Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Relatório 01 Medidas de Tempo Matheus de Araújo Cavalcante Matrícula: 113112062 2 de Dezembro de 2013 Data de Realização: 27 de Novembro de 2013 Companheiros de Grupo: Franciellio Borges Ianca Rocha Klynger Renan Pedro Paulo Instrutor: Prof. Wilton Pereira da Silva 1 Introdução Seguem relatados neste relatório os métodos e os resultados obtidos decorrentes da ex- periência “Medidas de Tempo”, realizada no âmbito da disciplina “Física Experimental I” (Turma 01) da UFCG. 1.1 Objetivo Determinar o tempo de reação individual do experimentador e a incerteza a ser consi- derada na medição de um intervalo de tempo feita por ele. 1.2 Material Utilizado • Corpo Básico; • Armadores (2.1); • Esfera com Gancho (2.2); • Escala Milimetrada Complementar (2.5); 1 • Cronômetro (2.21); • Régua Milimetrada (2.27); • Cordão. 1.3 Montagem Figura 1: Esquema da montagem do Experimento 2 Procedimentos A primeira parte do Experimento fez uso da Régua Milimetrada. Um dos experimen- tadores segurava a régua por seu topo enquanto outro punha seus dedos entreabertos sobre a marca de 0 mm da régua. Sem qualquer sobreaviso, o experimentador soltava a régua, e aquele que mantinha os dedos entreabertos deveria fechá-los (segurando a régua) tão rápido quanto possível. É importante que este experimentador não tenha subido ou descido a mão, para evitar influências no resultado da medida. Os resultados foram anotados na Tabela 1, e a experiência foi repetida até completá-la. Os papéis dos experimentadores foram invertidos, e estes novos dados foram anotados na Tabela 2. 2 Para a segunda parte da experiência, o Corpo Básico (que já estava montado) foi utilizado. Este Corpo Básico continha uma pequena Esfera de metal (2.2) pendurada por um razoavelmente longo Cordão. A Esfera estava num plano paralelo ao da Lin- gueta Graduada, que permitia a medição do comprimento L do fio. Foi então dado um pequeno impulso na Esfera, de forma que ela começasse a osci- lar. O impulso foi dado de tal forma que o centro da Esfera não ultrapassou os limites da Lingueta, o que permitiu aproximar o movimento da mesma pela teoria do Pêndulo Simples (para tal ângulo, sen θ ≈ θ). A partir do momento em que a Esfera parou momentaneamente, o cronômetro (previamente zerado) foi ativado e então esperou-se que o pêndulo desse dez oscilações completas para pará-lo. Os dados foram anotados na Tabela 3, até seu completo preenchimento. Outro experimentador repetiu o experi- mento, e os dados foram anotados na Tabela 4. 3 Medidas e Tabelas Tabela 1: Distâncias de Queda 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 S (cm) 21.0 15.5 14.5 15.0 9.0 16.0 18.5 13.5 15.0 18.5 Tabela 2: Distâncias de Queda para o colega (Klynger Renan) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 S (cm) 19.0 22.5 28.5 19.0 26.0 19.5 26.5 11.0 14.0 18.0 Comprimento do Pêndulo: L = 67 cm Tabela 3: Intervalos de Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ∆t (s) 16.31 16.31 16.32 16.34 16.41 16.31 16.37 16.37 16.38 16.43 Tabela 4: Intervalos de Tempo para o colega (Klynger Renan) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ∆t (s) 16.15 16.37 16.34 16.35 16.37 16.46 16.53 16.40 16.19 16.47 3 4 Procedimentos e Análises A partir dos dados das Tabelas 2 e 3, foi calculado o tempo que a régua levou para cair tais distâncias. Para tanto, foram utilizadas as equações horárias do Movimento Uniformemente Acelerado, lembrando que a velocidade inicial era nula. A aceleração da gravidade foi considerada como g = 9.806 65 m/s2. Considerando isso, a equação reduz-se a: ∆s = gt2 2 (1) Os dados obtidos a partir da aplicação da fórmula encontram-se nas Tabelas 5 e 6. Tabela 5: Tempos de Queda 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 S (cm) 21.0 15.5 14.5 15.0 9.0 16.0 18.5 