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Contestação Trabalhista - Justa Causa

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA/GO
Processo n° 0010001-10.2017.518.0002
Maria José Pereira, pessoa física inscrita sob o nº de CPF 055.222.345-61, domiciliada, na Rua Girassol, número 380, apartamento 301, bairro Mendanha, Goiânia/GO, CEP 74.100-000, por seu advogado que esta subscreve com endereço profissional à Rua______, nº ____, Bairro, Cidade/UF, onde deverá receber intimações (procuração em anexo), vem respeitosamente apresentar:
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA
com fundamento no art. 847 da CLT c/c art. 5º, LV, da CF/88, nos autos da Reclamação Trabalhista proposta por Albano Machado, brasileiro, casado, cuidador, portador do RG n.º_______, inscrito no CPF/MF sob o n.º 123.456.789-00, PIS n.º________, residente e domiciliado à Rua Alameda do Riacho, nº 125, bairro Vila Paris, CEP nº 74.000-000, Goiânia/GO, consubstanciado pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
Ajuizou o Autor a presente ação visando a desconstituição da rescisão por justa causa aplicada ao mesmo, com o consequente pagamento das verbas decorrentes da dispensa sem justa causa.
Visa também o Autor o recebimento das verbas pleiteadas e discriminadas na inicial, que são decorrentes de relação de emprego. No entanto, não lhe assiste razão quanto às pretensões formuladas, eis que, conforme ficará amplamente demonstrado, a justa causa foi medida tomada dentro dos limites legais e todos os seus direitos lhe foram pagos devidamente, conforme ficará demonstrado a seguir:
SÍNTESE DA INICIAL
A reclamante foi contratada pela reclamada em 01/02/2012 tendo sido dispensada por justa causa em 06/02/2017.  Em 25/07/2017, ajuizou reclamatória trabalhista pleiteando anulação da justa causa aplicada e o consequente pagamento de todas as verbas inerentes à dispensa sem justa causa. Na ação judicial ele pleiteia o seguinte:Recebimento de horas extrasdecorrentes da extrapolação da jornada máxima diária de oito horas; pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados; pagamento de uma hora extra por dia em razão da inobservância do intervalo intrajornada; reversão da justa causa em dispensa imotivada com o pagamento das verbas rescisórias que lhe foram sonegadas; indenização por danos morais; honorários advocatícios.
DAS HORAS EXTRAS
Pleiteia o autor, no período de 01/02/2012 a 06/02/2017, horas extras excedentes a 8ª diária.
O reclamante cumpriu, desde sua admissão, jornada de trabalho em escala 12X36, devidamente prevista na Convenção Coletiva da Categoria profissional a que pertence, conforme acordo de prorrogação e compensação de jornada por ele firmada (docn.º ... ).
Improcedem, pois, seu pedido de horas extras excedentes da oitava diária, vez que o regime de trabalho prestado pelo autor possui normas convencionais próprias, de acordo com o artigo 7º, XIII da CF/88. Saliente-se, ainda, que por laborar em regime 12X36 a remuneração do autor era composta de parcelas especiais, como 30 horas normais a título de hora noturna reduzida, adicional de risco, dentre outras.
 As horas extras eventualmente prestadas, que excederam de sua jornada, lhe foram corretamente pagas como demonstram os documentos em anexo.
JORNADA DE TRABALHO - REGIME 12 X 36 
O regime de 12 horas de trabalho seguido por 36 horas de descanso. A jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso é prática adotada nos estabelecimentos hospitalares a muitos anos. Todavia, a validade da jornada depende necessariamente da existência de Acordo ou Convenção Coletiva, consoante estabelece o art. 7º, XIII, da Constituição Federal. Desta forma, de serem julgados improcedentes os pedidos do autor.
INTERVALO INTRAJORNADA.
Afirma também o autor, que durante todo o pacto laboral, jamais gozou do intervalo mínimo de 01 hora para descanso ou alimentação, nos termos do art. 71, caput da CLT, fazendo jus ao recebimento das horas laboradas em desrespeito ao intervalo mínimo de 1 hora para descanso e alimentação, como extras, acrescidas do devido adicional de 50%, com os devidos reflexos legais.
Inaplicável, quer seja da Súmula 437, do C. TST, inicialmente porque, mesmo que se considerasse o intervalo usufruído de forma parcial, não haveria que se falar em pagamento integral do intervalo, pois certamente ensejaria enriquecimento ilícito da RECLAMANTE.Ressalte-se que o intervalo intrajornada constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho (Súmula nº 437-TST), o que, por sua vez, é norma de ordem pública, aplicado a todas as categorias de trabalhadores: celetistas, estatutários, permanentes, temporários, avulsos ou domésticos, conforme art. 7º, inciso XXII, da Constituição Federal, constituindo, assim, um direito indisponível do servidor, ou seja, um direito que não pode ser dispensado pelo servidor, ainda que manifeste vontade nesse sentido.
