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Análise do filme: O Jardim Secreto É um filme melancólico, mas que passa uma mensagem de superação, de auto conhecimento, de mudanças de atitude, de crescimento e fortalecimento emocional e espiritual. A história principal do filme é sobre as três crianças: Mary, Collin e Dicon. Mary vivia na Índia e era neglicenciada por seus pais, que morrem por causa de um terremoto e como ela não tinha convivência com eles, nem chora a morte deles. Lá ela era extremamente paparicada pelos empregados e todos faziam as suas vontades, acabou se tornando uma criança rica arrogante, chata, mandona e desagradável, que não sabe nem se vestir sozinha e que não respeita ninguém. Com a morte de seus pais, vai viver com seu tio em Liverpool, na Inglaterra, onde acha que todos vão satisfazer suas vontades como era na Índia, mas a governanta e os outros adultos tem uma atitude diferente e até de desprezo por ela e, mais uma vez, também passa “despercebida” pelos adultos que não a suportam, devido ao seu péssimo comportamento e arrogância. Dessa forma, se sentindo solitária e desprezada, passa a querer conhecer o casarão, suas dezenas de quartos, toda a propriedade e acaba encontrando um jardim abandonado há 10 anos, pois seu tio Lord Craven sofreu muito e se tornou amargo com a morte da esposa, justamente, nesse jardim, que era o seu preferido. Os dias vão passando e ela vai vivendo novas situações, vai refletindo sobre seus atos, vai explorando os ambientes e numa noite ela ouve o choro de uma criança, vai seguindo o choro até descobrir que tem um primo que sofre de uma doença e por isso não anda que se chama Collin e percebe como ele é chato, manhoso, histérico e nervoso como ela também era. Com a descoberta do Jardim Secreto, Mary e seus amigos começam a passar muito tempo lá, o seu novo amigo Dicon é quem sabe cuidar do jardim, dos animais que lá vivem, ele é um garoto muito bom que encanta os animais e todas as pessoas ao seu redor também. Já o seu primo Collin que sempre pensou estar cheio de “doenças” e que tinha medo de morrer se saísse do quarto, começa à viver, percebe como é bom estar fora daquelas quatro paredes do seu quarto onde foi privado do contato natural com outras crianças e, por isso, tinha aquele comportamento horrível e infantil. Lá no Jardim Secreto, ele aprende a apreciar tudo que existe de bom na vida, na natureza. E o seu contato com as outras crianças faz ele acreditar em si mesmo e em suas capacidades e vai descobrindo um mundo novo, seu comportamento melhora muito e aos poucos volta a andar. Já o Dickon é do início ao fim do filme, uma criança linda, amorosa, otimista, de coração puro que todos adoram. O Jardim Secreto é uma imagem da vida, uma metáfora. Pois ensina a Mary e as outras crianças a importância de semear bons sentimentos, boas condutas e comportamentos, de cultivar o amor, as amizades, o carinho pela vida e por todos os elementos da natureza. Também ensina que todos devem arrancar as ervas daninhas de suas vidas (problemas, rancores, lembranças ruins) e preencher os espaços vazios (a solidão da Mary, a doença e os medos do Collin, o amargor do tio) com beleza, com as plantas e flores que são mutáveis: elas germinam, crescem, florescem e morrem e suas sementes recomeçam o ciclo da vida novamente, assim como na vida de cada um.
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