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Trabalho Governança Corporativa

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Curso de Administração 
A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A NOVA LEGISLAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA MISTA
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO - ICSC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A NOVA LEGISLAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA MISTA
Nome: Geraldo Vieira Neto, RA: T-147BB2
Disciplina: Governança Corporativa
 Código: 929 Z
Orientação: Professor Dr. Evandro Prestes Guerreiro 
Coordenação do curso de Administração
SANTOS / SP
2017
A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A NOVA LEGISLAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA MISTA
Trabalho apresentado à disciplina de Governança Corporativa, em regime de tutela (TT, T1, T2, WF, WA), sob o código 929Z, na Universidade Paulista, como parte dos requisitos necessários para finalização do curso de Administração.
Orientador: Professor Dr. Evandro Prestes Guerreiro
 Coordenação do curso de Administração
SANTOS / SP
2017
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RESUMO
	A importância da governança corporativa e a nova legislação nas organizações de economia mista busca demonstrar as novas alterações realizadas na legislação reguladora das organizações de economia mista e nas empresas estatais, demonstrando assim o aumento da rigidez em relação às de divulgação, transparência, controle, composição e auditoria interna para recuperar assim a confiança dos investidores, impulsionando as organizações estatais no Brasil. O presente estudo busca demonstram para os interessados na aérea quais os impactos da nova legislação nas organizações e algumas formas como poderão preceder, partindo do principio da legalidade, onde o administrador público pode realizar apenas o previsto em lei.
Palavras-chaves: Governança, 1. Transparência, 2. Alteração, 3. Lei, 4.
ABSTRACT
	The importance of corporate governance and the new legislation in organizations of mixed economy seeks to demonstrate the new regulatory law changes of the mixed economy and organizations in State-owned enterprises, thus demonstrating the increasing rigidity in relation at disclosure, transparency, control, composition and internal audit to recover so investor confidence, boosting the State organizations in Brazil. The present study seeks to demonstrate to those interested in what the impacts of new legislation in organizations and some ways in which may precede, starting from the principle of legality, where the public administrator may perform only as provided for in law.
Kay-words: Governance, 1.Transparency, 2. Amendment, 3. Law, 4.
ÍNDICE
RESUMO	.................. IV
ABSTRACT	..................	 IV
APRESENTAÇÃO...............................................................................................................6
Introdução............................................................................................................................7
INTRODUÇÃO À GOVERNANÇA CORPORATIVA..................................................8
2.1. Origens da Governança Corporativa...............................................................................9 
2.2. Princípios básicos da Governança Corporativa............................................................10
2.3. Boas práticas de Governança Corporativa....................................................................11
A GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS ESTATAIS.........................12
A NOVA LEI E A GOVERNANÇA CORPORATIVA..................................................13
4.1. Novas exigências em relação à divulgação e transparência.........................................14
4.2. As regras de estrutura e práticas de gestão de riscos e controle interno (compilance).............................................................................................................................15
4.3. Auditoria Interna.............................................................................................................16
PROGRAMA DESTAQUE EM GOVERNANÇA DE ESTATAIS..............................16
ANALISE CRITICA..........................................................................................................17
REFERÊNCIAS......................................................................................................................18
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APRESENTAÇÃO
A Governança Corporativa possui papel substancial atualmente na confiabilidade de organizações de Capital Aberto, principalmente com o intuito de evitar fraudes e garantir o melhor gerenciamento, desempenho e ciclo de vida organizacional, tendo papel nas empresas privadas e nas organizações de economia mista que têm como principal acionista o Estado.
O tema escolhido está diretamente relacionado à assuntos de interesse atual e contemporâneo que influenciam na economia nacional, sendo a corrupção nas estatais, escândalos como o “petrolão”, necessidade de maior rigidez nas empresas estatais por parte do governo, estando incluso na matéria de Governança Corporativa, focou-se no presente estudo às organizações de economia mista. 
No ano de 2016 aprovou – se então nova legislação para a regulação e funcionamento das organizações estatais e de economia mista, onde ocorreram diversas alterações em características como a transparência, divulgação, composição interna, estatuto, auditoria interna, entre outros, afetando diretamente o funcionamento do sistema da Governança Corporativa nesse tipo de organização. 
 
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1.1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata da importância da Governança Corporativa e a nova legislação nas organizações de economia mista, sendo divido o trabalho em tópicos principais como a introdução à governança corporativa, a governança corporativa nas empresas estatais, a nova lei da governança corporativa, programa destaque em governança de estatais.
