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Marshall McLuhan Escola canadense Marshall McLuhan – 1911/1980. Destacado educador, intelectual, filósofo e teórico da comunicação canadense. Vislumbrou a Internet quase trinta anos antes de ser inventada. Famoso também por sua máxima de que O meio é a mensagem e por ter cunhado o termo Aldeia Global. McLuhan analisou as transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das telecomunicações. Começou Engenharia, mas formou-se em Artes em 1933. Em 1934 ingressou no Mestrado em Literatura Inglesa. Nos anos 50, McLuhan começou os seminários sobre Comunicação e Cultura, na Universidade de Toronto. Com a reputação crescendo, recebeu grande número de ofertas de outras universidades. Para mantê-lo em seus quadros, a Universidade de Toronto criou o Centre for Culture and Technology (Centro de Cultura e Tecnologia) em 1963. Em setembro de 1979, sofreu um derrame que afetou sua fala. A Universidade de Toronto tentou fechar seu centro de pesquisa logo após, mas houve protestos, o mais notável por Woody Allen. McLuhan nunca se recuperou do derrame e faleceu enquanto dormia em 31 de Dezembro de 1980. McLuhan teve aproximadamente 15 obras publicadas, além de artigos acadêmicos. Concedeu várias entrevistas e chegou a participar de um filme do cineasta Woody Allen: Noivo neurótico, noiva nervosa, em 1977. Entre suas obras de maior destaque estão O Meio é a Mensagem, Guerra e Paz na Aldeia Global, A galáxia de Gutemberg e Os meios de comunicação como extensões do homem, seu primeiro livro de grande notoriedade. A perspectiva da escola canadense (Mcluhan e harold innis) Teoria coloca meios de comunicação como o centro do processo. A histórias dos sociedades devem ser vista a partir do exame de suas tecnologias de informação. Cotidiano estrutura-se a partir das mediações tecnológicas. Os meios de comunicacão alteram a percepção e os sentidos. Meio condiciona conteúdo. Civilizações orais, galáxias de gutemberg e marconi ⬇ Emoção, intuição. Predomina estado de encantamento. Para liberar o homem desse transe tribal, somente a escrita alfabética Tecnologia tipográfica Instaura individualismo Homem não precisava mais se educar com a palavra da tradição: podia formar sua cognição. industrialização nacionalismo Mercados de massa Livro perde hegemonia diante Da tela. Regresso à oralidade Supressão de fronteiras e instantaneidade na transmissão de conhecimentos Imagem, em detrimento da complexidade do escrito Civilização oral Primeiros tempos da humanidade – palavra - Ligação numa unidade de espaço e de tempo; - O tempo e o espaço são circulares; - Era tribal: todos os homens eram iguais na tribo; - O ouvido predominava sobre a visão; Os grandes narradores: idosos e viajantes que se aventuravam; Conhecimento era mais fechado, do grupo A Galáxia de Gutenberg Culminou com a imprensa de tipo móvel. Fase final da cultura alfabética - Retirou o homem do paraíso tribal; Surge racionalidade e lógica linear. A comunicação passou a ser individual, impessoal e solitária; Papel transformou como nos relacionamos com cohecimento: estocar informações fora da memória. Ideias podem ser conhecidas por mais pessoas - O orgão de sentido é o da visão. Era de Marconi : A Aldeia Global - A era de Marconi ou galáxia reconfigurada é marcada pelo aparecimento dos media electrónicos: o sentido já não é apenas a visão, mas também a audição. Linear dá lugar à simultaneidade eletrônica Favorecimento da palavra falada, em detrimento da escrita Rápida aceitação do audiovisual Tente imaginar hoje viver sem celular? O que se pode conhecer em uma sociedade é comunicado. As tradições, as leis, os costumes e toda produção cultural só se perpetuam no momento em que é transmitido/compartilhado. Aspecto fundamental do meio de comunicação para o estabelecimento da cultura Tradição oral varia mais Escrita fixa versões A versão mais conhecida é a do escritor francês Charles Perrault, de 1697, baseada num conto italiano popular chamado La gatta cenerentola ("A gata borralheira"). A mais antiga é originária da China, por volta de 860 a.C.. Existe também a dos Irmãos Grimm, semelhante à de Charles Perrault. MCluhanism OU mcluhanacy? Considerado um dos autores mais contreversos da Comunicação: amam ou odeiam. X Seja como for, seus livros de mais de 40 anos continuam atuais. Papa da comunicação Oráculo da era eletrónica Profeta Improvisador brilhante com um senso de loucura. Determinista tecnológico Contexto da obra: década de 60: Guerra Fria, TV em preto e branco e ele vem com a ideia de “Aldeia Global”, onde cada pessoa estaria interligada a outra por meios de comunicacão. Ideias pareciam utópicas. Mas hoje, com o mundo digital, ganharam status de profecia. A obra passou a ser lida e valorizada. Mas por que aldeia global? Em um passado remoto, o homem vivia em aldeias, que acabaram e deram lugar às nações. Na década de 60, uma nova aldeia estaria se formando graças à eletricidade e redução de tempo e espaço por ela proporcionada. Exemplos para pensarmos em Aldeia Global Hoje: Na Rússsia, depois que novelas da TV brasileira foram exibidas, eles passaram a usar a palavra fazenda, em vez apenas de “dacha”. Na China, a novela Escrava Isaura tansformou a protagonista em ícone pop por lá. O estilo Mcluhan Não só o conteúdo discutido pelo autor, mas também o estilo explicam a rejeiçã: argumentos em mosaico, ideias em justaposição para leitor decidir. Homem de “oneliners” curtos e