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Núcleo Comum - ACE Legislação Social e Trabalhista 3º Semestre Janaina Carla da Silva Vargas Testa TA 3 Suspensão e interrupção do contrato de trabalho: auxílio doença e aposentadoria por invalidez Resumo Unidade de Ensino: 03 Competência da Unidade de Ensino: Conhecer o conceito jurídico de repouso semanal remunerado. Conhecer os limites impostos ao empregado e ao empregador para uso e gozo desta modalidade de interrupção do contrato de trabalho. Conhecer o regime jurídico da sua aplicação em domingos e feriados. Resumo: A aula consubstancia-se no fornecimento de subsídios para que o aluno possa conhecer os fundamentos jurídicos relacionados às relações trabalhistas e previdenciárias no tocante às causas interruptivas e suspensivas do contrato de trabalho. Palavras-chave: repouso semanal remunerado; interrupção e suspensão do contrato de trabalho; aposentadoria por invalidez Título da teleaula: Suspensão e interrupção do contrato de trabalho: auxílio doença e Aposentadoria por invalidez Teleaula nº: 03 Nesta unidade, estudaremos causas interruptivas e suspensivas do contrato do trabalho. Desse modo, abriremos um diálogo entre o Direito Previdenciário e o Direito do Trabalho. Diálogo esse que nos auxiliará na compreensão da resolução de algumas situações propostas que muito se assemelham com o cotidiano das relações empregatícias brasileiras! Convite ao estudo VA Caminho de Aprendizagem Saber o conceito de interrupção e suspensão do contrato de trabalho; Saber o que é insalubridade e qual a relevância do nexo causal na determinação dos benefícios de auxílio- doença e aposentadoria por invalidez; Conhecer o conceito de aviso prévio e sua natureza jurídica de extinção do contrato de trabalho; Conhecer o conceito de descanso semanal remunerado e sua natureza jurídica de interrupção do contrato de trabalho; Conhecer o conceito de jornada de trabalho. Conhecimentos prévios A empresa KLB – Recapeamento asfáltico LTDA possui contrato de prestação de serviços com a prefeitura de um município mineiro, no qual o volume de obra e o prazo contratual exigem da empresa equipe qualificada e execução de trabalho ininterrupto, inclusive aos domingos e feriados, com jornada mínima de 10 horas, por 5 meses. Diante disso, como deverão ser contratados os empregados? Como deverá ser o regime de trabalho? Integral? Parcial? Revezamento? E caso ocorra algum acidente de trabalho, qual deverá ser a postura da empresa? Quais direitos assistirão o empregado? Pensando a aula: situação geradora de aprendizagem Cápsula 1 “Iniciando o estudo” Jorge Matias é trabalhador há mais de 10 anos na empresa KLB, sua função é muito específica, pois somente ele consegue executar. Porém, Jorge adquiriu doença do trabalho por inalação constante de um agente químico que lhe causou suspeita de ter adquirido câncer de pulmão. Seu superior solicitou que ele permanecesse na obra, em razão da sua especificidade, apesar de ter ciência de que Jorge Matias devesse se afastar do trabalho. A despeito da solicitação do chefe, qual deveria ser a postura da empresa? Como você resolveria esta situação? Situação-Problema 1 Insalubridade: condição que expõe o trabalhador a agentes nocivos à saúde, acima dos limites tolerados, em decorrência de sua natureza, intensidade ou tempo de exposição. A NR15 assegura ao trabalhador a percepção de adicional incidente sobre salário mínimo da região, equivalente à: Problematizando a Situação-Problema 1 Auxílio doença: afastamento do empregado – 15 primeiros dias - pagamento do salário por conta da empresa, a partir do 16º dia, o empregado recebe benefício. Doença incapacitante impossibilitando retorno ao trabalho aposentadoria por invalidez (suspensão do contrato). Perícia médica; Possibilidade de retorno (mediante perícia médica). Problematizando a Situação-Problema 1 Jorge Matias deve ser afastado imediatamente! 15 primeiros dias receberá salário – 16º receberá benefício previdenciário até que ocorra a perícia médica para constatar a incapacidade para o trabalho; Caso constatada a incapacidade, Jorge Matias poderá ser aposentado por invalidez e passará a receber sua aposentadoria proporcional ao tempo de serviço. Resolvendo a Situação-Problema 1 Cápsula 2 “Participando da aula” Eliseu Padilha, operador de rolo compressor da empresa KLB há 5 anos, há algum tempo vinha solicitando aumento salarial, todavia nunca foi atendido. Descontente com a situação, pediu demissão. Ao cumprir aviso prévio, permaneceu em sua residência nos três primeiros dias, ocasião em que foi repreendido e chamado para voltar ao trabalho. Como Eliseu deve cumprir o aviso prévio? Deve continuar seu trabalho? O que você recomenda? Situação-Problema 2 Fonte: https://goo.gl/34eXjE. Aviso prévio: trata-se da notificação dada por uma das partes do contrato de trabalho à outra, comunicando sua intenção de rescindir o contrato sem justa causa: 487, CLT Instituto típico nos contratos por tempo indeterminado; Instituto cabível nos contratos por tempo determinado, quando houver rescisão antecipada, nos casos