Foram utilizados no presente trabalho, sites com embasamento cientifico como o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), BM&FIBOVESPA e também a visão de autores e artigos científicos pertinentes ao assunto, sendo utilizado embasamento teórico para explanar sobre a governança corporativa, a governança corporativa nas organizações de economia mista a e a nova legislação. 
O tópico a introdução à governança corporativa, apresenta definições devidamente fundamentadas do IBGC e do OCDE sobre o sistema de governança corporativa, exposto além da definição do sistema, quais os componentes em geral do sistema e uma de suas funções principais, a integração entre os stakehoulders da organização. Apresentado em sub – tópico “origens da governança corporativa”, onde apresentam – se os principais motivos para a criação da governança, sendo a integração dos mercados e a descentralização de capital (mercado de ações) onde estas sofreram fraudes na década de 90 no exterior, surgindo então a discussão sobre a criação do sistema de governança corporativa. Apresentou – se também sob o sub–tópico “princípios básicos da governança corporativa”, onde foram explanados princípios básicos do sistema de governança como a equidade, transparência, prestação de contas e a responsabilidade corporativa. Explanou – se o sub – tópico “boas práticas de governança corporativa”, onde apresentou – se a necessidade de boas práticas, sendo padrão para o sistema de governança, sendo sempre alinhada a missão e as diretrizes da organização.
Referente ao tópico a governança corporativa nas empresas estatais, realizou – se pesquisa fundamentada e exposição de assuntos voltados para o funcionamento do sistema de governança nas organizações de economia mista, sendo citado Decreto-Lei nº200 sobre a estrutura da administração federal direta e indireta no país e as especificidades das empresas estatais em relação à governança corporativa, tendo estas menores restrições orçamentárias, possuem geralmenteoperação em aéreas com menor competição com o setor privado e tem padrões de transparência mais rígidos se comparados às empresas privadas.
Trata – se no tópico posterior, da nova lei (nº 13.303/2016) e a governança corporativa, iniciando sobre as normas gerais, do estatuto e da transparência das empresas estatais, no sub – tópico “novas exigências em relação à divulgação e transparência”, observa – se a imposição especifica para divulgação de informações relevantes como a estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, politicas e práticas de governança corporativa, também demonstram – se as novas exigências referentes à divulgação e transparência, sendo justificadas logo em seguida pelo principio constitucional da publicidade. No sub – tópico “as regras de estruturas e praticas de gestão de riscos e controle interno (compliance)”, apresentou – se então alterações na legislação sobre as regras de estruturação interna das empresas estatais, logo em seguindo em outro sub – tópico “Auditoria interna” apresentou a especificação legal sobre o assunto. 
O tópico programa destaque em governança de estatais apresenta certificação proposta e não obrigatória pela BM&FIBOVESPA, onde procura – se recuperar a confiança nas organizações estatais para assim elevar o investimento externo e interno nas organizações de economia mista, pois com alguns casos de práticas inadequadas divulgados prejudicaram a confiança nas organizações e em sua governança.
2. INTRODUÇÃO À GOVERNANÇA CORPORATIVA
	Para o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), Governança corporativa como é sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
	Para o OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) define Governança Corporativa:
“sistema segundo o qual as corporações de negócio são dirigidas e controladas, a estrutura da Governança Corporativa especifica a distribuição dos direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes da corporação, tais como o conselho de administração, os diretores executivos, os acionistas e outros interessados, além de definir as regras e procedimentos para a tomada de decisão em relação a questões corporativas. E oferece também bases através das quais os objetivos da empresa são estabelecidos, definindo os meios para se alcançarem tais objetivos e os instrumentos para se acompanhar o desempenho.”(OCDE,1999)
Percebe – se ser a Governança Corporativa como um sistema que auxiliar o regulamento e funcionamento da organização, com profissionais especializados, desinteressados e imparciais, com o objetivo de otimizar, ou seja, tornar a organização mais eficiente, evitando fraudes, objetivando a expansão organizacional e deixando de lado o beneficio próprio, também possuindo como um de seus objetivos a aproximação dos stakehoulders da organização.
2.1. Origens da Governança Corporativa
	O IBGC apresenta as origens da Governança Corporativa:
As discussões envolvendo acadêmicos, investidores e legisladores, originando teorias e marcos regulatórios, avolumaram-se nos anos 1990, após os graves escândalos contábeis da década anterior, envolvendo diferentes e importantes empresas. Em 1992 foi publicado na Inglaterra o Relatório Cadbury, considerado o primeiro código de boas práticas de Governança Corporativa.