13.5 15.0 18.5 ∆t (s) 0.207 0.178 0.172 0.175 0.136 0.181 0.194 0.166 0.175 0.194 Tabela 6: Tempos de Queda para o colega (Klynger Renan) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 S (cm) 19.0 22.5 28.5 19.0 26.0 19.5 26.5 11.0 14.0 18.0 ∆t (s) 0.197 0.214 0.241 0.197 0.230 0.200 0.234 0.150 0.169 0.192 Foi então calculado o valor médio para ambos os experimentadores, com base nos dados calculados nas Tabelas 5 e 6. • Para a Tabela 5, o tempo médio de reação tr1 é 0.1778 s; • Para a Tabela 6, o tempo médio de reação tr2 é 0.2024 s; Fazendo o tratamento estatístico de ambas as medições, foi calculado o desvio padrão da média para ambos os experimentadores. • Para a Tabela 5, o desvio padrão da média σtr1m é 0.006 03 s; • Para a Tabela 6, o desvio padrão da média σtr2m é 0.009 09 s; Desta maneira, o tempo de reação tr pode agora ser escrito na maneira: tr = t¯ ± σtr . Considerando as regras para escrita de medidas experimentais e a quantidade de algarismos significativos, os resultados são: • Segundo a Tabela 5, o tempo médio de reação do experimentador Matheus Ca- valcante é: tr1 = (0.178 ± 0.006) s. 4 • Segundo a Tabela 6, o tempo médio de reação do experimentador Klynger Renan é: tr2 = (0.202 ± 0.009) s. Foi também realizado o tratamento estatístico dos dados das Tabelas 3 e 4. Segundo a Tabela 3, o tempo médio para as dez oscilações é ∆t¯ = 16.355 00 s. O desvio padrão da média é σ∆tm = 0.013 84 s. Assim, o intervalo de tempo medido na Tabela 3 pode ser escrito como ∆t = (16.355± 0.014) s. Segundo a Tabela 4, o tempo médio para as dez oscilações é ∆t¯ = 16.363 00 s. O desvio padrão da média é σ∆tm = 0.037 45 s. Assim, o intervalo de tempo medido na Tabela 4 pode ser escrito como ∆t = (16.363± 0.037) s. 5 Conclusões Quanto às conclusões obtidas deste experimento, não é esperado que tr e σ∆tm tenham o mesmo valor, pois esse indica o valor mais provável do tempo de reação, enquanto este indica um intervalo de confiança no qual há uma boa chance de encontrar o valor real de ∆tm. Conforme são realizadas mais medições, é esperado que o tempo de reação flutue, diminuindo o seu efeito, conforme vê-se na diminuição do desvio padrão. O tempo de reação, da ordem de tr = 0.2 s, é de suma importância no trânsito. Um veículo que estivesse a uma velocidade de 110 km/h (aproximadamente 30 m/s) percorreria uma distância da ordem de 10 m em um intervalo de tempo tr, o que é uma distância considerável considerando as distâncias usuais entre os carros. E esta distância é mais que o suficiente para causar um acidente. Apesar de casos delicados como o descrito no parágrafo anterior, o tempo de reação pode ser desprezado se for considerado face à outras medidas. Por exemplo, o tempo para completar uma maratona é da ordem de 2 h, o que torna desprezível um ocasional tempo de reação para iniciar o cronômetro de 0.2s. Outros casos, por exemplo os 100 m rasos, não podem ignorar tal tempo de reação, e instrumentos sem a interferência direta humana devem ser utilizados. As medidas para diferentes experimentadores tiveram resultados distintos. Entre- tanto, realizando um maior número de medições, os resultados podem vir a aproximar- se. Considerando uma única leitura T no cronômetro, esta medida teria uma incerteza adicional de T ± tr, devido ao tempo de reação do experimentador. Entretanto, ao aumentar a quantidade de experimentos para N , esta incerteza seria eventualmente reduzida, e o intervalo de tempo T poderia agora ser escrito como T = T¯ ± trN . 5 Baseado nos resultados anteriores, como sugestões para melhorar a qualidade desse experimento, pode-se ver que a melhor maneira para aumentar a precisão num experi- mento é a sua exaustiva repetição. Melhorar a qualidade dos instrumentos também é uma boa opção. De forma geral, o experimento foi bastante claro. 6
Compartilhar