em que há cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão – Art. 481 CLT c/c Súmula 163, TST; Aviso prévio integra o tempo de serviço. Contrato de trabalho gera todos os efeitos. Problematizando a Situação-Problema 2 Aviso prévio trabalhado: Continuidade do trabalho durante o aviso prévio; Aviso prévio indenizado: Prerrogativa que o empregador possui de conceder ao empregado o salário correspondente ao aviso prévio, dispensando-o do trabalho durante este período; Rescisão por iniciativa do empregado: Regra: aviso prévio trabalhado! Faltas geram direito de descontos nos prazos respectivos; Recusa no cumprimento do aviso prévio: • Valor correspondente não pago; • Descontos do salário relativo ao aviso nas verbas rescisórias (487,§2º,CLT) Problematizando a Situação-Problema 2 É recomendável que devido à continuidade do contrato de trabalho durante o aviso prévio, Eliseu Padilha o cumpra trabalhando, para que possa receber o salário correspondente ao aviso prévio sem que ocorra eventuais descontos nas verbas rescisórias, nos termos do art. 487, §2º, CLT! Resolvendo a Situação-Problema 2 Cápsula 3 “Participando da aula” Floriano Flores, vigilante da KLB, trabalha das 22h às 5h do dia seguinte. Seu trabalho consiste em vigiar o maquinário durante à noite e madrugada. Todavia, devido ao ritmo da obra, Floriano tem trabalhado até às 7h. Assim, o vigilante, ao final do mês de trabalho, está em dúvida e questiona a hora extra compreendida entre 5 e 7 horas da manhã, pois acredita que a empresa não pagou o devido acréscimo. Ele quer saber como agir. O que você recomendaria? Situação-Problema 3 Jornada de trabalho: Regra geral - art 7º, XIII, CF c/c 58 CLT - 44h semanais e 8 horas diárias. Trabalhador urbano: Trabalho diurno: 5 às 22h; Trabalho noturno: 22h às 5h (art. 73, §2º, CLT). Adicional noturno urbano: 20% acréscimo sobre valor horas comuns – integra base cálculo de horas extras (Sum, 60 II, TST) Cômputo hora noturna: 52´30 segundos Vedado ao menor de 18 anos Problematizando a Situação-Problema 3 Horas extras: máximo 2 horas Adicional: 50% a mais que a hora normal Horas extras + adicional noturno 50% 20% Problematizando a Situação-Problema 3 Em relação ao caso de Floriano Flores, podemos destacar que ele faz jus: Ao adicional de 20% correspondente ao adicional noturno sobre as horas noturnas e inclusive sobre as horas excedentes, compreendidas entre 5 às 7h. Ao adicional de 50% das horas extras compreendidas entre 5 às 7h. Desse modo, Floriano deve entrar em contato com o departamento de Recursos Humanos e informar a respeito do equívoco em sua folha de pagamento. Resolvendo a Situação-Problema 3 Cápsula 4 “Participando da aula” O funcionário da KLB, Galvão Peixoto, integra uma equipe de 20 pessoas que trabalha em escala de revezamento. São 4 equipes de 5 pessoas, e cada equipe exerce uma escala diferente: 12x12, 12x24 e 12x36, o que acaba criando muita confusão na escala de serviços e descansos! Os descansos aos finais de semana praticamente não existem e, à base de muita negociação, é que os trabalhadores descansam aos feriados e domingos. Peixoto tem dúvidas se seu patrão age corretamente. Acredita que a empresa não respeita o DSR, pois muitos sequer receberam a remuneração do domingo de folga, e quer saber a razão disso. Peixoto quer saber como agir e se deve processar o patrão. Situação-Problema 4 DSR: norma de ordem pública! Direito indisponível! Descanso semanal remunerado: período de 24h consecutivas que o empregado deixa de prestar serviços ao empregador – preferencialmente aos domingos : com recebimento de remuneração: Art. 7º XV, CF c/c art. 67 CLT Trabalho aos domingos em decorrência de interesse público: autorização Ministério do trabalho (art. 68, CLT) – Concessão do DSR em dia diverso. DSR não concedido: pagamento da remuneração do dia do repouso e do dia do trabalho em dobro! Súmula, 146, TST. Problematizando a Situação-Problema 4 Feriados: Não configura DSR, todavia, as regras aplicáveis são as mesmas. O descanso no feriado é obrigatório e remunerado! Trabalho realizado em feriado civil e religioso, desde que não compensado em outro dia, mediante a concessão de descanso, deverá ser remunerado em dobro! Problematizando a Situação-Problema 4 Em relação ao caso apresentado por Galvão Peixoto, é importante lembrar que o DSR é um direito indisponível, devendo ser usufruído preferencialmente aos domingos. DSR não concedido: pagamento da remuneração do dia do repouso e do dia do trabalho em dobro! Súmula, 146, TST. Peixoto faz jus ao DSR e aos valores correspondentes ao disposto na Súmula 146, TST, em relação ao Repouso não usufruído. Resolvendo a Situação-Problema 4 Cápsula 5 “Participando da aula” O feriado também é considerado dia de DSR. Em relação ao carnaval, pode ser exigido trabalho neste dia? De acordo com o TRT/SP, a terça-feira de carnaval não é um feriado, mas sim um dia festivo, desse modo, o trabalho pode ser exigido neste dia! Provocando novas situações Diálogo do professor com os alunos VE Caminho de Aprendizagem
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