Ao longo do século 20, a economia dos diferentes países tornou-se cada vez mais marcada pela integração aos dinamismos do comércio internacional, assim como pela expansão das transações financeiras em escala global. Neste contexto, as companhias foram objeto de sensíveis transformações, uma vez que o acentuado ritmo de crescimento de suas atividades promoveu uma readequação de sua estrutura de controle, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. A origem dos debates sobre Governança Corporativa remete a conflitos inerentes à propriedade dispersa e à divergência entre os interesses dos sócios, executivos e o melhor interesse da empresa.
Para Andrade e Rosseti (2004):
“As questões que envolver as relações, entre os acionistas, os conselhos de administração, a diretoria executiva e outras partes interessadas nos negócios corporativos embora já se manifestassem nas economias industriais ocidentais mais avançadas desde as primeiras décadas do século XX, quando se desencadeara, os processos de pulverização do capital e da separação da propriedade e da gestão, somente ganharam maior exposição pública com os movimentos definidos como os grandes marcos construtivos da governança corporativa.”
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Observa – se o início das discussões sobre Governança Corporativa após escândalos ocorridos em organizações envolvendo empresas importantes no mercado, então criou – se o modelo da governança para inicialmente evitar fraudes contábeis, estando focada nas organizações de propriedade dispersa, como as organizações de capital aberto e as organizações de economia mista, com a globalização a integração entre os países se tornou mais intensa, principalmente pela figura da internet na década de 90, intensificando o investimento externo, o crescimento das organizações de capital aberto e o aquecimento de mercado. 
2.2. Princípios básicos da Governança Corporativa
De acordo com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a Governança corporativa possui alguns princípios básicos, sendo:
Transparência - Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que condizem à preservação e à otimização do valor da organização.
Equidade - Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. 
Prestação de Contas (accountability) - Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papeis. 
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Responsabilidade Corporativa - Os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazo.
Pode – se observar a importância dos preceitos básicos na Governança Corporativa, pois deixa claro que o sistema de Governança Corporativa e seus membros são parte da organização e não sistema superior e independente desta, sendo um bloco conjunto que deve prestar contas, tratar igualmente os sócios, independente de quantidade de ações que estes detêm, pois pelo pressuposto, todos os sócios são donos da organização, atualmente a Governança Corporativa possui diversas frentes de atuação na organização, com especialistas em aéreas como, por exemplo, financeiro, marketing, jurídico e TI.
2.3. Boas práticas de Governança Corporativa
De acordo com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), as boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum.
Segundo Filho e Picolin (2008), tendo em vista a importância dessas organizações, alinhada asua missão de oferecer referências para a atuação de governos, órgãos reguladores e agentes econômicos, a OCDE apresentou, em abril de 2005, proposta de diretrizes para promover melhores práticas de governança na atuação das empresas estatais.
	Analisando – se os preceitos supracitados sobre as boas práticas da Governança, pode – se concluir que mesmo com a presença do sistema, ainda existem atos fraudulentos nas organizações, sendo necessário redigir padrões de comportamento para as partes envolvidas nesse sistema, sendo evidenciada a necessidade de diferenciar esses padrões em organizações estatais (Sociedades de Economia Mista), pois estas necessitam atuar e interagir com governos, órgãos reguladores e agentes econômicos, além dos stakehoulders habituais das organizações privadas. 
3. A GORVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS ESTATAIS
	
Segundo Filho e Picolin (2008):
“No Brasil, o Decreto-Lei no 200, de fevereiro de 1967, dispôs sobre a estrutura e funcionamento da administração federal, caracterizando nesse âmbito a estrutura da administração direta e indireta no país. O seu art. 4o estabelece que a administração indireta compreenda autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, dotadas essas organizações de personalidade jurídica própria, vinculando essas entidades ao ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade (Brasil, 1967).”
Para Filho e Picolin (2008, apud OCDE, 2004), entretanto, as especificidades da empresa estatal apontam para um conjunto de restrições quanto à plena adesão às práticas de governança indicadas ao setor privado: 
As empresas estatais estão sujeitas a restrições mais brandas em termos orçamentários, que podem protegê-las contra ações de tomada de controle via mercado e falência. Ainda que possível, esta última situação na prática raramente ocorre, gerando pressões adicionais sobre os gastos públicos para equacionar a empresa estatal em situação financeira difícil; 
Muitas estatais, por sua própria natureza, operam em áreas nas quais a competição com o setor privado é pequena ou inexistente; 
Os padrões de transparência e prestação de contas são diferentes daqueles do setor privado, uma vez que orientados principalmente para o controle dos gastos públicos; 
Com frequência, não há um claro proprietário, mas vários potenciais proprietários buscando objetivos diferentes. Ministérios — um ou vários — e o Parlamento podem se alternar na condição de principal (proprietário) frente à empresa, em uma complexa relação de agência, com múltiplos e por vezes dispersos grupos de principais construindo uma cadeia difusa de accountability.
