – Otosporin Canal totalmente instrumentado – Hidróxido de Cálcio + Veiculo inerte Necropulpectomias: Canal não totalmente instrumentado – NaOCI (hipoclorito de sódio) ou CHX ( clorexidina) Canal totalmente instrumentado – Pasta HPG ( hidróxido de cálcio + PMCC + glicerina) ou CHX 2% + Hidróxido de cálcio *PMCC= pasta de hidróxido de cálcio
Compartilhar