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Aula 6 – TGPro
2.3. Os processos germânico, canônico e Comum Medieval. Evolução histórica do Direito Processual.
	Em termos de processo, o contexto era de processo romano-barbárico. Mas, em contexto de clero, havia também o processo canônico, que motivava o estudo do processo romano, nos mosteiros, pelos monges, papa ou imperador.
	Isto significa que, mesmo no contexto do processo romano-barbárico, o processo romano nunca deixou de ser estudado.
Criação das universidades: aumentou os estudos sobre processo romano
Primeira universidade: Bolonha
Irnérius: monge, um dos fundadores da universidade de Bolonha, conhecido como archote (= farol, tocha) do direito; assume a cátreda de direito romano e dá uma nova dimensão ao estudo desse direito. Por ser monge e acadêmico, tinha acesso aos textos romanos.
Glosas = anotações feitas às margens, laterais e entre as linhas dos textos.
Irnérius funda a Escola dos Glosadores. A partir dela, os estudiosos passaram a fazer seus estudos através das glosas.
Principais glosadores: Bulgaro, Piacentino, e Giovani Bassieno
Estudavam a formulação processual originária do direito romano e faziam comparações com a situação processual vigente, do processo romano-barbárico.
Acúrsio: discípulo de Irnério, fundou a Escola dos Pós Glosadores.
	Acreditava-se que não deveria-se estudar primordialmente os conceitos, mas a prática forense no processo atual, buscando nos textos romanos instrumentos para aplicação do direito em vigor.
Principais discípulos: Baldo, Ferrari e Bartolo de Sassoferato.
	Escola dos Glosadores
	Escola dos comentadores
	Glosas e estudos dos textos romanos.
	Enfoque maior nos conceitos
	Enfoque maior na prática.
	Neste contexto histórico, após a criação das universidades, percebe-se a participação da Igreja no Estado. Trata-se de poder político: disputa entre a Igreja e o Estado.
Repercussão para o processo: disputa de predomínio entre o processo romano (porque era a base de todos) e o processo canônico, pois a Igreja disputava o predomínio do poder político com o poder dos reis e senhores feudais.
Processo romano-canônico: resultado desta disputa de predomínio.
	“A esse processo, em que se adaptaram as regras costumeiras do tempo ao direito, construído pelos glosadores, pós glosadores, comentaristas e práticos, com a cooperação sob modo influente dos canonistas, costuma-se chamar romano-canônico.” (Moacyr Amaral)
	Já no contexto da baixa Idade Média, com ressurgimento da atividade comercial, as corporações de ofício, entre outros, foram feitas leis para disciplinar essa atividade.
	As primeiras normas que surgiram foram os estatutos comunais (para regular a vida nas cidades (comunas).
	Para se editar leis, é necessário um monarca, um Estado centralizado, mas num contexto de vassalagem e suserania, o rei não tinha tanta importância. Essa necessidade de um monarca que edite normas foi fundamental para a queda do feudalismo, e encaminhando-se ao seu final, suas normas repercutem no processo.
	Aquele processo romano-canônico, acrescido das normas ou estatutos, torna-se o Processo Comum Medieval. Chama-se processo comum pois se aplicava a todas as causas para as quais não houvesse legislação especial, isto é, aplicava-se a todas as causas desde que não fosse derrogado por uma legislação especial.
	Era inteiramente escrito, exageradamente formalista, com um número infindável de recursos e que nunca se encerrava.
Clemente V – cria o chamado processo sumário, com a finalidade de desburocratizar o processo comum, para que este tivesse maior rapidez.
	Evolução histórica do Direito Processual
O Processo Romano
A partir do período formulário, há grande incremento do estudo do direito processual romano.
O Direito Processual após a queda de Roma
Após a queda de Roma, a evolução histórica do Direito processual passa por três períodos:
Praxismo (séc. V até 1807)
Se caracteriza pela influência prática do processo e pela ausência de leis.
O estudo do processo era feito através de modelos passados de pai para filho, ou seja, a atividade de um processualista era descrever modelos.
Procedimentalismo
Período da reconstrução científica e autonomia do saber sobre o processo

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