De acordo com Filho e Picolin (2008), além dessas, diversas outras características da empresa estatal devem ser consideradas na construção dos modelos de governança, tais como seu grau de autonomia e de seus objetivos e estratégias em relação ao governo; a eficiência no equacionamento dos custos de agência e de transação; e a disponibilidade de sistemas de controle e monitoramento no contexto institucional.
Pode – se verificar maior rigidez nas organizações estatais (economia mista), principalmente em relação à transparência, pois estas tem o governo como sócio detentor de grande parte das ações da instituição (proprietário), entretanto existe maior flexibilidade financeira, algumas estatais atuam em mercado com pouca concorrência com instituições privadas, como no caso da Petrobrás sendo o governo responsável por emitir normas regulamentadoras (leis) referentes à atuação desse tipo de organização no mercado, entretanto mesmo existindo normas de regulamentação, princípios das governança corporativa e as boas práticas ainda existem fraudes nesse tipo de organização, como por exemplo o “petrolão” ocorrido na Petrobrás. 
4. A NOVA LEI E A GOVERNANÇA CORPORATIVA
	Para Cardoso (2016):
“A Lei nº 13.303/2016 estabeleceu determinadas normas gerais que estabelecem dever especifico de que determinados temas sejam necessariamente trás pelo estatuto das empresas estatais (art. 6). Caberá ao estatuto observar as regras estabelecidas pela Lei relativamente à governança corporativa, à transparência e às estruturas, práticas de gestão de risco e controle interno e à composição da administração e proteção de acionistas, conforme o caso.”
De acordo com Cardoso (2016), a Lei nº13.303/2016 também exige que haja adequação do estatuto social da empresa pública e da sociedade de economia mista (e suas respectivas subsidiárias) à autorização legislativa de sua criação (art. 8º, inc. II). A previsão impõe a compatibilidade entre o estabelecimento pelo estatuto de tais entidades e o objeto definido pela lei que autorizou a sua criação. 
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4.1. Novas exigências em relação à divulgação e transparência 
Segundo Cardoso (2016), a Lei nº 13.303/2016 também passou a impor regime especifico para a divulgação de informações relevantes. Estabeleceu que, dentre essas informações relevantes, estão aquelas relativas “a atividades desenvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comentários dos administradores sobre o desempenho, politicas e praticas de governança corporativa e descrição da composição e da remuneração da administração.”
Realizando leitura da Lei 13.303/2016, percebe-se novas exigências e alterações no art. 8º referente à transparência das organizações estatais ou organizações de economia mista como:
A necessidade de elaboração e divulgação da própria politica de divulgação das informações, de acordo com a legislação em vigor e com as melhores práticas
Elaboração de politica de distribuição de dividendos, à luz do interesse público que justificou a criação da empresa pública ou da sociedade de economia mista,
Divulgação em nota explicativa as demonstrações financeiras, dos dados operacionais e financeiros das atividades relacionadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de segurança nacional, politica de transações com partes relacionadas
Divulgação ao público da carta anual de governança corporativa das empresas públicas e sociedades de economia mista consolidando em documento único.
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Divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade. A noção de relatório integrado relaciona-se com a divulgação ampla e consolida de diversos aspectos relacionados à empresa publica ou sociedade de economia mista. O mesmo se dá com relação ao relatório de sustentabilidade.
Segundo Di Pietro (2014), o principio da publicidade, que vem agora inserido no artigo 37 da Constituição, exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei. 
Observando – se as novas alterações referentes a transparências, percebe –se a exigência de maior rigidez na divulgação das organizações estatais e organizações de economia mista em relação às organizações privadas, sendo justificado pelo principio constitucional da publicidade, pois as organizações que tem como proprietário o Estado são de interesse da população geral.
4.2 As regras de estruturas e práticas de gestão de riscos e controle interno (compilance) 
	De acordo com Cardoso (2016), o outro pilar relevante das normais gerais da Lei nº 13.303/2016, aplicáveis às empresas estatais consiste na definição de regras mínimas de estruturas e práticas de gestão de riscos e controle interno.
