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DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR ESTÁCIO PATOLOGIA ANA CLÁUDIA PAIM CONCEITOS GERAIS Crescimento: Multiplicação Celular Diferenciação: Especialização morfológica e funcional Importância: Frequência elevada Graves consequências REGULAÇÃO DO CRECIMENTO E DIFERENCIAÇÃO 1018 - células todas oriundas do zigoto Renovação celular - 20 x 106+ Mitoses/seg. A regulação da proliferação celular dar-se através do equilíbrio entre proliferação e diferenciação celular: • Comunicação intercelular • Expressão equilibrada de GENES: - Proto-Oncogenes - Genes da proliferação celular - Genes Supressores de tumores - Genes de Controle de Qualidade do Ciclo Celular e indutores de apoptose - Genes de Reparo ao DNA - Genes indutores de reparo no genoma alterado REPLICAÇÃO CELULAR CLASSIFICAÇÃO Lábeis - Se dividem continuamente Estáveis - Se proliferam só quando estimuladas Perenes - Grau máximo de diferenciação, perda da capacidade proliferativa. Uma célula só prossegue para o próximo estágio do ciclo celular quando a fase anterior estiver concluída com sucesso. Quando algo errado ocorre, há ativação de proteínas que inibem a atividade das CDK-ciclinas. CONTROLE DO CICLO CELULAR Sinais externos: fatores de crescimento Sinais de dano: ameaça a estabilidade do genoma Pontos de restrição ou checagem do ciclo celular Continuidade ou bloqueio - G1/S - OK - S e G2 G2 (G2/M) - Duplicação do DNA e espera pela mitose: - Oocitos de mamiferos - Bloqueio da mitose antes de duplicação do DNA ou DNA lesado. NEOPLASIAS Tumor: lesão expansiva ou intumescimento localizado Oncologia: Ramo da patologia que estuda as neoplasias. Neoplasia (gr. "neo" + "plasis" = neoformação) Conceito - Proliferação celular anormal, de maneira descontrolada e autônoma irreversível onde as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar. Neoplasia maligna = câncer CARACTERÍSTICAS DA NEOPLASIA Progressividade - Proliferação celular descontrolada excessiva e não coordenada, e de intensidade progressiva. Perda da diferenciação celular Independência- Ausência da resposta aos mecanismos de controle - Autonomia de crescimento Irreversibilidade - Ausência de dependência da continuidade do estímulo. ETIOLOGIA DAS NEOPLASIAS Na grande maioria dos casos é desconhecida Mas existem vários fatores que se não determinam, pelo menos predispõem à oncogênese. “Fatores Carcinogênicos" (quando determinantes) e "Co-carcinogênicos (quando predisponentes)” Regulação do ciclo celular (processos de proliferação e diferenciação celular): - Proto-oncogenes - Genes Supressores de tumores - Genes de Reparo ao DNA Resultado: proliferação celular desequilibrada e perda da inibição por contato e do acoplamento entre parada do crescimento e diferenciação. As neoplasias decorrem do acúmulo de MUTAÇÕES envolvendo: Perda ou inativação - de ambas as cópias de genes supressores de tumores, Hiperativação (proto-oncogenes => oncogenes) , - Por mutação, - Amplificação do número de cópias do gene, - Por translocação cromossômica; Mutações nos Genes de Reparo do DNA gerando instabilidade no genoma e deficiência nos mecanismos de reparação e controle de mutações. Os vários tipos de genes são fisiologicamente cooperativos, e a sequencia de mutações varia de caso a caso, explicando a imensa variação das historias clinicas dentro de um mesmo tumor. CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS Comportamento clínico: Benigno ou maligno Aspecto histopatológico Origem - Célula ou tecido de origem (epitelial, mesenquimal ou embrionária) Epônimos: Tumor de Wilms, linfoma de Burkitt COMPORTAMENTO DE TUMORES BENIGNOS: Expansivos Recidivas pouco frequentes quando completamente excisados Não metastatizam Crescimento lento Não causam caquexia MALIGNOS: Invasivos Recidivas frequentes mesmo quando completamente excisados Podem metastatizar Crescimento rápido Podem causar caquexia CARACTÉRISTICAS MACROSCÓPICAS BENIGNOS: Massa solitária Bem demarcado Pode ser encapsulado Massas cutâneas são móveis Consistência uniforme MALIGNOS: Solitário ou múltiplos Demarcações pouco evidentes Normalmente não encapsulados Massa cutânea aderida ao tecido subjacente Pode ter projeções digitais (comprometimento linfático) Podem metastatizar para outros órgãos COMPOSIÇÃO BENIGNA • Geralmente não são letais - Presença de células bem diferenciadas, • Crescimento lento (baixo índice mitótico), com adequado suporte sanguíneo, formação bem delimitadas, não infiltrativas, cápsula fibrosa; • Ausência de metástases e recidivas. • Neoplasia benigna pode evoluir negativamente para o êxito letal (ainda que não se malignize) devido aos seguintes fatores: - Localização em órgãos vitais - Disendocrinias - uma neoplasia de glândulas endócrinas, mesmo de comportamento benigno - hipersecreção. - Complicações acidentais e/ou ruptura de tumores (hemangiomas, cistadenomas papilíferos de ovário); - Obstrução do lume de órgãos tubulares; - Ulcerações, hemorragias, infecções secundárias; - Neoplasias pedunculadas (lipoma de mesentério, p.ex.) COMPOSIÇÃO MALIGNA • Letais e agressivas ao organismo. • Crescimento rápido (alto índice mitótico). • Presença de células pouco diferenciadas, com atipias severas (pleomorfismo). • Falta de vasos- presença de degenerações, ulcerações, necroses e hemorragias. • Infiltrativas, com limites imprecisos, frequentemente recidivam e metastatizam.
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