mordazes. Insights desconcertantes sobre temas incipientes, que se tornariam centrais na pesquisa em comunicação 40 anos depois. Alguns consideravam que ele delirava, quando dizia frases como “a música separou-se das palavras”. Exemplos de alguns aforismos “Não explico, exploro”. “Notícias, mais que arte, são artefatos”. “O meio é a mensagem” “Não há passageiros na espaçonave Terra. Somos todos da tripulação” “Alimento para mente é igual a alimento para o corpo: o que sai nunca é igual ao que entra”. Na década de 60 antecipa a sociedade da informação. (acusado na época de delírio). Em 1962. A Galáxia de Gutemberg: esgotamento da cultura escrita diante da eletrônica: cinema, rádio e TV. Público gostou. Intelectuais não O Meio é a mensagem Gerou controvérsia, pois até então era comum se estudar o efeito do meio quanto ao conteúdo, sem atentar para as diferenças de cada suporte midiático (jornal, rádio, televisão, cinema, etc.). Cada meio de difusão tem as suas características próprias, e por conseguinte, os seus efeitos específicos. Quando se transpõe uma mensagem de um meio para outro há uma reelaboração completa. Meio condiciona a mensagem. Dá um forma. O próprio meio de comunicação torna-se um elemento da mensagem, pois as mensagens não existem soltas no éter. Sonambulismo: a cegueira em ver o meio Autor considerada um estado de sonambulismo não entendermos que o meio carrega mensagem. Compara o conteúdo de um meio (programa de TV, notícia de impresso, poema), a um pedaço de carne que o ladrão leva para distrair o cão e roubar a casa. Ou seja, meios exercem influência sobre nós, quanto estamos preocupados com seu conteúdo. Ex: minha madrinha não aceitar comunicação por whatsaap. Carta e crise OSB Alguém terminar com você por e-mail. Locutor da TV e do rádio narrando o mesmo jogo. Descrição radiofônica na TV seria redundante. Compreendendo o meio é a mensagem 1) meios tem efeitos peculiares na percepção das pessoas. O meio carrega uma mensage em si mesmo. 2) cada meio tem uma gramática própria, evocando sensações diferentes 3) Toda tecnologia cria um novo ambiente: muda sociabilidade 4) As sociedades sempre foram moldadas mais pela natureza dos meios que os homens usam para se comunicar do que pelo conteúdo da comunicacão. Meios como extensão do corpo1964, Understading Media: meios de comunicação como extensões do corpo. Toda tecnologia é um extesão do homem. A roda é uma extensão do pé, a roupa uma extensão da pele. O livro muda o universo do olho. O rádio prolonga a audição. Máquina a vapor permite expansão capitalista e eletricidade possibilita a Aldeia Global. Alguns meios, como a TV, englobam mais de um sentido. Não percebemos o pronlogamento, pois vemos o presente por um espelho retrovisor Conforme nossos sentidos se prolongam, percebemos o mundo de maneira diferente. Ex: ato de ouvir música antes e pós walkman. Meios quentes e meios frios Meios quentes: atenção constante do receptor. Apelo a um único sentido. Alto envolvimento = livro, rádio. Meios frios= vários sentidos envolvidos. De mais fácil compreensão = TV, cinema, Skype. O usuário é o conteúdo Completa o aforismo “O meio é a mensagem”. Manipulação ideológica, malefícios dos meios de comunicacão de massa esbarravam em um obstáculo: as pessoas, que atribuíam sentidos por si próprias. McLuhan antecipa em 20 anos aquilo que os estudos de recepção iriam dizer. Teoria tetrádica Publicada postumamente pelo filho de McLuhan, em 1988. Prevê alguns efeitos provenientes da introdução de um novo meio: 1) amplificacão de alguns aspectos da sociedade 2) envelhecimento de aspectos da mídia dominante antes da emergência do novo meio 3) reinvenção/releitura de elementos da mídia que se tornou obsoleta 4) revitalização de mídias em consequencia ao pleno desenvolvimento do potencial novo meio. Pensando a partir do computador 1) amplificacão de alguns aspectos da sociedade = amplia participação do público, aumento de interatividade 2) envelhecimento de mídia dominante = eclipsa funções do telefone, fax, máquina de escrever, pincel, papel 3) revitaliza o cel com rede wireless. Atividade Amantes de quadrinhos e livros reclama constantemente de adaptacões para o cinema, alegando mudança em relação a obra original. A partir do que você viu em McLuhan, marque a alternativa correta: A) ocorrem mudanças no roteiro com o intuito de gerar mais lucro para os produtores. B) é proibido a transposição da íntegra de obras, por questões autorais, razão que explica as mudanças. C) a mudança de suporte implica também mudança de sentido, pois a mudança de meio subentende mudanças nas mensagens. D) a mídia cinema eclipsa a mídia livro, o que acaba explicando as diferenças sentidas. Vimos que meios quentes são aqueles que exigem um único sentido do receptor na decodificacão. Já os meios frios, envolvem dois sentidos ou mais. Baseado nisso, classifique em meios quentes ou frios: 1) uma aula presencial 2) uma conversa por telefone 3) A leitura de quadrinhos 4) assistir um série no netflix 5) ouvir música no Spotfy A partir da teoria tetrádica explique cada um das premissas abaixo a partir do whastapp 1) amplificacão de alguns aspectos da sociedade 2) envelhecimento de aspectos da mídia dominante antes da emergência do novo meio 3) reinvenção/releitura de elementos da mídia que se tornou obsoleta 4) revitalização de mídias em consequencia ao pleno desenvolvimento do potencial novo meio.
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