	Analisando – se a Lei nº 13.303/2016, pode se perceber no art. 9º o estabelecimento de conteúdo mínimo a ser observado relativamente às regras de estruturas e praticas de gestão de riscos e controle interno, sendo abrangido pelas regras de estrutura e praticas de gestão de riscos e controle interno e a definição de área específica das empresas responsável pela verificação do cumprimento de obrigações e de gestão de riscos.
4.3. Auditoria Interna
	A Lei nº13.303/2016, realizou também alterações referentes ao modo de proceder da auditoria interna nas organizações estatais e de economia mista, dentre estas alterações podem ser citadas, o comitêde auditoria estatutário, código de conduta, proteção à quem promove denuncia (identidade), treinamento periódico dos colaboradores e dos próprios administradores, adequar constantemente suas praticas ao código de conduta e integridade e a outras regras de boa prática de governança corporativa, a integridade das empresas pública e sociedades de economia mista e a politica integrada.
5. PROGRAMA DESTAQUE EM GOVERNANÇA DE ESTATAIS
A BM&FBOVESPA Programa Destaque em Governança de Estatais, voltado a estatais abertas ou em processo de abertura de capital, foi desenvolvido com o objetivo de incentivar essas empresas a aprimorar suas práticas e estruturas de governança corporativa.
A iniciativa teve por intuito contribuir para a restauração da relação de confiança entre investidores e estatais, apresentando medidas objetivas e concretas com o fim de colaborar para a redução de incertezas relativas à condução dos negócios à divulgação de informações, notadamente quanto à consecução do interesse público e seus limites, além do componente político inerente a essas empresas.
Com base no Programa atual, para a certificação, as estatais devem, no momento da adesão, implementar todas as medidas de governança corporativa previstas no programa, ou, alternativamente, adotar as 6 (seis) medidas obrigatórias e obter, no mínimo, 48 (quarenta e oito) pontos dentre as demais medidas, tendo o prazo de 3 (três) anos para a adoção integral das medidas sob pena de perda da certificação.
	
6. ANÁLISE CRÍTICA 
O estudo realizado nesta pesquisa bibliográfica buscou demonstrar a nova legislação das empresas de economia mista e como esta nova lei afeta o funcionamento do sistema de governança corporativa.
Considerando as diversas abordagens realizadas sobre o assunto, sendo estas introdução à governança corporativa, a governança corporativa nas empresas estatais, a nova lei e a governança corporativa e o programa destaque em governança de estatais, pode – se observar os seguintes pontos relevantes para o aprofundamento do estudo: 
Aprofundamento na legislação
Intensificação do estudo da certificação da BM&FIBOVESPA
Analise de outros princípios de direito administrativos
Aplicação ao caso concreto
Como argumentos identificados como pontos fortes e fracos no estudo pode-se citar:
Pontos fortes: como pontos fortes no estudo, temos a iniciação a demonstração de nova legislação, suas alterações a aplicações na governança, diferenciação das empresas estatais diante das privadas, conceituação do sistema de governança nas organizações de economia mista. 
Pontos frágeis: falta de demonstração de aplicações em organizações, falta de estudos de casos para demonstração e apresentação superficial da certificação apresentada. 
Sugere – se o investimento governamental na governança corporativa e sua correta utilização para fortalecimento das organizações de economia mistas e empresas estatais frente ao mercado externo e para a valorização das quotas das organizações, proporcionando assim aumento de capital e valorização da organização, realizando adequação as novas normas, buscando recuperar à confiança dos investidores, realizar a certificação proporcionada pela BM&FIBOVEPA.
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. São Paulo: Editora Atlas, 2004
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
CARDOSO, André Guskow. Governança corporativa, transparência e compliance nas empresas estatais: o regime instituído pela Lei 13.303/2016. Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Talamini, Curitiba, nº 116, outubro de 2016.
FILHO, Joaquim Rubens Fontes. PICOLIN, Lidice Meireles. Governança corporativa em empresas estatais: avanços, propostas e limitações. Revista de Administração Pública, FGV: Rio de Janeiro, 2008. (ISSN: 0034-7612). 
Site acessado em: 16/06/2017 às 16:22 http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/governanca-de-estatais/ 
Site acessado em: 16/06/2017 às 14:35 http://www.ibgc.org.br/index.php/governanca/governanca-corporativa Acesso em:
NETO, Geraldo Vieira. 
A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A NOVA LEGISLAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DE ECONOMIA MISTA/ Geraldo Vieira Neto. Santos/SP, 2017. 18 p. 
Universidade Paulista - UNIP, 2017.
Instituto de Ciências Sociais e Comunicação – Curso de Administração 
Orientação: Coordenação do curso de Administração
 Governança.
 Transparência.
 Lei.

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