Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA DE SAPONINAS - PROFª. MARISE K. H. OKAMOTO Saponinas são glicosídeos de esteróides ou de terpenos policíclicos. Possui uma parte com característica lipofílica (triterpeno ou esteróide) e outra hidrofílica (açúcares). Propriedades gerais: Formam espuma persistente e abundante. Outras propriedades fisicoquímicas e biológicas encontradas, mas nem sempre presentes em todas as saponinas são: - Elevada solubilidade em água - Ação sobre membranas: muitas saponinas são capazes de causar desorganização das membranas das células sanguineas (ação hemolítica) ou das células das brânquias em peixes (ação ictiotóxica) - complexação com esteroides, razão pela qual frequentemente apresentam ação antifúngica e hipocolesterolemiante. - Ação molusquicida - Atividade anti-helmíntica - Ação anti-inflamatória Terminologia e classificação As saponinas podem ser classificadas de acordo com o núcleo fundamental da aglicona ou, ainda, pelo seu caráter ácido, básico ou neutro. Quanto ao número de cadeias de açúcares ligadas na aglicona: - Saponinas monodesmosídicas: possui uma cadeia de açúcares - Saponinas bidesmosídicas: possui duas cadeias de açúcares. Ocorrência e distribuição As saponinas esteroidais e triterpênicas apresentam uma distribuição diferenciada no reino vegetal. Saponinas neutras: em monocotiledoneas Saponinas esteroidais básicas ou alcaloídicas são encontradas principalmente no gênero Solanum, pertencente a família Solanaceae. Saponinas triterpênicas: em dicotiledoneas. Detecção, identificação e obtenção A detecção de saponinas: reação com ácidos minerais, aldeídos aromáticos ou sais de metais produzindo compostos corados, pela diminuição da tensão superficial e/ou pela ação hemolítica. Para extração são utilizados álcoois, etanol ou metanol, ou misturas hidroalcoólicas. Método de análise quantitativa: as determinações baseadas nas propriedades clássicas das saponinas têm sido substituídas por métodos fotométricos como densitometria, colorimetria de produtos derivatizados, cromatografia gasosa e cromatografia líquida de alta eficiência. Drogas vegetais Alcaçuz Nome científico: Glycyrrhiza glabra L. Família: Fabaceae Parte utilizada: raízes e rizomas Componentes: saponinas triterpênicas (glicirrizina) Usos: edulcorante em bebidas, expectorante e tratamento de úlceras Ginseng Nome científico: Panax ginseng C.A. Meyer Família: Araliaceae Parte utilizada: rizomas e raízes dessecadas Componentes: ginsenosídeos Usos: Agente antiestresse, estimulante Calêndula Nome científico: Calendula officinalis L. Família: Asteraceae Parte utilizada: flores Componentes: flavonoides e saponinas Usos: em afecções dermatológicas, anti-inflamatório e cicatrizante, eritemas solares, ação bactericida e fungicida. Centela Nome científico: Centella asiatica (L.) Urban Família: Apiaceae Parte utilizada: raiz Componente principal: asiaticosídeo Usos: cicatrizante, queimaduras, queloides e tratamento de insuficiência venosa crônica. Quilaia Nome científico: Quillaja saponaria Molina Família: Rosaceae Parte utilizada: cascas Componente principal: saponina Usos: hipocolesterêmica, imunoestimuladora pelas vias oral e intradérmica, adjuvante em vacinas antiparasitárias, para malária e tripanossomíase. Castanha-da-india Nome científico: Aesculus hippocastanum L. Família: Hippocastanaceae Parte utilizada: semente Usos: Anti-inflamatória, antiedematosa e antiexudativas Poligala Nome científico: Polygala senega L. Família: Polygalaceae Parte utilizada: raiz Usos: xarope aumenta o volume da secreção bronquial Erva saboeira Nome científico: Saponaria officinalis L. Família: Caryophyllaceae Partes utilizadas: folhas e raiz Usos: Expectorante, diurética, sudorífera, lepra, gota reumatismo
Compartilhar