DA MULTA
Ausente mora, e em se tratando de parcela controvertida descabe qualquer incidência dos parágrafos do artigo 477 da CLT. Portanto, restam rejeitados os pedidos do autor a este título.
A multa do referido artigo refere-se exclusivamente aos casos de rescisão de contrato de trabalho, que havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento.
Entretanto, no presente feito, não se vislumbra verbas incontroversas a serem pagas ao Reclamante, portanto indevida a culminação da referida multa. 
DA REVERSÃO DA JUSTA CAUSA EM DISPENSA IMOTIVADA
Alega à reclamante ter sido a sua dispensa imotivada, face o fato de não ter cometido nenhuma falta grave que a ensejasse. Contudo, o fato da reclamante se não acatar uma ordem direta caracteriza-se ato de, pois se revela quando há violação na obrigação do empregado em obedecer às ordens do patrão.
O dever de obediência do empregado decorre da subordinação jurídica prevista no art. 3º da CLT. Dentre as ordens emanadas pelo empregador temos as de ordens gerais e ordens específicas. Assim, a ordem imposta ao autor de dar banho no idoso no período da manha, como imposta.
Dessa forma, a insubordinação narrada na petição inicial caracteriza falta grave, e assim, motivo para rescisão contratual por justa causa, conforme art. 482, “h” da CLT.
Diante do exposto, o ônus da prova compete aquele que alega, cabendo ao reclamante, comprovar a realização de horas extras, tudo na forma do artigo 818 da CLT e art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil.
Assim sendo, fica taxativamente contestada a alegada ausência de falta grave que ensejasse a dispensa por justa causa, não fazendo jus, portanto, as verbas devidas por rescisão sem justa causa do pedido declinado na inicial.
GRATUIDADE JUDICIÁRIA
O Reclamante requer o benefício da justiça gratuita, mas em nenhuma oportunidade prova não ter condições de arcar com as custas do processo, conforme lhe incumbia nos exatos termos da legislação vigente:
A Lei nº 1.060/50, quando garante à parte o direito ao benefício da assistência judiciária gratuita, pressupõe sua assistência por advogado dativo, figura inexistente na Justiça do Trabalho, que deve fazer representado conforme pelo advogado do Sindicato Profissional, conforme artigo 14 da Lei nº 5.584/70.
DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
A simples alegação de que a dispensa foi imotivada, não enseja prejuízo moral, tal dispensa não pode ser utilizada para se fazer um pedido de indenização.
O Autor pretender receber por um dano moral em que o único fundamento é a alegação infundada de ter sido ferido em sua imagem profissional e pessoal.Assim sendo, tem-se que nunca houve qualquer dano moral ao Autor, sendo os motivos de sua dispensa fundados em seus próprios atos violadores do contrato de trabalho.
Totalmente improcedente o pleito de indenização por dano moral, tendo em vista os fatos esposados.
Ora isto é um absurdo, tais afirmações não ocorreram por parte da Ré, o que ela fez foi simplesmente utilizar-sedo embasamento legal necessário para a dispensa, já que houve sim a justa causa.
Se dano moral tivesse havido, o que não ocorreu, o quantum pretendido escapa a qualquer princípio da razoabilidade.
Danos Morais Art. 7º, inciso XXVIII da CF, Art. 29, Art. 223A; Art. 223B; Art. 223C; Art. 223 D; Art. 223E; Art. 223F; Art. 223G da CLT, Arts. 186 e 927 do Código Civil e Acórdão n. 0001114 19.2012.505.0024
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Na Justiça do Trabalho não são devidos honorários advocatícios, mas apenas honorários de assistência judiciária. Portanto, são incabíveis honorários advocatícios na Justiça do Trabalho, salvo nas hipóteses previstas na Lei 5.584/70 e em súmula do Tribunal Superior do Trabalho. (Aprovada por meio da Resolução Nº 015/2015, em sessão do dia 9 de março de 2015). Os honorários assistenciais, por sua vez, estão previstos nas Leis 1.060/50 e 5.584/70
Assim, resta impugnado tal pedido, REQUERENDO-SE o seu total indeferimento.
.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, e pelo que mais ficar provado no curso da instrução processual, requer sejam rejeitados os pedidos do Autor, devendo o mesmo ser condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações legais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, documental, testemunhal, pericial, depoimento pessoal do Autor, que desde já requer, sob a cominação legal de confesso quanto a matéria de fato.
Em caso de eventual condenação, requer, ainda, o abatimento dos valores pagos sob o mesmo título. 
Finalmente, requer, no caso da existência de verbas a serem pagas, seja a ré autorizada a descontar os valores devidos pelo Autor ao INSS e Imposto de Renda.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Goiânia/GO, [dia] de [mês] de [ano].
ADVOGADO OAB/___

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